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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Trinta e três... trinta e três... trinta e três

Olhar 43


O grande assunto de ontem foi a troca entre Charlotte Bobcats e Phoenix Suns que levou Jason Richardson para o Suns. E o Bola Presa, que adora dar um palpite, não vai ficar de fora desse assunto, mas como o Danilo já está preparando um post completinho sobre isso para hoje a noite, vou aproveitar minha tarde livre para comentar sobre outra coisa:

Carmelo Anthony.

No ano de novato dele, na temporada 2003-04, quiseram construir uma rivalidade do Melo com o LeBron James que nunca colou direito. As comparações de quem era melhor acabaram logo quando o LeBron ganhou pontos de experiência, matou monstros e ganhou o direito de só ser comparado ao Kobe.

Isso serviu pra muita gente dizer que o Carmelo não era realmente uma estrela e a imprensa era culpada de dar muita bola pra ele. Logo ele perdeu também espaço para o Dwyane Wade e as derrotas seguidas na primeira rodada dos playoffs já fazem as pessoas duvidarem do nível de competitividade do Carmelo e questionar também sua defesa.

Tem verdades e tem mentiras nisso tudo que se falou sobre ele. A primeira verdade é que infelizmente ele é realmente mais limitado que o Wade e o LeBron, os seus dois companheiros de draft fazem tudo em uma quadra de basquete em um nível fora do comum, mas tudo bem, ser pior que eles não é privilégio do Melo, 99,9% da NBA é pior que o Wade e o LeBron. O problema é que só o Carmelo é comparado com eles. Mas isso não faz dele um jogador ruim.

A principal diferença é que o Carmelo, ao invés de ser um faz tudo, um daqueles caras que pega a bola na mão e decide tudo, é um cara que depende um pouco mais do resto do time. Sempre disse que se você precisa de alguém para simplesmente fazer pontos, ele é o cara. Por isso também defendia seu espaço na seleção americana, com caras como LeBron, Kobe e Kidd do lado dele, fazer pontos era tão natural que ele faria 20 pontos por jogo mesmo que não quisesse. O Carmelo é o que eles chamam de "scorer" por lá, ou seja, um pontuador nato, a função que Deus deu pra ele foi fazer pontos no esporte do basquetebol e nada mais.

Também na seleção americana acabou a lenda de que o Carmelo não sabe defender. Mais uma vez, por causa do seu nome e fama, esperavam dele o Bruce Bowen sem voadoras, quando na verdade ele é um defensor decente. O problema é que no Denver dos últimos anos nem o melhor dos defensores iria parecer decente.

O time não tinha mentalidade defensiva e se três jogadores não se esforçam, os outros dois também não vão fazer o mesmo e aí vira uma bola de neve. Depois do fiasco no ano passado e com a chegada do Billups nesse ano, eles resolveram tomar jeito. Hoje são a sexta melhor defesa da NBA e o Carmelo não compromete em nada no campo defensivo, assim como não comprometeu em todos os seus anos na seleção americana, lá todo mundo marcava bem e ele também.

Aí, como o Carmelo pelo jeito não é dos caras mais simpáticos (e não é mesmo!), as pessoas questionaram nesse ano que ele não estava fazendo tantos pontos quanto fazia antes, mesmo quando tinha Iverson no elenco. Nesse ano ele está com 20,9 pontos por jogo, marca menor do que a de seu ano de novato. Mas em compensação ele está arremessando menos bolas do que na temporada passada, pegando mais rebotes, dando mais assistências e roubando mais bolas. São em média 5 arremesos por jogo a menos do que quando ele tinha média de 28 pontos por jogo há duas temporadas atrás.

Quem assiste aos jogos do Denver vê o Billups arremessando bastante, o Nenê participando do ataque como o Camby jamais participou, o JR Smith com seus dias de loucura chutando milhares de bolas, o Kenyon Martin participando por não estar (ainda) machucado e até o Linas Kleiza ganhando espaço no time. Deveriam agradecer pelo Carmelo arremessar menos porque ele está dando espaço para o Denver usar o bom elenco que tem.

Também percebo o Carmelo chamando a responsa quando importa mais. Então ele arremessa quando o time precisa, quando o relógio de 24 segundos está acabando, no final dos jogos, quando a defesa adversária aperta mais. Logo, seu aproveitamento diminui mas sua importância dentro do time aumenta.

Esse meu trabalho de advogado de defesa do Carmelo é inspirado na resposta do Carmelo a todos os críticos no jogo de ontem contra o Wolves.

O Denver estava tomando um sacode de Al Jefferson e cia. quando o Carmelo resolveu tomar conta da partida. Foram 33 pontos só no terceiro período!!! TRINTA E TRÊS! É o recorde da história da NBA em pontos em um quarto, empatado com o "Iceman" George Gervin. E foi daquele jeito que eu disse, pontos de todos os lugares possíveis da quadra, ignorando qualquer tipo de marcação, "Scorer" tatuado na bunda desde que nasceu. Dêem uma olhada nos pontos do rapaz:





Ou seja, quando o time precisa, o Carmelo está lá. O Denver não precisa do Carmelo sendo cestinha da NBA como ele ameaçava ser anos atrás. Se ele quiser, pode ser, mas não precisa. Eles precisam do Melo como o Lakers precisa do Kobe, quando a água bater na bunda ele precisa tomar conta de tudo, quando o jogo está tranquilo é só fazer a parte dele e deixar os outros com suas funções.


Notas:

- Desde quando o Phil Jackson virou o Don Nelson? Antes o Luke Walton nem entrava em quadra e o Radmanovic era titular. Ontem o Luke virou titular e o Radmanovic-Bono Vox nem pisou em quadra. Daqui a pouco o Mbenga vira titular no lugar do Bynum.

- Eu estava certo quando disse que ontem era a grande chance do Thunder vencer de novo. Eles chegaram perto, abriram 21 pontos de vantagem mas perderam de novo. E o pior, perderam com o Grizzlies deixando Mayo e Gay no banco por boa parte da virada. Que tal perder para um time liderado por super estrelas como Quinton Ross e Greg Buckner?

- Elton Brand: 6 pontos, 7 turnovers, 15 milhões de dólares por temporada.

sábado, 10 de maio de 2008

De volta aos velhos tempos

Não dessa vez, só o Kobe enterra no Kirilenko


Ah, que saudade de torcer pro Lakers de anos atrás! Ontem pareceu que eu estava torcendo pro Lakers contra o Suns há dois anos. O Gasol fez sua melhor interpretação do Kwame Brown no primeiro tempo, quando não conseguia segurar uma bola sequer, o Jordan Farmar, que errou seus 6 arremessos e bateu a bola no próprio pé quando estava sozinho, me lembrou muito o querido Smush Parker, e o Sasha "The Machine" Vujacic fez cair lágrimas do meu rosto lembrando do Brian Cook, o único arremessador que entra no jogo e não acerta arremessos. E pra terminar, o Lakers perdeu mesmo com o Kobe jogando bem. Isso é muuuito ano passado, amiga!

O motivo dessa derrota, além de atuações abaixo da média do Lakers, foi também o mérito do Jazz, que jogou demais. A minha explicação para o Jazz ser o melhor time da NBA em casa e um mediano fora são os seus coadjuvantes. O estilo do jogo do Jazz é aquele de muitos passes, muitos cortes pra dentro do garrafão e muitos arremessos de meia distância e bem poucos de 3 pontos. E quem dá esses arremessos de meia distância e os cortes são muitos jogadores bons mas irregulares, como Matt Harpring, Kyle Korver e Ronnie Brewer. Até o Kirilenko, que é bem mais talentoso que os três, é meio de lua. E como o Hawks mostrou bem em sua série contra o Celtics, tem jogador que esquece a confiança em casa quando vai jogar em outra cidade.

Isso não é especialidade só do Jazz, foi só ver como Farmar, Vujacic e Walton jogaram nos jogos em Los Angeles e como jogaram ontem, muda muito. Desde a confiança no próprio chute até as decisões tomadas sob pressão. Mas talvez só o Jazz tenha essa disparidade de desempenhos fora de casa por depender mais de seus coadjuvantes. Ontem o Lakers se manteve no jogo até os minutos finais, mesmo com Gasol em um dia apagado porque tinha Kobe Bryant levando o time nas costas.

A atuação de Kobe, por sinal, foi no mesmo estilo da de Chris Paul na noite anterior. Jogadas alucinantes, liderança, poucos turnovers, muitos pontos e uma derrota no final. Mas pelo menos valeu pelo show, se eu não torcesse pra Lakers ou Jazz teria saído do jogo ontem mais que satisfeito pelo espetáculo assistido. Não só pelo Kobe, que teve as jogadas mais plásticas, mas pelo Carlos Boozer também, que teve seu dia de Dwight Howard com 29 pontos e 20 rebotes, sendo 11 desses pontos em sequência nos minutos decisivos do quarto período. Pensando bem, foi uma volta aos velhos tempos do Boozer também, ele estava devendo nesses playoffs uma atuação dessa, no mesmo nível das que ele fez no mata-mata do ano passado.

Não gosto de fazer previsão pro futuro por vários motivos: o primeiro é porque eu erro, o segundo é porque não sou a Mãe Dinah e nem aquelas pessoas que fazem propaganda nos classificados do "Agora São Paulo" ao lado das propagandas de garotas de programa e travestis. Mas não é porque eu não gosto que eu não vou fazer umas previsões, se eu não fizesse nada do que não gosto eu não trabalharia, não teria passado da sétima série na escola e nem teria me alistado no exército quando fiz 18 anos.

Então, para o próximo jogo, imagino o Jazz igualzinho a ontem, agressivo, pressionando o Gasol e forçando o tempo do jogo pra levar o Lakers a errar bastante. O Jazz fez o jogo dele ontem e não tem porque mudar, quem deve tentar uns ajustes é o Lakers, que precisa movimentar a bola com mais calma e acertar uns arremessos de longe, com meia dúzia de arremessos será o bastante pra assustar a defesa daqueles mórmons e liberar um pouco de espaço pro Gasol fazer o estrago dele.


Notas:

- A notícia do momento é que o Knicks ofereceu um contrato bem gordo para o Mike D'Antoni. Ai, ai, não consigo deixar de usar a palavra "gordo" pra falar do Knicks, essa piada não fica velha.

- Será que ele vai botar o Knicks pra correr como fez com o Suns? Essa eu pago pra ver.

- Ontem falei de uma jogada linda do Chris Paul que eu não tinha achado o vídeo, e o leitor Marcelo achou e mandou. É a jogada número 4 desse Top 10, mas vale ver o vídeo inteiro.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

"Both Teams Played Hard"

Rasheed Wallace sabe o porre que é responder trocentas perguntas


Atendendo a alguns pedidos educados e uma ou outra ocasional ameaça de morte, aqui estamos novamente com mais uma coluna "Both Teams Played Hard". Parece que foi ontem a primeira vez em que resolvemos responder as dúvidas dos nossos leitores, achando que seria fácil falar sobre um ou outro jogador, e agora eis que nos deparamos com o maior post do Bola Presa desde sua criação. O número de perguntas aumenta mês a mês e alguém sempre dá um jeito de me obrigar a descobrir do que se trata algum termo acadêmico muito chato. Quem mandou eu me enfiar nessa, não é mesmo? Mas, como diz um colega meu, "pisou na merda, abre os dedos".

Seja fazendo sua lição de casa, aconselhando sobre as diferenças entre os sexos ou até, eventualmente, falando de basquete (quem diria!), estamos aqui firmes e fortes para responder todas as dúvidas que aparecerem na caixa de comentários. Se bem que, no ritmo em que as coisas vão, devem surgir em breve umas perguntas pessoais cabeludas demais que só poderei responder na presença do meu advogado.

Na coluna de hoje, as chances do Sixers, o ódio pelo Lakers, um pouco de rap e uma pitada de Alinne Moraes!

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Felipe Danemberg:

1 - Porque o time do chicago caiu tanto nessa temporada e o que vcs to elenco do Bulls
2 - Qual o programa que vcs usam para ver os jogos no pc???????

3- E será que um dia o Larry Hughes pode fazer no bulls o que fazia nos tempos do wizards ????????


Denis:
1- O Chicago não defende mais tão bem e é o pior time em aproveitamento de arremessos, sem defender e sem atacar não dá pra ganhar. Não dá pra explicar mais que isso, é o mesmo elenco do ano passado só que errando o que costumavam acertar.

2- Veja aqui!

3- Acho que não, se fosse assim já teria começado a jogar bem, já teve mais de um mês pra isso.

Danilo:
3 - Uma idéia para o Hughes jogar no Bulls como nos tempos de Wizards é contratar o Arenas, que tal? Por algum motivo bizarro, eles funcionavam muito bem juntos. Mas tem também muito a ver com o fato de que o Larry Hughes não é um bom arremessador e tanto o Cavs quanto o Bulls são times que dependem muito do jogo de arremesso, em especial de trás da linha de 3 pontos. Ou seja, os piores lugares possíveis para o Hughes fazer o que sabe. Se é que sabe.

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Genaro:
1 -Kobe esta reclamando demais essa temporada ou os juizes que estão sendo muito rigorosos?
2 - Qual a serie que vcs mais gostariam de ver nos playoffs?

3 - Perante a Deus somos todos iguais.Vocês são como eu e eu como voces?

Denis:
1- O Kobe está reclamando muito mesmo! Todo arremesso errado dele é uma falta, ele está enchendo o saco!

2- Eu gostaria de ver Paul contra Deron em um Hornets x Jazz. Também seria legal algumas revanches como Lakers x Suns, Suns x Spurs, Cavs x Pistons e Cavs x Wizards. Além dessas, espero a final Celtics x Pistons no leste.

Danilo:
2 - Além destes, eu gostaria de ver um Houston X Jazz, que foi uma série maravilhosa nos playoffs passados, mas só se o Yao Ming voltar e se o Houston tiver mando de quadra. Porque lá em Utah é impossível ganhar, vai entender o porquê.

Denis:
3- Deus não existe, desculpa te falar assim de repente.

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Lu & Lu
1 - pq o Camby leva o prêmio de melhor defensor, se ele ehh o C ki marca pior homem-a-homem na liga inteira?
2 - pq o Phil põe o Walton pra joga?
3- JR pelo ki vem fazendo nesse fim de season, pode ser o melhor 6º homem, naum pode?

4 - Qual o nome das suas namoradas?

5 - o que é epistemologia?

6 - qual é o significado de LA Clippers e Portland TrailBlazers?

7 - pq ninguém entende cabeça de mulher? seis tem uma dica?


Denis:
1- O Camby pode não ser o melhor na defesa de 1-contra-1, mas o pior também não é! Ele ganha o prêmio porque dar tocos dá status pra ele, eu falei mais sobre isso em uma coluna minha no BasketBrasil, essa aqui.

2- Se você viu o Walton jogar, você sabe que o Camby não é o pior defendendo! O Walton não tem jogado bem mesmo, ano passado ele estava melhor, mas não acho ele tão ruim. De qualquer forma, espero que o Ariza pegue o espaço dele quando voltar de contusão.

Danilo:
2 - Será que só eu e a mãe do moço somos fãs do Luke Walton?!

Denis:
3- Não, o JR Smith é um doido que já estragou vários jogos para o Denver e o time dele pode nem ir para os playoffs, ele não vai ganhar o prêmio de sexto homem MESMO.

Danilo:
4 - Quê que é? Tá dando em cima das nossas minas? Fica esperto, truta, senão o tambor vai rolá!

5 - Epistemologia é a filosofia do conhecimento, originada formalmente em Platão. Trata-se de uma matéria obrigatória nas faculdades de Filosofia e também na maioria das faculdades de Psicologia. É um porre.

6 - "Trail blazers" são sujeitos que abrem caminho na mata para que outros possam passar. Não sei se há um correspondente em português, mas são desbravadores que adentram a mata de facão na mão. O nome, bem brega, foi escolhido num concurso e, como merecido, muito vaiado pelos fãs da NBA quando foi anunciado. Já "Clippers" significa "veleiros" e é um dos quinhentos nomes de time que até faziam sentido mas que acabaram se perdendo quando o time mudou de cidade. "San Diego Clippers" tinha relação com os barcos da bacia de San Diego, mas quando foram para Los Angeles o nome ficou o mesmo.

7 - Não entendemos cabeça de mulher porque somos simples primatas com menos pêlos (às vezes) que preferem ficar assistindo um bando de caras suados se socando numa quadra de basquete. As mulheres são sofisticadas e inteligentes demais para perder tempo com isso. Preferem cozinhar e passar roupa. Para entender uma mulher, basta pensar em como você seria se fosse inteligente - e completamente inconstante. Boa sorte.

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Renzo:
Caríssimo blogueiro-poeta de dupla personalidade (tenho certeza disso após ter checado o excêntrico blog "Vai chover!!!", recentemente divulgado nos comentários por um leitor); Mais uma sugestão (já que gostaram daquela, faço outra também): o blog poderia usar sua criatividade doentia para criar despretensiosos "prêmios alternativos" ao final da temporada regular, quiçá também ao final dos playoffs. Isso porque ninguém mais aguenta esse papo de MVP, MIP, PQP, etc...

Danilo:
Explica pra mim, por que um excêntrico blog inofensivo lhe provou que somos um caso hollywoodiano de esquizofrenia? Quanto aos prêmios alternativos, muita gente pediu e então vamos fazer, assim que a temporada regular terminar. Sugestões para os prêmios são sempre bem-vindas, só não vale "jogador mais gordo do ano" porque a gente sabe quem é que vai levar o prêmio sempre, até o final da carreira.

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Diego:
vcs tem orkut ?? essa eu mesmo respondo TEM, pois todo mundo hj em dia tem orkut !!! ql o link pro profile ???

Danilo:
Por sermos mamíferos, bípedes e brasileiros, temos que ter Orkut, né? Em breve essa definição deve estar nos livros de biologia, aguarde. Como nos enquadramos nas categorias acima mencionadas, temos Orkut sim, mas não vou dar o link porque eu "só add com scrap".

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larissa:
1 - quem éh o guitarristah da banda Evanescence ?
2 - quem éh filho do meus pais e naum éh meu irmao?vcs assistem chaves?

3 - quem conquistou a ingraterra ?

Denis: 1- Quem se importa com o guitarrista se a vocalista é uma mulher bonita? Ah, é que você é uma mulher... então eu falo, é o Terry Balsamo.

2- Odeio Chaves, mas o Danilo gosta.

Danilo:
2 - O filho dos seus pais que não é o seu irmão é o coelho. Que coelho? O que te chuta com o joelho! *POF*

Denis:
3- O Roman Abramovich vai conquistar a Inglaterra em breve, só esperar.

Danilo:
3 - Eu quase ia responder "as Spice Girls"... meu passado me condena.

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Klebinho mulek:
1 - qual o tamanho dakela geleira ki tahh descongelando no Polo Norte?
2 - quem foi o MVP (a próxima vez ki tiver "Both teams players hard", o prêmio jah vai te saído..)?
3 - Qual a capital Geórgia?
4 - Qual foi o melhor africano na história da NBA?

5 - Greg Oden vai ser Rookie, ou Sophomore ano ki vem?
6 - Será ki sou o único homem ki gosta do village people?

7 - kem ehh mais gostosa, a Roselyn Sanchez ou a Maria Gracia Cucinnota?


Danilo:
1 - Sei lá, mas é grande pra burro. Você está fazendo sua parte contra o aquecimento global? Tá reciclando suas revistas pornôs?

2 - Muita gente já foi o MVP, mas contrariando os descrentes que acham que vamos levar 10 anos para publicar uma coluna nova, respondemos coisas interessantes como "qual a capital da Geórgia" antes do MVP dessa temporada ser anunciado.

3 - A capital da Geórgia é a cidade de Tbilisi, com 1.093 habitantes. Mas eu poderia morrer sem saber dessa. E você também.

4 - Pra mim foi o Mutombo, e nem levo tanto em consideração o talento dele, os trocentos títulos de Melhor Jogador de Defesa ou o fato de ter jogado pelo Houston e substituído o Yao Ming à altura. O Mutombo é um humanitário, um cara disposto a pegar os quadribilhões que ganha e investir para os outros, além de ser sem dúvida o cara que mais se diverte com basquete em toda a NBA. Fora o dedinho, ah, o dedinho! Ele é o melhor!

5 - Greg Oden será rookie (novato) na temporada que vem por não ter disputado nenhuma partida nessa temporada.

6 - Nenhum homem gosta de Village People. Consequentemente, a lógica me diz que você não é homem. Sinto muito.

7 - Eu prefiro a Roselyn Sanchez, mas é questão de gosto, a Maria Cucinotta tem seus méritos. Mas nenhuma delas é assim, como dizer, uma Alinne Moraes, né?

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rodrigo lakers:
1. Quando vocês irão fazer outro artigo daquela série de drafts tipo o de 2003?
2. Por que tantas pessoas odeiam o Lakers e o Kobe?

3. Quem é o melhor mascote, o Solzinho do Pan ou o Jack Nicholson?



Denis:
1- Estamos esperando acabar a temporada, acho que não faria sentido ficar falando do draft de 98 há menos de um mês de começar os playoffs com um monte de time brigando por vagas.

Danilo:
2 - Essa é uma boa pergunta. Quanto ao Lakers, talvez haja resquícios de ódio de quando eles montaram o "Fab 4" com Payton e Malone. Quanto ao Kobe, exigiria um detalhado estudo sociológico. Acredito que em parte se deva ao lance do "novo Jordan", que causa repúdia nos fãs das antigas. Tem também a vida pessoal de Kobe, seu jeito introspectivo, sem amigos, querendo ser o melhor de todos. A acusação de estupro. Os problemas de ego com Shaq. A fama de fominha. E o principal de tudo: o fato de ser disparado o melhor de sua geração. Esquisito perceber isso, mas há um ódio incompreensível contra quem é bom demais, e os 81 pontos não ajudaram essa causa.

3 - O Jack Nicholson, disparado. Pelo menos ele não é um plágio discarado de personagens alheios.

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Rafael:
Sério...Parmênidas...todo mundo sabe que o pupilo dele, Zenão de Eléia, teve uma história muito mais interessante.

Danilo:
Depende, você acha interessante ser o precursor do Mike Tyson arrancando a orelha do Hollyfield? Porque, diz a lenda, Zenão arrancou a orelha de seu algoz a dentadas à beira da morte. Ninguém imaginava, mas Tyson na verdade estava querendo fazer uma referência à escola eleática, ele deve ser muito versado em filosofia.

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Pedro Henrick:
1)O que vocês acham da rivalidade criada entre LeBron e DeShawn?
2)O Soulja Boy é tão ruim assim?

3)Quantos graus Fahrenheit equivalem a -36,7 graus Celsius?


Danilo:
1 - Eu pessoalmente adoro essas coisas. Escrevi um post justamente sobre a rivalidade entre Cavs e Wizards, uma das minhas favoritas na NBA. Porque times mais-ou-menos também são times, jogadores meia-boca também se destacam às vezes. Nem só de Lakers vs Celtics pode viver a NBA, não é mesmo?

Denis:

2- O Soulja Boy é muito ruim mesmo, pode acreditar. E os novatos do Warriors também devem achar, olhe esse vídeo.

Danilo:
3 - Não sei, até porque usar "graus Fahrenheit" é coisa de quem joga vôlei, mas é frio para Hyoga nenhum botar defeito!

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Dope:
Eu sempre achei q o Kobe mudo de numero pq ele queria se livrar da carga negativa q estava associada a ele, por causa daqle processo de estupro q ele foi acusado, e tb pelo monte de contratos publicitarios q ele perdeu com isso.

Danilo:
Claro, quando a gente é acusado de estupro e perde contratos publicitários, basta mudar o número da camiseta para causar uma amnésia coletiva em toda a população global. Por acaso você acha que só porque ele trocou de número, as pessoas pensam que se trata de outra pessoa? A polícia vai prender o sujeito e ele alega "não, eu sou outro Kobe, aquele lá era camisa 8." Seria tão ridículo quanto o Superman se disfarçar de Clark Kent enfiando um óculos na cara.

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Ralph:
1- Todos falam de Kobe, mas por que Rasheed mudou o nº da camisa de 30 para 36?
2- Aliás, por que ele é tão feio? É verdade que a mãe dele tomou Urânio enriquecido durante a gravidez?
3- Uma recente pesquisa norte-americana revelou que o presidenciável Barack Obama e Brad Pitt têm um longíquo parentesco. Baseado nessas informações, quais as possibilidades de Rasheed Wallace figurar na mesma árvore genealógica que Mischa Barton?

4- Por falar nela. Vocês acham que o seu rosto angelical amezina o fato de sua magreza quase anorexa?
5- Apesar das boas campanhas, vocês não acham que o Detroit Pistons está com cara de que será destroçado por Lebron James mais uma vez?

6- Já que vocês são os gurus de todos os jogadores frustados brasileiros, vocês prestam consultas espirituais?


Danilo:
1 - Não sei porque, mas desde que ele fez isso, o Pistons nunca mais ganhou coisa nenhuma!

2 - Você está ciente de que pessoas em geral não tomam urânio durante a gravidez, né?

Denis:

3- A chance do Sheed ter parentesco com a Mischa Barton é a mesma chance de você estar falando isso porque é fã de O.C. e ficou passado quando ela morreu.

4- Eu comia ela amarradão, magricela mesmo.

Danilo:
5 - Eu sinceramente acho que qualquer time tem cara de que pode ser destroçado pelo LeBron, tudo depende do Rei ter uma daquelas atuações absurdas. Mas isso varia com a marcação colocada nele, sua intensidade, a fase da lua... Apesar disso, a verdade é que o Pistons aprendeu a jogar contra o LeBron, utilizando uma defesa que é uma leve variação do que se usava contra o Jordan antigamente, um misto estranho de defesa individual e por zona em que todo mundo foca no LeBron. Desde que o Pistons adotou a estratégia, o Rei nunca mais foi o mesmo em Detroit e por isso acho bem difícil ele ter atuações memoráveis nos playoffs contra eles de novo. É tipo golpe de Cavaleiro do Zodíaco, em geral não funciona duas vezes contra o mesmo oponente!

6 - Prestamos consultas espirituais em que convencemos, digo, instruimos, os jogadores frustrados a se desfazerem de seus desejos mundanos e bens materiais e doar todo seu dinheiro para a Associação Espiritualista Bola Presa. Atendemos todas as quintas-feiras.

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Arthur Mendes:
queria saber em qual site da internet vcs assistem jogo da NBA ?

Danilo:
Parabéns! Como o centésimo cliente a fazer essa pergunta, você levará para casa um sensacional brinde da equipe Bola Presa. E também, claro, nosso post com todas as dicas para como assistir NBA no nosso Brasil-de-meu-deus.

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Nathan DPaula:
1 - Quem quer dinheiro?
2 - Quais vocês acham que vão ser as finais de conferência do Leste e do Oeste? (Quais vocês acham que vão ser, e não que vocês torcem para ser).
3 - Vocês acreditam na mitocrôndria? No caso de acreditarem: vocês já viram uma?


Danilo:
1- Todos os seres humanos habitantes do planeta Terra e inseridos na cultura do capital.

2 - Eu acho que vai ser Lakers contra o Celtics, mas é muito triste você não deixar eu responder sobre quem eu TORÇO pra que esteja na final. Hunf!

3 - Eu acredito em mitocôndrias embora só tenha visto em fotos. Mas tudo bem, afinal eu também acredito na Alinne Moraes sem nunca tê-la visto pessoalmente.

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H20:
1. Considerando que a maior parte do elenco do Knicks é imprestável, jogadores de que posição o time deveria draftar? Pensar no draft é a única coisa que resta pra um torcedor do Knicks nessa temporada...
2. Não sei marcar, não sei passar, não tenho velocidade, não tenho resistência, não sei enterrar e não sei nem fazer bandeja. Por outro lado, tenho um ótimo aproveitamento da linha de 3pts. Posso ser o “novo Kyle Korver” do Knicks ou de algum time da NBA?

3. Vocês acompanham alguma coisa do basquete nacional, mesmo sabendo que não vale a pena?

4. Vocês, como (quase) todo jogador da NBA, gostam de rap e coisas do tipo? Se não, gostam de que tipo de música? Me indiquem uns cds pra eu.. er... adquirir de forma alternativa pela internet.

5. E finalmente, mas não menos importante: O Acre existe?


Denis:
1- O Knicks tem que draftar o melhor jogador disponível na hora, sem pensar em posição nenhuma.

2- O Kyle Korver não é tão ruim como dizem, ele melhorou muito desde seu ano de novato a sua defesa e seus passes. Mas seu grande mérito, mais que o arremesso, é sua movimentação em quadra, que é o que permite que ele consiga espaço para botar seu arremesso em prática. Se o Kapono tivesse o mesmo talento, não teria afundado no banco.

3- Já acompanhei bem mais o basquete nacional, mas desanimei e ultimamente não tenho visto nada além de uns joguinhos aqui, outros lá, na TV.

4- Eu gosto de rap mas não do Gangsta Rap que os jogadores da NBA gostam, acho ridículo aqueles caras falando só de mulher bunduda, de carros e com correntes. Gosto de rap nacional e aqui tá uma lista com os 10 melhores raps nacionais pra você procurar e baixar:

Top 10 - Melhores raps nacionais

10- Vida Loka parte I - Racionais MCs
9- Meus Inimigos estão no poder - Apocalipse 16
8- A Cultura - Sabotage
7- A Bola do Mundo - De Menos Crime
6- Sonho de Metal Opalão - GOG
5- Brasil Manchete - GOG
4- Homem na Estrada - Racionais MCs
3- Vida Loka parte II - Racionais MCs
2- Muito Longe Daqui - Rappin Hood
1- Capítulo 4, Versículo 3 - Racionais MCs

Danilo:
4 - Lembre-se de que pirataria é crime. Não ataque outros navios.

Denis:
5- Claro que não, todo mundo sabe disso.

...

Netinho:
1 - vcs jogavam Winning Eleven? Se sim, colocavam tbm o Roberto Carlos no ataque pq ele corria pra caralho e soltava uma bomba?
2 - Sixers pode surpreender nos playoffs?

3 - Quando o Sheed aposentar, a coluna continuara desse mesmo jeito ou mudará de nome?
4 - To vendendo um dvd do Charles Barkley...quer comprar? hahahaha


Danilo:
1 - Não, meus fortes princípios morais e éticos me proíbem de apelar em videogame. Mas quando era menor, fazia gol de cabeça no Fifa 94 ficando na frente do goleiro quando ele ia repor a bola...

2 - Não acredito que vou dizer isso, mas sim, o Sixers pode surpreender nos playoffs. De time que deveria dar errado, eles foram se tornar uma das equipes mais sólidas do Leste e, vai entender, especialistas em chutar o traseiro do Detroit Pistons. Escrevi um post sobre a equipe de Philadelphia e desde então ainda não compreendo como esse time evoluiu tanto do ponto de vista técnico e tático. Nos playoffs, vai dar trabalho.

3 - A coluna manterá o nome como homenagem ao ídolo, ao homem, à lenda. Rasheed para sempre!

4 - Ganhou na promoção e já quer reverter em dinheiro, né? Da próxima vez, ao invés do DVD, vamos te mandar uma cesta básica, que tal?

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Guilherme:
Aqui nao é lugar pra isso eu sei, mas gostaria de pedir um post sobre os tecnicos na NBA dizendo quais tecnicos são bons e ruins e os medianos tbem. Mais ai vão algumas perguntas de qualquer forma:
1-dizem que o flip saunders é ruim, vcs concordam?

2-e o tecnico do celtics? é bom? ou os jogadores que estão fazendo o time ganhar tanto?


Denis:
Eu estava pensando já em fazer um post sobre técnicos, em breve posso fazer um.

1 - Eu acho ele bem mais ou menos. Desde que chegou no Pistons nunca fez nada que chamou a atenção além de substituições nas horas erradas.

2 - O Doc Rivers passou anos sendo xingado e perdendo, agora é ovacionado e o time ganha tudo. Difícil julgar um cara que tinha um elenco muito ruim e agora um bom até demais nas mãos, mas vendo o Celtics, percebemos que a defesa é muito bem treinada, o que não dá pra fazer sem ajuda do técnico, mas o ataque não tem nada de mais, como já disse uma vez aqui o grande mérito ofensivo do Celtics é não complicar, fazer o básico pra tirar vantagem do fato de terem tanto talento individual.

Danilo:
2 - Pra mim, o Doc Rivers fede. E tenho dito.

...

Anônimo:
Quem são os favoritos para ganhar o Coach of the year? Será que Eddie Jordan tem chances?Ele fez um ótimo trabalho no Wizards.

Danilo:
Vamos fazer um post com nossas escolhas para Técnico do Ano, assim como fizemos com os novatos recentemente. Eu, pessoalmente, sempre acho que os times que se mantém em alto nível mesmo quando perdem suas estrelas é que mostram mais o talento de seus técnicos. Nessa categoria, incluo o Rick Adelman, do Houston Rockets, e obviamente o Eddie Jordan, do Wizards. Ele não tem chance NENHUMA de ganhar o prêmio mas merece (e deve) receber alguns votos, pelo menos, para aparecer na lista de menções.

...

Edson Abreu:
1 - pq o Amare mudou pra camisa 1 intaum?
2 - o efeito estufa é bom ou é ruim pra humanidade?

3 - quem é o favorito pro Rookie of the year do ano ki vem, Rose, Beasley ou Oden, se é que o Oden vai poder concorrer?
4 - pq o Kapono sempre ganha o desafio dos 3 pontos?


Denis:
1- Porque ele sabia que o Shaq ia pra lá usar a 32, Mãe Dinah, manja?

2- O efeito estufa deixa o mundo mais quente, todo mundo reclama de frio e adora verão. Então é bom.

3- O Oden vai poder concorrer porque será considerado novato e acho que ele entra como favorito, sim.

4- Porque ele só treina isso, ou pelo menos é o que parece quando vemos que ele não sabe bater bola, driblar, marcar, infiltrar...

...

Tamiris:
1 O q vcs acham da comparação da capa da Vogue com o Lebron e a Giselle Bunchen com a cena do King Kong carregando a moça? 2 Estão certos em falar q é racismo? 3 A culpa é de quem? 4 Tirando o Lakers, quem se deu melhor com as trocas?



Denis:
1 e 2- Oi, Tamiris, bom ver mulheres comentando por aqui! Achei a capa muito legal e engraçada, não vi nada de preconceito como muita gente falou por aí. Aliás a matéria é pra falar de como os dois tem corpos perfeitos! Eu queria uma matéria preconceituosa dizendo como meu corpo é perfeito com uma foto minha abraçando a Gisele Bundchen.

Danilo:
1 e 2 - Quando eu vi a comparação com uma imagem do King Kong, confesso que a princípio achei exagero, depois achei que tinha certo fundamento, mas depois concluí que não tem nada demais mesmo se for uma brincadeira com o King Kong. O preconceito está na cabeça de quem vê. Acho que o único problema é que eu não queria aparecer numa capa, ao lado do Gisele Bundchen, gritando como um débil mental. Mas aí é questão de gosto. Também quero agradecer nosso leitor Marcelo, que me enviou a foto da capa da Vogue quando eu não conseguia encontrá-la em lugar nenhum! Valeu mesmo, sempre fico feliz quando tem um leitor disposto a ajudar a gente enviando coisas das mais diversas pro nosso e-mail. Mas sem correntes, por favor. E nem aqueles "power points" religiosos, hein?

Denis:
3- A culpa é do governo, dos EUA, do Iluminati, dos judeus, dos negros, dos japoneses, das mulheres, dos pobres, dos ricos, dos alienígenas, de todo mundo. Todo mundo menos do homem branco de classe média.

4- Achei que o Nets se deu bem conseguindo escolhas de draft e um ótimo armador pra substituir o Kidd. Mas o grande vencedor pode ser o Suns, mas não sabemos ainda, a troca foi feita para os playoffs e precisamos esperar pra ver.

...

Cesar:
1-Com o quarto "titulo" em sequencia da divisão central voces acham que o Pistons leva a NBA ou novamente Flip Saunders fara uma merda e o time não ira conseguir?
2-Alem da NBA voces acompanham algum esporte americano? se sim qual e suas equipes. 3-Quais jogadores do draft desse ano voces acham que vai ter um grande futuro na NBA.

Danilo:
1 - O Pistons tem chances de levar a NBA, claro, mas se perder para o Celtics, por exemplo, não seria nenhum absurdo e nem necessariamente culpa do Flip Saunders. Além disso, há sempre as chances do Pistons pegar o Sixers nos playoffs e aí, se for como na temporada regular, o Pistons não tem chance! (nunca pensei que fosse dizer um troço desses!)

2 - Acompanhar eu não acompanho, assisto de vez em quando como curioso. Não vejo hockey porque não consigo enxergar o disco e em geral não vejo beiseball porque acabo dormindo involuntariamente. Assisto um pouco de NFL e tenho certa simpatia pelo Tampa Bay Buccaneers, mas nada muito forte, a NBA me toma tempo (e esforço) demais.

Denis:

3- O Derrick Rose é espetacular e com certeza vai dar certo, o Michael Beasley também. Também gostei do Brook Lopez ,mas ele é um pivô branco, está destinado a ser ruim. Tem também o Eric Gordon e o OJ Mayo, mas os dois são muito malas, podem virar uo Kobe ou o Ricky Davis, vai saber...

...

cuspo_na_kra:
1- Que data vamos saber q chris paul é o mvp?
2-vcs tem impulsão sulficiente para dunkar num aro 3.05?


Denis:
1- Sr. Cuspo_na_kra, não sei a data, mas gostaria de ver o Chris Paul MVP, ele está merecendo apesar de não conseguir ser bom contra o Jazz.

2- Nos meus tempos de menino eu já tive, mas hoje com a dor nas costas e o cabelo branco não dá mais.

Danilo:
2 - Impulsão eu até tenho, o que eu não tenho mais é joelho.

...

Thales:
1- Larry Bird era branco, tinha um fisico estranho, era meio desengonçado, arremessava estranho, e tinha a coluna fudida. Como ele conseguia ser tao bom, mesmo assim?
2- Quais jogadores tem ou tiveram os arremessos mais esquisitos?
3- no meu dinasty mode, montei um time com Hakeem, Jordan, Pippen, Grant, Kemp e Stockton e com 1 calouro fodao na posiçao SF. Esse time tinha overall 95.
Baixei uma atualizaça recente, e o time do bulls, com thomas, gooden, hugues, noah, entre outras merdas, tem overall 92. Só eu acho que essa conta de overall nao tem sentido algum??
4- Alguem conhece um jogo de basquete pra PC menos ridiculo que esse nba live 07?? *pode ser até outro nba live, quem sabe*

Denis:1- Ele é a exceção que confirma a regra de que só negros são bons em basquete. Pelo menos os americanos, brancos gringos até que são bons.


Danilo:
2 - Há muito tempo atrás eu fiz uma lista com os arremessos mais esquisitos, vou colocar aqui:

Top 10 - Arremessos mais esquisitos
1 - Shawn Marion
2 - Leandrinho Barbosa
3 - Jason Kidd
4 - Kenyon Mart
5 - Ron Artest
6 - Antoine Walker
7 - P.J. Brown
8 - Shaquille O'Neal
9 - Anthony Mason
10 - Michael Olowokandi

Dá pra ver que a lista é velha porque tem Anthony Mason e o Olowokandi. Mas hoje em dia dá pra substituir os dois pelo Marcus Camby e pelo Kevin Martin. Aliás, arremesso esquisito é mal de K-Mart, pelo jeito.

Denis:
3 - Acho que você está subestimando o Larry Hughes e sua trupe! Se eles fossem para os playoffs, eles iriam ganhar o Leste, você ia ver só!

Danilo:
4 - Então, menos ridículo que esse NBA Live 07 (o pior de todos os tempos) é o NBA Live 08. Ele é muito, muito superior, mas não significa que também não seja ridículo. A solução sempre é conseguir o NBA 2K8 para consoles, seja o bom e velho PS2 ou os novos videogames de última geração. Pede para o Papai Noel!

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Anônimo:
Vcs tem orkut?se sim porque vcs nao participam do melhor forum de NBA, la na comu NBA Brasil, acho que vcs conhecem lá, é muito legal, tem bastante opiniao de gente que sabe muito de NBA.

Denis:
Olha o Anônimo usando o espaço do Both Teams Played Hard pra fazer propaganda da comunidade do Orkut! Malandro!
E eu tenho Orkut sim, mas eu fico fuçando o Orkut dos meus amigos e de mulheres gostosas, logo não tenho tempo de participar de discussões de NBA.

Danilo:
Eu estou sempre espiando a NBA Brasil no Orkut, mas não participo, não. Confesso que não sou muito fã dos duelos de ego em que os fóruns em geral acabam se tornando, nem das discussões de "quem é melhor" e nem do tratamento dado aos novatos de comunidades. Mas isso pode ser porque eu sou chato pra burro também, então me desconsidere, por favor.

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Jessica:
Também te amo, querido! (Namorada do Denis).

Denis:
Agora que ela se declarou pra mim aqui no blog, como eu faço pra dizer que não vou sair com ela pra ver jogo de playoff?

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Alemão:
1) Seria Brandon Bass o Dirk Negro?
2) Afinal, o dallas deu ou nao deu a sua escolha do draft pro nets?

3) Como torcedor do dallas, o que esparar pra essa temporada?

4) Digamos que a final seria lakers e celtics, qm venceria?


Denis:
1- O Brandon Bass é o Dirk-em-um-dia-bem-ruim Negro.

2- Claro que deu, o Nets não era doido de não pegar escolhas de draft em troca!

3- Se acabasse a temporada hoje, o Dallas pegaria o Spurs, o que nunca é bom nos playoffs, ainda mais com o Kidd, que é freguês do Spurs. O próprio Parker deu uma entrevista dizendo que a troca foi boa pra ele porque o francês tinha muitos problemas em marcar o Devin Harris. Mas o Dallas já venceu o Spurs em San Antonio em um jogo 7, então não duvide de nada. Eu apostaria que o Dallas chega no máximo na semi-final do Oeste.

4- O Celtics, infelizmente.

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eric:
vcs acompanham nba desde quando?

Denis:
Eu assistia NBA na Band quando era mais novo mas não entendia nada porque era novo e burro. Acompanhar de perto mesmo eu comecei na temporada 99-2000, só pra ver o tri-campeonato do Lakers.

Danilo:
Saudosos tempos de NBA na Band... naquele tempo dava pra andar sem medo pelas ruas, as crianças não estavam perdidas no crime e nas drogas, e o Kinder Ovo custava só um real...

...

felipe:
1-A Juliana Paes é muito mais gostosa que a Alinne Moraes, certo?
2-Existe alguma chance do Hawks elimina o Celtics numa possível primeira rodada dos playoffs?

Denis:
1- Não, a Juliana Paes tem uma bunda maior, só isso, mas a Alinne Moraes é muito mais bonita, gostosa e beiçuda que a Juliana Paes.

2- Basquete é uma caixinha de surpresa e tudo é decidido dentro das quatro linhas. Mas se o Hawks ganhar do Celtics na primeira rodada, eu prometo postar uma foto minha de sunga rosa aqui no blog.

...

adriano:
vcs tão viajando. a flavia alessandra é 5x mais mulher q a alinne moraes, q ainda tem um nome escroto com dois Ns. mas do q eu to reclamando, eu comeria as duas feliz da vida...

Danilo:
Mas que mania de ficar comparando a Alinne Moraes com outras mulheres! Não entendem que isso é heresia? Quando ficarmos ricos e famosos e a Alinne (com dois "n" porque assim é mais "cabalístico") vier tomar um chá nos escritórios do Bola Presa, quero ver quem é que não vai dormir na nossa porta só para farejar a moça, e ficar gritando "no blog eu sempre comentei que você era a melhor do mundo". Rá.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O papel de Kyle Korver

Punk'd, com Ashton Kutcher



Na semana passada, durante o emocionante jogo entre Utah Jazz e Denver Nuggets, vencido pelo time dos mórmons branquelos na prorrogação, alguém disse pra mim "Olha o Kyle Korver decidindo o jogo. De um ninguém no Philadelphia pra ser decisivo em um dos melhores times!".

Pra ele só poderia dizer: bem-vindo ao mundo dos chamados "role players".

Para quem não sabe o que é um "role player", vamos a uma sessão wikiDenis então. "Role", pra quem não é nerd e não gosta de RPG, é um papel, ou seja, uma função. E "player", ou "playa" para os "gangsta", é o jogador, claro. Resumindo, é um jogador que tem um papel definido para realizar no time. Ele fica nesse papel e só, não faz tudo o que der na telha como LeBron, Kobe e etc. Se o Luke Walton começa a forçar arremesso como o Kobe, ou se nosso forte candidato a Desconhecido do Mês, Ira Newble, tenta decidir o jogo como o LeBron, eles apanham dos técnicos.

Alguns desses tais "role players", apesar de serem teoricamente secundários, ganham muita fama. O primeiro motivo dessa fama é até óbvio: eles fazem seu papel muito bem. Dennis Rodman é um dos poucos jogadores na história a ter 20 rebotes e nenhum ponto em um jogo, isso mostra que ele tinha um papel e qual era ele, mas o cara fazia tão bem esse papel que era visto como peça essencial da equipe. Robert Horry também é só um role player, entra pra pegar uns rebotes, roubar umas bolas, meter umas bolas de três, vencer campeonatos, essas coisas pequenas. Dos mais recentes, acho que o que tem mais fama é Bruce Bowen, tá bom que pra muita gente não é uma boa fama, mas é fama, e que nasceu devido à sua principal função e qualidade: defender.

E vocês sabem o que Rodman, Horry e Bowen têm em comum? (além de todos terem jogados no Spurs). Eles venceram campeonatos. E esse é o segundo motivo que os fizeram famosos.

Agora, finalmente, chego onde queria chegar. Para você ser um desses role players considerados fantásticos, essenciais ou que fazem a diferença, você precisa estar em um time bom, um time forte, um time vencedor. Ao mesmo tempo, um time para vir a ser vencedor precisa de role players. Deu pra sacar?

Não deu, mas os exemplos vão ajudar. Comecei o post falando do Kyle Korver e ele é o melhor exemplo que podemos dar. Ele é um role player, sua função é se movimentar para conseguir uma boa visão da cesta e aí meter bala com seu arremesso quase infalível. Até algumas semanas atrás ele estava no Sixers, lá ele se movimentava, acertava seus arremessos e fazia tudo o que mandavam ele fazer. Como resultado, derrotas e mais derrotas do limitado time do Phila. No Jazz, Korver faz a mesma coisa e o Jazz, que estava sofrendo para ficar ora em nono, ora em oitavo, dispara para uma sequência de 10 vitórias seguidas e, muitos dizem, justamente por causa da troca de Korver, que ele é o diferencial, o que faltava para o Jazz. Ué, ele é ou não tão bom assim?

O fato é que um time precisa de muita coisa para ser forte. Entre essas coisas, precisa, pelo menos na NBA, de um jogador fora de série, se possível mais de um. Depois disso precisa de algo que possa ser usado a seu favor como característica de jogo, pode ser o tamanho dos jogadores, a velocidade, as bolas de longe. E essas características são trazidas por esses role players. O Jazz era um time forte, montado por estrelas como Deron Williams, Carlos Boozer, Memo Okur e Andrei Kirilenko. Mas faltava alguém para meter as bolas de três, para abrir espaços na quadra com boa movimentação. E esse cara é Kyle Korver.
Já no Sixers, essa função não fazia muita diferença porque o time não está totalmente preparado, falta muita coisa para eles virarem um time da elite, então algumas bolas de três e boa movimentação de um jogador, no máximo, fazem a derrota ficar menos feia.

Isso quer dizer que se enfiassemos Horry, Bowen ou até o Dennis Rodman em times muito ruins, era capaz deles terem passado despercebidos, ou vistos apenas como jogadores razoáveis pela NBA. De que adianta um doido pegando 20 rebotes num jogo se o time dele não é capaz de marcar pontos? Rodman ia ser lembrado só pelos cabelos coloridos. E se Bowen fosse um bom marcador em um time fraco, de que adianta ele segurar a estrela do time se o resto da sua equipe fede?
Acho que outro bom exemplo é Steve Blake. Era um bom armador no Portland e acabou indo para o Bucks. Lá, na reserva do Mo Williams, não era ninguém, aí foi pro Nuggets e, pelo menos na minha opinião, mudou a cara do time, de repente Melo e Iverson pareciam melhores e dava até vergonha dizer que caras tão bons estavam parecendo melhores só porque aquele Blake branquelinho estava na equipe. Mas quando ele voltou pra Portland e o Anthony Carter assumiu a armação do Denver, deu pra ver que era tudo verdade.

Essa é a vida dos role players, dependem do time em que estão, da situação em que são jogados por técnicos e dirigentes, para poder mostrar que têm seu valor. Podem ser um desconhecido do mês em algum blog por aí num dia e, uma troca depois, ser a peça que faltava, o diferencial, de um time que entrará para a história.


Notas:

- Em uma entrevista depois do Bulls-Warriors de ontem, uma repórter entrevistou Deron Williams e, após as perguntas, disse "agora tome um banho e boa noite!". Deron retrucou "Você quer dizer que eu estou fedendo?"

- Estão dizendo que o Larry Brown pode ser o próximo técnico do Bulls. Legal trocar o Scott Skiles por um técnico defensivo, rígido e que nunca se dá bem com os seus jogadores. Mudança radical.

- Rasheed Wallace foi eleito para o All-Star Game para substituir Kevin Garnett. Não lembro de cabeça mas espero que ninguém tenha votado nele para ser MVP do All-Star na nossa promoção.

- Para quem gosta de números, estou com uma coluna no BasketBrasil que fala de NBA a partir dos seus números e estatísticas. A página das colunas é essa AQUI, tem uma nova toda quarta-feira. Mas visite todo o site do BasketBrasil, lá tem mais colunas, informações e muito mais.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Draftados em 2003 - parte 4

Lampe teve que abaixar o braço logo para ninguém perceber que ele fedia


Finalmente chegamos à última parte de nossa série de artigos sobre os draftados em 2003. Até agora, acompanhamos uma a uma as escolhas da primeira rodada, analisando o passado e o futuro de cada jogador. Alguns compõe o seleto grupo dos melhores da Liga, outros fazem parte do enorme grupo de jogadores que desapareceram sem deixar rastros.

Na primeira parte, analisamos as primeiras escolhas, que incluiam aquele tal de LeBron James, que dizem que é bom. Depois, na segunda parte, David West salvou o grupo do ostracismo total. Na terceira parte, Leandrinho e Josh Howard, as duas últimas escolhas da primeira rodada, fizeram os outros times se arrependerem mais do que a mãe do Gilberto Barros.

Na ansiosamente aguardada (por mim, pelo menos) última parte do artigo, veremos algumas escolhas selecionadas do segundo round. E, para finalizar, farei um exercício de imaginação: como seria o draft se acontecesse nos dias de hoje?


30 - Maciej Lampe (New York Knicks)

O Lampe era um dos jogadores europeus mais promissores de todo o draft. Se falava absurdos dele e seu potencial deixava todo mundo boquiaberto. Começou sendo cotado como uma das primeiras 5 escolhas, depois como uma das primeiras 10 e enfim estacionou como uma das primeiras 15 escolhas. O que o fazia cada vez mais despencar nos "mock drafts" (ou seja, nos drafts de mentirinha em que os especialistas chutam, e chutam mal) era o valor da recisão de seu contrato com seu clube europeu, o Real Madrid. Ainda assim, Lampe aparecia em todas as fotos conjuntas das "estrelas do draft" e era um consenso o fato de que já teria sido escolhido antes da 16a escolha.

Não foi o que aconteceu. O Lampe ficou lá, sentadinho na sala, vendo um a um os jogadores sendo chamados para apertar a mão sebosa do David Stern. Ver Cabarkapa, Pavlovic e Planinic sendo escolhidos antes dele deve ter lhe causado uma síncope e ele nunca mais seria o mesmo. Quando o primeiro round (e a chance de um contrato garantido) acabou, Maciej Lampe ainda não havia sido escolhido. Seu nome só foi anunciado para iniciar o segundo round, e a torcida de New York foi ao delírio. Era um jogador que poderia ter sido uma das dez primeiras escolhas e havia escorregado até a trigésima, direto para as mãos do Knicks. Lampe foi aplaudido, ovacionado, adorado, amado e até gritaram "gostoso!". Na platéia, um rapaz levantou uma placa com os dizeres "Light the Lampe", um trocadilho até que muito bom, levando em conta que todos os trocadilhos fedem.

Na entrevista logo após ter sido escolhido, Lampe tinha sangue nos olhos e parecia que sua cabeça estava preparando chá. Suas palavras foram furiosas e diretas: iria fazer cada um dos times da NBA se arrepender profundamente por ter deixado ele passar no primeiro round. Era uma jornada pessoal, uma busca por vingança, um jogador telentoso querendo acabar com a raça daqueles times muquiranas.

O Knicks pagou a multa, o Lampe foi imediatamente para a NBA, mas obviamente havia algo errado: como assim Isiah Thomas havia draftado alguém de que a torcida gostava? Como assim os fãs estavam feliz com a escolha? Era preciso fazer alguma coisa. Lampe foi trocado, junto com McDyess e duas escolhas de draft, pelo Marbury e o Hardaway, que aliás se saiu muito bem em mamar nas tetas do Knicks sem jogar.

No Suns, Lampe foi pouco utilizado mas dava seus primeiros sinais de feder. Foi então trocado para o Hornets, onde até teve mais chances mas fedeu do mesmo jeito, e aí foi para o Houston, onde marcou um total de 4 pontos em 4 partidas e desapareceu para nunca mais voltar. Vingança frustrada, moral destruída. E a multa de seu contrato salvou um punhado de times de cometer o maior engano de suas vidas.

31 - Jason Kapono (Cleveland Cavaliers)

Nada mal para uma escolha de segundo round. Trata-se de um jogador especialista que, aliás, tem a melhor média de aproveitamento em arremessos de 3 pontos de todos os tempos. Ele não chuta em grandes quantidades mas acerta o bastante para ser útil em qualquer equipe. O Bobcats arriscou, pegou o garoto no draft de expansão, e então o trocou para o Heat onde foi parte fundamental da equipe que foi campeã da NBA. O Pat Riley tentou de tudo para mantê-lo no time para essa temporada mas o Raptors desembolsou mais verdinhas e o Kapono resolveu ir para lá ser um homem rico no banco de reservas. Se bem que é melhor ser reserva no Raptors do que qualquer coisa no Heat, convenhamos. O Kapono foi perdendo seus minutos principalmente com a ascenção maluca do Jamario Moon, mas ele sempre vai ter seu espaço, sua função, e o Raptors tem potencial para acabar com o Leste assim que o Ray Allen estiver de cadeira de rodas e o Garnett só puder tomar purê de maçã no asilo.

32 - Luke Walton (Los Angeles Lakers)

Eu amo essa escolha. Vamos fazer uma pequena retrospectiva: Mike Sweetney foi a nona escolha, Reece Gaines a décima quinta, Troy Bell a décima sexta. O Lakers mesmo escolheu o Brian Cook na vigésima quarta posição. Quanto dinheiro indo pelo ralo, quantas escolhas desperdiçadas, quantos torcedores tendo que tomar anti-depressivos. E aí no segundo round, com a trigésima segunda escolha, o Lakers consegue draftar um jogador inteligente o bastante para ajudar qualquer equipe da NBA. Ele toma decisões espertas o tempo inteiro, passa a bola surrealmente bem, sempre sabe o que fazer e ainda pode cuidar das finanças da equipe sem nem usar uma calculadora. O cara é um gênio do ponto de vista do basquete cerebral. Se não tem a mão tão calibrada, se o físico é o de uma menina de pré-escola, isso nem vem ao caso. Sua mente, suas decisões, melhoram times inteiros.

Shaquille O'Neal ficou intrigado nos playoffs da temporada 2003-04 quando percebeu, e disse isso para a imprensa, que Luke Walton conseguia passar a bola para suas mãos como nenhum outro jogador jamais havia conseguido. Taí algo que eu colocaria no meu currículo. E já seria motivo o bastante para o Heat tentar uma troca, hoje em dia.

38 - Steve Blake (Washington Wizards)

Outro com um cérebro feito para o basquete. No Wizards, nunca teve muitas chances, mas assim que seu contrato acabou, foi para o Blazers jogar com seu amigo (de faculdade e também do Wizards) Juan Dixon. Lá começou a mostrar seu potencial como um armador cheio de fundamentos, habilidade em passar a bola e visão de jogo. Quando o Blazers o trocou por Jamaal Magloire, o Blake ficou revoltado. Por que diabos os times da NBA insistem em acreditar que o Magloire vai fazer alguma coisa em quadra? Blake então foi trocado para o Nuggets e fez miséria, mostrando-se ser a peça que faltava para o Nuggets de Iverson e Carmelo. Ele era o elo de ligação entre as estrelas, o general da equipe, e o time de Denver fez o possível para mantê-lo. Acontece que o Blake nunca queria ter saído de Portland, gostava da equipe, da cidade, dos amigos. Voltou para lá mesmo ganhando menos, mostrando-se um homem de princípios e também de visão: de alguma maneira estranha, sabia que a administração do Blazers estava ajeitando as coisas e que a equipe tinha futuro e poderia chegar aos playoffs ainda nessa temporada. Agora, o céu é o limite tanto para o Blake quanto para o Blazers. O que os outros times estavam pensando quando deixaram ele escorregar quase para a quadragésima escolha?

Aqui, acho que é hora de abrir um parênteses. Nosso amigo-leitor Sbubs escreveu em seu blog um post muito divertido sobre a "força nominal". Com ele em mente, fica bem claro que os times que não fazem a menor idéia de quem draftar apelam para a força do nome dos novatos. No segundo round, isso é ainda mais óbvio. São nomes demais, jogadores internacionais aos montes, então na dúvida o nome é que faz a diferença. O Steve Blake, um armador talentosíssimo, por exemplo, foi escolhido atrás de nomes como Sofoklis Schortsanitis (o tal do Baby Shaq que nunca sequer chegou a jogar na NBA) e Szymon Szewczyk (que eu adoraria saber pronunciar). Força nominal? Com certeza.

41 - Willie Green (Seattle Supersonics)

Imediatamente depois de draftado, foi trocado para o Sixers pelo outro novato Paccelis Morlende, outro caso de força nominal. Green não fez nada até agora mas o caso dele é engraçado. Nos raros momentos em que o Iverson se machucava, Willie Green entrava como titular e fazia trocentos trilhões de pontos. Quando o Iverson voltava e o Green ia para o banco, não conseguia fazer coisa alguma. Ele é um Ben Gordon do Mundo Bizarro, que só produz quando titular. Pode ter certeza que ele estava na mente dos responsáveis pelo Sixers quando a troca do Iverson precisava ser feita, e Louis Williams e Green podem ser a base do Sixers daqui uns anos. É claro que vai ser a pior base da NBA, mas pelo menos é alguma coisa. Pergunta qual é a base do Miami Heat, pergunta.

45 - Matt Bonner (Chicago Bulls)

Todo mundo quer o próximo branquelo gigante que arremesse de 3 pontos e muitos europeus vesgos e mancos já foram draftados sem nunca sequer jogar, tudo em busca dessa promessa. O Bonner, quem diria, é algo bem perto disso. Foi trocado para o Raptors que gostou de seu potencial mas o mandou para a Europa por um ano enquanto eles arrumavam espaço no time. Quando voltou, teve boas atuações. Seu jumper é bom, ele pode ser bem físico, mas é muito engraçado quando tenta bater bola.

Em todo caso, chamou a atenção do pessoal no Spurs, que definitivamente sabe reconhecer um talento quando vê um, e foi trocado pelo Nesterovic. Ganhar minutos no Spurs não é fácil mas o Bonner conquistou seu espaço, jogando muito bem quando o Duncan estava machucado e saindo do posto de jogador-de-final-de-partida-ganha para assumir o papel que o Horry, agora embebido em formol, executava. Bom para o Bonner que, depois de ser obrigado a passar um ano de cão na Itália, tem chances de ganhar um anel de campeão.

47 - Mo Williams (Utah Jazz)

Como o Zach Randolph seria se fosse um armador baixinho e magro? A resposta: Mo Williams. Ele faz seus pontos, dá suas assistências (tá bom, tá bom, o Randolph não daria assistências) e deixa sua marca no jogo e nos boxscores, mas o sujeito é completamente psicótico, perdido, um buraco negro. A bola chega em suas mãos e só sai se for terrivelmente necessário, ele acha que pode decidir todos os jogos e arremessa mesmo se tiver os melhores companheiros de time livres do seu lado. Perdi a conta do número de vezes em que ele tentou dar o último arremesso de jogos importantes com o Michael Redd livre do seu lado.

Tem gente que gosta dele, diz que ele joga demais, e não deixa de ser verdade, ele é bom pra burro. Mas é o cara que dá vontade de pedir uma medida judicial para prendê-lo caso chegue a menos de 500 metros do seu time. Mesmo sendo bom, deixo claro.

Vale mencionar que ele foi draftado depois de sujeitos como Sani Becirovic, Malick Badiane e Derrick Zimmerman, obviamente porque o nome "Mo Williams" não vale nem 10 centavos.

49 - James Jones (Indiana Pacers)

Coisa de louco, mas sempre gostei do James Jones e nem é por causa do nome visivelmente poderoso (e falso). No Pacers, mal jogou. No Suns, chegou a ter um papel bem definido como o cara biruta que vem do banco para chutar como um louco e às vezes se saia muito bem, mostrando potencial atlético, chutes calibrados e rebotes acima da média. No entanto, foi só no Blazers que ele conseguiu minutos de verdade, já que o Suns não gosta muito de reservas. Em Portland, seu papel de atirador vindo do banco é bem específico e James Jones brilha desempenhando a função, acertando mais da metade de seus arremessos de 3. Ele tem talento, é parte importante dessa equipe cheia de futuro e pode ter um anel mais participativo do que aquele que o Darko ganhou no Pistons.

51 - Kyle Korver (New Jersey Nets)

Se você precisa de um cara ultra-religioso que saiba arremessar de trás da linha de 3 pontos, esse é seu homem. Tanto pela pontaria de fora quanto pela religião, ele é perfeito para o Utah Jazz.

O segundo round costuma ter vários jogadores que são mais especialistas em alguma coisa ao invés de serem cheios de potencial e bons em tudo quanto é aspecto do jogo. Depois do Korver, os escolhidos foram Xue Yuyang, Rick Rickert e Andreas Glyniadakis, forças nominais sem nenhum talento. Então o Korver foi uma barganha porque tem talento, é muito competente naquilo que faz e, após a recente troca para o Jazz, até mostrou que sabe defender. O time de Utah precisa dele e Korver vai ter chances de se mostrar, adquirir a carga tática necessária para se jogar para o Jerry Sloan e pode florecer por lá tendo um papel importante para o resto do time, talvez até titular, quem sabe. O futuro, pelo menos, é melhor do que o passado.

...

Agora, a hora da verdade: minha lista com o draft refeito. Como os times teriam escolhido se pudessem olhar numa bola de cristal rumo ao futuro, sabendo como os jogadores se sairiam? Como o Isiah Thomas teria feito se soubesse o futuro e, além disso, tivesse um cérebro?

Caso você não concorde com minha lista, coloque a sua própria na caixa de comentários para todo mundo ver e opinar. Só não vale não colocar o LeBron em primeiro lugar, porque a polêmica resultante de tal ação iria sobrecarregar os servidores e tirar o blog do ar. Não queremos isso, queremos? Então lá vai minha lista:

1 - LeBron James (Cleveland Cavaliers)

2 - Carmelo Anthony (Detroit Pistons)

3 - Dwyane Wade (Denver Nuggets)

4 - Chris Bosh (Toronto Raptors)

5 - Chris Kaman (Miami Heat)

6 - Josh Howard (Los Angeles Clippers)

7 - David West (Chicago Bulls)

8 - Leandro Barbosa (Milwaukee Bucks)

9 - Nick Collison (New York Knicks)

10 - TJ Ford (Washington Wizards)

11 - Mo Williams (Golden State Warriors)

12 - Kirk Hinrich (Seattle Supersonics)

13 - Boris Diaw (Memphis Grizzlies)

14 - Luke Walton (Seattle Supersonics)

15 - Steve Blake (Orlando Magic)

16 - Jason Kapono (Boston Celtics)

17 - Darko Milicic (Phoenix Suns)

18 - Jarvis Hayes (New Orleans Hornets)

19 - Travis Outlaw (Utah Jazz)

20 - Luke Ridnour (Boston Celtics)

21 - Willie Green (Atlanta Hawks)

22 - Kendrick Perkins (New Jersey Nets)

23 - Mickael Pietrus (Portland Trail Blazers)

24 - James Jones (Los Angeles Lakers)

25 - Matt Bonner (Detroit Pistons)

26 - Carlos Delfino (Minessota Timberwolves)

27 - Kyle Korver (Memphis Grizzlies)

28 - Marcus Banks (San Antonio Spurs)

29 - Aleksandar Pavlovic (Dallas Mavericks)


Alguns times ficariam bastante interessantes. Que tal o Bulls, que tem até hoje problemas em fazer pontos no garrafão, com David West mostrando seu arsenal ofensivo? Que tal o Denver de Wade e Iverson, cobrando uns 3 milhões de lances livres por jogo? E o Boston Celtics com Ridnour como reserva do Rajon Rondo? Tudo isso sem falar, claro, no Pistons de Carmelo Anthony. Teria o experimento fracassado por duelo de egos ou seria o Pistons, agora, o time mais vencedor dos últimos anos?

Sem bolas de cristal que funcionem, continuaremos vendo drafts com as escolhas mais estapafúrdias que sumirão em poucos minutos. Que outras escolhas será que assombram para sempre os drafts de outros anos? Nossa série continua num próximo post, analisando outra turma de novatos. Deixe aí, na caixa de comentários, qual ano do draft você gostaria que fosse o tema de nossa próxima série de textos. Enquanto isso, vou colocar o Carmelo no Pistons do meu videogame e dar uma olhada no tipo de estrago que dá pra fazer...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Lakers não fede?

Kobe chorando como um nenenzinho porque não lhe deram
um pirulito (e nem um Kevin Garnett)

Será que Mitch Kupchak, o GM do Lakers, estava certo e todos nós completamente errados? Será que ele é dono de uma visão cósmica e poderes sobre-humanos e rirá de nossas caras enquanto seu Lakers ganha um anel? Sairá com nossas irmãs, nos jogará lama quando passar com seu carro nas ruas e com a frase em sua lápide "eu estava certo" rirá imortal de nossas caras?

Levante a mão o fã do Lakers que achou que seu time fez bem em não contratar ninguém ao fim da última temporada. Se alguém levantou a mão é porque não sabe ler direito, faça o favor de desligar o computador e voltar para a escola. Até quem odeia o Lakers ficou horrorizado com a falta de atitude da direção do time de Los Angeles enquanto Kevin Garnett, Ray Allen, Mo Williams e Rashard Lewis iam parar todos em outros times. O Fisher só foi para o Lakers por iniciativa própria porque a cidade oferece os melhores hospitais para sua filha doente. Ou seja, os centros médicos de Los Angeles fizeram mais pelo Lakers do que toda sua diretoria somada. Eu fiz mais pelo Lakers do que eles: em algum momento desse ano, lembro de ter gritado "Vai Lakers" não sei bem porque...

O Kobe fez birra, xingou, chorou, bateu o pé no chão, falou que não ia comer os legumes. Ofendeu o Kupchak várias vezes, pediu desculpas de vez em quando, se negou a falar o tempo todo. Carinha complicado. Até o vovô zen, Phill Jackson, chegou a concordar com o Kobe que seu time precisava de reforços.

Ah, pobres mortais. Reforços? Vocês não entendem nada de basquete! A linha entre burrisse e genialidade é muito tênue: o burro do Kupchak é na verdade um gênio de enorme visão. Três jogos depois, o Lakers ganhou duas partidas de uma forma que deixou os mais fervorosos críticos sem emprego.

A única derrota até agora veio no jogo de estréia contra o Houston, mas ainda assim foi uma derrota por apenas 2 pontos num final polêmico em que Kobe reinvindicou uma falta e saiu xingando até a minha mãe quando não marcaram nada. No jogo seguinte, o Lakers deu uma aula de assistências para o Phoenix Suns (!!!), com cada jogador da equipe saindo de quadra com pelo menos uma assistência na contagem. Contra o Jazz, na noite de ontem, o time soube manter a calma nos momentos decisivos e nem chegou a passar sufoco.

O que está acontecendo? Como um time que não adicionou jogador nenhum e tem Lamar Odom machucado pode estar humilhando Suns e Jazz? A resposta é evolução. Não, não é evolução do tipo X-Men, mas é que é difícil encontrar alguém no elenco do Lakers que não tenha simplesmente evoluído seu jogo. Até o Kwame Brown, que ainda é uma porta, (não resolve palavras cruzadas nem no nível "Picolé") melhorou sua defesa. Luke Walton está passando a bola melhor do que nunca e afirmo que ele é um dos jogadores mais inteligentes da NBA (ele tem visão de quadra e faz cruzadinhas no nível "Ajax"). Bynum, que o Kobe tanto insistiu para que fosse trocado de uma vez, mostra sinais de dominância e genialidade, tomando para si a responsabilidade de momentos importantes dos jogos apenas com sua força bruta. Radmanovic finalmente recuperou seu talento, que havia sido roubado pelos Monstars. Jordan Farmar agora mostra tranquilidade e experiência na quadra e toma sempre as decisões corretas (provavelmente de tanto medo que o Phil Jackson grite com ele como gritava com Smush Parker).

A melhora é sensível, o banco do Lakers é sólido, e o mais assustador é que eles jogam como equipe. Às vezes é justamente a presença do Kobe que atrapalha um pouco, monopolizando muito a bola que, quando ele está sentado choramingando no banco, flui mais naturalmente e com grande inteligência.

Deu gosto de ver o Lakers socando o Suns, e olha que sou fã do Suns. Mas é esse tipo de basquete que deveria ser jogado por todas as equipes, um basquete solidário, veloz, de passes, ao invés de ficar isolando as estrelas por aí.

E agora, Kobe? Vai continuar chorando como um bebê porque o time não arranjou ninguém pra jogar truco com você? Que cara você vai fazer quando o time começar a ganhar várias e escalar rumo ao topo do Oeste? Vai ter a coragem de ir até o Kupchak, pedir desculpas e fazer um brinde, a ele, com a sua mamadeira? Quero só ver.