
um pirulito (e nem um Kevin Garnett)
Será que Mitch Kupchak, o GM do Lakers, estava certo e todos nós completamente errados? Será que ele é dono de uma visão cósmica e poderes sobre-humanos e rirá de nossas caras enquanto seu Lakers ganha um anel? Sairá com nossas irmãs, nos jogará lama quando passar com seu carro nas ruas e com a frase em sua lápide "eu estava certo" rirá imortal de nossas caras?
Levante a mão o fã do Lakers que achou que seu time fez bem em não contratar ninguém ao fim da última temporada. Se alguém levantou a mão é porque não sabe ler direito, faça o favor de desligar o computador e voltar para a escola. Até quem odeia o Lakers ficou horrorizado com a falta de atitude da direção do time de Los Angeles enquanto Kevin Garnett, Ray Allen, Mo Williams e Rashard Lewis iam parar todos em outros times. O Fisher só foi para o Lakers por iniciativa própria porque a cidade oferece os melhores hospitais para sua filha doente. Ou seja, os centros médicos de Los Angeles fizeram mais pelo Lakers do que toda sua diretoria somada. Eu fiz mais pelo Lakers do que eles: em algum momento desse ano, lembro de ter gritado "Vai Lakers" não sei bem porque...
O Kobe fez birra, xingou, chorou, bateu o pé no chão, falou que não ia comer os legumes. Ofendeu o Kupchak várias vezes, pediu desculpas de vez em quando, se negou a falar o tempo todo. Carinha complicado. Até o vovô zen, Phill Jackson, chegou a concordar com o Kobe que seu time precisava de reforços.
Ah, pobres mortais. Reforços? Vocês não entendem nada de basquete! A linha entre burrisse e genialidade é muito tênue: o burro do Kupchak é na verdade um gênio de enorme visão. Três jogos depois, o Lakers ganhou duas partidas de uma forma que deixou os mais fervorosos críticos sem emprego.
A única derrota até agora veio no jogo de estréia contra o Houston, mas ainda assim foi uma derrota por apenas 2 pontos num final polêmico em que Kobe reinvindicou uma falta e saiu xingando até a minha mãe quando não marcaram nada. No jogo seguinte, o Lakers deu uma aula de assistências para o Phoenix Suns (!!!), com cada jogador da equipe saindo de quadra com pelo menos uma assistência na contagem. Contra o Jazz, na noite de ontem, o time soube manter a calma nos momentos decisivos e nem chegou a passar sufoco.
O que está acontecendo? Como um time que não adicionou jogador nenhum e tem Lamar Odom machucado pode estar humilhando Suns e Jazz? A resposta é evolução. Não, não é evolução do tipo X-Men, mas é que é difícil encontrar alguém no elenco do Lakers que não tenha simplesmente evoluído seu jogo. Até o Kwame Brown, que ainda é uma porta, (não resolve palavras cruzadas nem no nível "Picolé") melhorou sua defesa. Luke Walton está passando a bola melhor do que nunca e afirmo que ele é um dos jogadores mais inteligentes da NBA (ele tem visão de quadra e faz cruzadinhas no nível "Ajax"). Bynum, que o Kobe tanto insistiu para que fosse trocado de uma vez, mostra sinais de dominância e genialidade, tomando para si a responsabilidade de momentos importantes dos jogos apenas com sua força bruta. Radmanovic finalmente recuperou seu talento, que havia sido roubado pelos Monstars. Jordan Farmar agora mostra tranquilidade e experiência na quadra e toma sempre as decisões corretas (provavelmente de tanto medo que o Phil Jackson grite com ele como gritava com Smush Parker).
A melhora é sensível, o banco do Lakers é sólido, e o mais assustador é que eles jogam como equipe. Às vezes é justamente a presença do Kobe que atrapalha um pouco, monopolizando muito a bola que, quando ele está sentado choramingando no banco, flui mais naturalmente e com grande inteligência.
Deu gosto de ver o Lakers socando o Suns, e olha que sou fã do Suns. Mas é esse tipo de basquete que deveria ser jogado por todas as equipes, um basquete solidário, veloz, de passes, ao invés de ficar isolando as estrelas por aí.
E agora, Kobe? Vai continuar chorando como um bebê porque o time não arranjou ninguém pra jogar truco com você? Que cara você vai fazer quando o time começar a ganhar várias e escalar rumo ao topo do Oeste? Vai ter a coragem de ir até o Kupchak, pedir desculpas e fazer um brinde, a ele, com a sua mamadeira? Quero só ver.
Levante a mão o fã do Lakers que achou que seu time fez bem em não contratar ninguém ao fim da última temporada. Se alguém levantou a mão é porque não sabe ler direito, faça o favor de desligar o computador e voltar para a escola. Até quem odeia o Lakers ficou horrorizado com a falta de atitude da direção do time de Los Angeles enquanto Kevin Garnett, Ray Allen, Mo Williams e Rashard Lewis iam parar todos em outros times. O Fisher só foi para o Lakers por iniciativa própria porque a cidade oferece os melhores hospitais para sua filha doente. Ou seja, os centros médicos de Los Angeles fizeram mais pelo Lakers do que toda sua diretoria somada. Eu fiz mais pelo Lakers do que eles: em algum momento desse ano, lembro de ter gritado "Vai Lakers" não sei bem porque...
O Kobe fez birra, xingou, chorou, bateu o pé no chão, falou que não ia comer os legumes. Ofendeu o Kupchak várias vezes, pediu desculpas de vez em quando, se negou a falar o tempo todo. Carinha complicado. Até o vovô zen, Phill Jackson, chegou a concordar com o Kobe que seu time precisava de reforços.
Ah, pobres mortais. Reforços? Vocês não entendem nada de basquete! A linha entre burrisse e genialidade é muito tênue: o burro do Kupchak é na verdade um gênio de enorme visão. Três jogos depois, o Lakers ganhou duas partidas de uma forma que deixou os mais fervorosos críticos sem emprego.
A única derrota até agora veio no jogo de estréia contra o Houston, mas ainda assim foi uma derrota por apenas 2 pontos num final polêmico em que Kobe reinvindicou uma falta e saiu xingando até a minha mãe quando não marcaram nada. No jogo seguinte, o Lakers deu uma aula de assistências para o Phoenix Suns (!!!), com cada jogador da equipe saindo de quadra com pelo menos uma assistência na contagem. Contra o Jazz, na noite de ontem, o time soube manter a calma nos momentos decisivos e nem chegou a passar sufoco.
O que está acontecendo? Como um time que não adicionou jogador nenhum e tem Lamar Odom machucado pode estar humilhando Suns e Jazz? A resposta é evolução. Não, não é evolução do tipo X-Men, mas é que é difícil encontrar alguém no elenco do Lakers que não tenha simplesmente evoluído seu jogo. Até o Kwame Brown, que ainda é uma porta, (não resolve palavras cruzadas nem no nível "Picolé") melhorou sua defesa. Luke Walton está passando a bola melhor do que nunca e afirmo que ele é um dos jogadores mais inteligentes da NBA (ele tem visão de quadra e faz cruzadinhas no nível "Ajax"). Bynum, que o Kobe tanto insistiu para que fosse trocado de uma vez, mostra sinais de dominância e genialidade, tomando para si a responsabilidade de momentos importantes dos jogos apenas com sua força bruta. Radmanovic finalmente recuperou seu talento, que havia sido roubado pelos Monstars. Jordan Farmar agora mostra tranquilidade e experiência na quadra e toma sempre as decisões corretas (provavelmente de tanto medo que o Phil Jackson grite com ele como gritava com Smush Parker).
A melhora é sensível, o banco do Lakers é sólido, e o mais assustador é que eles jogam como equipe. Às vezes é justamente a presença do Kobe que atrapalha um pouco, monopolizando muito a bola que, quando ele está sentado choramingando no banco, flui mais naturalmente e com grande inteligência.
Deu gosto de ver o Lakers socando o Suns, e olha que sou fã do Suns. Mas é esse tipo de basquete que deveria ser jogado por todas as equipes, um basquete solidário, veloz, de passes, ao invés de ficar isolando as estrelas por aí.
E agora, Kobe? Vai continuar chorando como um bebê porque o time não arranjou ninguém pra jogar truco com você? Que cara você vai fazer quando o time começar a ganhar várias e escalar rumo ao topo do Oeste? Vai ter a coragem de ir até o Kupchak, pedir desculpas e fazer um brinde, a ele, com a sua mamadeira? Quero só ver.