terça-feira, 23 de dezembro de 2008
O futuro do Mavs
No post de ontem, comentando sobre a troca de Jason Kidd por Devin Harris na temporada passada, afirmei que a janela para título do Dallas Mavericks parecia definitivamente fechada. Não quero, no entanto, dar a impressão de que o Mavs fede. O começo ruim do time de Dallas, com derrotas para times questionáveis como Bulls e Clippers (e trocentas outras contra Cavs, Magic, Nuggets, Lakers, Spurs) criaram um clima de decadência na franquia aos olhos do público. Basta pensar no Mavs e imaginamos o declínio, o fracasso, os tornozelos do Kidd torcidos por um drible do Devin Harris. Essa espécie de aura não é muito racional, afinal o time tem melhorado de produção, se recuperou um pouco na tabela, está se acostumando com o novo técnico e passou tempo demais sem poder contar com Josh Howard, contundido. Mas a sensação é de descrença, parece que ninguém mais leva o Mavs a sério. Eles ainda são um grande time, isso é fato, mas bons o suficiente para sequer chegar aos playoffs no Oeste? A briga provavelmente será apenas entre 9 times (o Clippers não entra na lista porque a qualquer momento alguém por lá vai quebrar o pescoço escovando os dentes) e será que há algum motivo para acreditar que o Dallas conseguirá terminar a temporada acima da nona colocação?
Aquele Mavs com Devin Harris não parecia ter as condições pra chegar muito longe, mas talvez fosse apenas uma questão de estilo de jogo, não exatamente de elenco. Com Jason Kidd era possível juntar um dos melhores armadores dessa galáxia a um eterno candidato ao prêmio de MVP, Dirk Nowitzki. Era um risco, um comprometimento com a vitória imediata. Mas o estilo de jogo continuou o mesmo e Jason Kidd parecia tão amarrado e tímido quanto Devin Harris nos seus tempos de Mavs. Se os dois chutaram traseiros no Nets, a gente começa a desconfiar que o problema não são eles, mas o time de Dallas e seu modo de jogar basquete. Com um técnico novo, o Rick Carslile, Kidd está se sentindo bem mais à vontade em quadra - provavelmente porque foi implatada a mesma "princeton offense" com que ele estava acostumado em New Jersey. Mas agora não é mais questão de estilo, e sim de elenco: falta um jogador explosivo, agressivo, que ataque a cesta e crie espaços. Ou seja, eles precisam do Delorean para voltar no tempo, impedir a troca pelo Kidd, trocar o técnico e dar liberdade ofensiva para Devin Harris. Às vezes, o melhor modo de ajudar os companheiros arremessadores é atacar a cesta ao invés de passar a bola, algo que vem dando certo em algum grau lá no Nets e é justamente do que o Mavs precisa. É por isso que a torcida de New Jersey tem que agradecer que ninguém tem um capacitor de fluxo por aí. E agradecer ao Mark Cuban também, por ter feito a troca, como no vídeo abaixo.
Acho que o mais legal do vídeo é o Vince Carter rindo pra burro quando percebe o que a torcida está cantando. Ele olha pro Devin Harris, compartilha com o garoto a graça do momento e não parece ter muitas saudades dos velhos tempos. Desculpe Kidd, você é um dos melhores de todos os tempos, mas o Devin Harris apenas faz o Vince Carter melhor e permite que ele seja um líder em quadra - o que mais Carter poderia querer?
A função que Harris deveria estar exercendo no Mavs (mas que, como vimos, não exercia quando estava na equipe) continua vaga, não importa quão bem esteja Dirk Nowitzki. Ao contrário do bom senso popular, que acha que faz mal tomar banho de barriga cheia e misturar leite com manga, eu não acho que o Nowitzki seja um jogador que só sabe fazer uma coisa e que fuja do contato físico. Seu jogo evolui a cada partida, e se em algum momento ele era apenas um arremessador que preferia jogar vôlei pra não ter que tocar em ninguém, isso já faz parte do passado. O alemão não tem medo de bater para dentro do garrafão, tomar umas porradas e decidir jogos no finalzinho, coisas que ele continua tendo uma fama enganosa de não fazer. Mas uma coisa que o Dirk não tem e nunca vai ter é um primor de coordenação motora, tenho certeza de que ele jamais passaria naqueles testes de desenhar uma linha reta para tirar carteira de motorista. Quando bate pra dentro, em geral fica desequilibrado, torto, um animal fora de seu meio natural, algo como a Bruna Surfistinha atuando numa novela da Globo. Dá pra contar com o Nowitzki pra conseguir seus pontos de qualquer meio imaginável, ele está tendo uma das melhores temporadas ofensivas de sua carreira, mas não dá pra apostar que ele será físico e se sinta à vontade enterrando bola atrás de bola.
Josh Howard poderia ter essa função de atacar a cesta agressivamente e criar espaços, mas não só ele teve atuações preguiçosas e desencorajantes nos playoffs como também acabou de voltar de contusão e está indo aos poucos, sem ritmo para nada. Na sua ausência, Gerald Green ganhou uma oportunidade única ao ser titular e receber essa função. Acontece que, apesar de ser ex-campeão de enterradas, Green sonha em ser Kobe Bryant e prende-se muito aos arremessos de longe. Seu jogo também é muito cru nos outros aspectos e seus minutos foram sumindo com o tempo, especialmente pelas falhas defensivas. O mais novo experimento em Dallas foi usar JJ Barea, o homem que só sabe pontuar, no quinteto titular. Às vezes ele compromete completamente o ataque, por ser agressivo demais e talentoso de menos, mas tem horas em que sua mentalidade por si só já abre espaços para o resto do Mavs jogar como quer. O projeto poderia ter futuro, mas Josh voltou de suas férias e foi direto pra quadra, mesmo que vá levar semanas para estar em condições de jogo. Ainda assim, não é ele quem resolverá todos os problemas. Trata-se de um time pouco agressivo, nada físico, sentindo já o desânimo de não ser bom o bastante para um título e o peso fúnebre da idade. Mentalmente, parece que eles nunca se recuperaram da derrota para o Warriors nos playoffs, naquela zebra incrível em que perderam apesar de terem se classificado como líderes do Oeste. É como se eles sempre pensassem que não interessa o que façam, vão acabar perdendo mesmo porque falta alguma coisa. E a verdade é que o time é excelente, mas falta alguma coisa mesmo, não tem como negar. Ficar tentando ignorar isso não vai dar muito certo porque o tempo está correndo contra o time. Não importa o quanto o Mavs seja bom e o Mark Cuban esteja satisfeito com sua equipe, o elenco inteirinho irá pro lixo se eles ficarem fora dos playoffs ou se conseguirem apenas uma oitava ou sétima vaga seguida por eliminação para uma das equipes do topo. O contrato de Kidd acabará nessa temporada, certamente não será renovado, mas o Mavs ainda assim não terá dinheiro para contratar uma outra estrela no lugar, tendo em vista que eles estão muito, muito acima do limite salarial. Então continuará faltando algo, talvez falte ainda mais, e os resultados só vão ladeira abaixo.
O que fazer com esse time bom mas limitado, com falhas claras, assim que Kidd der o fora? Será o momento de decidir começar tudo de novo ou então abordar os defeitos e achar que algum remendo será suficiente para alcançar um título. Porque ficar no mais-ou-menos a gente sabe que não funciona, às vezes é simplesmente melhor feder por uns anos do que ficar mediano pra sempre.
Sobre isso, Dirk Nowitzki foi enfático: ele já tem os títulos pessoais, já foi MVP, agora ele quer deixar de ficar no "quase" e decidiu ganhar um título. Para isso, disse que estará disposto a aceitar menos dinheiro quando seu contrato acabar em 2010. O Mark Cuban ficou todo feliz e exaltou como o alemão é um cara legal, o que aliás é verdade. Dirk se importa com o esporte mais do que tudo, fez questão de abandonar a vida e ir jogar pela seleção alemã, levá-la para as Olimpíadas, e agora vai abrir mão de umas verdinhas para tentar ser campeão. Mas pra mim a afirmação do Dirk é bastante ambígua, ele falou que aceitaria menos dinheiro, mas não disse exatamente onde. Então não dá pra imaginar ele indo jogar num time com mais chances de título e deixando pra lá esse Mavs que deixou seu auge para trás e agora sofre com a falta de sei-lá-o-quê? Alguns, inclusive, afirmam que seria uma péssima idéia para o Mavs optar por montar (ou manter) um time em volta do Nowitzki, que seria muito limitado. Olha, se o time em volta do Joe Johnson deu certo, acho que qualquer coisa dá - basta ter as peças certas ao redor.
É triste, mas nos últimos anos testemunhamos o fim de quase todos os times que jogavam um basquete veloz e focado exclusivamente no ataque. Primeiro o Phoenix Suns, com o Shaq, resolveu abandonar a porra-louquisse. Agora o Mavs já está na marcha-lenta faz um tempo, quase se desmantelando apesar do talento inegável da equipe. Os poucos times que sobraram nessa linha, Warriors e Knicks, não passam de anedotas, piadas de papagaio, são times velozes e criativos que não metem medo em ninguém e que não podem ser levados a sério (são "pornô ruim", com penetração mas que ninguém gosta de ver, como disse o Denis). O Warriors em especial é um circo, o Don Nelson agora passou a defesa e o ataque para assistentes seus, está responsável apenas por sentar no banco e lidar com os jogadores, e parece ter perdido completamente a cabeça de vez (o Marco Belinelli ser titular é um dos sinais do Apocalipse, está na Bíblia!). O Don Nelson ganha um salário para ser maluco, não treinar a equipe e ficar no banco, e tem gente que acha que só o Marbury ganha dinheiro fácil...
O Mavs vai ter decisões complicadas para tomar em breve, e que dependerão da recuperação da equipe nessa temporada: se eles de repente dão muito certo, a esperança pode segurar essas peças juntas por mais um tempo. Mas eu não consigo imaginar um time melhor que esteja tão longe de ganhar um título em toda a NBA, o que pra mim deveria ser um sinal claro de "taque fora e comece de novo". Mas se no Warriors - que fede muito - não tacam a budega fora para reconstruir, não culpo o Mark Cuban por continuar acreditando em seu Dallas. Só que para acreditar de verdade, ele precisa remodelar um pouco, fazer umas trocas. O problema é aquele eterno medo de fazer merda outra vez, aquele maldito Devin Harris que puxa seu pé todas as noites.
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Bons começos
Quando a temporada acaba de começar, todo mundo já quer saber se as boas atuações de um determinado jogador vão ser a regra ou se foram simplesmente a exceção. Ninguém tem paciência para esperar um pouco, já querem ficar rotulando os jogadores baseados em um jogo ou dois, que coisa feia. Mas como agora já foram, tipo, uns 6 jogos, e já faz, tipo, o maior tempão que a temporada começou, não vejo a hora de opinar sobre algumas surpresas! Viva!
Para opinar sobre possíveis candidatos a MVP ainda é muito cedo, talvez seja melhor esperar até amanhã, ou quem sabe até mesmo quarta-feira. Porque, sabe, sou um cara conservador e acho que tudo deve ser analisado no seu devido tempo, sem muita pressa. Analisar os melhores novatos também é algo que exige mais tempo, até mesmo porque um novato pode destruir hoje e amanhã esquecer qual mão é a que escreve - algo essencial para a arte de assinar cheques, parte importante do cotidiano de um jovem jogador. Então, vamos fazer algo um pouco mais simples: apontar alguns jogadores que estão surpreendendo, chutando uns traseiros, e ficar de olho neles pelo resto da temporada. Assim, traçaremos um roteiro de quem merece uma atenção redobrada para que a gente possa descobrir se eles manterão o ritmo ou não.
Vamos começar com o Brandon Roy, já que ele foi o primeiro nome que me veio à cabeça (o fato de eu estar olhando para um boneco de vudu com a cara dele me ajudou a lembrar do sujeito). Na temporada passada, ele foi até pro All-Star Game, mas de última hora e quando ninguém sabia muito bem quem era o rapaz. Se você cruzasse com ele na rua, provavelmente lhe daria uma esmola. Agora, todos os olhos estão voltados para o Blazers e, com Greg Oden contundido (mesma coisa que dizer que a água é molhada), Brandon Roy precisa ser uma estrela capaz de carregar o time nas costas. Acontece que seu estilo é bastante silencioso, ele é especialista em passar despercebido. Mas eis que, justamente contra o meu Houston Rockets, ele decidiu que era hora de ficar famoso. Num jogo com prorrogação e três mudanças de liderança nos dois segundos finais (e que por causa do Horário de Verão idiota deve ter acabado na hora em que eu precisava estar acordando), Roy acertou a cesta da vitória da putaqueopariu com 0.8 segundos restando no cronômetro. Foi uma cesta linda, maravilhosa, histórica, épica, mágica e cheirosinha, e os juízes usaram o replay para se certificarem de que o Brandon Roy tinha soltado a bola a tempo. Mas o que ninguém percebeu é que o cronômetro demorou um bocado de tempo para ser iniciado, o Roy já está no ar quando o cronômetro começa a rodar. Ou seja, eu torço para o Houston e me sinto roubado. Meus advogados vão estar entrando em contato para me conseguir uma grana num processo de danos morais que um dia vai virar filme no SBT.
Pior é que o Brandon Roy fez outra cesta muito parecida, dessa vez pra selar a vitória contra o Wolves. Mas, como é contra o Wolves, ninguém percebeu e não achei nem um vídeo. Se ele quer continuar seu plano maligno de ficar famoso na NBA, é melhor ele guardar essas bolas para prorrogações contra times fortes do Oeste.
Aliás, outro jogador surpreendente até agora é um amiguinho de Brandon Roy, o LaMarcus Aldridge. Sua defesa sempre foi falha e os rebotes que ele pegava eram apenas os que caiam dentro da sua orelha proeminente, sempre sem querer. Nos últimos jogos, os rebotes têm ultrapassado a marca da dezena e a média é de dois tocos por jogo. Somando isso ao seu ataque sempre impecável cheio de arremessos certeiros de longa distância, talvez Brandon Roy tenha companhia no All-Star Game.
Já o "Granny Danger", o melhor trocadilho desde "desculpintão", se recuperou da pré-temporada meia boca e está fazendo chover. O engraçado é que muita gente argumentou que o Granger não estava tendo boas atuações porque, com seu companheiro de equipe Mike Dunleavy machucado, a defesa adversária pode focar apenas nele e não precisa defender o perímetro. Isso até pode ser verdade, mas como explicar os 26 pontos por jogo que ele tem de média até agora? O rapaz é simplesmente o quarto cestinha da temporada, atrás de LeBron, Wade e do (gasp!) Tony Parker, que simplesmente não vale porque eu não quero que valha. Então pelas novas regras agora instituídas ele é o terceiro cestinha da temporada. Se o Dunleavy voltar, então o Granger vai ter uma média de 200 pontos por jogo, né? Somando isso aos seus números defensivos (1,6 tocos!) e uma ou duas vitórias surpreendentes, vai ser difícil não ver o Sr. Perigo num All-Star Game. E o Pacers vai continuar fedendo, vai por mim.
Tem também uma pirralhada que não vai para o All-Star mas que precisava mostrar serviço para não serem considerados fracassos completos na NBA. O Gerald Green, por exemplo, já foi trocado, demitido, emprestado, pisado, abusado, descartado, tudo que tinha direito. Sua vida é parecida com a de uma atriz pornô banguela que precisa pagar as contas. Potencial ele sempre teve, mas acontece que até mesmo na NBA o pessoal enche o saco de ficar pagando milhões de dólares por gente que só tem potencial e não sabe nem ir no banheiro sozinho. Volta e meia alguém ainda dá uma chance pro Kwame Brown, é verdade, mas só porque ele é alto. Pro Gerald Green, que deveria ser o novo Kobe mas na verdade tá mais para o novo Damon Jones, a paciência acabou esgotando e ele passou bastante tempo desempregado. A oportunidade que o Mavs lhe deu, no entanto, foi agarrada com unhas e dentes. Ele está sendo uma força vindo do banco, com quase 10 pontos de média em apenas 16 minutos por partida, e ontem, como titular no lugar do Josh Howard contundido, foi um excelente cover: 13 pontos e 12 rebotes. Talvez ele encontre seu lugar na NBA. Talvez o Kwame Brown aprenda a jogar basquete. Enquanto há vida, há esperança, já diria Chico Xavier.
Como ele, Andrea Bargnani não tem muito a seu favor: além do nome de garota, foi a primeira escolha do draft de 2006 e ainda não fez porcaria nenhuma na NBA. Às vezes tem um bom jogo, mas aí desaparece, faz umas cagadas e começa a perder minutos. Nessa temporada, está tendo alguns jogos mais consistentes, excelente aproveitamento nos arremessos, acertando mais da metade de suas bolas de 3 pontos e, o mais bizarro, jogando bem melhor na defesa. Ele ainda tem seus defeitos, claro, afinal ele é um branco europeu, mas está dando mais tocos e ajudando na marcação do garrafão. Quanto mais ele aprender a jogar como o cara alto que é, ao invés de como um armador nanico, maior vai ser seu espaço na Liga.
É o mesmo caso do pivô Spencer Hawes, do Kings. Ele é um gigante que joga como um anão, não gosta de contato, preferia estar jogando vôlei, arremessa de trás da linha de 3 pontos e não pega rebotes. Na época em que draftaram ele foi até engraçado, porque o Kings precisava justamente de gente atlética no garrafão, gente física, e o Hawes é justamente o oposto. Acontece que agora, com um pouco mais de experiência, ele está conseguindo equilibrar bem as coisas. Na defesa, está muito mais competente, pegando mais de 8 rebotes por jogo e dando 2 tocos por partida, o que é espetacular para os minutos um pouco limitados. No ataque, está arremessando de longe como gosta, inclusive sendo o melhor arremessador de 3 pontos da NBA até agora em porcentagem: acertou 9 de seus 12 arremessos tentados (campanha para ver ele no campeonato de 3 pontos do All-Star Game já!). Engraçado é que ele e Brad Miller estão dividindo minutos e os dois são muito parecidos: americanos brancos gigantes que não gostam de contato, chutam de fora e jogam com inteligência. Mas e o jogo físico de que o Kings precisa, cadê? Bom, o calouro Jason Thompson está dando uma mão, mas dele eu falo depois, porque os novatos são um capítulo à parte. Mas tem um deles que eu não vou resistir e vou ter que falar a respeito.

Bem, o Mbah a Moute foi a 37a escolha do último draft apesar de ter uma das maiores forças nominais da NBA (aliás, na nossa Liga de Fantasy, quando ninguém mais sabia quem pegar no draft, ele foi escolhido alegadamente apenas por sua força nominal). Ninguém dava um centavo pelo príncipe camaronês mas ele está chutando traseiros. As médias de quase 10 pontos, 6 rebotes, 1 roubo e 1 toco já são incríveis, mas nas últimas partidas está ganhando cada vez mais espaço e importância num Bucks completamente desesperado por qualquer nota positiva. Se ele for o novo Ginóbili, a gente avisou aqui primeiro. Se ele for uma farsa, a gente muda de assunto... hum, você já assistiu o novo filme da Sasha Grey?
Para terminar as surpresas até agora, vamos falar do Shaquille O'Neal. Porque, após ser rebaixado a porteiro de boate nos círculos basqueteiros por aí, atuações sólidas são surpreendentes. Com 24 pontos, 11 rebotes e 4 assistências contra o Bucks, o Shaq destruiu e pôde até aloprar no seu Twitter:
"Bogut é o Erika Dampier com barba".
O Shaq nunca perde uma chance de zoar o Dampier, é sempre muito engraçado e seu Twitter é imperdível. Ou seja, torço para que ele tenha muitas atuações desse nível - jogo sim, jogo não. É que o Shaq está velho mesmo e a política no Suns é poupá-lo ao máximo para os playoffs. Ele sentou num jogo, ficou de terno só assistindo, e no outro jogou com tudo. Segundo o técnico Terry Porter, ele pode sentar sempre que quiser se, quando voltar, jogar como jogou contra o Bucks. Eu acho a idéia excelente, tem que ter bom senso e perceber que o Shaq não precisa jogar todas as partidas, ele deve sentar bastante mesmo durante a temporada, mas não é meio surreal o Suns de repente virar um asilo de velhinhos em fim de carreira? Um dia eles poupam o Shaq, no outro eles poupam o Grant Hill. Daqui a pouco vão poupar todo mundo e colocar cinco micos de circo pedalando monociclos em quadra. Bem, dentre as surpresas até agora, cinco micos sobre rodas com certeza ganhariam de todas elas. Tirando o príncipe camaronês, claro.
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terça-feira, 11 de março de 2008
"Both Teams Played Hard"
É a hora de mais uma coluna "Both Teams Played Hard", aquele post que todos vocês fazem greve de fome e bloqueiam o trânsito para nos pressionar a entregar em dia. Aqui é o lugar em que você encontra as perguntas dos leitores e as respostas de dois blogueiros que nunca tem tempo para acabar essa coluna, afinal Rick Adelman e Phil Jackson estão sempre nos telefonando atrás de conselhos, e isso quando não é a Alline Moraes que não sai do nosso pé. Mas como somos sujeitos muito legais, não nos esquecemos dos nossos leitores fiéias - a gente só atrasa um pouquinho. A coluna Both Teams Played Hard é como casamento do Fábio Júnior: você nunca sabe quando vai ter de novo, mas não tem dúvidas de que cedo ou tarde vai aparecer um novinho em folha, sem falta.
Toda vez que você estiver se sentindo solitário e pensando em suicídio, não ligue para o CVV (o Centro de Valorização à Vida), venha até seu blog favorito e nos deixe uma pergunta! Pode ser sobre basquete, NBA, literatura hindu ou remédios, se teu caso for ruim mesmo. Aproveita que é de graça e pergunte o quanto quiser!
E agradecemos em especial nessa semana ao Renzo, que além de perguntas mandou um monte de foto do Sheed pra gente poder usar e abusar até o fim dos tempos nos posts do "Both Teams Played Hard", valeu Renzo!
Nessa semana, perguntas a dar com pau: a situação do Pacers, o Spurs jogando futebol, o banco do Rockets e as chances de título do Dallas. Aproveitem bastante, e quem sabe não nos vemos semana que vem?
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Netinho:
Estaria a NBA virando uma balada? Depois de DJ Strawberry, vem aí DJ Augustin
Denis:
Não esqueça do DJ Mbenga e do DeeJay do Street Fighter, ele chutava uns traseiros!

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Diogo Costa:
o Indiana ainda tem salvação? será mais um ano sem playoffs? o q fazer J.Oneal?
Danilo:
Sim, será mais um ano sem playoffs. Olha, o que está acontecendo no time de Indiana é muito bem feito. Tentaram montar um time comportado e asseado, que não brigue, não coloque os cotovelos nas mesas e limpe as sugeirinhas debaixo das unhas. Não querem mais Ron Artest e Stephen Jackson? Então toma essa, seus otários. Querem se livrar do Jamal Tinsley porque ele tá sempre metido em tiroteio? Pois bem, vão tomar de novo. O que importa é o quinteto que você coloca em quadra. Já Jermaine O'Neal é um caso complicado, porque já foi genial (pessoalmente sou fã demais de seu estilo de jogo), teve contusões demais e ganha grana em excesso. Nessa eu não vou culpar o Pacers, na hora de reassinar um cara que é All-Star é muito difícil não abrir os cofres, esse é um erro compreensível. O jeito é esperar o contrato acabar, fazer o quê.
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Salgueiro:
Por falar em troca de NBA Live, eu estava jogando uma temporada com o Spurs, e contratei O'Neal pro meu time, mandei embora Bowen e Oberto. Tinha pensado se não seria meohor mandar outro cara no lugar de Bowen, um bom defensor. Mas aí eu lembrei que no NBA Live não tem defesa mesmo. O time ficou bem apelão.
Denis:
Pra vencer no NBA Live, pegue caras que correm e que enterrem, só. Defesa, arremesso e parar de correr são para fracos. Ou para o 2k8.
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thales:
Queremos um post com todas as cagadas e mudanças de regra esdruxulas que o David Stern fez!!!
Danilo:
Tá bom, tá bom, quando a gente não tiver absolutamente mais nada melhor para dizer, vamos satisfazer seu desejo.
Denis:
São muitos anos e várias mudanças, um dia faremos um especial com o Juvenal Antena da NBA.
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Danilo e Dênis:
1-preciso de uma receita muito boa de feijoada.
Danilo:
Antes de mais nada, fazer uma pergunta utilizando o nosso nome não ajuda em nada essa imagem de blogueiro esquizofrênico que anda circulando por aí. Além disso, Denis não tem acento, pelo menos não esse aqui! Agora às perguntas:
1 - Ninguém PRECISA de uma receita de feijoada, mas se você quer uma mesmo, em geral elas são sempre iguais. São alguns segredos que fazem a diferença: acrescente ao cozimento do feijão duas laranjas pêras cortadas ao meio, duas doses pequenas de pinga, uma cebola inteira e uma colherinha de canela. Garanto que vai te surpreender.
2-é possível a universidade de Memphis vencer o NY Knicks?
Danilo:
Possível é. Se Memphis não tiver uma faculdade, pode juntar alguns imitadores do Elvis pela cidade e eles talvez ainda saiam com a vitória.
Denis:
Não sei não, os imitadores do Elvis no dia do All-Star de Las Vegas não acertaram uma enterrada, até foi por isso que o Arenas foi enterrar lá no intervalo. Mas os de Memphis devem ser melhores que os de Las Vegas.
3-a solução para o Grizzlies seria contratar o Michael Jordan de volta para ser a estrela do time?
Danilo:
Alguém já te disse que o Jordan envelhece como todos os outros seres humanos e que o Papai Noel não existe? E que o trabalho administrativo dele no Bobcats é comparável ao seu talento no golfe?
4- resolva a equação a seguir: (x²+x³).(y³:y²)?
Danilo:
Nosso amigo Luigi respondeu pra você:
"(x²+x³).(y³:y²)? isso da yx²"
Agradeça a ele por fazer sua lição de casa, seu preguiçoso.
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enrique: Sempre falam q se o denver tivesse uma terçeira força ofensiva ele brigaria muito mais pelo anel,isso ele ja provou no jogo contra o cleveland,heat etc. 1- vcs acham q se o karl desse + chance pra joga carmelo,iverson e jr juntos o time brigaria + forte pelo titulo? 2-a culpa do nuggets toma tanto ponto mesmo com camby é o george karl q nao consegue implanta um bom sistema defensivo?
Denis:
1- Eu fiz um post falando da chamada "loucura" do JR Smith. Ele não é um cara ideal pra se jogar em equipe e ainda mais como terceira opção ofensiva, eu gosto mais da idéia dele vir do banco enquanto Melo e/ou Iverson descansam. Mas pra ganhar título ainda falta bem mais do que isso, falta mais defesa, falta eles serem consistentes (que adianta vencer o Spurs em um dia e tomar 130 pontos do Jazz no outro?) e falta também ir para os playoffs, se acabasse hoje a temporada eles nem iriam e da última vez em que eu olhei as regras, tem que ir pros playoffs pra ganhar o título.
2- Eu fiz uma coluna no BasketBrasil que fala bastante sobre isso, pra ler é só clicar aqui. Mas em resumo o Nuggets arrisca muito em interceptações, marcação dupla e afobamento pra causar turnovers, quando não consegue o adversário tem espaço livre para arremesso. O Camby é bom mas defesa não se faz sozinho, não dá pra marcar cinco caras de uma vez só. Pra isso mudar, todos os jogadores tinham que se empenhar em defender e todos tinham que se ajudar, aí entra o papel que o George Karl não tem feito bem.
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Diego:
pq o houston vive se fudendo ??? pq quase sempre yao e t-mac q se fodem ????
Danilo:
T-Mac tem uma carreira de problemas nas costas, cedo ou tarde a lesão crônica sempre volta a atacar e ele já falou algumas vezes, inclusive, em se aposentar em breve. Yao Ming tem problemas nos ossos das pernas desde seus tempos de adolescente. Uma primeira fratura, segundo ele próprio, nunca mais permitiu que ele saltasse como antes. Não entendo coisa nenhuma de medicina mas acredito que seus ossos devem sofrer uma pressão fora do normal com aquele gigantesco corpo correndo para lá e para cá o tempo inteiro. Se o Houston quer manter os dois na equipe, simplesmente tem que se conformar que nem todo mundo é o Allen Iverson, que joga até com o pescoço quebrado se for preciso. E talvez seja uma boa idéia arrumar um departamento médico tão bom quanto o do Phoenix Suns.
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lucasS:
1)com kidd agora em dallas sera q o mavs finalmente ganha o titulo???
2)i pq no cap do dallas conta o salario do finley bradley mbenga sendo q eles nao estao mais no elenco?
Denis:
1 - Hummm... não.
2 - Isso acontece porque o contrato deles não foi encerrado naturalmente, eles simplesmente dispensaram o jogador (ou usaram aquela regra estranha pra não tomar multa, dispensando o Finley). Quando isso acontece, o salário do jogador ainda aparece na lista de salários do time e conta para o teto salarial da equipe. Por Finleys e Mbengas da vida é que o Dallas é o time com maior folha salarial da liga.
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Pedro Henrick:
Eu queria montar um time de futebol, só que eu preciso de um zagueiro destruidor. Será que o Spurs me empresta o Bruce Bowen pra dar umas porradas?
Denis:
O Spurs daria um bom time de futebol. O Duncan é aquele goleiro estilo Dida que não tem emoções visíveis e defende bem, o Bowen é o volante pegador que bate pra burro e anula o camisa 10 adversário, o Tony Parker é o segundo atacante estilo Euller "Filho do Vento" e o Ginobili (aka. Valdívia) ia ser o cara que cai toda hora e sofre faltas e pênaltis pro Michael Finley chutar pro gol. E iam ser campeões assim, só 1 a 0 com gol de bola parada.
...
thales:
1 Quais foram os maiores desafetos que vcs viram jogar na nba?? 2- Quais foram os maiores desafetos que vcs viram jogar no msm time, na nba?? 3- Vcs podem dissertar sobre o Portland JailBlazzers??
Danilo:
Acho que nosso amigo Luigi, que respondeu nos comentários, tem razão nessa:
"Isiah Thomas e Larry Bird ou Dennis Rodman e Karl Malone"
2- Quais foram os maiores desafetos que vcs viram jogar no msm time, na nba??
Denis:
Kobe e Shaq. Óbvio.
3- Vcs podem dissertar sobre o Portland JailBlazzers??
Danilo:
Dissertar? Dissertar? Tá achando que você é minha professora de português? Bem, o que eu posso dizer sobre eles? Que, mesmo o trocadilho sendo o primo pobre do humor, (vindo abaixo até da mímica) JailBlazers é um apelido até que engraçadinho. Vou até rir, ó: rá-rá. Pronto, passou.
Denis:
E é um apelido mais legal que "Bad Boys" daquele Pistons do começo dos anos 90. Pena que só os Bad Boys levaram título pra casa...
...
Anônimo:
Qual a maior maldição? Do Wizards? Do Rockets? ou a da Samara?
Danilo:
Acho que é a do Clippers.
...
Ralph:
Vocês acham que é possível jogadores novos como Rudy Gay e Brandon Roy serem trocados por meias-estrelas junto de um pacote de bolachas tipo Brian Cardinal ou Lafrentz? Algo do tipo Ilgauskas por Rudy e Cardinal?
Denis:
De onde veio essa idéia maluca? Isso não faz um puto de um sentido...
...
Renzo:
1. Não que seja a oitava maravilha do mundo mas, na atual conjuntura, PJ Brown (free agent) não seria uma boa opção de contratação imediata para os Rockets substituirem o Yao? Acho que o mumificado Mutombo, por mais que se esforce e que seja um jogador com uma baita carreira, não deixa de ser uma paródia (um pouco melhorada) do Robert Parish quarentão jogando nos Bulls de Jordan... portanto, não deve ser mais do que um ilustre reserva com escassos minutos. Ou será que Mutombo ainda é capaz de surpreender?? Mesmo tendo quebrado um galho razoavelmente em situação idêntica no ano passado, não boto tanta fé no gigante congolês a ponto de acabar com a "maldição de T-Mac"...
Danilo:
1. Se vai acabar com a maldição do T-Mac eu não sei, mas o Mutombo é titular, surpreendeu todo mundo, e o PJ Brown não faria nenhum sentido por lá. Por enquanto, o garrafão é de Scola, Mutombo, Chuck Hayes e o novato Carl Landry. Não é nenhum time dos sonhos mas, diabos, está dando certo, o que mais posso querer?
2. Mais uma da série sobre David Stern: POR QUE DIABOS DAVID STERN DESDE SEMPRE TEM SUA ASSINATURA REPRODUZIDA NAS BOLAS DA NBA?? Será pela frustração de nunca ter dado um autógrafo??? rs Acho que o Grego não assina as bolas oficiais da CBB para não correr o risco de alguém aprender a falsificar sua assinatura e apô-la maliciosamente em um pedido de renúncia. rs
Danilo:
2. Quem em sã consciência iria acreditar num pedido de renúncia do Grego? Quem diabos compraria uma bola da CBB? Quem diabos se importa com a assinatura do David Stern?
3. Como vocês analisam o desenvolvimento geral do Boston Celtics como equipe, sobretudo no que concerne à participação de jovens como Rajon Rondo, Gabe Pruitt, Glen Davis e Leon Powe????
Danilo:
3. Particularmente, não acho que eles joguem muito como equipe. O técnico do time, Doc Rivers, sempre foi mequetrefe e agora está nas conversas para técnico do ano. Ridículo. Ele agora apenas tem peças que sabem se complementar bem. Jogadas elaboradas mesmo, necas de pitibiriba. Os jovens estão bem, o Rondo sempre mostrou muito potencial e agora, com a vida facilitada pelo elenco estelar, está aproveitando. O banco é melhor do que se pensava, Leon Powe foi uma grata surpresa e o Glen Davis é o melhor gordo da NBA na atualidade. O Pruitt eu acho que só serve para secar a louça mesmo.
Denis:
O mérito deles como equipe é não complicar. Não fazem nada de muito elaborado e sabem usar a individualidade de cada um. Equipe mesmo, eles são na hora de defender.
...
JC:
De quem é a escolha do Knicks, no proximo draft??
Denis:
Por mais inacreditável, surreal e mentira que pareça, é do próprio Knicks. Só vamos ver se eles draftam direito ou se draftam o Nenê e trocam pelo McDyess machucado de novo.
...
felipe:
1-depois dos cosmos usarem todo os seu poderes de intergalatcos, na sorte(LAKERS), no azar(HOUSTON) na conferencia oeste, o que acontecerá com o universo se o título for para o leste???
Danilo:
Não vai acontecer nada, ué. O Universo inclusive deve estar torcendo para o Boston Celtics.
2- E o gerald green será que dah pra encaixar ele num esquema? E poder ser o novo KOBE no Houston?
Danilo:
Ele pode ser o novo Kobe na fila do seguro desemprego, já que o Houston mandou ele embora. Ele pula para a estratosfera, arremessa bem, mas dizem que não se dedica, que não tem cabeça, que não treina o bastante. Alguém vai dar uma nova chance pra ele, mas é provável que vá parar na Europa em breve. Sempre vou ter um carinho por ele, no entanto, porque depois de tantos "novo Jordan" fracassados, Gerald Green marca o início de uma nova era: ele é o primeiro "novo Kobe" fracassado.
3- É possivel uma final entre Hawks e Blazers? Do jeito que a NBA está....
Danilo:
É até possível, mas não nesse ano, e nem nos próximos. Em todo caso, como o Denis costuma dizer, o Hawks é sempre perdedor até que se prove o contrário.
Denis:
E não é verdade? Nesse ano que tá mó mamata chegar nos playoffs do leste eles estão conseguindo ficar de fora.
...
Rodrigo: Por que diabos o Olajuwon encerrou a carreira no Toronto Raptors? Teve algo a ver com a primeira escolha do draft que trouxe pro time o Yao em 2002?
Danilo:
O Olajuwon, como diz o filme da moda, "pediu pra sair". Escolheu ir para o Toronto Raptors (deve gostar de árvores e ursos) e o Houston fez um sign-and-trade, assinando o pivô e o enviando para o Canadá em troca de duas escolhas de draft, uma de primeiro e outra de segundo round. No entanto, por mais estranho que possa parecer, a escolha do Raptors virou apenas a décima quinta. A primeira escolha, que gerou Yao Ming, era do Houston mesmo. Sorte pra burro.
...
joão_mavs: o mavs acabo de assinar com o magloire e talvez assine com cassell ou brent barry nos proximos dias, será que o rockets tah sentindo a flata de um bom banco?? quais são os times com os melhores reservas?
Danilo:
Eu acho o banco do Rockets mais do que competente. Em geral, desde o começo da temporada, o problema era até que o banco era grande demais. No meu post "soluções para o Houston Rockets" eu queria era diminuir o banco, não aumentá-lo, mandando embora Francis, Mike James e Kirk Snyder. Meu camarada Adelman ouviu os conselhos e botou tudo em prática recentemente.
Sobre o Mavs, não assinaram nem Brent Barry (Spurs) e nem Cassel (Celtics) e se assinaram o Magloire, azar o deles. Até a mãe do pivô sabe que ele só corre para ir ao banheiro. Mesmo assim, o banco do Dallas é muito bom, ainda que não se compare com o do Spurs. Não adianta, pra mim eles tem o melhor banco há trocentas temporadas, não tem nem graça falar no assunto e eu vou parar para não ficar estressado.
Denis:
Não estou falando de números, mas os bancos que eu vejo que entram em quadra e conseguem ou manter um bom ritmo ou até mudar a característica do time titular no mesmo nível são o banco do Lakers, do Pistons, do Spurs e do Celtics. Gostava do banco do Mavs quando tinha ou Terry ou Devin Harris mas agora tudo mudou. O banco do Suns é bom por ter Diaw e Leandrinho, mas fica nisso, é um banco muito limitado.
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Trocas de último segundo
Como tornar um post desatualizado em apenas uma lição básica: finalize-o uma hora antes do horário limite para trocas na NBA. Foi ali, na horinha final, que a maior troca da temporada até agora aconteceu. Não maior em importância, veja bem. Maior em quantidade de jogadores: tem mais gente envolvida do que o Pelé tem de filhos.
Pra não tacar os 11 nomes de uma vez e dar a todos nós um tempo pra respirar, vamos comentar a troca por partes, falando de um time de cada vez. A começar, porque eu quero que seja assim, com o Chicago.
O Bulls tem um problema crônico antigo que incomodou um pouco na temporada passada e simplesmente aniquilou o time nessa temporada. Falta à equipe uma força ofensiva no garrafão e todo mundo que veste um uniforme dos tourinhos fica bem longe do aro chutando de 3 pontos o dia inteiro. Ben Wallace é um jogador espetacular, mas só vai ser efetivo na parte ofensiva no dia em que air ball valer 1 ponto no placar (que tal sugerir essa regra para o David Stern?). A aquisição de Joe Smith foi até motivo de piada na época, porque se ele era a solução dos problemas do time, eu seria a solução para o Grizzlies. Mas a verdade é que o Joe Smith se saiu muito melhor do que se esperava e foi, por longos períodos de tempo, o melhor jogador do Bulls. Não que isso queira dizer alguma coisa, claro. Joe Smith faz pontos mas sua praia não é ficar de costas pra cesta.
Com Tyrus Thomas e Joaquim Noah, caras grandes e de mentalidade defensiva, Ben Wallace e seu contrato tão gordo quanto a pança do Eddy Curry eram dispensáveis - desde que em troca do jogador certo. No caso, talento para o garrafão. Então alguém me explica porque o Bulls mandou o Big Ben junto com um dos poucos pontos positivos dessa temporada, Joe Smith, em troca de Larry Hughes, Drew Gooden, Shannon Brown e Cedric Simmons.
Vamos aos poucos. Shannon Brown mostrou que pertence à NBA quando LeBron saiu machucado, mas seu talento é moderado e ele deve morar no banco de reservas. Cedric Simmons é um cara grande que não causa impacto algum, é só um corpo a mais para abrir o pote de picles, alcançar a panela em cima do armário e fazer faltas no Dwight Howard na hora dos playoffs. Larry Hughes até está em alta, mas é que simplesmente conseguir quicar uma bola de basquete já é alta para ele. Se o sujeito não consegue acertar um arremesso sequer no Cavs há anos, como é que vai acertar arremessos num time que está justamente com a menor porcentagem de aproveitamento nos arremessos em toda a Liga?
E então chegamos ao Drew Gooden. Eu gosto do cara, sabe, desde os tempos de Orlando Magic. Mas jura pra mim que o Bulls acha que o Gooden é o que faltava no garrafão? Um cara que fica dando arremessos de meia distância e que não é tão diferente assim do Joe Smith? Bem, assim é a vida. Uns levam Pau Gasol, outros levam Drew Gooden. Uns tem a Preta Gil, outros a Alinne Moraes. O ruim é se contentar com o Gooden e fingir que, agora, está tudo bem.
Para o Cavs, é tudo um paraíso. Se livrar do Hughes é tipo ganhar na loteria e, fora o Gooden, o Cavs mandou apenas peças de segunda linha de quem ninguém vai se lembrar em alguns meses. Com Gooden indo para o Cavs e Donyell Marshall indo para o Sonics, o Cavs fica com duas duplas interessantes no garrafão: Ben Wallace com Ilgauskas e Varejão com Joe Smith. Ou seja, duplas em que sempre um defende e o outro ataca. Acho muito difícil que Varejão e Big Ben estejam juntos em quadra (seriam recordistas em air ball de lances livres!), mas as quatro peças formam boas combinações, bem equilibradas.
Como se não bastasse, o Cavs ainda recebe o Wally Szcscjlshderbiak e o Delonte West. Vai por mim, o West vai ser titular ainda antes da Sabrina Sato tirar a pinta da testa. O Gibson que me perdoe, mas ele tem "reserva" tatuado na testa em Times New Roman tamanho 20. E o Pavlovic, que desde aquela polêmica com a renovação do contrato vem fedendo pra burro, deve perder mais e mais minutos para o Wally. Apesar de ter uns 70 anos, o veterano acerta arremessos de três pontos até dormindo e vai ser útil pacas no Cavs, além de ser legal ter uma camiseta com um sobrenome ilegível e impronunciável. Agora, LeBron, me escuta: o Kidd não veio mas teu elenco agora é mais completo e profundo do que jamais foi. Hora de ganhar um título!
Assim como naqueles grupos de cinco sujeitos coloridos de roupa colada japoneses, tipo os Power Rangers, em toda a troca tem que ter um participante babaca. Nessa troca, o babaca da vez é o Sonics. Receberam do Cavs o Ira Newble e o Marshall, e do Bulls o Adrian Griffin. O Griffin pode contar para os novatos boas histórias sobre os tempos em que os continentes da Terra ainda eram apenas um, porque o sujeito tem uns 60.000 anos. O Ira Newble fede, e do Marshall eu gosto bastante, mas ele precisa de esquemas favoráveis para seu jogo e de uns 5 anos a menos, coisas que só acontecem em filmes ruins da Sessão da Tarde. Essa troca para o Sonics significa apenas uma coisa: estamos nos livrando de quem não quer ficar, de quem é veterano, vamos perder o máximo possível e pegar uns bons novatos na temporada que vem. Bem, é um plano melhor do que trocar pelo Randolph, convenhamos.
Com toda essa bagunça acontecendo em Chicago e Cleveland, é bem fácil se esquecer de que o Raptors também fez algo para ficar melhor. Sem nenhum pivô reserva desde que draftaram o Baby (provavelmente foi um castigo divino, ou uma maldição indígena) o time da terra do hockey vem improvisando o Humphrey no garrafão. Ele até faz um bom trabalho, mas o Brezec veio do Pistons (e acabara de vir do Bobcats, coitado, deve ter cansado de se mudar) e é um pivô de verdade, capaz de acertar seus arremessos quando necessário. Em troca, o Raptors mandou para Detroit o armador Juan Dixon, amigo do Steve Blake, que é um bom reserva e estava descontente no Canadá, provavelmente porque lá só tem guarda florestal e urso. Ótimo, agora todo mundo fica feliz, mas na minha opinião é a equipe de Toronto que saiu ganhando nessa e agora é ainda mais profundo.
Como nota de rodapé, interessando apenas a mim e ao nosso leitor Rena McGrady, que comentou no post anterior, o Houston mandou o Kirk Snyder em troca do Gerald Green. O Snyder não é tão ruim, sabe? Digamos que ele fede moderadamente, sabe infiltrar e defender melhor do que uma chinchila, por exemplo. Não havia lugar para ele no Rockets mas ele pode ser um bom décimo-segundo reserva em algum lugar por aí, possivelmente na Europa. Já Gerald Green ia ser o novo Kobe uns anos atrás, ganhou conselhos do Bryant em pessoa, então acho que ter ele no time não vai fazer mal a ninguém, vai que de repente ele marca 81 pontos. Na pior das hipóteses, o Green pode ficar brincando de enterrar nos treinos e deixar os outros jogadores entretidos. Já é alguma coisa.
Em breve, vamos dar uma olhada mais uma vez em como cada time se sai com suas caras novas. E lembrando, claro, que o Houston ganhou sua décima partida seguida. O que tem isso a ver com o resto do post? Nada, mas deixa eu ser feliz, tá bom? Meu time não conseguiu nem o Kidd e nem o Gasol, poxa.
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Danilo
por volta das
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domingo, 17 de fevereiro de 2008
Sabadão com o Gugu
Já acabou. Campeonato de enterrada de novo só no ano que vem. Eu sei, também estou deprimido e vou ficar assim muito tempo ainda. Por um dia pra ser exato. Até o jogo das estrelas, aí fico bem de novo.
Mas não estou aqui para desabafar sobre minhas tristezas, estou aqui para falar de tudo o que aconteceu ontem na noite de sábado. Então vamos logo, sem enrolar, para uma passada em cada um dos eventos!
Haier Shooting Stars
Esse foi o único evento que não participou do bolão. O motivo é que estávamos com medo de que, como em anos anteriores, os participantes fossem revelados muito em cima da hora. Até que não foi assim mas, quando saíram, a promoção já estava no ar.
Mas de qualquer forma, não importa, ninguém ia acertar mesmo! Quem acreditaria que dois caras com mais de 2,10m de altura iriam vencer uma competição de arremessos? O negócio é que se você junta o Tim Duncan e o David Robinson, algo de bom acontece e eles vencem. Acho que se eles participassem do campeonato de NBA Live, já era pro Tony Parker e era capaz até de algum deles ganhar a Eva Longoria. Estou com a maioria dos que votaram na última enquete e não sou muito fã do Spurs, não gosto do Bowen, do Ginobili cavando faltas e de ver eles ganhando em cima do meu Lakers, mas do Duncan, apesar da cara de sonso, eu gosto. E ver ele e o David Robinson vencendo foi divertido.
E se você quer saber, acho que ontem a maioria das pessoas torceu para o San Antonio. O motivo não é nenhuma das torres gêmeas, mas sim aquela delícia da Becky Hammon! É o que eu sempre digo, por que deus é tão injusto e dá talento e beleza pra mesma pessoa? Ela podia ser só mais uma burra bonita, mas não, é uma puta jogadora de basquete. Quantas baranguinhas por aí não gostariam de ter o talento dela pra, pelo menos, descontar a raiva de ser feia na quadra? Mundo cruel.
Destaque para o time de Chicago que, se tivesse mais pontaria no arremesso do meio da quadra, teria levado o título. Mas pra NBA foi melhor ter Duncan e Robinson ganhando do que o Chris Duhon, que só foi bom uma vez na vida, semanas atrás quando meteu 34 pontos no Warriors. Seu dia de Gilert Arenas, comentaram por aí.
E a decepção do torneio foi o Mr. Big Shot, Chauncey Billups. Errou muitas e muitas bolas seguidas em seu primeiro local de arremesso. Pior que ele só a bola que o Laimbeer jogou na torcida.
Aqui os melhores momentos:
Playstation Skills Challenge
Aqui era o duelo de um veterano já campeão, Jason Kidd; o atual bi-campeão, Wade; e a melhor rivalidade da NBA, Deron Williams e Chris Paul.
Pra começar, o vovô Kidd. Ele mostrou ao Dallas o que pode fazer se for pra lá. Muitos dribles, velocidade, pontaria nos passes e NENHUM arremesso. Foi naquele arremesso da cabeça do garrafão que ele perdeu a chance de ir pra final do desafio. Ele nunca foi conhecido por seus arremessos, mas parece que ele está piorando com a idade. Mas nada contra ele, como dizem alguns (e eu concordo), ele é um dos únicos jogadores da NBA a conseguir dominar um jogo sem arremessar uma bola sequer. Ben Wallace era o outro que era capaz disso nos seus bons tempos.
Tinha grande expectativa para ver D-Wade atuar. Ele tem tido problemas físicos mas ainda é o "Flash" e tem seu orgulho a defender. Até apostei nele como MVP do All-Star Game porque acho que ele vai jogar bem sério para conseguir ter algo de bom nessa temporada. Mas até agora não tem nada de bom.O cara está zicado até o osso.
Primeiro errou um drible que ele nunca deve ter errado na vida, depois não conseguia acertar um arremesso sequer e, pra terminar, errou bandejas que nem aquele seu primo de 10 anos que você chama pra jogar com você quando está entediado erraria. Foi feio.
Na primeira rodada, tanto Chris Paul quanto Deron Williams foram bem, nada espetacular, mas já os garantiu na final. E quando o assunto é CP3 contra Deron, o cara de Utah sempre vence. É assim desde a primeira temporada dos dois. Paul pode até ser melhor no geral, regularmente, mas na hora do duelo de um contra o outro, o Deron Williams SEMPRE vence. Votei no Deron para esse Skills Challenge só porque sei do prazer que ele tem em vencer seu rival.
E, pelo menos nessa, eu acertei. Deron foi impecável e não deu chances ao garoto da casa. Uma bela e divertida vitória que você pode assistir abaixo.
FootLocker 3 point Shootout
Eu cheguei a pensar duas ou até mais vezes antes de colocar meu voto no bolão. Primeiro pensei que nunca é bom apostar contra o Kobe, depois pensei que o Hamilton sempre vence o Kobe nos duelos Pistons-Lakers e que ele poderia repetir a dose, depois pensei que o Nash nunca erra arremessos livres nos jogos. Mas depois vi esse vídeo e lembrei: ninguém arremessa como Jason Kapono.
E foi assim mesmo, Kapono não foi lá pra brincar e simplesmente destruiu os outros oponentes. Ontem nem Larry Bird era capaz de parar o Novak Djokovic do basquete. Por outro lado, a disputa pelo segundo lugar foi bem emocionante!
Rip Hamilton foi o primeiro a arremessar e, depois que esquentou, foi espetacular, teria feito 17 pontos se não tivesse pisado na linha nos arremessos finais. Depois foi a vez de Daniel Gibson arremessar muito bem, embora, como Hamilton, tenha demorado pra pegar o ritmo. Ele também fez 17, mas sem pisar na linha. Nowitzki, que tem o arremesso que eu vou ensinar para os meus filhos, foi bem parecido com os outros e só pegou o embalo depois de ouvir a torcida ameaçar uma risada depois de uma airball. 17 pro alemão.
A vergonha foi Steve Nash. Além de demorar uns mil anos pra arremessar cada uma das bolas, andou na velocidade de seu novo companheiro Shaq entre uma sequência e outra de bolas. No fim acertou apenas 9! Até o amigo do César, leitor do Bola Presa, que outro dia meteu 12, se sairia melhor. Já Peja não foi ruim, mas também não foi bom o bastante. Foi, como gosto de dizer, bege.
Espero ano que vem ver o Hamilton de volta pra não pisar na linha, o Kobe mostrando o que pode fazer, quero ver o Leandrinho e, claro, quero ver o Kapono ser o primeiro jogador a não errar nenhum arremesso em um campeonato de três pontos!
O resumo da disputa você pode ver aqui:
Sprite Slam Dunk Contest
Primeiro um desabafo: Rudy Gay, por que você pediu ajuda no YouTube se você não usou nenhuma daquelas idéias?! Ou, se usou, foi uma das mais chatas, porque eu vi coisas absurdas por lá e você foi o pior competidor de ontem! Uma vergonha!
Pronto, falei o que queria falar sobre o Rudy Gay e não vou mais tocar no seu nome porque ele não merece. A ponte aérea vinda do Kyle Lowry foi legal mas não convenceu.
Minha segunda revolta é contra os juízes. Eles não foram tão injustos como no ano passado com Dwight Howard mas nesse ano, por um ponto, deixaram o Jamario Moon de fora das finais.
A primeira cravada do jogador do Toronto merecia um 50! O problema da enterrada foi que ela não desceu forte no chão, ela bateu um pouco no aro e isso causou uma impressão pior para a plástica da ação, mas mesmo assim eu daria um dez. Já a segunda enterrada dele foi muito legal, mas quem ferrou ela não foram os juízes, mas ele mesmo. Primeiro por colocar o Kapono pra dar o passe. Com Calderon e TJ Ford no time, ele vai me escolher o Kapono pra dar o passe só porque ele já estava lá? Pagou o preço, o passe saiu bem mais ou menos.
Outro ponto negativo foi que ele passou longe DEMAIS daquela linha que ele mesmo colocou antes da linha do lance-livre. Quero acreditar que se ele colocou aquela linha lá é porque ele consegue pular de tão longe. Gostaria de ver ele de volta à ação no ano que vem, pulando daquele lugar e usando um bom passador para a enterrada.
Falando dos dois finalistas, Gerald Green foi o que mais tentou inventar. Primeiro foi aquele apagar de velas que me fez morrer de rir. Depois usou Rashad McCants segurando a bola na escada que, não foi uma enterrada pra 50, mas mostrou o quanto aquele maluco consegue pular!
Na final ele cometeu um erro que até é comum em concursos de enterradas: ao invés do mais bonito, ele foi para o mais difícil. Enterrar descalço não é fácil, dói, você não pega a mesma impulsão e nem a mesma velocidade. Mas quem é que se importa com isso se o resultado é uma enterrada que já vimos várias vezes antes?
Sua melhor enterrada, porém, veio na final. Foi aquele passe que veio do McCants (depois de mil tentativas) por trás da tabela e que ele pegou, passou por baixo das pernas e enterrou. Aquela foi linda demais!
Sobre a polêmica dele ter jogado o tênis na mesa dos jurados, achei aquilo invenção, não vi nada demais. Ele deu uma de mala só, qual o problema? Faz parte do personagem que está no campeonato de enterradas.
Agora, o que falar de Dwight Howard? Ele abusou da criatividade em todas as suas enterradas. Nos fez rir ao mesmo tempo que nos impressionávamos com suas fortes cravadas. Foi fabuloso.
Ele começou com aquela jogando a bola atrás da tabela, que, merecidamente, recebeu um 50. Depois fez a enterrada que é a imagem que ficará guardada desse campeonato de enterradas: a enterrada do Superman! Por um instante achei que ele ia tentar pular do lance-livre e enterrar com as duas mãos, como o Carter fez em 2000 e que recebeu o nome de "Superman Dunk", mas não, ele só pulou de muito longe e arremessou a bola na cesta! Nem enterrou, ARREMESSOU! Foi o máximo!!! Respondendo à enquete aí do lado, eu deixava a Jessica Alba de lado fácil fácil pra poder ver um campeonato de enterradas!
Na final, D-Ho usou uma enterrada que só não era nova pra quem viu o vídeo dele treinando. Aquele tapinha na tabela antes de enterrar, já no ar, foi algo lindo demais e que nunca tinha sido feito em um campeonato de enterradas! Coisa de doido! E pensar que hoje ele disse que começou a preparar as enterradas há duas semanas apenas. Haja criatividade!
Depois da enterrada da meia do Gerald Green, o Howard só precisava de uma boa enterrada pra garantir o título. E fez até mais do que isso. Fiquei um pouquinho triste com o fato dele não ter colocado a cestinha pequena em um lugar mais alto, como na altura de 2,60m que ele tinha pedido. Mas mesmo assim foi uma bela enterrada para finalizar um belo campeonato. Campeonato este que você pode ver os melhores momentos aqui:
Espero, do fundo do coração, ver Dwight Howard de volta no ano que vem para defender seu título. Por enquanto vamos ver se ele, pelo menos, garante umas boas enterradas hoje no All-Star Game.
Ah, e o Bibby foi para o Hawks em troca de uma escolha de segundo round, Shelden Williams, Tyronn Lue, Anthony Johnson e Lorenzen Wright. Mas falamos disso a fundo quando o All-Star Weekend acabar.
Bom All-Star game para todos e boa sorte na nossa promoção!
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Denis
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19:07
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sábado, 26 de janeiro de 2008
Latem mas não mordem
Ontem a rodada estava recheada de grandes jogos: o Suns enfrentava o Cavaliers que está em boa fase, Magic e Pistons se enfrentavam sonhando com o título do Leste, meu Houston enfrentava a série de 12 vitórias seguidas do Blazers em casa, Lakers e Mavericks faziam o confronto que, se a temporada regular acabasse hoje, seria uma série de playoff. Mas na hora de escolher o jogo que iria assistir, eu sabia que nenhum desses se compararia a outro: Kevin Garnett e seu Celtics enfrentando, pela primeira vez, sua ex-equipe de Minessota.
Todo o jogo podia ser resumido ali, na expressão no rosto de Sebastian Telfair no quarto período: olhos raivosos, dentes à mostra, pescoço tenso, prestes a latir, grunhir e uivar. O Wolves era um bando de loucos raivosos em busca de vinçança, auto-estima e dignidade. Cada vez que o Telfair estripava o Rajon Rondo, era mais do que basquete. Era uma tentativa de provar que, apesar de ter sido praticamente demitido do Celtics e impedido de jogar por problemas extra-quadra, tinha talento para ser titular de um time com Allen, Garnett e Pierce com reais chances de título. Cada bandeja certa de Telfair exprimia a angústia de ter sido mandado embora a preço de banana enquanto Rondo é titular e está prestes a ganhar um anel.
Além dele, Al Jefferson, Ryan Gomes e Gerald Green também tinham algo a provar. Mas provar que trocar todos eles pelo Garnett foi um erro é mais difícil do que provar que o Michael Jackson é inocente. Difícil mas, como no caso do célebre amigo das criancinhas, não impossível.
Com o jogo prestes a começar, nada do Garnett aparecer na quadra. Pelo jeito, era uma dor aguda e esquisita no estômago que ninguém sabia do que se tratava. Oras, para mim é óbvio que se tratava da consciência. Do Grilo Falante. Da dúvida dura e cruel: "devo arrasar por completo o time em que passei toda minha carreira?"
Finalmente, Garnett resolveu entrar em quadra para chutar uns traseiros. Mas em poucos minutos de jogo já ficou bastante óbvio que ele estava em quadra, na verdade, para impedir que os traseiros dos seus companheiros de Celtics fossem chutados. Pode não ter sido a melhor atuação do Wolves, vários jogadores tiveram uma partida capenga, mas a agressividade e a intensidade foram inegáveis. O Gerald Green, em especial, mostrou sinais de talento que eu não tinha visto antes. Atacou a cesta, teve jogadas interessantes, atléticas, vigorosas. Não acertou nada, é um grosso, mas a gente releva. Al Jefferson e Ryan Gomes tiveram partidas sólidas, especialmente na defesa, e enquanto isso Telfair humilhava Rondo dos dois lados da quadra: fez 18 pontos em um punhado de bandejas fáceis e marcou Rajon de modo a tornar sua vida um inferno. Como resultado, o Wolves passou praticamente o jogo inteiro na frente. Garnett saiu de quadra com a tal dor no estômago no quarto período e quando voltou, faltando 2 minutos para o final do jogo, seu time perdia por 5 pontos. Telfair acabara de fazer uma bandeja acrobática e rosnava com dentes afiados para a torcida. A família do Marbury (já que Telfair é seu primo) não bate muito bem da cabeça.
Até os dois minutos finais, a intensidade dos jogadores vingativos do Wolves estava à flor da pele. A defesa da equipe funcionava como em poucas vezes durante a temporada, evitando rebotes ofensivos adversários que haviam sido rotina em todas as suas outras partidas. Marcações duplas muito bem feitas no final do jogo garantiam a vantagem no placar.
Aí caiu a ficha. O Wolves percebeu que suas vitórias e derrotas são espelhadas com as do Celtics: 7 vitórias e 34 derrotas para os lobinhos, 34 vitórias e 7 derrotas para os de-verde. O Wolves se tocou que não deveria estar ganhando, que aquilo era um momento histórico, um marco, um feito de homens crescidos. Poderia ser uma virada na temporada rumo aos playoffs, uma vingança merecida aos dirigentes do Celtics que os subestimaram, um jogo para dar um reconhecimento merecido à equipe e talvez até melhores ofertas de times ou salários para os jogadores. Que vitória! Que vitória!
Pensar em algo assim é exatamente o tipo de coisa que acaba com a vontade de ganhar e a substitui pelo medo de perder. Garnett voltou para a quadra, no sacrifício, e o Wolves estava desesperado com a possibilidade da derrota - ainda que vencendo o jogo por 5 pontos. Entraram num declínio pior do que o Miami Heat quando percebeu que o Shaq tinha 62 anos. Nos dois minutos finais, ninguém no Wolves conseguiu fazer uma cesta sequer enquanto metodicamente permitiram ao Celtics (que, aliás, fazia péssima partida) pegar uns 568 rebotes ofensivos seguidos. Num pedido de tempo, o novato Corey Brewer foi cobrar o lateral mas estava com tanto medo que acho que até vi um pouco de xixi escorrendo pelas suas pernas. Não conseguiu passar a bola, não pediu tempo e estouraram-se os 5 segundos. Bola desperdiçada, eis que o Celtics pegou mais 237 rebotes ofensivos em sequência para, enfim, assumir a liderança com uma cesta de (quem diria!) Kendrick Perkins, o cestinha do Celtics. Mais um tempo para o Wolves, mais um medroso mijão incapaz de colocar a bola em jogo. A mocinha da vez foi o Jaric, que pelo menos tem dois neurônios a mais que o Brewer e conseguiu pedir tempo. Na terceira tentativa o Wolves enfim colocou a bola em quadra e a alegria foi tão grande que até nublou a importância de se pensar em uma jogada planejada. Al Jefferson sobrou isolado no improviso, recebeu marcação dupla e passou a bola destrambelhado para o Telfair que não conseguiu dominá-la porque Garnett se tacou como um débil mental para cima dela, conseguindo o roubo de bola.
Como fã do Garnett que sou, fiquei meio triste de vê-lo comemorando o roubo de bola vencedor levantando o nome "Celtics" de sua camisa e mostrando para a torcida. Foi o tipo de coisa para machucar bastante os testículos dos fãs de Minessota, mas como o KG foi nobre o bastante para aguentar anos e mais anos por lá mesmo com times mequetrefes sem nunca, jamais, pedir para ser trocado, acho que está tudo bem extravasar um pouco.
No time perdedor, o desânimo era mais do que avassalador, era constrangedor. A equipe foi derrotada pelo desespero, pelo pavor, pela infantilidade. Se havia alguma chance de melhorar a auto-estima dos jogadores, essa chance durou menos do que popularidade de ganhador de Big Brother. Sebastian Telfair, Al Jefferson e Ryan Gomes são talentosos e uma das melhores bases jovens de qualquer time da NBA hoje em dia. Mas eles são uma base sem moral alguma, formados em ambientes que só perdem jogos atrás de jogos desde que entraram na Liga. Que tipo de fundação pode ser criada na derrota? Ninguém no Wolves sabe como é vencer e, justamente por isso, o time entrou em parafuso nos 2 minutos que o separava da vitória. O que fazer com um time desses, com tanto potencial mas incapaz, ainda, de conseguir as vitórias necessárias para moldar a equipe em uma franquia futuramente vencedora?
Eu sou um chato que insiste em dizer de 5 em 5 minutos para pessoas aleatórias nos elevadores e nos pontos de ônibus que eu acredito no Wolves desde que a troca do Garnett aconteceu. Que eu boto fé nessa pirralhada, que eles podem vencer um dia e que (como o Blazers provou) eles podem vencer agora mesmo apesar da pouca idade. Talvez o primeiro passo fosse um técnico novo para dar uma nova abordagem, dar uma nova esperança para esses jovens e, acima de tudo, ensiná-los como jogar defesa de forma menos patética.
Aquele Hawks jovem demais, com mais alas do que escola de samba, só agora está dando resultado e tem chances enormes de ir aos playoffs dessa vez. O Timberwolves tem ainda mais talento, melhor espalhado entre várias posições diferentes. A dupla Al Jefferson e Randy Foye, que aliás ainda não jogou nessa temporada por estar machucado, é uma base que faria o Hawks de anos atrás babar de inveja: ter um armador excelente apoiado por uma presença dominante no garrafão é a fórmula dos campeões.
Uma vitória em cima do Celtics poderia ter sido o primeiro passo para que esse time acreditasse em suas condições, e acho que esse derrota dolorida mostrou fraquezas que atormentarão essa meninada como as histórias da Loira do Banheiro atormentaram a minha geração. Fico preocupado com as repercussões que essa derrota terá em suas mentes pelo resto da temporada e, até mesmo, pelo resto de suas carreiras. Mas ainda assim acredito em suas capacidades. Esse é um time que estará em seu auge em alguns anos e será apenas uma questão de mentalidade: estarão preparados para vencer ou perderão para sempre sem sequer repor a bola em quadra? Vão ficar só latindo para sempre ou vão morder alguém eventualmente?
Defenestrado por
Danilo
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
A saúde dos doentes
Ontem passei o dia fora e cheguei em casa feliz à noite porque daria tempo de ver meu Lakers jogar. Eram cinco vitórias seguidas, incluindo um sapeca-ia-ia em cima do Hornets, e no domingo era mais uma vitória à espera do LA. Pegar o Grizzlies em casa não era pra ser problema, mas foi.
Pra começar, Mike Miller estava simplesmente pegando fogo. Tudo o que ele arremessava caía e durante o jogo ele acertou pelo menos umas duas bolas de 3 a uns dois bons passos atrás da linha dos 3 pontos. Além disso, Gasol estava inspirado, seus 21 pontos, 18 rebotes, 8 assistências e 4 tocos fizeram uma bela diferença.
Porém, depois de colocar Kobe grudado em Mike Miller o tempo todo, o Lakers melhorou e, com uma sequência de 16 a 0 liderada por Jordan Farmar, o Lakers abriu 13 pontos e ficou tranquilão na liderança, era só aproveitar o show e ir pra casa com a vitória.
Até que o pior que poderia acontecer, aconteceu. Lembra do texto "Pânico de contusão" que o Danilo escreveu? Foi assim que eu me senti quando o Bynum pisou no pé do Odom, torceu o joelho e caiu no chão gritando de dor. O ginásio ficou em silêncio e eu fiquei em silêncio com as mãos na cabeça. Na hora, exagerado como qualquer mãe preocupada, já pensei no joelho do Shaun Livingston, nos tornozelos do Grant Hill, no quadril do Guga, no cérebro do Mike Tyson e em todas essas contusões praticamente irreversíveis que vemos por aí.
Andrew Bynum saiu de quadra carregado por companheiros de time (não deve ser fácil quando o mais pesado do time se machuca, haja pivô reserva pra levar o homem!) e no seu lugar entrou Kwame Brown. É, o pior ainda estava por vir!
Logo a diferença foi baixando, o Grizzlies não estava jogando mal desde o primeiro tempo, mas o aproveitamento do Lakers caiu de 55% para 25% nos arremessos de quadra no terceiro período, e a torcida estava em silêncio abobada com a contusão da grande surpresa do time na temporada.
O pupilo de Kareen Abdul-Jabbar está em uma temporada espetacular, fazendo a diferença para o Lakers. Sua média de 13 pontos e 10 rebotes não conta toda a diferença que ele faz em quadra. Nas palavras de Kobe Bryant: "Andrew faz minha vida mais fácil, o outro time tem que começar a pensar duas vezes antes de dobrar a marcação em cima de mim, assim tenho mais espaço para jogar".
Só vendo o jogo mesmo para ver a diferença que Bynum faz. A cada bobeada que o time adversário dá, é uma ponte aérea. Todo o jogo Kobe ou Farmar ou os dois lançam pelo menos uma bola pro grandão enterrar. E em vários jogos nessa temporada, Bynum foi claramente o melhor em quadra, nos dois jogos contra o Suns ele simplesmente anulou Amaré Stoudemire e liderou o Lakers à vitória. Como disse um narrador de um jogo dia desses, o Lakers conseguiu duas grandes contratações nessa temporada, Fisher, que tem sido incrível como armador, e Bynum, no garrafão. Porque esse garoto não estava jogando assim no ano passado. É como ter um pivô novo. E pensar que quase trocaram ele JUNTO com o Odom pelo vovô Jermaine O'Neal. Ah, taí outros dois jogos que Bynum dominou, as duas vitórias sobre o Pacers de Jermaine.
Voltando ao jogo, tudo isso que eu disse estava fora de quadra contundido e no lugar dele um cara tão ruim que nem ser a pior primeira escolha de draft da história ele consegue, já que o prêmio fica com o Olowokandi. Kwame Brown é o segundo.
Na hora eu tentei me animar, "vamô lá Kwame, é o seu jogo, sua hora de mostrar que você também é bom, que não é só motivo de piada!".
Um turnover aqui, um gancho errado ali, outro gancho errado, e eu já estava em desespero de novo. Enquanto isso, o quarto período rolava solto e Navarro e Gasol lideravam a virada dos Grizzles. Kobe Bryant então resolveu acabar com a brincadeira e praticamente sozinho botou o Lakers de volta no jogo com uma liderança de 3 pontos, até que Rudy Gay que, não sei se já comentamos, está tendo uma temporada espetacular, meteu uma bola de 3 e o jogo ficou empatado.
Momentos cruciais do jogo. Torcida de pé. Gritaria. Jogo empatado. Dobram a marcação em Kobe Bryant, a bola roda e alguém está livre, esse alguém é o pivô, o pivô é Kwame, ele sobe e... erra a enterrada! Fiquei com a boca aberta e cara de cu. Como ele tinha feito isso? Ele teve a chance de fazer a cesta da vitória e mostrar que não era apenas com o Bynum que não podiam dobrar no Kobe. Que grande idiota! Mas eis que aí ouviu-se o apito e foi marcada uma falta na hora da enterrada! O replay em câmera lenta prova um tapa na cabeça do Kwame igual àquele na cabeça do Ricky Davis contra o Dallas quando os juízes não marcaram nada.
Kwame, com seus incríveis 41% de aproveitamento, vai para decidir a partida. Ele acerta o primeiro e, aliviado, erra o segundo bem feio. O Grizzlies tem uma última chance para vencer o jogo e a bola fica na mão do bom armador Kyle Lowry. Ele bate pra dentro, sofre uma falta mais clara que a pele do Shawn Bradley cometida pelo Kwame e o juiz não marca nada. Fim de jogo, vitória do Lakers, Kwame (e todos os juízes) herói!
Na hora foi um alívio, era uma vitória necessária. Era preciso provar pra torcida, pra NBA e pro próprio Lakers que o time pode continuar vencendo mesmo se o pior acontecer ao Bynum. E foi isso que Kobe disse na entrevista após o jogo, disse que mesmo se Andrew passasse uns jogos foras eles iam continuar jogando duro e iam continuar vencendo.
Mas convenhamos, isso é conversa pra boi dormir, o Lakers virou um time bom porque finalmente tem um pivô bom para fazer dupla com Kobe, sem Bynum é o mesmo time razoável que fica em sétimo no Oeste e perde na primeira rodada. Vai ser difícil segurar a onda sem ele e o jogo contra o Suns na próxima quinta, se Bynum ainda não estiver de volta, será um ótimo teste.
Como alívio, no dia de hoje sairam os primeiros testes e parece que não é nada de sério com Andrew Bynum. Houve uma leve torção, ele até deve perder uns jogos, imagino, (ainda não saiu nenhuma notícia confirmando nada) mas pelo menos não é nada muito grave. E em outra boa notícia para o Lakers, o time de LA é o novo líder no Power Rankings da NBA.com. Irônicamente, pela primeira vez o Heat é o último da lista. Hoje em dia aquela troca do Shaq não parece tão ruim, não é?
Notas:
- Jamario Moon está praticamente confirmado na disputa de enterradas desse ano. Para concorrer com ele, provavelmente estará de volta o campeão Gerald Green e já dizem que Rudy Gay do Memphis também deve ser chamado. Se os três forem confirmados, independente do quarto concorrente, o torneio deverá ser espetacular!
- Sério, o que foi a derrota do Pistons ontem? Nem ser o quarto jogo em cinco noites explica. O Knicks, mesmo com aquele time, sempre tem momentos marcantes em toda temporada, lembra da vitória sobre o mesmo Pistons em 3 prorrogações na temporada passada? O time é ruim mas tem uns jogos de tirar o fôlego!
- O Cavaliers extendeu o contrato do técnico Mike Brown. Eu só não sei o motivo. Isolar o LeBron na cabeça do garrafão e esperar ele dominar o jogo não é lá tão difícil para um técnico, eu faria o mesmo pela metade do salário dele.
- Quer dizer que quando finalmente o Grant Hill não machuca nenhum tornozelo, joelho, cotovelo ou qualquer coisa assim, ele perde trocentos jogos por causa de apendicite? Quando o cara é bichado ele É bichado até o fim.
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Denis
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007
"Both teams played hard"
Voltamos com nossa coluna "Both teams played hard", em que respondemos suas perguntas com a mesma graciosidade de Rasheed Wallace. Nessa semana, perguntas sobre o Wolves, basquete nacional e europeu. Ou seja, se você não ler, não estará perdendo muita coisa.
Se você tiver alguma pergunta para nós, basta usar a caixa de comentários dessa coluna e ter a paciência zen-budista de esperar mais uma semana. Fique à vontade, também, para comentar nossas respostas ou nos enviar fotos "fotolooooguiiii" de sua irmã bonita. Sinta-se em casa. Agora, vamos às perguntas.
Leandro:
gostaria de dar uma sujestao de fazer uns tópicos comparando times da euroliga e da nba(os melhores e os piores tbm). afinal sao nesses lugares que estao os melhores times do mundo,os esquemas taticos mais interessantes e tudo mais.
mas é isso..
Denis:
Tem razão, a Euroliga tem esquemas táticos interessantes, ótimos jogadores com muito talento e inteligência. Lá quem comanda o basquete não está interessado só em show, enterradas e em faturar em cima de atuações individuais de jogadores fominhas. Lá nunca ninguém vai fazer 81 pontos ou coisa do tipo. Lá o negócio é sério e os jogadores são disciplinados.
Por isso que eu tô pouco me fodendo pra Euroliga e logo não tenho conhecimento o bastante pra comparar nada. Mas já comparei com tênis e futeba, quer mais o quê?!
Charles:
Oq o Wolves tem pra comemorar a não ser a Adriana Lima ?
Que um dia o Jefferson pode ser um bom jogador ? Tipo quase um "Michael Jackson" ? Ou o campeão das enterradas, Gerald Green que tá jogando menos de 10 minutos por jogo?
Danilo:
Eu sou suspeito pra falar porque boto fé nesse Wolves desde o dia da troca. Olha, o Al Jefferson não vai ser o Michael Jordan, mas também não me venha com "que um dia ele pode ser um bom jogador". Agora, nesse instante, nesse milésimo de segundo, agorinha mesmo, o Al Jefferson pode chutar o traseiro da imensa maioria dos alas-pivôs da NBA. Ele tem médias de 20 pontos e 12 rebotes por jogo (fora 1 assistência, 1 roubo e 1 toco), é o quarto em rebotes e o quinto em double-doubles (17 em 23 jogos) além de ser o único jogador, junto com o Dwight Howard, a ter pelo menos uma partida com 30 pontos e 20 rebotes nessa temporada. Ele domina um punhado de jogos, melhorou enormemente da linha de lance livre e faz tudo isso muitas vezes tendo que ser improvisado de pivô, o que obviamente não é sua praia. E o principal de tudo é que ele pode ir aí na sua casa te dar uma baita de uma sova se você não acreditar.
O resto do time é muito inconsistente porque o Ratliff, que é o único cara experiente da equipe, tem idade para ser o pai de todos os outros jogadores. Ao invés de vestiário, o Wolves deveria ter um fraldário.
O Gerald Green-campeão-de-enterradas é o próximo Kobe Bryant, você não sabia? Pelo menos é o que se dizia quando ele foi draftado. O Kobe pessoalmente deu uns conselhos pro Green e talvez um dia ele esteja marcando 81 pontos por aí. Meu palpite pessoal é que em algumas temporadas ele vai ter desaparecido da NBA por completo e estará sendo campeão de enterradas na Europa, onde o pessoal costuma fazer besteira na hora de enterrar.
Fora isso, o resto do time tem bastante potencial. O Sebastian Telfair, apesar de primo do Marbury, parece ser menos débil mental e até gosta de passar a bola, com médias de mais de 6 assistências por jogo como titular. Randy Foye é um baita armador que estaria fazendo barulho se não estivesse machucado. Craig Smith é o "Paul Millsap versão Wolves", sensacional se vindo do banco. Corey Brewer é novato, faz xixi na cama, mas é um baita reboteiro e ainda vai ser uma estrela nessa liga (se não for, e o Al Jefferson não for All-Star um dia, vou ter perdido uma baita de uma grana em apostas por falar demais). McCants está aprendendo a usar o banheiro sozinho agora, o jumper está ficando consistente e o garoto realmente sabe pontuar. Ryan Gomes é um dos meus role players favoritos, faz de tudo em quadra, limpa panela, lava cueca suja com freiada e não reclama.
Ou seja, o time fede bastante mas tem potencial para ser vencedor daqui umas duas ou três décadas. O único problema de ficar botando fé em times jovens-porém-talentosos é que eles podem acabar como o Hawks. Mas os fãs dos lobinhos não precisam ser tão pessimistas, não estar em Atlanta já é um bom começo para comemorar. E montar um time em volta de um cara grande como o Al Jefferson é bem diferente de montar um time em volta do Joe Johnson. Quando vocês ganharem uma equipe da NBA de Natal, crianças, lembrem do conselho máximo do mundo do fantasy: "draftem grande". E se a equipe der lucro, lembre-se do conselho e manda uma graninha pra cá. Obrigado.
Renzo:
Na onda do leandro, solto o petardo.
Lineup 1:
PG - Smush Parker
SG - Allan Houston
SF - Penny Hardaway
PF - Tio Charles Oakley
C - Baby
Dois veteranos, um fóssil, dois jovens fracassados.
Como esse time se sairia ATUALMENTE em nossa combalida
Liga Nacional (BRASIL)?????
Certamente, sem graça não seria...
rs
Considerando a Liga Nacional do ano passado...
Na minha opinião, seriam campeões derrotando Franca apertado na final, fechando o jogo com uma bela ponte aérea de Smush para Tio Oakley, matando por ataque cardíaco 200 pessoas na arquibancada... hahaha
Os idosos Penny Hardaway e Allan Houston certamente se tornariam semideuses
por aqui... rs
Denis:
O Allan Houston ainda consegue chutar de 3? Se sim, ele seria um semideus aqui. O Penny Hardaway ainda chuta de 3? Se sim, ele seria um semideus por aqui. E considerando a idade dos jogadores que disputam o nosso Nacional, eles estariam se sentindo em casa. O único problema é que jogador americano que vem pra cá costuma morrer hoje em dia.
Aliás, outra coisa, vai ter campeonato nacional? Ou vão ter dois campeonatos e um monte de gente vai ficar de briguinha por aí? O basquete daqui é um saco, você começa a se apegar a um time e no ano seguinte ele não existe ou não disputa um campeonato. Na situação que está, certo é o Baby que vai pra Rússia.
Defenestrado por
Danilo
por volta das
11:19
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