Mostrando postagens com marcador larry hughes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador larry hughes. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Os imprevisíveis

Al Harrington foge da mão boba


Tem uns times que eu simplesmente não consigo sacar. Se você assiste a um jogo do Spurs você já percebe qual é a deles, é um time centrado no Duncan, com Parker e Ginobili auxiliando no perímetro e qualquer ser humano capaz de defender e/ou arremessar em volta. Falando sério, qualquer um que acompanha basquete com regularidade saca isso em um jogo deles. Perceber nuances táticas e comportamentos-padrão do time e do técnico aí só pra quem manja mais ou acompanha de pertinho toda a temporada.

Não estou desmerecendo o Spurs com isso, embora seja legal fazer isso de vez em quando. É um sistema simples mas já foi provado zilhões de vezes que é eficiente. Agora o Knicks eu não entendo de jeito nenhum. Eu não assistia o Knicks quase nunca porque era chato, o time era um lixo e tinha o Marbury. Mas a partir da temporada passada, com a aquisição do Mike D'Antoni, resolvi dar uma chance pra eles, mas cada vez que eu os assisto acho uma coisa diferente. Para tentar organizar o pensamento sobre eles, faço esse post.

Uma coisa é bem clara, eles estão lá para atacar. A filosofia dos "7 segundos ou menos" vinda dos tempos de Suns ainda está presente mas, ao que me parece, um pouco distorcida. Esse esquema do D'Antoni cria jogadas rápidas para pegar a defesa desprevenida, ainda em formação, para ter bons e fáceis arremessos. D'Antoni diz que são nos primeiros sete segundos de posse de bola que existem as melhores chances de se conseguir um bom arremesso sem marcação.

Muitas vezes eu tenho a impressão de que o Knicks ignora essa parte de ter um bom arremesso e queima a bola mesmo quando a oportunidade não foi tão boa assim. É uma distorção absurda de uma boa teoria. Mas em compensação, algumas jogadas depois, você vê os mesmos cinco jogadores em quadra fazendo a mesma coisa direitinho: não deu pra dar o arremesso rápido então continuam se movimentando, fazem um ou dois pick and rolls até achar o melhor jogador posicionado. Aí na jogada seguinte alguém tenta um arremesso do meio da quadra só por esporte.

Um exemplo óbvio disso é o Danilo Gallinari. Eu considero ele um novato porque até cara com contrato de 10 dias jogou mais do que ele no ano passado, então tem esse perdão, mas mesmo assim ele parece muito irracional às vezes, um Antoine Walker sem a cabeça de Lego. Em algumas ocasiões ele recebe a bola, fica parado e de repente arremessa de 3 com o marcador na cara dele. Só dois jogadores da NBA fazem isso com um bom nível de sucesso: Kobe Bryant e Carmelo Anthony. Por mais que você goste do Gallo, você sabe que ele não está nesse nível.

E quem dera fosse o caso dele simplesmente não saber driblar ou passar. Se fosse assim ele seria um novo Eddie House e pronto, não é culpa dele não saber outra coisa. Mas não, ele tem uma boa altura, um bom controle de bola pro seu tamanho e poderia muito bem ser um Lamar Odom Jr. no Knicks, pegando rebotes e já saindo pra puxar o contra-ataque.

Duvida que o Gallinari sabe driblar? Olha esse vídeo dele fazendo um clássico God Shamgod, típico do basquete de rua.




Não que ele vá fazer isso todo dia, mas o rapaz tem talento para fazer mais do que brincar de 21-parado no meio da NBA. Outro que eu não entendo é o Larry Hughes. Nesses cinco primeiros jogos dele na temporada, misturou momentos de mediocridade completa (com seus típicos arremessos ruins da época do Cavs) com outros de boa defesa e arremessos de meia distância da época do Wizards.

E se o assunto é irregularidade, não tem como não falar do Chris Duhon. O cara que tem RESERVA tatuado na testa no maior estilo 'Bastardos Inglórios' é um misto constante de mini-Steve Nash com um Nezinho mais afobado. Por tudo o que já disse do run-and-gun consciente do D'Antoni, um armador bom é essencial, é ele quem geralmente tem que tomar a decisão de quem arremessa nos tais 7 segundos. Tem que ser o líder.

Al Harrington, apesar de ter virado o sexto homem logo depois dos primeiros jogos, tem sido o líder ofensivo do time até agora, mas ele, como sempre na sua carreira, não é nada confiável e pode jogar um jogo no ralo com a mesma facilidade com que tira uma diferença de 10 pontos em minutos. Aliás, essas viradas tem ocorrido muito nos jogos do Knicks: se tem uma área onde eles estão regulares é no quarto período. Dos 5 jogos disputados até agora (4 derrotas, 1 vitória) eles venceram 4 quartos períodos, marcando duas vezes pelo menos 40 pontos e 3 vezes tirando diferenças superiores a 10 pontos. Com 30,8 pontos por quarto período o Knicks é atualmente líder da NBA nesse quesito, na média geral o NY fica apenas em oitavo.

Eu atribuo essa superioridade nos períodos decisivos à defesa. Uma defesa afobada e desorganizada, claro, é um time do D'Antoni afinal, mas no desespero eles conseguem turnovers e com isso é que melhor executam sua correria inconstante. Até na defesa eles mostram que podem ter flashes de talento mas não conseguem manter isso por muito tempo. Tanto que mesmo depois de quartos períodos tão fantásticos eles perderam as duas prorrogações que disputaram.

Como já é costume há anos, o único ponto sólido do time é o David Lee. Sempre com seus rebotes, pontos vindos de bom posicionamento e muita vontade, é o único porto seguro do D'Antoni. Não é necessário dizer que não é o bastante. Apesar de ser imensamente valorizado, não é jogador pra carregar time nenhum nas costas, muito menos jogando de pivô improvisado de novo. O sonho de ver o Darko Milicic rendendo alguma coisa em um esquema novo já foi para as cucuias depois de poucos jogos. Falando sério, sem querer zoar a escolha de draft mais aloprada da história: o Darko não sabe o que faz numa quadra de basquete. Ele comete erros de amador durante as partidas. Em um momento do jogo contra o Hornets ele deixou o Chris Paul livre três vezes seguidas depois de pick and roll e nas três o Paul acertou um arremesso livre. E isso é só um exemplo, melhor nem começar a comentar do número de passes que ele não segura porque não estava preparado para receber.

É natural comparar esse Knicks ao Suns de alguns anos atrás porque eles tem o mesmo técnico e divertem com a correria. Mas em uma análise um pouco mais profunda é possível ver o que realmente decide na NBA. Não é só esquema tático, técnico ou filosofia, em uma liga de tão alto nível, ganha quem tem técnica, quem tem bons jogadores, simples assim. Enquanto o Knicks tiver o elenco que tem não vai a lugar nenhum nem que se foque em jogar defesa, em atacar melhor ou tudo mais, o time para no limite técnico dos seus jogadores.

Acho que depois de escrever tudo isso deu pra entender, a característica básica do Knicks é o "que porra a gente vai ver hoje?" que eles causam antes de cada jogo. Ou de cada quarto.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

De volta para o futuro

Brian Cardinal mostra o ano em que ele vai dormir na rua: 2010


A temporada da NBA está prestes a começar, dia 27 de outubro, mas antes mesmo do início da primeira partida já tem gente olhando desesperado para o futuro, para a temporada que começa lá em outubro de 2010. Tudo porque vamos acompanhar agora o último ano de contrato de uma série de estrelas que assinarão novos contratos para a temporada 2010. Ou seja, tudo quanto é time mequetrefe já está sonhando em poder contratar jogadores como Joe Johnson, Rajon Rondo, Paul Pierce, Ray Allen, LeBron James, Shaquille O'Neal, Dirk Nowitzki, Kobe Bryant (se não assinar uma extensão com o Lakers), Rudy Gay, Dwyane Wade, Michael Redd, Amar'e Stoudemire, Manu Ginóbili, Richard Jefferson, Chris Bosh e Carlos Boozer (isso sem falar nos jogadores mais-ou-menos cotados, como Iverson, LaMarcus Aldridge, David Lee, Al Harrington, Udonis Haslem, Yao Ming bichado, Tracy McGrady bichado, Luis Scola, Josh Howard, Kenyon Martin e Tyson Chandler, por exemplo).

É tanto nome importante que, se todos eles assinarem com novos times, a NBA vai parecer uma liga completamente nova. É quase como gibi de super-herói quando zera a numeração, tem várias mudanças, é legal pra quem é pirralho começar a acompanhar, mas no fundo continua a mesma coisa. Algumas equipes, no entanto, dependem dessa safra de 2010 para renascerem. O caso mais evidente é o Knicks, que planejou tudo para que os contratos de quase todo o elenco terminem em 2010 para que possam usar essa grana para contratar novas estrelas e começar a equipe de novo. Muito se fala dos jogadores que poderão ser assinados, das possibilidades do LeBron assinar com o Knicks, e a gente também vai falar muito disso porque está no nosso contrato de dono de blog de basquete começado com a letra "B". Mas agora vamos tentar uma coisa um pouquinho diferente: de volta a falar no futuro, vamos dar uma olhada nos maiores contratos que acabam nessa temporada e não vão fazer falta, liberando um monte de dinheiro para suas equipes gastarem como quiserem em 2010. Esses contratos antes eram grandes cagadas, burrisses, "no que diabos eu estava pensando pra pagar trocentos milhões pra esse babaca?", mas agora eles são espaço salarial esperando pra acontecer e vários times vão brigar por eles. É tipo ver gente se estapeando por cocô, é bizarro mas tem seu charme.


Quentin Richardson ($9.352.500)
Tem uns velhos por aí que dizem com orgulho que são da época do Wilt Chamberlain. Eu sou outro tipo de velho, sou um velho da época em que o Quentin Richardson era um bom jogador e tinha o apelido carinhoso de "Quentinho", excelente nome para personagem de um musical gay. Antigamente ele era um bom arremessador, reboteiro e parte essencial do Suns que jogava na correria. Agora, foi trocado mais vezes desde a temporada passada do que horário de programa do SBT: passou por Clippers, Grizzlies, Wolves e foi parar no Heat. Deram uma mentidinha por lá dizendo que ele será útil para a equipe de Miami com seus arremessos de fora, mas a verdade é que o contrato dele vira farofa e permite à equipe contratar uma estrela para jogar ao lado do Wade (ou então contratar duas estrelas caso o Wade vá embora).

Larry Hughes ($13.655.268)
Quando jogava ao lado do Arenas, o Hughes era incrível. Jogava bem na defesa, pegava muitos rebotes, interceptava linhas de passe e atacava a cesta com agressividade. Era perfeito pro Wizards, enquanto ele se ocupava de infernizar o garrafão, o Arenas ficava arremessando como maluco. O salário de estrela não foi tão absurdo, mas era um daqueles casos de jogador que só funciona num esquema de jogo único. No Cavs, em que era essencial ter arremessadores, o Hughes provou que nunca tinha tacado uma bola para cima. Lesões na mão também comprometeram suas infiltrações, e aí o desastre estava feito: ficou rico e ruim. Tem gente tentando descobrir se o técnico D'Antoni vai dar minutos para o Hughes no Knicks, mas a verdade é que ninguém se importa, ele está lá apenas para depois ir embora e deixar o dinheiro para contratar o LeBron. Quase todo o elenco do Knicks é composto por jogadores que a equipe não quer, apenas está esperando o contrato expirar. É sempre legal de assistir jogadores que sabem como são queridos e que têm futuro na equipe, com isso o Knicks tem tudo pra dar certo - na série B do Brasileirão.

Bobby Simmons ($10.560.000)
Ele fedia, mas aí no último ano de contrato jogou bem pelo Clippers, e todos nós sabemos como é difícil jogar bem numa equipe tão amaldiçoada. Com isso, ganhou o prêmio de jogador que mais evoluiu na temporada e um contrato gordo com o Bucks, que descobriu que gordo era o próprio Simmons também. Nunca mais jogou porcaria nenhuma, teve atuações horrendas pelo Nets nos últimos anos, e ainda assim embolsa dez milhões de verdinhas pra enfiar nas orelhas. Podemos esperar muito do novato Terrence Williams nessa temporada, porque não há qualquer intenção de colocar o Simmons pra jogar sendo que ele está lá só para ir embora mesmo.

Jerome James ($6.600.000)
Mais um caso de jogador que produziu só no último ano de contrato, mas esse é mais ridículo porque o Jerome era uma droga e só produziu num par de jogos de playoffs, quando se saiu bem marcando o Duncan. Com isso, o ganhador do Prêmio Nobel da Física, senhor Isiah Thomas, ofereceu um contrato enorme para o pivô - que aparentemente gastou tudo em comida. Se apresentou ao time obeso, se contundiu em todas as pré-temporadas porque o único movimento seguro para ele é telefonar pro disk-pizza, e nunca entrou em quadra. Legal hoje em dia é reler o Isiah dizendo que o Jerome era o melhor pivô defensivo da NBA - e pensar que o Bulls, que trocou por ele só pra se livrar do contrato, vai ganhar uma grana pra investir ano que vem.

Mark Blount ($7.962.500)
Era pra ser o pivô do futuro do Celtics, tiveram paciência, investiram, treinaram, aceitaram, e até que ele começou a mostrar que talvez um dia desse certo. Mas aí surgiu o Kendrick Perkins e, antes que qualquer um pudesse imaginar do que o Perkins seria capaz, o Blount foi perdendo espaço até ser mandado para o Wolves, que acreditou que ele seria o pivô que complementaria Garnett. Não é que não tenha dado certo, é que deu tão errado que o Garnett até saiu da equipe depois pra jogar no Celtics - ou seja, o Blount foi uma das melhores coisas que aconteceram para o time de Boston, e tudo isso porque ele fede. Agora, é o Heat quem tem a bomba na mão apenas esperando o contrato acabar.

Jermaine O'Neal ($22.995.000)

O coitado do Jermaine já foi um dos alas de força mais legais da NBA, um dos mais talentosos e certamente o que tem mais cara de bebê. Era pra estar por aí dominando a liga como Duncan, Garnett e o resto da elite, mas os joelhos e a porcaria do Pacers não deixaram. O contrato dele é de estrela que carrega o time todo nas costas, e por um tempo foi até verdade, mas agora é uma vitória quando ele ao menos consegue entrar em quadra. Ainda é um bom jogador, quebra um baita de um galho, principalmente para o Heat que não tem um pivô desde que o Shaq debandou. Mas por 23 milhões o Jermaine teria que ser o melhor pivô do Universo e ainda descobrir a cura do câncer! Com o fim do contrato do Jermaine, do Quentinho e do Blount, o Heat pode reconstruir o time por completo - se o Wade sair, aí dá até pra pegar toda essa grana, desistir da NBA e comprar a Alinne Moraes.

Darko Milicic ($7.500.000)
Já escrevemos aqui que essa temporada é a última chance do Darko, se não der certo agora com o Knicks, jogando de frente pra cesta e na correria como ele sempre sonhou, então é melhor ele ir ver o filme do Pelé mesmo. Mas no fundo o Knicks nem se importa: se ele jogar bem e topar renovar por uma miséria, ótimo, tão no lucro; mas se ele jogar mal e não der certo, o salário do Darko soma-se com o do Hughes para garantir a vinda de um LeBron da vida.

Tracy McGrady ($23.239.561)
Como torcedor do Houston, sou o primeiro a dizer que o T-Mac chuta traseiros, domina partidas, é excelente mesmo quando decide armar o jogo e merece um salário de estrela. Mas ele nunca jogou uma temporada completa na vida dele, graças às lesões, e só participou de 35 partidas na temporada passada - e todas elas sentindo dores e tendo que se poupar. Nessa temporada o Houston está sem o Yao Ming, que também virou farofa, e precisa de alguém pra segurar as pontas. Que tal o McGrady? Nada feito: apesar de estar treinando pesado e prometer voltar com a melhor forma física da carreira, seu retorno só está previsto para o meio da temporada. Até lá o astro do time é o Trevor Ariza, que nessa pré-temporada não acertou nem o nome da mãe, enquanto o T-Mac leva 23 milhões pra casa. O Houston quase deu certo, mas não deu, é tipo o Sérgio Mallandro - parecia que ia engrenar e aí foi apresentar pegadinha e sumiu. Tá na hora de usar essa grana pra reconstruir e criar um time que, no mínimo, consiga ficar de pé pra entrar em quadra.

Brian Cardinal ($6.750.000)
Deixei meu favorito pro final. O Cardinal sempre foi um jogador qualquer, desses que está aí só para ser mandado em pacotões de troca de jogadores. Problemas pra conseguir um time, teve que ir jogar um pouco na Europa, mas aí teve uma temporada mais-ou-menos com o Warriors e um par de jogos realmente bons. Era o último ano de contrato e ele seguiu os passos do Jerome James e do Bobby Simmons, impressionando alguém só quando a água bate na bunda. Mas o Grizzlies foi burro o bastante para dar 7 milhões para um jogador que teve DOIS jogos bons - e que, pior ainda, é branco e careca! Essa contratação leva o famoso "selo Isiah Thomas de qualidade", mas pelo menos o contrato dele acaba esse ano e o Wolves economiza uma graninha pra dar pro Ricky Rubio quando ele deixar de frescura e quiser ser milionário na NBA.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Quatrilho

Brad Miller tem fobia de garrafão


O último dia em que as trocas são permitidas na NBA é sempre, no sentido Alexandre Frota da expressão, o maior troca-troca. Todos os times colocam em prática seu jeitinho brasileiro e deixam tudo para a última hora, às vezes até para o último segundo. Parece que todo mundo mantém aquela esperança de que vai arrumar uma barbada, tipo Kwame Brown por Pau Gasol, até o horário limite. Quando nada parecido surge vindo do nada, os dirigentes acabam topando as trocas mais realistas e cheias de jogadores mequetefes no horário limite, para não sair com as mãos abanando.

O Denis listou todas as trocas anunciadas ao fim do horário permitido, analisando cada uma. Restaram apenas as trocas de mais peso, envolvendo quatro times, uma mais ou menos influenciando na outra. Podemos comparar com um relacionamento complicado de dois casais em que rola umas puladinhas de cerca entre eles que acabam influenciando a relação de todos. Então vamos dar uma olhada nesse quatrilho com cara de bacanal analisando, com calma, um time de cada vez.


O Kings está de olho na crise mundial que tinha acabado de forçar o Hornets a tentar trocar o Tyson Chandler mas, como vimos no post anterior, o Thunder voltou atrás. Ou seja, a equipe de Sacramento está interessada em economizar umas verdinhas e, ao mesmo tempo, manter o núcleo jovem da equipe. O primeiro passo foi mandar uma escolha de 2º round do draft para o Celtics em troca de Sam Cassell e um monte de grana. Foi dinheiro suficiente para enfiar o salário do Cassell nas orelhas dele e mandá-lo de volta para o seu planeta, e ainda sobrou por volta de meio milhão de doletas. O Kings também ficou sabendo que o salário do terrorista aposentado Shareef Abdur-Rahim vai ser quase integralmente pago pelo seguro, já que ele pendurou as chuteiras na temporada passada. Para completar, o Kings mandou Brad Miller e John Salmons para o Bulls em troca de Drew Gooden e do Nocioni. Financeiramente, o contrato do Nocioni é mais longo do que os outros, mas ele é um daqueles casos estranhos em que o contrato vai ficando mais barato com o passar dos anos. O Gooden encerra o contrato na próxima temporada e pode topar renovar o contrato por menos grana, se não quiser vai pra rua e ninguém no Kings vai dar muita importância. Economizando uma grana louca, a equipe de Sacramento ainda aproveita para colocar a molecada pra jogar: o pivô Spencer Hawes era bom demais para ficar no banco mas seu estilo de jogo era parecido demais com o do Brad Miller para os dois ficarem ao mesmo tempo em quadra. É legal ter um pivô branco que joga na habilidade, não enterra e sabe arremessar de três pontos, mas se você já tem um, pra que vai querer outro? É figurinha repetida, precisa trocar com algum coleguinha no intervalo. Já o John Salmons nunca foi apreciado no Kings, ele tem bons números, segurou as pontas na equipe nessa temporada quando o Kevin Martin se contundiu, mas todo mundo que acompanha o time sabe que o Salmons monopoliza o jogo e não sabe jogar em equipe. Sua saída dá mais minutos para o Francisco Garcia, que vem jogando cada vez melhor depois de uma boa Liga de Verão. O Kings só precisava que alguém caísse no conto do vigário do Salmons, e esse time foi o...

Bulls, que pelo menos leva junto um pivô de verdade, experiente e eficaz. Mas é um pivô que gosta de jogar no perímetro! Qual é o problema do Bulls que eles são incapazes de arrumar alguém que saiba fazer pontos no garrafão? Primeiro trocam pelo Ben Wallace (que só pontua se for cesta contra), depois draftam o Joaquim Noah (que tem todo o poder ofensivo de sua versão cover, o Anderson Varejão), e agora trocam pelo Brad Miller, que odeia contato físico e prefere ficar nos arremessos a uma distância segura da cesta. Minha nossa, tem time que nunca aprende. Mas a troca foi excelente para a parte financeira: o contrato do Miller vira farofa justamente na temporada 2010, em que o Bulls estará em sérias condições de assinar um par de estrelas. E se o Ben Gordon, na temporada que vem, pedir outra vez um contrato zilionário, o Bulls pode simplesmente mandar ele passear e dar a vaga para o Salmons sem muito peso na consciência, economizando trilhões. Mas para garantir a saúde financeira, o Bulls ainda tinha em mente se livrar de dois armadores que não teriam minutos com a volta do Kirk Hinrich. Um deles, o Thabo Sefolosha, foi para o Thunder em troca de uma escolha de primeiro round no draft que vem. O outro, Larry Hughes, ganha 12 milhões nessa temporada e 13 milhões na próxima. Quem aceitaria esse contrato bizarro? É aí que entra o...

Knicks, que aceitou o Larry Hughes e mandou em troca o gordo do Jerome James, o preguiçoso do Tim Thomas e o quebra-galho do Anthony Roberson. Achei engraçado porque o técnico Mike D'Antoni parecia gostar muito do Tim Thomas, afinal ele arremessava de três, corria bastante e nunca se esforçou pra defender, aliás ele nunca se esforçou muito em coisa nenhuma porque jogar basquete dá o maior trabalho, sabe como é. O Jerome James não joga desde os seus tempos de Sonics, e provavelmente só conseguirá chegar em Chicago carregado por um caminhão dos bombeiros, e se abrirem um buraco na parede para ele entrar no ginásio. Financeiramente a troca é idêntica para os dois lados, tanto em salários quanto em duração, então na prática é apenas uma preferência por posições: o Knicks precisava de um armador que jogasse na posição 2 e soubesse infiltrar, o Bulls precisava de alguém para tomar os minutos do Nocioni como reserva do Luol Deng. Pensando apenas em 2010 e na chance de conseguir LeBron James, o Knicks só pode fazer trocas que não comprometam em nada a folha salarial, então preferiram trocar peças parecidas apenas para dar uns ajustes no elenco. Outra troca nesse mesmo estilo foi mandar o Malik Rose, que sequer joga, em troca do Chris Wilcox, do...

Time-outrora-conhecido-como-Sonics. Como a troca do Chandler pelo Wilcox não deu certo, acho que receber o ala de volta ia ser muito constrangedor. A última coisa que um time tão jovem e com tanto potencial precisa é de um veterano reclamando porque quase foi trocado, fazendo cara de bunda no vestiário e jogando sem vontade. Ele é físico, corre bastante e vai se dar bem no Knicks até seu contrato acabar, é bem melhor do que o mané do Malik Rose que vem em seu lugar. O contrato dos dois termina na próxima temporada e, embora o Rose tenha até certo talento em seu meio metro de altura, acho que será apenas um "empréstimo" até o fim da temporada regular. Na pior das hipoteses ele pode ficar contando histórias de seus tempos de Spurs e ensinar para a pirralhada como é a sensação de, como é o nome daquele troço esquisito mesmo, ah sim, "vencer". O Thunder, que tem cinco escolhas de primeira rodada no draft dos próximos dois anos, se deu ao luxo de abrir mão de uma delas pelo Thabo Sefolosha, que aí sim deve ficar com o time por mais do que uma temporada. O suíço defende e infiltra bem, é excelente em rebotes para sua posição, e se saiu bem em um punhado de chances no Bulls. Lá, não teve espaço no meio da coleção de armadores, mas no Thunder pode se sair bem como reserva, é jovem, cheio de potencial, e uma boa escolha para um time cheirando a talco.


São quatros times, um trocou com um que trocou com o outro que trocou com o primeiro, mas resumindo, todos estão querendo garantir a saúde de suas finanças num momento de crise econômica, ter espaço na folha salarial para 2010 e pensar no futuro. Nenhum time ficou drasticamente melhor ou arrumou suas falhas: o Bulls não fará pontos no garrafão, o Kings não terá ninguém físico, o Knicks não terá um defensor e o Thunder não terá uma forma de escapar de sua maldição que o faz perder todos os jogos no último segundo (recentemente, foi mais uma derrota para o Nuggets, com outra bola decisiva do Carmelo). Mas todas essas trocas apontaram uma nova tendência de economia e planejamento para o futuro. Talvez, em breve, possamos ver alguns resultados, mas por enquanto foi tudo meio morno. Mais importante do que essas trocas foram as não-trocas: Amar'e continua no Suns, Vince Carter continua no Nets e T-Mac continua no Houston. Achei bom para os três times, e acho que eles terão sucesso imediato. Mas disso a gente fala em breve.

domingo, 14 de setembro de 2008

O Cavs fede

Quando tudo estiver ruim, pense: com Ricky Davis, estaria pior


Quando LeBron James chegou em Cleveland em 2003 como primeira escolha do draft, a estrela do time era Ricky Davis. O que, pensando bem, é bastante óbvio, afinal para conseguir uma primeira escolha do draft o time precisa, em geral, feder bastante. Não que o Ricky Davis seja o pior jogador do planeta, longe disso, mas ele certamente faria parte de uma lista contendo as 10 piores pessoas para colocar ao lado de LeBron. O resto da lista provavelmente conteria a Vovó Mafalda, Hitler e a Luciana Gimenez.

Tanto o estilo de jogo de Ricky Davis quanto sua postura em quadra tornavam impraticável deixá-lo ao lado da estrela recém-draftada. Estamos falando de um jogador que compromete seriamente o time por jogar apenas para si mesmo, incluindo a famosa tentativa de arremesso contra a própria cesta para completar um triple-double. Não levou muito tempo para que fosse trocado por três feijões mágicos e uma ação judicial para que nunca mais colocasse os pés em Cleveland.

No entanto, o time ainda fedia. Era hora de contratar um jogador cujo estilo fosse capaz de complementar LeBron James, ou seja, alguém capaz de arremessar da linha de 3 pontos, um pontuador que exigisse pouco a bola nas mãos, que dominasse o perímetro e pudesse acertar arremessos nos momentos decisivos das partidas. O homem ideal era Michael Redd, mas o sujeito inventou uma palavra esquisita ("lealdade", o que é isso?) para rejeitar a proposta do Cavs e continuar no Bucks, um time que além de feder tem um dos uniformes mais abomináveis da NBA e cujo mascote é um veado roxo. Bem, se o Redd não aceitou, o jeito era segurar o dinheiro e aguardar outro jogador que tivesse as características desejadas. Mas o Cavs é uma esposa entediada com um cartão de crédito nas mãos, uma compradora compulsiva de quinquilharias que nunca vai usar. Manter espaço no teto salarial não era uma possibilidade, o time de LeBron precisava contratar alguém, fosse quem fosse. O escolhido foi Larry Hughes, que vinha de uma grande temporada com o Wizards ao lado de Gilbert Arenas.

Na época, em 2005, até a mãe do Hughes sabia que seu estilo não tinha absolutamente nada a ver com o que o Cavs procurava. Larry Hughes não arremessava da linha de 3 pontos, batia para dentro do garrafão em quase todas as jogadas e passava a maior parte do tempo com a bola nas mãos, ainda que não fosse um armador principal nato. Mas, para ser justo, sequer vou culpar o Hughes nessa. Se o Eddy Curry é cilíndrico, a culpa é dele, mas o Hughes era um grande jogador - com qualidades e defeitos que faziam sua produção depender de que fosse bem utilizado em quadra. Não era necessário ser ganhador do Nobel de Física para saber que ele jamais seria bem utilizado num time que necessitava de tudo aquilo que ele não sabia fazer. Incompatibilidades, uma contusão e alguns fracassos depois, o Cavs viu-se com uma bomba nas mãos: um jogador queimado, incapaz de produzir em quadra, ganhando 12 milhões por ano.

Lembra da lista de piores pessoas para jogar ao lado de LeBron James? Inclua Larry Hughes, por favor, logo ao lado do Didi Mocó. Assim, da mesma forma que ocorreu com Ricky Davis, Hughes foi trocado numa daquelas orgias malucas que envolvem três times e uma dúzia de jogadores, mas que no fim trouxe de relevante apenas Ben Wallace para a equipe. Confesso que a princípio achei uma boa idéia, afinal qualquer coisa seria melhor do que ter que aturar Larry Hughes na equipe, mas a verdade é que o Big Ben não fazia sentido em Cleveland. O Cavs já era um dos melhores times defensivos da NBA e um dos líderes em rebotes ofensivos, graças principalmente a Ilgauskas, Gooden e Varejão. Ou seja, quando o assunto é rebote e defesa, o time está bem. Mas quando é pontuar e depender de alguém não chamado LeBron, o negócio complica. Então porque diabos trocaram por um especialista em rebotes e defesa, principalmente um em decadência e na fase mais baixa de sua carreira?

Bem, nem preciso dizer que não deu certo. Mas uma coisa importante sobre o Cavs é que os dirigentes nunca param. Parecem eternamente conscientes de que têm em mãos um dos maiores jogadores da história da NBA e que, se não montarem um elenco digno, serão incapazes de lucrar com a sorte que tiveram naquele draft em 2003. Eles se coçam, rebolam, remexem. Nessa offseason, efetuaram mais uma troca, dessa vez para trazer o armador Mo Williams do Bucks.

Espera. Ainda tem espaço naquela lista de piores pessoas para jogar ao lado de LeBron James? Chegamos ao ponto em que as decisões da chefia do Cavs não são mero acaso, burrisse, insanidade temporária. Estamos frente a um caso patológico, a um padrão de incompetência gritante. Quem é o infeliz, incapaz de enxergar um padrão, que dita as cartas lá em Cleveland e diz: "Ricky Davis não deu certo, Larry Hughes não deu certo, ah, mas com o Mo Williams será diferente!"

Claro que será diferente! Um armador que segura a bola nas mãos o tempo todo, incapaz de envolver os companheiros, criticado por se negar a passar a bola para a estrela Michael Redd nos momentos cruciais dos jogos, querendo continuamente se sagrar herói e que, dizem, teve a saída festejada em Milwaukee pelos companheiros que sonhavam em, um dia, jogar com um armador que não quisesse arremessar o tempo inteiro. Uau, não parece exatamente o perfil ideal de um jogador para colocar ao lado de LeBron? Na verdade, o perfil é tão convidativo que até contrataria o sujeito para cuidar dos meus filhos!

Toda temporada tenho meu saco torrado por gente dizendo que o LeBron fede porque não consegue ser campeão da NBA, e é justamente por isso que fico numa torcida secreta para que arrumem um time minimamente decente para o sujeito ter, ao menos, alguma chance. Com um time aceitável, as derrotas de LeBron poderiam cair de fato sobre seus ombros e eu até ficaria mais aliviado com as críticas que, de outro modo, são inevitavelmente injustas. Mas não adianta, todo ano o Cavs consegue remodelar o time todo e formar um cocô tão ou mais fedido que o anterior. Os boatos sobre LeBron James ir para o Nets quando seu contrato acabar em 2010 fazem cada vez mais sentido, e não é por sua amizade com Jay-Z, mas sim porque uma hora ele tem que ficar de saco cheio de jogar com um monte de gorilas adestrados de circo!

Os dirigentes do Cavs sabem disso e não param de mudar o time, contratar novos jogadores, fazer trocas malucas. Mas acho que é justamente o pânico de serem culpados por não estarem fazendo nada para melhorar o time que acaba fazendo-os não ter um plano, com a calma necessária para montar enfim um elenco de peso. Já diria a Bíblia do Blazers: "federás por um tempinho, não te preocuparás, gastarás bem o teu dinheiro e adquirarás milhões de escolhas no draft, e então será de ti o reino dos céus." Amém. Ao invés disso, o Cavs contrata a torto e a direito quem estiver disponível. Nas últimas semanas, as novas aquisições do time são Tarance Kinsey, que teve bons momentos na NBA mas desapareceu por completo de um dia para o outro (e tem até um Prêmio Bola Presa em sua homenagem) e Lorenzen Wright, que costumava viajar bastante entre a América e a África na época em que as placas tectônicas eram interligadas. Pra mim, fica claro que não há planejamento, há apenas uma aquisição frenética de jogadores aleatórios. Pior que isso só o Los Angeles Clippers, que parece um reality show do Silvio Santos, mas disso a gente fala outra hora. Por enquanto, é hora de lamentar por LeBron e torcer para o tempo passar rápido - em breve, para a sorte de todos, ele não mais estará por lá.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

"Both Teams Played Hard"

Rasheed Wallace sabe o porre que é responder trocentas perguntas


Atendendo a alguns pedidos educados e uma ou outra ocasional ameaça de morte, aqui estamos novamente com mais uma coluna "Both Teams Played Hard". Parece que foi ontem a primeira vez em que resolvemos responder as dúvidas dos nossos leitores, achando que seria fácil falar sobre um ou outro jogador, e agora eis que nos deparamos com o maior post do Bola Presa desde sua criação. O número de perguntas aumenta mês a mês e alguém sempre dá um jeito de me obrigar a descobrir do que se trata algum termo acadêmico muito chato. Quem mandou eu me enfiar nessa, não é mesmo? Mas, como diz um colega meu, "pisou na merda, abre os dedos".

Seja fazendo sua lição de casa, aconselhando sobre as diferenças entre os sexos ou até, eventualmente, falando de basquete (quem diria!), estamos aqui firmes e fortes para responder todas as dúvidas que aparecerem na caixa de comentários. Se bem que, no ritmo em que as coisas vão, devem surgir em breve umas perguntas pessoais cabeludas demais que só poderei responder na presença do meu advogado.

Na coluna de hoje, as chances do Sixers, o ódio pelo Lakers, um pouco de rap e uma pitada de Alinne Moraes!

...

Felipe Danemberg:

1 - Porque o time do chicago caiu tanto nessa temporada e o que vcs to elenco do Bulls
2 - Qual o programa que vcs usam para ver os jogos no pc???????

3- E será que um dia o Larry Hughes pode fazer no bulls o que fazia nos tempos do wizards ????????


Denis:
1- O Chicago não defende mais tão bem e é o pior time em aproveitamento de arremessos, sem defender e sem atacar não dá pra ganhar. Não dá pra explicar mais que isso, é o mesmo elenco do ano passado só que errando o que costumavam acertar.

2- Veja aqui!

3- Acho que não, se fosse assim já teria começado a jogar bem, já teve mais de um mês pra isso.

Danilo:
3 - Uma idéia para o Hughes jogar no Bulls como nos tempos de Wizards é contratar o Arenas, que tal? Por algum motivo bizarro, eles funcionavam muito bem juntos. Mas tem também muito a ver com o fato de que o Larry Hughes não é um bom arremessador e tanto o Cavs quanto o Bulls são times que dependem muito do jogo de arremesso, em especial de trás da linha de 3 pontos. Ou seja, os piores lugares possíveis para o Hughes fazer o que sabe. Se é que sabe.

...

Genaro:
1 -Kobe esta reclamando demais essa temporada ou os juizes que estão sendo muito rigorosos?
2 - Qual a serie que vcs mais gostariam de ver nos playoffs?

3 - Perante a Deus somos todos iguais.Vocês são como eu e eu como voces?

Denis:
1- O Kobe está reclamando muito mesmo! Todo arremesso errado dele é uma falta, ele está enchendo o saco!

2- Eu gostaria de ver Paul contra Deron em um Hornets x Jazz. Também seria legal algumas revanches como Lakers x Suns, Suns x Spurs, Cavs x Pistons e Cavs x Wizards. Além dessas, espero a final Celtics x Pistons no leste.

Danilo:
2 - Além destes, eu gostaria de ver um Houston X Jazz, que foi uma série maravilhosa nos playoffs passados, mas só se o Yao Ming voltar e se o Houston tiver mando de quadra. Porque lá em Utah é impossível ganhar, vai entender o porquê.

Denis:
3- Deus não existe, desculpa te falar assim de repente.

...

Lu & Lu
1 - pq o Camby leva o prêmio de melhor defensor, se ele ehh o C ki marca pior homem-a-homem na liga inteira?
2 - pq o Phil põe o Walton pra joga?
3- JR pelo ki vem fazendo nesse fim de season, pode ser o melhor 6º homem, naum pode?

4 - Qual o nome das suas namoradas?

5 - o que é epistemologia?

6 - qual é o significado de LA Clippers e Portland TrailBlazers?

7 - pq ninguém entende cabeça de mulher? seis tem uma dica?


Denis:
1- O Camby pode não ser o melhor na defesa de 1-contra-1, mas o pior também não é! Ele ganha o prêmio porque dar tocos dá status pra ele, eu falei mais sobre isso em uma coluna minha no BasketBrasil, essa aqui.

2- Se você viu o Walton jogar, você sabe que o Camby não é o pior defendendo! O Walton não tem jogado bem mesmo, ano passado ele estava melhor, mas não acho ele tão ruim. De qualquer forma, espero que o Ariza pegue o espaço dele quando voltar de contusão.

Danilo:
2 - Será que só eu e a mãe do moço somos fãs do Luke Walton?!

Denis:
3- Não, o JR Smith é um doido que já estragou vários jogos para o Denver e o time dele pode nem ir para os playoffs, ele não vai ganhar o prêmio de sexto homem MESMO.

Danilo:
4 - Quê que é? Tá dando em cima das nossas minas? Fica esperto, truta, senão o tambor vai rolá!

5 - Epistemologia é a filosofia do conhecimento, originada formalmente em Platão. Trata-se de uma matéria obrigatória nas faculdades de Filosofia e também na maioria das faculdades de Psicologia. É um porre.

6 - "Trail blazers" são sujeitos que abrem caminho na mata para que outros possam passar. Não sei se há um correspondente em português, mas são desbravadores que adentram a mata de facão na mão. O nome, bem brega, foi escolhido num concurso e, como merecido, muito vaiado pelos fãs da NBA quando foi anunciado. Já "Clippers" significa "veleiros" e é um dos quinhentos nomes de time que até faziam sentido mas que acabaram se perdendo quando o time mudou de cidade. "San Diego Clippers" tinha relação com os barcos da bacia de San Diego, mas quando foram para Los Angeles o nome ficou o mesmo.

7 - Não entendemos cabeça de mulher porque somos simples primatas com menos pêlos (às vezes) que preferem ficar assistindo um bando de caras suados se socando numa quadra de basquete. As mulheres são sofisticadas e inteligentes demais para perder tempo com isso. Preferem cozinhar e passar roupa. Para entender uma mulher, basta pensar em como você seria se fosse inteligente - e completamente inconstante. Boa sorte.

...

Renzo:
Caríssimo blogueiro-poeta de dupla personalidade (tenho certeza disso após ter checado o excêntrico blog "Vai chover!!!", recentemente divulgado nos comentários por um leitor); Mais uma sugestão (já que gostaram daquela, faço outra também): o blog poderia usar sua criatividade doentia para criar despretensiosos "prêmios alternativos" ao final da temporada regular, quiçá também ao final dos playoffs. Isso porque ninguém mais aguenta esse papo de MVP, MIP, PQP, etc...

Danilo:
Explica pra mim, por que um excêntrico blog inofensivo lhe provou que somos um caso hollywoodiano de esquizofrenia? Quanto aos prêmios alternativos, muita gente pediu e então vamos fazer, assim que a temporada regular terminar. Sugestões para os prêmios são sempre bem-vindas, só não vale "jogador mais gordo do ano" porque a gente sabe quem é que vai levar o prêmio sempre, até o final da carreira.

...

Diego:
vcs tem orkut ?? essa eu mesmo respondo TEM, pois todo mundo hj em dia tem orkut !!! ql o link pro profile ???

Danilo:
Por sermos mamíferos, bípedes e brasileiros, temos que ter Orkut, né? Em breve essa definição deve estar nos livros de biologia, aguarde. Como nos enquadramos nas categorias acima mencionadas, temos Orkut sim, mas não vou dar o link porque eu "só add com scrap".

...

larissa:
1 - quem éh o guitarristah da banda Evanescence ?
2 - quem éh filho do meus pais e naum éh meu irmao?vcs assistem chaves?

3 - quem conquistou a ingraterra ?

Denis: 1- Quem se importa com o guitarrista se a vocalista é uma mulher bonita? Ah, é que você é uma mulher... então eu falo, é o Terry Balsamo.

2- Odeio Chaves, mas o Danilo gosta.

Danilo:
2 - O filho dos seus pais que não é o seu irmão é o coelho. Que coelho? O que te chuta com o joelho! *POF*

Denis:
3- O Roman Abramovich vai conquistar a Inglaterra em breve, só esperar.

Danilo:
3 - Eu quase ia responder "as Spice Girls"... meu passado me condena.

...

Klebinho mulek:
1 - qual o tamanho dakela geleira ki tahh descongelando no Polo Norte?
2 - quem foi o MVP (a próxima vez ki tiver "Both teams players hard", o prêmio jah vai te saído..)?
3 - Qual a capital Geórgia?
4 - Qual foi o melhor africano na história da NBA?

5 - Greg Oden vai ser Rookie, ou Sophomore ano ki vem?
6 - Será ki sou o único homem ki gosta do village people?

7 - kem ehh mais gostosa, a Roselyn Sanchez ou a Maria Gracia Cucinnota?


Danilo:
1 - Sei lá, mas é grande pra burro. Você está fazendo sua parte contra o aquecimento global? Tá reciclando suas revistas pornôs?

2 - Muita gente já foi o MVP, mas contrariando os descrentes que acham que vamos levar 10 anos para publicar uma coluna nova, respondemos coisas interessantes como "qual a capital da Geórgia" antes do MVP dessa temporada ser anunciado.

3 - A capital da Geórgia é a cidade de Tbilisi, com 1.093 habitantes. Mas eu poderia morrer sem saber dessa. E você também.

4 - Pra mim foi o Mutombo, e nem levo tanto em consideração o talento dele, os trocentos títulos de Melhor Jogador de Defesa ou o fato de ter jogado pelo Houston e substituído o Yao Ming à altura. O Mutombo é um humanitário, um cara disposto a pegar os quadribilhões que ganha e investir para os outros, além de ser sem dúvida o cara que mais se diverte com basquete em toda a NBA. Fora o dedinho, ah, o dedinho! Ele é o melhor!

5 - Greg Oden será rookie (novato) na temporada que vem por não ter disputado nenhuma partida nessa temporada.

6 - Nenhum homem gosta de Village People. Consequentemente, a lógica me diz que você não é homem. Sinto muito.

7 - Eu prefiro a Roselyn Sanchez, mas é questão de gosto, a Maria Cucinotta tem seus méritos. Mas nenhuma delas é assim, como dizer, uma Alinne Moraes, né?

...

rodrigo lakers:
1. Quando vocês irão fazer outro artigo daquela série de drafts tipo o de 2003?
2. Por que tantas pessoas odeiam o Lakers e o Kobe?

3. Quem é o melhor mascote, o Solzinho do Pan ou o Jack Nicholson?



Denis:
1- Estamos esperando acabar a temporada, acho que não faria sentido ficar falando do draft de 98 há menos de um mês de começar os playoffs com um monte de time brigando por vagas.

Danilo:
2 - Essa é uma boa pergunta. Quanto ao Lakers, talvez haja resquícios de ódio de quando eles montaram o "Fab 4" com Payton e Malone. Quanto ao Kobe, exigiria um detalhado estudo sociológico. Acredito que em parte se deva ao lance do "novo Jordan", que causa repúdia nos fãs das antigas. Tem também a vida pessoal de Kobe, seu jeito introspectivo, sem amigos, querendo ser o melhor de todos. A acusação de estupro. Os problemas de ego com Shaq. A fama de fominha. E o principal de tudo: o fato de ser disparado o melhor de sua geração. Esquisito perceber isso, mas há um ódio incompreensível contra quem é bom demais, e os 81 pontos não ajudaram essa causa.

3 - O Jack Nicholson, disparado. Pelo menos ele não é um plágio discarado de personagens alheios.

...

Rafael:
Sério...Parmênidas...todo mundo sabe que o pupilo dele, Zenão de Eléia, teve uma história muito mais interessante.

Danilo:
Depende, você acha interessante ser o precursor do Mike Tyson arrancando a orelha do Hollyfield? Porque, diz a lenda, Zenão arrancou a orelha de seu algoz a dentadas à beira da morte. Ninguém imaginava, mas Tyson na verdade estava querendo fazer uma referência à escola eleática, ele deve ser muito versado em filosofia.

...

Pedro Henrick:
1)O que vocês acham da rivalidade criada entre LeBron e DeShawn?
2)O Soulja Boy é tão ruim assim?

3)Quantos graus Fahrenheit equivalem a -36,7 graus Celsius?


Danilo:
1 - Eu pessoalmente adoro essas coisas. Escrevi um post justamente sobre a rivalidade entre Cavs e Wizards, uma das minhas favoritas na NBA. Porque times mais-ou-menos também são times, jogadores meia-boca também se destacam às vezes. Nem só de Lakers vs Celtics pode viver a NBA, não é mesmo?

Denis:

2- O Soulja Boy é muito ruim mesmo, pode acreditar. E os novatos do Warriors também devem achar, olhe esse vídeo.

Danilo:
3 - Não sei, até porque usar "graus Fahrenheit" é coisa de quem joga vôlei, mas é frio para Hyoga nenhum botar defeito!

...

Dope:
Eu sempre achei q o Kobe mudo de numero pq ele queria se livrar da carga negativa q estava associada a ele, por causa daqle processo de estupro q ele foi acusado, e tb pelo monte de contratos publicitarios q ele perdeu com isso.

Danilo:
Claro, quando a gente é acusado de estupro e perde contratos publicitários, basta mudar o número da camiseta para causar uma amnésia coletiva em toda a população global. Por acaso você acha que só porque ele trocou de número, as pessoas pensam que se trata de outra pessoa? A polícia vai prender o sujeito e ele alega "não, eu sou outro Kobe, aquele lá era camisa 8." Seria tão ridículo quanto o Superman se disfarçar de Clark Kent enfiando um óculos na cara.

...

Ralph:
1- Todos falam de Kobe, mas por que Rasheed mudou o nº da camisa de 30 para 36?
2- Aliás, por que ele é tão feio? É verdade que a mãe dele tomou Urânio enriquecido durante a gravidez?
3- Uma recente pesquisa norte-americana revelou que o presidenciável Barack Obama e Brad Pitt têm um longíquo parentesco. Baseado nessas informações, quais as possibilidades de Rasheed Wallace figurar na mesma árvore genealógica que Mischa Barton?

4- Por falar nela. Vocês acham que o seu rosto angelical amezina o fato de sua magreza quase anorexa?
5- Apesar das boas campanhas, vocês não acham que o Detroit Pistons está com cara de que será destroçado por Lebron James mais uma vez?

6- Já que vocês são os gurus de todos os jogadores frustados brasileiros, vocês prestam consultas espirituais?


Danilo:
1 - Não sei porque, mas desde que ele fez isso, o Pistons nunca mais ganhou coisa nenhuma!

2 - Você está ciente de que pessoas em geral não tomam urânio durante a gravidez, né?

Denis:

3- A chance do Sheed ter parentesco com a Mischa Barton é a mesma chance de você estar falando isso porque é fã de O.C. e ficou passado quando ela morreu.

4- Eu comia ela amarradão, magricela mesmo.

Danilo:
5 - Eu sinceramente acho que qualquer time tem cara de que pode ser destroçado pelo LeBron, tudo depende do Rei ter uma daquelas atuações absurdas. Mas isso varia com a marcação colocada nele, sua intensidade, a fase da lua... Apesar disso, a verdade é que o Pistons aprendeu a jogar contra o LeBron, utilizando uma defesa que é uma leve variação do que se usava contra o Jordan antigamente, um misto estranho de defesa individual e por zona em que todo mundo foca no LeBron. Desde que o Pistons adotou a estratégia, o Rei nunca mais foi o mesmo em Detroit e por isso acho bem difícil ele ter atuações memoráveis nos playoffs contra eles de novo. É tipo golpe de Cavaleiro do Zodíaco, em geral não funciona duas vezes contra o mesmo oponente!

6 - Prestamos consultas espirituais em que convencemos, digo, instruimos, os jogadores frustrados a se desfazerem de seus desejos mundanos e bens materiais e doar todo seu dinheiro para a Associação Espiritualista Bola Presa. Atendemos todas as quintas-feiras.

...

Arthur Mendes:
queria saber em qual site da internet vcs assistem jogo da NBA ?

Danilo:
Parabéns! Como o centésimo cliente a fazer essa pergunta, você levará para casa um sensacional brinde da equipe Bola Presa. E também, claro, nosso post com todas as dicas para como assistir NBA no nosso Brasil-de-meu-deus.

...

Nathan DPaula:
1 - Quem quer dinheiro?
2 - Quais vocês acham que vão ser as finais de conferência do Leste e do Oeste? (Quais vocês acham que vão ser, e não que vocês torcem para ser).
3 - Vocês acreditam na mitocrôndria? No caso de acreditarem: vocês já viram uma?


Danilo:
1- Todos os seres humanos habitantes do planeta Terra e inseridos na cultura do capital.

2 - Eu acho que vai ser Lakers contra o Celtics, mas é muito triste você não deixar eu responder sobre quem eu TORÇO pra que esteja na final. Hunf!

3 - Eu acredito em mitocôndrias embora só tenha visto em fotos. Mas tudo bem, afinal eu também acredito na Alinne Moraes sem nunca tê-la visto pessoalmente.

...

H20:
1. Considerando que a maior parte do elenco do Knicks é imprestável, jogadores de que posição o time deveria draftar? Pensar no draft é a única coisa que resta pra um torcedor do Knicks nessa temporada...
2. Não sei marcar, não sei passar, não tenho velocidade, não tenho resistência, não sei enterrar e não sei nem fazer bandeja. Por outro lado, tenho um ótimo aproveitamento da linha de 3pts. Posso ser o “novo Kyle Korver” do Knicks ou de algum time da NBA?

3. Vocês acompanham alguma coisa do basquete nacional, mesmo sabendo que não vale a pena?

4. Vocês, como (quase) todo jogador da NBA, gostam de rap e coisas do tipo? Se não, gostam de que tipo de música? Me indiquem uns cds pra eu.. er... adquirir de forma alternativa pela internet.

5. E finalmente, mas não menos importante: O Acre existe?


Denis:
1- O Knicks tem que draftar o melhor jogador disponível na hora, sem pensar em posição nenhuma.

2- O Kyle Korver não é tão ruim como dizem, ele melhorou muito desde seu ano de novato a sua defesa e seus passes. Mas seu grande mérito, mais que o arremesso, é sua movimentação em quadra, que é o que permite que ele consiga espaço para botar seu arremesso em prática. Se o Kapono tivesse o mesmo talento, não teria afundado no banco.

3- Já acompanhei bem mais o basquete nacional, mas desanimei e ultimamente não tenho visto nada além de uns joguinhos aqui, outros lá, na TV.

4- Eu gosto de rap mas não do Gangsta Rap que os jogadores da NBA gostam, acho ridículo aqueles caras falando só de mulher bunduda, de carros e com correntes. Gosto de rap nacional e aqui tá uma lista com os 10 melhores raps nacionais pra você procurar e baixar:

Top 10 - Melhores raps nacionais

10- Vida Loka parte I - Racionais MCs
9- Meus Inimigos estão no poder - Apocalipse 16
8- A Cultura - Sabotage
7- A Bola do Mundo - De Menos Crime
6- Sonho de Metal Opalão - GOG
5- Brasil Manchete - GOG
4- Homem na Estrada - Racionais MCs
3- Vida Loka parte II - Racionais MCs
2- Muito Longe Daqui - Rappin Hood
1- Capítulo 4, Versículo 3 - Racionais MCs

Danilo:
4 - Lembre-se de que pirataria é crime. Não ataque outros navios.

Denis:
5- Claro que não, todo mundo sabe disso.

...

Netinho:
1 - vcs jogavam Winning Eleven? Se sim, colocavam tbm o Roberto Carlos no ataque pq ele corria pra caralho e soltava uma bomba?
2 - Sixers pode surpreender nos playoffs?

3 - Quando o Sheed aposentar, a coluna continuara desse mesmo jeito ou mudará de nome?
4 - To vendendo um dvd do Charles Barkley...quer comprar? hahahaha


Danilo:
1 - Não, meus fortes princípios morais e éticos me proíbem de apelar em videogame. Mas quando era menor, fazia gol de cabeça no Fifa 94 ficando na frente do goleiro quando ele ia repor a bola...

2 - Não acredito que vou dizer isso, mas sim, o Sixers pode surpreender nos playoffs. De time que deveria dar errado, eles foram se tornar uma das equipes mais sólidas do Leste e, vai entender, especialistas em chutar o traseiro do Detroit Pistons. Escrevi um post sobre a equipe de Philadelphia e desde então ainda não compreendo como esse time evoluiu tanto do ponto de vista técnico e tático. Nos playoffs, vai dar trabalho.

3 - A coluna manterá o nome como homenagem ao ídolo, ao homem, à lenda. Rasheed para sempre!

4 - Ganhou na promoção e já quer reverter em dinheiro, né? Da próxima vez, ao invés do DVD, vamos te mandar uma cesta básica, que tal?

...

Guilherme:
Aqui nao é lugar pra isso eu sei, mas gostaria de pedir um post sobre os tecnicos na NBA dizendo quais tecnicos são bons e ruins e os medianos tbem. Mais ai vão algumas perguntas de qualquer forma:
1-dizem que o flip saunders é ruim, vcs concordam?

2-e o tecnico do celtics? é bom? ou os jogadores que estão fazendo o time ganhar tanto?


Denis:
Eu estava pensando já em fazer um post sobre técnicos, em breve posso fazer um.

1 - Eu acho ele bem mais ou menos. Desde que chegou no Pistons nunca fez nada que chamou a atenção além de substituições nas horas erradas.

2 - O Doc Rivers passou anos sendo xingado e perdendo, agora é ovacionado e o time ganha tudo. Difícil julgar um cara que tinha um elenco muito ruim e agora um bom até demais nas mãos, mas vendo o Celtics, percebemos que a defesa é muito bem treinada, o que não dá pra fazer sem ajuda do técnico, mas o ataque não tem nada de mais, como já disse uma vez aqui o grande mérito ofensivo do Celtics é não complicar, fazer o básico pra tirar vantagem do fato de terem tanto talento individual.

Danilo:
2 - Pra mim, o Doc Rivers fede. E tenho dito.

...

Anônimo:
Quem são os favoritos para ganhar o Coach of the year? Será que Eddie Jordan tem chances?Ele fez um ótimo trabalho no Wizards.

Danilo:
Vamos fazer um post com nossas escolhas para Técnico do Ano, assim como fizemos com os novatos recentemente. Eu, pessoalmente, sempre acho que os times que se mantém em alto nível mesmo quando perdem suas estrelas é que mostram mais o talento de seus técnicos. Nessa categoria, incluo o Rick Adelman, do Houston Rockets, e obviamente o Eddie Jordan, do Wizards. Ele não tem chance NENHUMA de ganhar o prêmio mas merece (e deve) receber alguns votos, pelo menos, para aparecer na lista de menções.

...

Edson Abreu:
1 - pq o Amare mudou pra camisa 1 intaum?
2 - o efeito estufa é bom ou é ruim pra humanidade?

3 - quem é o favorito pro Rookie of the year do ano ki vem, Rose, Beasley ou Oden, se é que o Oden vai poder concorrer?
4 - pq o Kapono sempre ganha o desafio dos 3 pontos?


Denis:
1- Porque ele sabia que o Shaq ia pra lá usar a 32, Mãe Dinah, manja?

2- O efeito estufa deixa o mundo mais quente, todo mundo reclama de frio e adora verão. Então é bom.

3- O Oden vai poder concorrer porque será considerado novato e acho que ele entra como favorito, sim.

4- Porque ele só treina isso, ou pelo menos é o que parece quando vemos que ele não sabe bater bola, driblar, marcar, infiltrar...

...

Tamiris:
1 O q vcs acham da comparação da capa da Vogue com o Lebron e a Giselle Bunchen com a cena do King Kong carregando a moça? 2 Estão certos em falar q é racismo? 3 A culpa é de quem? 4 Tirando o Lakers, quem se deu melhor com as trocas?



Denis:
1 e 2- Oi, Tamiris, bom ver mulheres comentando por aqui! Achei a capa muito legal e engraçada, não vi nada de preconceito como muita gente falou por aí. Aliás a matéria é pra falar de como os dois tem corpos perfeitos! Eu queria uma matéria preconceituosa dizendo como meu corpo é perfeito com uma foto minha abraçando a Gisele Bundchen.

Danilo:
1 e 2 - Quando eu vi a comparação com uma imagem do King Kong, confesso que a princípio achei exagero, depois achei que tinha certo fundamento, mas depois concluí que não tem nada demais mesmo se for uma brincadeira com o King Kong. O preconceito está na cabeça de quem vê. Acho que o único problema é que eu não queria aparecer numa capa, ao lado do Gisele Bundchen, gritando como um débil mental. Mas aí é questão de gosto. Também quero agradecer nosso leitor Marcelo, que me enviou a foto da capa da Vogue quando eu não conseguia encontrá-la em lugar nenhum! Valeu mesmo, sempre fico feliz quando tem um leitor disposto a ajudar a gente enviando coisas das mais diversas pro nosso e-mail. Mas sem correntes, por favor. E nem aqueles "power points" religiosos, hein?

Denis:
3- A culpa é do governo, dos EUA, do Iluminati, dos judeus, dos negros, dos japoneses, das mulheres, dos pobres, dos ricos, dos alienígenas, de todo mundo. Todo mundo menos do homem branco de classe média.

4- Achei que o Nets se deu bem conseguindo escolhas de draft e um ótimo armador pra substituir o Kidd. Mas o grande vencedor pode ser o Suns, mas não sabemos ainda, a troca foi feita para os playoffs e precisamos esperar pra ver.

...

Cesar:
1-Com o quarto "titulo" em sequencia da divisão central voces acham que o Pistons leva a NBA ou novamente Flip Saunders fara uma merda e o time não ira conseguir?
2-Alem da NBA voces acompanham algum esporte americano? se sim qual e suas equipes. 3-Quais jogadores do draft desse ano voces acham que vai ter um grande futuro na NBA.

Danilo:
1 - O Pistons tem chances de levar a NBA, claro, mas se perder para o Celtics, por exemplo, não seria nenhum absurdo e nem necessariamente culpa do Flip Saunders. Além disso, há sempre as chances do Pistons pegar o Sixers nos playoffs e aí, se for como na temporada regular, o Pistons não tem chance! (nunca pensei que fosse dizer um troço desses!)

2 - Acompanhar eu não acompanho, assisto de vez em quando como curioso. Não vejo hockey porque não consigo enxergar o disco e em geral não vejo beiseball porque acabo dormindo involuntariamente. Assisto um pouco de NFL e tenho certa simpatia pelo Tampa Bay Buccaneers, mas nada muito forte, a NBA me toma tempo (e esforço) demais.

Denis:

3- O Derrick Rose é espetacular e com certeza vai dar certo, o Michael Beasley também. Também gostei do Brook Lopez ,mas ele é um pivô branco, está destinado a ser ruim. Tem também o Eric Gordon e o OJ Mayo, mas os dois são muito malas, podem virar uo Kobe ou o Ricky Davis, vai saber...

...

cuspo_na_kra:
1- Que data vamos saber q chris paul é o mvp?
2-vcs tem impulsão sulficiente para dunkar num aro 3.05?


Denis:
1- Sr. Cuspo_na_kra, não sei a data, mas gostaria de ver o Chris Paul MVP, ele está merecendo apesar de não conseguir ser bom contra o Jazz.

2- Nos meus tempos de menino eu já tive, mas hoje com a dor nas costas e o cabelo branco não dá mais.

Danilo:
2 - Impulsão eu até tenho, o que eu não tenho mais é joelho.

...

Thales:
1- Larry Bird era branco, tinha um fisico estranho, era meio desengonçado, arremessava estranho, e tinha a coluna fudida. Como ele conseguia ser tao bom, mesmo assim?
2- Quais jogadores tem ou tiveram os arremessos mais esquisitos?
3- no meu dinasty mode, montei um time com Hakeem, Jordan, Pippen, Grant, Kemp e Stockton e com 1 calouro fodao na posiçao SF. Esse time tinha overall 95.
Baixei uma atualizaça recente, e o time do bulls, com thomas, gooden, hugues, noah, entre outras merdas, tem overall 92. Só eu acho que essa conta de overall nao tem sentido algum??
4- Alguem conhece um jogo de basquete pra PC menos ridiculo que esse nba live 07?? *pode ser até outro nba live, quem sabe*

Denis:1- Ele é a exceção que confirma a regra de que só negros são bons em basquete. Pelo menos os americanos, brancos gringos até que são bons.


Danilo:
2 - Há muito tempo atrás eu fiz uma lista com os arremessos mais esquisitos, vou colocar aqui:

Top 10 - Arremessos mais esquisitos
1 - Shawn Marion
2 - Leandrinho Barbosa
3 - Jason Kidd
4 - Kenyon Mart
5 - Ron Artest
6 - Antoine Walker
7 - P.J. Brown
8 - Shaquille O'Neal
9 - Anthony Mason
10 - Michael Olowokandi

Dá pra ver que a lista é velha porque tem Anthony Mason e o Olowokandi. Mas hoje em dia dá pra substituir os dois pelo Marcus Camby e pelo Kevin Martin. Aliás, arremesso esquisito é mal de K-Mart, pelo jeito.

Denis:
3 - Acho que você está subestimando o Larry Hughes e sua trupe! Se eles fossem para os playoffs, eles iriam ganhar o Leste, você ia ver só!

Danilo:
4 - Então, menos ridículo que esse NBA Live 07 (o pior de todos os tempos) é o NBA Live 08. Ele é muito, muito superior, mas não significa que também não seja ridículo. A solução sempre é conseguir o NBA 2K8 para consoles, seja o bom e velho PS2 ou os novos videogames de última geração. Pede para o Papai Noel!

...

Anônimo:
Vcs tem orkut?se sim porque vcs nao participam do melhor forum de NBA, la na comu NBA Brasil, acho que vcs conhecem lá, é muito legal, tem bastante opiniao de gente que sabe muito de NBA.

Denis:
Olha o Anônimo usando o espaço do Both Teams Played Hard pra fazer propaganda da comunidade do Orkut! Malandro!
E eu tenho Orkut sim, mas eu fico fuçando o Orkut dos meus amigos e de mulheres gostosas, logo não tenho tempo de participar de discussões de NBA.

Danilo:
Eu estou sempre espiando a NBA Brasil no Orkut, mas não participo, não. Confesso que não sou muito fã dos duelos de ego em que os fóruns em geral acabam se tornando, nem das discussões de "quem é melhor" e nem do tratamento dado aos novatos de comunidades. Mas isso pode ser porque eu sou chato pra burro também, então me desconsidere, por favor.

...

Jessica:
Também te amo, querido! (Namorada do Denis).

Denis:
Agora que ela se declarou pra mim aqui no blog, como eu faço pra dizer que não vou sair com ela pra ver jogo de playoff?

...

Alemão:
1) Seria Brandon Bass o Dirk Negro?
2) Afinal, o dallas deu ou nao deu a sua escolha do draft pro nets?

3) Como torcedor do dallas, o que esparar pra essa temporada?

4) Digamos que a final seria lakers e celtics, qm venceria?


Denis:
1- O Brandon Bass é o Dirk-em-um-dia-bem-ruim Negro.

2- Claro que deu, o Nets não era doido de não pegar escolhas de draft em troca!

3- Se acabasse a temporada hoje, o Dallas pegaria o Spurs, o que nunca é bom nos playoffs, ainda mais com o Kidd, que é freguês do Spurs. O próprio Parker deu uma entrevista dizendo que a troca foi boa pra ele porque o francês tinha muitos problemas em marcar o Devin Harris. Mas o Dallas já venceu o Spurs em San Antonio em um jogo 7, então não duvide de nada. Eu apostaria que o Dallas chega no máximo na semi-final do Oeste.

4- O Celtics, infelizmente.

...

eric:
vcs acompanham nba desde quando?

Denis:
Eu assistia NBA na Band quando era mais novo mas não entendia nada porque era novo e burro. Acompanhar de perto mesmo eu comecei na temporada 99-2000, só pra ver o tri-campeonato do Lakers.

Danilo:
Saudosos tempos de NBA na Band... naquele tempo dava pra andar sem medo pelas ruas, as crianças não estavam perdidas no crime e nas drogas, e o Kinder Ovo custava só um real...

...

felipe:
1-A Juliana Paes é muito mais gostosa que a Alinne Moraes, certo?
2-Existe alguma chance do Hawks elimina o Celtics numa possível primeira rodada dos playoffs?

Denis:
1- Não, a Juliana Paes tem uma bunda maior, só isso, mas a Alinne Moraes é muito mais bonita, gostosa e beiçuda que a Juliana Paes.

2- Basquete é uma caixinha de surpresa e tudo é decidido dentro das quatro linhas. Mas se o Hawks ganhar do Celtics na primeira rodada, eu prometo postar uma foto minha de sunga rosa aqui no blog.

...

adriano:
vcs tão viajando. a flavia alessandra é 5x mais mulher q a alinne moraes, q ainda tem um nome escroto com dois Ns. mas do q eu to reclamando, eu comeria as duas feliz da vida...

Danilo:
Mas que mania de ficar comparando a Alinne Moraes com outras mulheres! Não entendem que isso é heresia? Quando ficarmos ricos e famosos e a Alinne (com dois "n" porque assim é mais "cabalístico") vier tomar um chá nos escritórios do Bola Presa, quero ver quem é que não vai dormir na nossa porta só para farejar a moça, e ficar gritando "no blog eu sempre comentei que você era a melhor do mundo". Rá.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Asilos de qualidade

Sam Cassell toca a si mesmo pensando em ganhar um título


Tem uma coisa sobre os times bons de que muita gente se esquece: são os times bons que assinam jogadores livres, free agents, com a maior facilidade. Digo isso olhando para o caso do Boston Celtics nessa temporada, por exemplo. Se não bastasse o elenco que já possuiam com, insisto em dizer, três jogadores que farão parte do Hall da Fama no futuro, ainda me assinam o Sam Cassell pra fazer parte da brincadeira. É tão injusto que deveria haver uma regra que só permitisse ao Celtics assinar o Olowokandi ou o Kwame Brown, nada mais. Onde está David Stern quando se precisa dele?

Existe, correndo pela NBA, essa idéia de que, quando o time está fedendo muito, é hora de se livrar de todo mundo com salários caros e começar de novo. Liberando a folha salarial, o time ruim pra burro terá grana para contratar jogadores que terão o passe livre, se tornando, portanto, um time bom. Mas agora vamos ser sinceros: quantas vezes você já viu esse plano mirabolante dar certo?

A verdade é que os grandes jogadores, em geral, não estão nem um pouco interessados em ir passar vergonha no Bobcats ou no Grizzlies. Não importa quem eles mandem embora, quanta bufunfa tenham no bolso para contratar uma grande estrela. É claro que os jogadores da NBA querem enfiar dinheiro até nas orelhas, mas se eles podem fazer isso num time vencedor, com uma base formada, nunca irão para um time completamente capenga. O exemplo imediato que me vem à cabeça é o Atlanta Hawks de uns anos atrás. Se livraram de toda a galera num processo de reconstrução (chamado popularmente na gringolândia de "rebuild"), se encheram de pivetes, draftaram buscando talento e não posições específicas (tinham tantos alas na equipe que parecia escola de samba) e com a grana queriam uma grande estrela. Ótima idéia. Quem é que aceitou as verdinhas para ir jogar lá? Joe Johnson, na época terceira opção do Suns e com "role player" escrito na testa. Maior caso de "na falta de alguém melhor, vai tu mesmo" só quando o Cavs não conseguiu o Michael Redd e chamou o (irgh!) Larry Hughes no lugar.

Esse troço de rebuild é a maior furada. Achar que milagrosamente o Kobe ou o LeBron vão aceitar jogar no Grizzlies só porque lá eles vão receber oito ziribilhões de dólares é ridículo. Times em rebuild dependem de bons drafts, boas trocas e muita, muita sorte. Trocar o Iverson pelo Andre Miller pode até dar resultado. Trocar o Gasol por um peixe dourado, não. A vida é dura para os times ruins.

Para os times bons, a vida é mais fácil do que dar aquele chutinho da Chun-Li com controle turbo. Você tem Shaq e Wade na equipe? Os jogadores com passe livre vão implorar para jogar ao seu lado. Seja aceitando menos grana, abrindo mão de um ou dois iates, ou até mesmo ganhando a mesma grana que ganharia em outro lugar, mas com as chances de ganhar um título falando mais alto. Karl Malone aceitou jogar no Lakers em troca de um prato de feijão mais a grana do busão, só para ter chances de ser, enfim, campeão. Agora, Sam Cassell chorou e esperneou para ser mandado embora do Clippers para poder levar o que sobrou de pilha para o Celtics. Que não se enganem os que olham a data de nascimento, Cassell ainda é um dos jogadores mais inteligentes (e decisivos nas horas finais) de toda a NBA. E na onda dos velhinhos, até o idoso-porém-bom-em-tocos (não confundam com o Mutombo) Theo Ratliff foi para o Pistons. Legal, como se o Celtics ou o Pistons precisassem de alguma ajuda.

Na temporada que vem, vários grandes jogadores terão passe livre: Arenas, Baron Davis, Iverson, Shawn Marion, Elton Brand. Pense bem: você acha que algum deles vai aceitar jogar no Memphis Grizzlies, que acabou de trocar todo mundo por uns enfeites de mesa e pretende torrar os cofres da franquia na temporada que vem? É muito mais provavél que aceitem jogar no Celtics, no Lakers, ser a peça final no Houston ou no Hornets. Time bom atrai jogador bom. Se teu time é ruim e contratou alguma estrela, pense duas vezes, o cara deve ser bem pior do que você pensava. Ou você daria seu time nas mãos do Joe Johnson por uma fortuna multizilionária?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Trocas de último segundo

LeBron comemora a vinda de Ben Wallace ou a ida de Larry Hughes?


Como tornar um post desatualizado em apenas uma lição básica: finalize-o uma hora antes do horário limite para trocas na NBA. Foi ali, na horinha final, que a maior troca da temporada até agora aconteceu. Não maior em importância, veja bem. Maior em quantidade de jogadores: tem mais gente envolvida do que o Pelé tem de filhos.

Pra não tacar os 11 nomes de uma vez e dar a todos nós um tempo pra respirar, vamos comentar a troca por partes, falando de um time de cada vez. A começar, porque eu quero que seja assim, com o Chicago.

O Bulls tem um problema crônico antigo que incomodou um pouco na temporada passada e simplesmente aniquilou o time nessa temporada. Falta à equipe uma força ofensiva no garrafão e todo mundo que veste um uniforme dos tourinhos fica bem longe do aro chutando de 3 pontos o dia inteiro. Ben Wallace é um jogador espetacular, mas só vai ser efetivo na parte ofensiva no dia em que air ball valer 1 ponto no placar (que tal sugerir essa regra para o David Stern?). A aquisição de Joe Smith foi até motivo de piada na época, porque se ele era a solução dos problemas do time, eu seria a solução para o Grizzlies. Mas a verdade é que o Joe Smith se saiu muito melhor do que se esperava e foi, por longos períodos de tempo, o melhor jogador do Bulls. Não que isso queira dizer alguma coisa, claro. Joe Smith faz pontos mas sua praia não é ficar de costas pra cesta.

Com Tyrus Thomas e Joaquim Noah, caras grandes e de mentalidade defensiva, Ben Wallace e seu contrato tão gordo quanto a pança do Eddy Curry eram dispensáveis - desde que em troca do jogador certo. No caso, talento para o garrafão. Então alguém me explica porque o Bulls mandou o Big Ben junto com um dos poucos pontos positivos dessa temporada, Joe Smith, em troca de Larry Hughes, Drew Gooden, Shannon Brown e Cedric Simmons.

Vamos aos poucos. Shannon Brown mostrou que pertence à NBA quando LeBron saiu machucado, mas seu talento é moderado e ele deve morar no banco de reservas. Cedric Simmons é um cara grande que não causa impacto algum, é só um corpo a mais para abrir o pote de picles, alcançar a panela em cima do armário e fazer faltas no Dwight Howard na hora dos playoffs. Larry Hughes até está em alta, mas é que simplesmente conseguir quicar uma bola de basquete já é alta para ele. Se o sujeito não consegue acertar um arremesso sequer no Cavs há anos, como é que vai acertar arremessos num time que está justamente com a menor porcentagem de aproveitamento nos arremessos em toda a Liga?

E então chegamos ao Drew Gooden. Eu gosto do cara, sabe, desde os tempos de Orlando Magic. Mas jura pra mim que o Bulls acha que o Gooden é o que faltava no garrafão? Um cara que fica dando arremessos de meia distância e que não é tão diferente assim do Joe Smith? Bem, assim é a vida. Uns levam Pau Gasol, outros levam Drew Gooden. Uns tem a Preta Gil, outros a Alinne Moraes. O ruim é se contentar com o Gooden e fingir que, agora, está tudo bem.

Para o Cavs, é tudo um paraíso. Se livrar do Hughes é tipo ganhar na loteria e, fora o Gooden, o Cavs mandou apenas peças de segunda linha de quem ninguém vai se lembrar em alguns meses. Com Gooden indo para o Cavs e Donyell Marshall indo para o Sonics, o Cavs fica com duas duplas interessantes no garrafão: Ben Wallace com Ilgauskas e Varejão com Joe Smith. Ou seja, duplas em que sempre um defende e o outro ataca. Acho muito difícil que Varejão e Big Ben estejam juntos em quadra (seriam recordistas em air ball de lances livres!), mas as quatro peças formam boas combinações, bem equilibradas.

Como se não bastasse, o Cavs ainda recebe o Wally Szcscjlshderbiak e o Delonte West. Vai por mim, o West vai ser titular ainda antes da Sabrina Sato tirar a pinta da testa. O Gibson que me perdoe, mas ele tem "reserva" tatuado na testa em Times New Roman tamanho 20. E o Pavlovic, que desde aquela polêmica com a renovação do contrato vem fedendo pra burro, deve perder mais e mais minutos para o Wally. Apesar de ter uns 70 anos, o veterano acerta arremessos de três pontos até dormindo e vai ser útil pacas no Cavs, além de ser legal ter uma camiseta com um sobrenome ilegível e impronunciável. Agora, LeBron, me escuta: o Kidd não veio mas teu elenco agora é mais completo e profundo do que jamais foi. Hora de ganhar um título!

Assim como naqueles grupos de cinco sujeitos coloridos de roupa colada japoneses, tipo os Power Rangers, em toda a troca tem que ter um participante babaca. Nessa troca, o babaca da vez é o Sonics. Receberam do Cavs o Ira Newble e o Marshall, e do Bulls o Adrian Griffin. O Griffin pode contar para os novatos boas histórias sobre os tempos em que os continentes da Terra ainda eram apenas um, porque o sujeito tem uns 60.000 anos. O Ira Newble fede, e do Marshall eu gosto bastante, mas ele precisa de esquemas favoráveis para seu jogo e de uns 5 anos a menos, coisas que só acontecem em filmes ruins da Sessão da Tarde. Essa troca para o Sonics significa apenas uma coisa: estamos nos livrando de quem não quer ficar, de quem é veterano, vamos perder o máximo possível e pegar uns bons novatos na temporada que vem. Bem, é um plano melhor do que trocar pelo Randolph, convenhamos.

Com toda essa bagunça acontecendo em Chicago e Cleveland, é bem fácil se esquecer de que o Raptors também fez algo para ficar melhor. Sem nenhum pivô reserva desde que draftaram o Baby (provavelmente foi um castigo divino, ou uma maldição indígena) o time da terra do hockey vem improvisando o Humphrey no garrafão. Ele até faz um bom trabalho, mas o Brezec veio do Pistons (e acabara de vir do Bobcats, coitado, deve ter cansado de se mudar) e é um pivô de verdade, capaz de acertar seus arremessos quando necessário. Em troca, o Raptors mandou para Detroit o armador Juan Dixon, amigo do Steve Blake, que é um bom reserva e estava descontente no Canadá, provavelmente porque lá só tem guarda florestal e urso. Ótimo, agora todo mundo fica feliz, mas na minha opinião é a equipe de Toronto que saiu ganhando nessa e agora é ainda mais profundo.

Como nota de rodapé, interessando apenas a mim e ao nosso leitor Rena McGrady, que comentou no post anterior, o Houston mandou o Kirk Snyder em troca do Gerald Green. O Snyder não é tão ruim, sabe? Digamos que ele fede moderadamente, sabe infiltrar e defender melhor do que uma chinchila, por exemplo. Não havia lugar para ele no Rockets mas ele pode ser um bom décimo-segundo reserva em algum lugar por aí, possivelmente na Europa. Já Gerald Green ia ser o novo Kobe uns anos atrás, ganhou conselhos do Bryant em pessoa, então acho que ter ele no time não vai fazer mal a ninguém, vai que de repente ele marca 81 pontos. Na pior das hipóteses, o Green pode ficar brincando de enterrar nos treinos e deixar os outros jogadores entretidos. Já é alguma coisa.

Em breve, vamos dar uma olhada mais uma vez em como cada time se sai com suas caras novas. E lembrando, claro, que o Houston ganhou sua décima partida seguida. O que tem isso a ver com o resto do post? Nada, mas deixa eu ser feliz, tá bom? Meu time não conseguiu nem o Kidd e nem o Gasol, poxa.