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quarta-feira, 18 de março de 2009

Comentando as respostas

Falei que ia postar aqui alguns comentários bons sobre as respostas de quem cada um odeia em seu time mas eu gostei tanto das respostas que vou postar um trecho da maioria e comentar. Sem enrolações sobre best-sellers hoje, vamos aos comentários:



O primeiro a comentar foi o João Paulo, de São José dos Campos: ele gosta do Andre Miller e odeia o Willie Green.

"Quando o Iverson foi para Denver não sabia o que viria pela frente com o Iguodala jogando sozinho, mas depois de uns 15 jogos o Miller já tinha total noção da equipe e fez a equipe terminar a temporada muito melhor do que se esperava. Sua liderança e paciência em quadra levaram o 76ers aos playoffs do ano passado, é muito criticado por não saber arremessar e não ser atlético"

Eu estou completamente de acordo. Como disse no meu post sobre o Iverson, sempre que ele saiu de uma equipe, essa equipe melhorou assim que ganhou um armador que organiza o time, e o Andre Miller é esse cara no Sixers. Só acho que ele não é tão subestimado como dizem. Ele é bom mas não é cara pra ser All-Star mesmo, ele está naquele limbo entre os caras regulares e os All-Stars, ele é simplesmente muito bom. Nada mais, nada menos.

Sobre o Willie Green, com apoio do Danielzão e do Mestre (estes fãs do tarado Reggie Evans), ele diz com todo o carinho:

"Esse querido humanóide não tem os requisitos de ser titular nem no Clippers. Muito apressado em arremessar, aproveitamento muito baixo e além disso sua defesa compara-se com a da Vó do Steve Nash. Ele tenta se movimentar em quadra mas nunca consegue se desmarcar facilmente, não sabe criar os próprios arremessos e ainda mais não sabe fazer uma boa assistência. Mas a coisa que me deixa mais puto da vida com esse cara é a sua insistência em perder bandejas estúpidas."

Que ódio no coração, meu filho! Eu não tinha essa visão do Willie Green. Acho ele limitado demais para ser titular na maioria dos times da NBA, mas no Clippers ele seria assim que o titular se machucasse. Eu vejo o Willie Green como um cara para vir do banco, fazer uns pontos, esquentar o jogo e ir embora. Será que esse comprometimento dele ao time é mais culpa da sua falta de talento ou é o técnico que o coloca tempo demais em quadra? Eu aposto na segunda opção, mas fazer o que no lugar dele? Colocar o Royal Ivey?


O Régis e o Holandez comentaram sobre o Jazz e entraram de acordo com seus amados e odiados. Eles gostam do Matt Harpring, que eles chamam de Tombo-Man (perguntem pra eles, não pra mim), e odeiam o CJ Miles.

"O cara arremessa qlq bola que chega na mão dele, quando é pra fazer a bandeja ele tenta se consagrar e erra a enterrada, nunca conseguiu cavar uma falta de ataque. Enfim, ele é péssimo."

Por essa eu não esperava mesmo! Eu gosto bastante do CJ Miles. Acho que a presença dele no time tira a responsabilidade do Korver de ser o único arremessador da equipe e a velocidade dele é que permite para o Jazz ter um contra-ataque tão rápido junto com o Ronnie Brewer e o Deron Williams. Mas quem sou eu pra falar contra os torcedores do Jazz, né? Eles já me odeiam!

Sobre o Harpring ele diz:

"ele joga poucos minutos, mas sempre entra com uma puta energia na defesa, tromba com todo mundo, irrita os jogadores adversários e sempre sai de um corta luz pra um arremesso certeiro de meia-distância."

Para concordar com isso basta assistir dois minutos do Harpring em quadra. Ele tá o tempo inteiro trombando em alguém. Seja pra fazer um corta-luz, para passar de um corta-luz ou simplesmente marcando um adversário. Tudo o que ele faz parece falta mesmo quando não é! É um dos caras mais chatos de toda a NBA, sem dúvida alguma. É um daqueles caras à la Ginobili e Varejão, que os torcedores do seu time amam e o resto do planeta odeia.

O Régis ainda diz depois que gosta bastante do Brevin Knight, que segurou as pontas quando o Deron Williams estava de fora. Embora ele não tenha idéia de como se faça um arremesso, o cara é bom armando o jogo mesmo, com bons jogadores em volta dele o Knight dá conta do recado.


Agora, quem me deixou encucado foi o Gnomo. Ele veio dizer que no seu Bulls ele odeia o Ben Gordon e gosta do Luol Deng. Eu não poderia discordar mais!!! Eu responderia justamente o oposto: eu adoro o Ben Gordon e me irrito com o Luol Deng. Mas vamos ao que ele disse, primeio sobre o Ben Jordon:

"Joga bem de vez em quando mas não adianta, ele tem 'crazy shooter' escrito na testa e só se destaca porque tem um jump shot mais do que fantástico. Além de atrapalhar todo o ritmo ofensivo do time ainda é baixo pra sua posição e naum defende nada."


Eu não sou torcedor do Bulls como ele e talvez me falte olhos tão críticos, mas eu não acho o Ben Gordon um arremessador sem critério. Ele força algumas bolas mas nem tantas quanto forçava no ano passado, quando não tinha o Derrick Rose no time. E temos que considerar que ele é o melhor arremessador em um time que até o ano passado vivia basicamente de seus arremessos, não tinha infiltração ou jogo de garrafão. Ele tinha que arremessar!

Eu sou daqueles que seguem a linha de que os músicos fazem música, jogadores jogam, os lutadores lutam, os velhos velham (primeira e última referência a Guimarães Rosa em um blog de NBA que vocês vão ver na vida) e arremessadores arremessam. Se a função do cara no time é arremessar, e é o caso do Ben Gordon, ele tem que arremessar quando aparece a oportunidade. O técnico e o armador (depende da responsabilidade que cada um tem na hora de chamar jogadas) é que têm que ser espertos o bastante para saber quando envolver os arremessadores no jogo. Se dão a bola nele o tempo inteiro é óbvio que ele vai acabar arremessando bastante.

Sobre o Luol Deng o leitor Gnomo diz:

"Ele muitas vezes é chamado de soft ou de não ser agressivo o suficiente, mas o fato é que ele se importa mais com o jogo coletivo mais do que com os seus próprios arremessos. Num sistema decente, onde todo mundo compartilha a bola, ele se destaca, como na temporada 2006/2007 onde foi o nosso principal jogador."

Bom, pelo menos ele concorda comigo que o Luol Deng não atravessa boa fase. Mas aí fica a dúvida, o Luol Deng não tá jogando nada porque o sistema do Del Negro atrapalha ele, porque ele se acomodou depois de ganhar um salário monstruoso, ou são só as contusões que estão o atrapalhando?

Eu prefiro acreditar que ele não se acomodou com o contrato novo e que as contusões estão incomodando, mas acho que o sistema não atrapalha ele não. Não existe um esquema tático na NBA em que um ala com um arremesso consistente (e bonito!) de meia distância não se encaixe. O Luol Deng tem lugar em qualquer time e provou que tem lugar no Bulls em alguns poucos jogos nessa temporada, mas hoje é o jogador que mais me incomoda na equipe.

O fato é que do jeito que o John Salmons tá jogando (38 pontos ontem contra o Celtics), ou Deng ou Gordon devem estar de saída do Bulls. Como o Deng está amarrado em um contrato enorme e o Gordon é Free Agent, acho que o nosso leitor Gnomo terá seu maior desafeto em outro time na próxima temporada.


O Luiz disse que no seu Spurs ele gosta do novato Malik Hairston e não gosta do sempre elogiado Fabricio Oberto. Eu vi poucos jogos do Spurs em que o Hairston entrou, mas vi um onde ele entrou com uma baita energia em quadra, deu enterrada de rebote ofensivo e fez bastante diferença. Já o Oberto carrega toda a fama de suas atuações fenomenais na seleção argentina e até de seus primeiros anos no Spurs, não é à toa que as pessoas pensem duas vezes antes de falar mal dele, o cara tem talento. Mas é fato que não faz boa temporada.


O Manguxi fala do Hornets, o que eu achei demais! Tem realmente alguém que torce pro Hornets! Sempre achei que as pessoas só tivessem pochetes e bonés do Hornets dos anos 90. Bem, ele diz que gostava do Bonzi Wells. Eu também gostava dele, tem um talento ofensivo acima da média. Mas a fama de bad boy dos tempos de Portland Jail Blazers e o jogo às vezes muito egoísta acabaram com a carreira dele. Hoje ele está marcando uns 50 pontos por jogo lá na China.


Um que tem toda razão embora eu não queira admitir é o Henrique, torcedor do Mavs. Ele diz que não gosta do Josh Howard:

"O Dallas fica sem ele uma penca de jogos, e o aproveitamento é o mesmo. Alem dele fazer basicamente a mesma coisa q o Nowitzki, q é ficar arremessando de media distância, só que pior."

Eu acho que a contribuição do Josh Marley é maior que isso quando ele está bem. Ele é um grande reboteiro ofensivo e bom defensor, o problema é que nessa temporada ele não tem feito nada disso. Aliás, não faz desde o fim da temporada passada, época das suas declarações emaconhadas. Outro torcedor do Mavs, o Joao_Mavs, diz que gosta do Brandon Bass. Eu acho que o Bass é o Maxiell-Powe-Landry do Mavs e todo time precisa de um desse tipo. O problema são seus minutos limitados atrás do Dirk, mas o cara é bom demais. Além de ser forte pra diabo, ele deve comer carros de passeio no café da manhã.



O Lucas, que até escreve em um blog só do Nuggets, tem como um favorito um dos caras com "Secundário" tatuado com sangue bem no meio da testa, o Anthony Carter:

"é notório o aproveitamento e a eficiência de Carter quando ele e o Billups aparecem juntos na armação. Carter não precisa pensar tanto, e ambos podem se movimentar a vontade. Na defesa, ambos são ótimos defensores, e é aí que Carter se destaca. Ele rouba muita bola, atrapalha os atacantes, não deixa espaços. Talvez ele seja um dos jogadores com mais roubos por 48 minutos."

Entre os jogadores com mais de 20 minutos por jogo, o Anthony Carter é o 14° colocado em roubos de bola a cada 48 minutos de jogo, realmente nada mal e bem útil para o Nuggets.
Eu não acho ele ruim e ele tem seu talento defensivo mesmo, mas não acho que Denver perderia nada se ele desaparecesse de repente. Sério, se ele fosse abduzido por aliens eu duvido que alguém perceberia.

No lado do ódio, o Lucas escolheu o Linas Kleiza:

"Ele domina os ações ofensivas, bate pra dentro e não tem visão alguma do que possa fazer depois disso. Resultado, um caminhão de faltas ofensivas, perdas de bola, e um aproveitamento infiltração/pontos/tiros livres muito baixo."

Nisso ele tem toda razão, é essa a impressão que eu tenho do Kleiza. Assisti muito jogo dele quando o Kleiza ainda era do meu time do fantasy e tudo o que eu queria era que ele arremessasse de três pra eu vencer nessa categoria. Mas ao invés disso ele tentava bater pra dentro e só contribuía em um quesito: turnovers. Pro lado ruim, claro.

E o pior é que, como o próprio Lucas disse, o cara é um puta arremessador, era só se focar no que sabe e pronto. Culpa dele e culpa do George Karl também.

E temos mais odiados:

O W odeia o Corey Maggette:
" pior contratação de FreeAgent dessa temporada, sem dúvida. Não defende nada, fominha, some na hora que precisa."

Esse aí era fácil, hein W? O Maggette é uma farsa. No máximo ele tinha que ser a terceira ou quarta opção em um time pra render alguma coisa e tá lá ganhando uma fortuna no Warriors. Ele deveria ter aceitado a proposta barata para ser titular lá no Spurs.

O Rodrigo Zani odeia o Travis Outlaw:
"O Outlaw me irrita pela quantidade de arremessos que tenta quando entra em quadra (tudo bem que algumas vezes ele até consegue salvar o time) e pelo individualismo excessivo."

O Outlaw eu gosto e gosto principalmente pelo jeito que o Nate McMillan usa ele. Não é titular, não joga 40 minutos por jogo e quando entra é justamente para colocar o seu lindo arremesso em ação. Sem contar que ele tem um sangue frio fora de série. Cansei de ver jogo que ele e o Roy sozinhos vencem fazendo todos os pontos do time no quarto período.

E o Pamplona, para minha total surpresa, odeia o Hedo Turkoglu:
"Odeio com toda a minha raiva o maldito Hedo Turkoglu - o Marcelinho da NBA. Esse gordo fominha feladaputa chuta todas as bolas que vêm a sua mão, força infiltrações e ainda mata a armação do time, porque nunca deixa o armador conduzir - ele é o dono da bola. O pior é que o cara tem toda a confiança do Van Gundy, pois quase sempre tem o mesmo tempo de quadra que o D12. Turko é, no máximo, um ótimo reserva, já que é muito versátil e, quando tá com a mão quente, faz chover. Mas não pode ser titular nem ter responsabilidade de ser o pontuador do time."

Sério que você odeia o Turkoglu? Ele não é o auge do basquete-arte, não vai estar sempre no Top 10 de belas jogadas, mas o cara é essencial para o Magic. Depois do Nelson ele é a principal arma do Magic no quarto período, muito melhor que o amarelão do Rashard Lewis. Sem contar que é um grande passador, sempre encontra o Dwight embaixo da cesta e por alguns minutos até pode armar o jogo.

Não dá pra imaginar o Magic no nível que está sem o Turkoglu jogando bem.


Gostei da experiência de ouvir os torcedores de cada time falar. No geral ficou meio a meio: concordo com vários, acho que outros não assistem os mesmos jogos que eu, mas vale pela graça da discussão.

Agora de volta ao formato normal do blog, com a gente falando um monte de coisas que vocês não concordam. Vou lá ver o jogo do Bucks porque se eles continuarem ganhando tudo eu vou ser obrigado a postar sobre aquele time maluco.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Brand é o novo Arenas

Elton Brand cantarola o sucesso "Beijinho doce"


Se o Nowitzki não tivesse um arremesso tão certeiro eu estaria falando aqui da oitava vitória seguida do Sixers. Mas ao invés disso, vou falar do time que venceu 'apenas' 7 dos últimos 8 jogos. E desses 7 , três foram vitórias sobre Spurs, Hawks e Portland por mais de 15 pontos de vantagem. Com o Spurs ainda teve o bônus de 3 bolas de três no estouro do cronômetro do primeiro, segundo e terceiro período.

Será que o Sixers teve essa sequência de jogos tão bons só porque o Elton Brand estava de fora ou foi coincidência? Tem muita gente já chamando o Elton Brand de o novo Arenas, a estrela que, apesar do talento, mais atrapalha o time do que ajuda.

Eu já sempre discordei que o Arenas atrapalhava o Wizards e agora acho que o Elton Brand não atrapalha o Sixers. O que acontece é que o Sixers usou nesses jogos em que o Elton Brand estava com o ombro deslocado a mesma formação que usou com sucesso na temporada passada. Era um modelo que já era conhecido por todos e conhecido como muito bom!

Esse modelo é um small ball que usa o Iguoadala na posição 3 e o Thaddeus Young na posição 4, com apenas o Dalembert no meio do garrafão. Na defesa essa formação funciona bem porque todos os jogadores são atléticos, então eles atacam os pick-and-rolls, atacam as linhas de passe e assim forçam turnovers. Com os erros dos adversários ou rebotes, o time sai em disparada no ataque. E acredite, você não iria querer marcar um ataque com Andre Miller, Iguodala e Young correndo como se não houvesse amanhã.

Uma das grandes limitações do Sixers, com qualquer formação, é o arremesso de longa distância, mas com essa formação menor, quem ganha espaço na posição 2 é o Willie Green, um dos poucos no time que não ficariam desempregados se proibissem cestas dentro do garrafão. Então, além dos benefícios do time menor, eles tem mais arremesso.

Quando o Elton Brand está no time a coisa é diferente, o Willie Green sai, o Iguodala vai para a posição 2 e o Green senta a bunda no banco. Até aí tudo bem, o que impede um time de correr só porque tem um cara mais pesadinho na equipe? O Iggy não está amarrado a uma corrente no Elton Brand. Mas acontece que por ordem do técnico, é pelo Brand que o ataque do Sixers começa. Então ao invés de correr (e o Sixers corre no ataque mesmo quando não é contra-ataque) eles jogam mais devagar esperando o Elton Brand se posicionar e aí tacam a bola pra ele.

Eu não sou técnico nem nada mas posso dizer: isso é burrice! Sabe por que o Duncan tem o Finley, Mason e Bonner do seu lado? Ou por que o Garnett tem Ray Allen, Pierce e Eddie House? Ou por que o Lakers campeão do começo da década tinha Fisher, Fox e Horry ao lado do Shaq? Simples, porque jogadores dominantes no garrafão atraem atenção e deixam caras livres pro arremesso. Ao mesmo tempo que bons arremessadores deixam espaço para os pivôs trabalharem melhor.

No caso do Sixers, o Elton Brand deixa livre para o chute os dois Andres e o Young. Os três não são bons arremessadores. E já li por aí também que o Brand em quadra ocupa muito o garrafão e com isso o Iguodala não consegue infiltrar. E desde quando um bom pivô atrapalha os alas do seu time na hora de infiltrar? Só acontece se estão muito desentrosados.

Por causa dessas histórias, já dizem que o Sixers errou ao contratar o Elton Brand e que tacaram dinheiro no lixo. Agora pensa bem, desde quando contratar um dos melhores alas de força da última década é um erro? O erro é não saber usá-lo, não é tê-lo no time. E isso já custou o emprego do técnico Mo Cheeks.

Durante um momento na temporada, o Sixers tentou usar o Willie Green junto com o Brand, deixando o Thaddeus Young no banco. É a formação que eu mais gosto, deixando o Young vir do banco junto com Louis Williams e a Vera Verão da NBA, Reggie Evans.

A formação não rendeu os mesmos resultados que esse time de agora mas é questão de paciência. Todos os times campeões desde 99 até o ano passado tem várias coisas em comum: todos tinham jogadores fortes no garrafão (Shaq, Duncan, Wallaces, Garnett), todos tinham arremessadores (Kerr, Horry, Fisher, Billups, Okur, J-Will, Ray Allen), todos tinham jogadores que conseguiam invadir o garrafão com infiltrações (Ginobili, Kobe, Prince, Hamilton, Wade, Pierce) e todos tinham grandes jogadores de defesa (Duncan, Robinson, Bowen, Kobe, Shaq, Posey, Ben Wallace). Em poucas palavras: se você quer ser campeão, você precisa ter um pouco de tudo, não dá pra abdicar de nada.

Se você consegue um cara bom de garrafão como o Brand, você não desiste dele, você simplesmente aprende a usar de acordo com as características do time. Se o time é veloz, que continue veloz. Se não precisa tanto assim do Brand pra ser eficaz, que use ele menos minutos ou que ele arremesse menos, mas abdicar dele é se iludir com um sucesso mediano, é aceitar ser uma equipe que nunca vai passar da primeira rodada dos playoffs.

No jogo de hoje contra o Dallas, por exemplo, em vários momentos o Sixers precisou do Brand. Pra começar eles precisavam de alguém pra encarar o Nowitzki, que simplesmente almoçou a defesa do Phila. E no ataque o Brand fez falta durante um apagão que o ataque sofreu no quarto período. Quando a correria não funciona você precisa de uma segunda opção e o Elton Brand deve ser essa segunda opção. É estranho ter um cara que ganha tanto dinheiro pra ser a segunda opção? É. Mas o Orlando paga 17 milhões para o Rashard Lewis ser a quarta opção ofensiva deles e está dando tudo certo pro Magic.

O Elton Brand está de volta nessa semana e vai pegar um time embalado. Para muita gente é a hora de ver se o Elton Brand faz parte da equipe ou não. Mas eu não me enganaria com alguns resultados fracos, o time começou mal a temporada e precisa de adaptação. A longo prazo eles não vão se arrepender de ter contratado o Elton Brand. Palavra de quem tem certeza de que o Orlando não vai ser campeão.

Para ver a cesta do Nowitzki que encerrou a sequência do Sixers, é só dar uma olhada no resumão do jogo:




Eu aumento mas não invento! OK, OK!

Dwyane Wade é o mais novo divorciado da NBA. Ele acabou o casamento com Siovaughn Wade, mãe de seus filhos, e está pegando agora a modelo Gabrielle Union, uma moreninha bem firmeza! Até aí tudo bem, vários jogadores, talvez por serem pessoas normais, se divorciam. Mas no caso do Wade a coisa tá preta. A ex-mulher está acusando o Wade de ter abandonado os filhos, cometido adultério e até de ter contaminado ela com doenças venéreas. Baguio pesado! E as acusações chegaram ao ouvido do Wade no dia do seu aniversário.

Parabéns, Wade!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Draftados em 2003 - parte 4

Lampe teve que abaixar o braço logo para ninguém perceber que ele fedia


Finalmente chegamos à última parte de nossa série de artigos sobre os draftados em 2003. Até agora, acompanhamos uma a uma as escolhas da primeira rodada, analisando o passado e o futuro de cada jogador. Alguns compõe o seleto grupo dos melhores da Liga, outros fazem parte do enorme grupo de jogadores que desapareceram sem deixar rastros.

Na primeira parte, analisamos as primeiras escolhas, que incluiam aquele tal de LeBron James, que dizem que é bom. Depois, na segunda parte, David West salvou o grupo do ostracismo total. Na terceira parte, Leandrinho e Josh Howard, as duas últimas escolhas da primeira rodada, fizeram os outros times se arrependerem mais do que a mãe do Gilberto Barros.

Na ansiosamente aguardada (por mim, pelo menos) última parte do artigo, veremos algumas escolhas selecionadas do segundo round. E, para finalizar, farei um exercício de imaginação: como seria o draft se acontecesse nos dias de hoje?


30 - Maciej Lampe (New York Knicks)

O Lampe era um dos jogadores europeus mais promissores de todo o draft. Se falava absurdos dele e seu potencial deixava todo mundo boquiaberto. Começou sendo cotado como uma das primeiras 5 escolhas, depois como uma das primeiras 10 e enfim estacionou como uma das primeiras 15 escolhas. O que o fazia cada vez mais despencar nos "mock drafts" (ou seja, nos drafts de mentirinha em que os especialistas chutam, e chutam mal) era o valor da recisão de seu contrato com seu clube europeu, o Real Madrid. Ainda assim, Lampe aparecia em todas as fotos conjuntas das "estrelas do draft" e era um consenso o fato de que já teria sido escolhido antes da 16a escolha.

Não foi o que aconteceu. O Lampe ficou lá, sentadinho na sala, vendo um a um os jogadores sendo chamados para apertar a mão sebosa do David Stern. Ver Cabarkapa, Pavlovic e Planinic sendo escolhidos antes dele deve ter lhe causado uma síncope e ele nunca mais seria o mesmo. Quando o primeiro round (e a chance de um contrato garantido) acabou, Maciej Lampe ainda não havia sido escolhido. Seu nome só foi anunciado para iniciar o segundo round, e a torcida de New York foi ao delírio. Era um jogador que poderia ter sido uma das dez primeiras escolhas e havia escorregado até a trigésima, direto para as mãos do Knicks. Lampe foi aplaudido, ovacionado, adorado, amado e até gritaram "gostoso!". Na platéia, um rapaz levantou uma placa com os dizeres "Light the Lampe", um trocadilho até que muito bom, levando em conta que todos os trocadilhos fedem.

Na entrevista logo após ter sido escolhido, Lampe tinha sangue nos olhos e parecia que sua cabeça estava preparando chá. Suas palavras foram furiosas e diretas: iria fazer cada um dos times da NBA se arrepender profundamente por ter deixado ele passar no primeiro round. Era uma jornada pessoal, uma busca por vingança, um jogador telentoso querendo acabar com a raça daqueles times muquiranas.

O Knicks pagou a multa, o Lampe foi imediatamente para a NBA, mas obviamente havia algo errado: como assim Isiah Thomas havia draftado alguém de que a torcida gostava? Como assim os fãs estavam feliz com a escolha? Era preciso fazer alguma coisa. Lampe foi trocado, junto com McDyess e duas escolhas de draft, pelo Marbury e o Hardaway, que aliás se saiu muito bem em mamar nas tetas do Knicks sem jogar.

No Suns, Lampe foi pouco utilizado mas dava seus primeiros sinais de feder. Foi então trocado para o Hornets, onde até teve mais chances mas fedeu do mesmo jeito, e aí foi para o Houston, onde marcou um total de 4 pontos em 4 partidas e desapareceu para nunca mais voltar. Vingança frustrada, moral destruída. E a multa de seu contrato salvou um punhado de times de cometer o maior engano de suas vidas.

31 - Jason Kapono (Cleveland Cavaliers)

Nada mal para uma escolha de segundo round. Trata-se de um jogador especialista que, aliás, tem a melhor média de aproveitamento em arremessos de 3 pontos de todos os tempos. Ele não chuta em grandes quantidades mas acerta o bastante para ser útil em qualquer equipe. O Bobcats arriscou, pegou o garoto no draft de expansão, e então o trocou para o Heat onde foi parte fundamental da equipe que foi campeã da NBA. O Pat Riley tentou de tudo para mantê-lo no time para essa temporada mas o Raptors desembolsou mais verdinhas e o Kapono resolveu ir para lá ser um homem rico no banco de reservas. Se bem que é melhor ser reserva no Raptors do que qualquer coisa no Heat, convenhamos. O Kapono foi perdendo seus minutos principalmente com a ascenção maluca do Jamario Moon, mas ele sempre vai ter seu espaço, sua função, e o Raptors tem potencial para acabar com o Leste assim que o Ray Allen estiver de cadeira de rodas e o Garnett só puder tomar purê de maçã no asilo.

32 - Luke Walton (Los Angeles Lakers)

Eu amo essa escolha. Vamos fazer uma pequena retrospectiva: Mike Sweetney foi a nona escolha, Reece Gaines a décima quinta, Troy Bell a décima sexta. O Lakers mesmo escolheu o Brian Cook na vigésima quarta posição. Quanto dinheiro indo pelo ralo, quantas escolhas desperdiçadas, quantos torcedores tendo que tomar anti-depressivos. E aí no segundo round, com a trigésima segunda escolha, o Lakers consegue draftar um jogador inteligente o bastante para ajudar qualquer equipe da NBA. Ele toma decisões espertas o tempo inteiro, passa a bola surrealmente bem, sempre sabe o que fazer e ainda pode cuidar das finanças da equipe sem nem usar uma calculadora. O cara é um gênio do ponto de vista do basquete cerebral. Se não tem a mão tão calibrada, se o físico é o de uma menina de pré-escola, isso nem vem ao caso. Sua mente, suas decisões, melhoram times inteiros.

Shaquille O'Neal ficou intrigado nos playoffs da temporada 2003-04 quando percebeu, e disse isso para a imprensa, que Luke Walton conseguia passar a bola para suas mãos como nenhum outro jogador jamais havia conseguido. Taí algo que eu colocaria no meu currículo. E já seria motivo o bastante para o Heat tentar uma troca, hoje em dia.

38 - Steve Blake (Washington Wizards)

Outro com um cérebro feito para o basquete. No Wizards, nunca teve muitas chances, mas assim que seu contrato acabou, foi para o Blazers jogar com seu amigo (de faculdade e também do Wizards) Juan Dixon. Lá começou a mostrar seu potencial como um armador cheio de fundamentos, habilidade em passar a bola e visão de jogo. Quando o Blazers o trocou por Jamaal Magloire, o Blake ficou revoltado. Por que diabos os times da NBA insistem em acreditar que o Magloire vai fazer alguma coisa em quadra? Blake então foi trocado para o Nuggets e fez miséria, mostrando-se ser a peça que faltava para o Nuggets de Iverson e Carmelo. Ele era o elo de ligação entre as estrelas, o general da equipe, e o time de Denver fez o possível para mantê-lo. Acontece que o Blake nunca queria ter saído de Portland, gostava da equipe, da cidade, dos amigos. Voltou para lá mesmo ganhando menos, mostrando-se um homem de princípios e também de visão: de alguma maneira estranha, sabia que a administração do Blazers estava ajeitando as coisas e que a equipe tinha futuro e poderia chegar aos playoffs ainda nessa temporada. Agora, o céu é o limite tanto para o Blake quanto para o Blazers. O que os outros times estavam pensando quando deixaram ele escorregar quase para a quadragésima escolha?

Aqui, acho que é hora de abrir um parênteses. Nosso amigo-leitor Sbubs escreveu em seu blog um post muito divertido sobre a "força nominal". Com ele em mente, fica bem claro que os times que não fazem a menor idéia de quem draftar apelam para a força do nome dos novatos. No segundo round, isso é ainda mais óbvio. São nomes demais, jogadores internacionais aos montes, então na dúvida o nome é que faz a diferença. O Steve Blake, um armador talentosíssimo, por exemplo, foi escolhido atrás de nomes como Sofoklis Schortsanitis (o tal do Baby Shaq que nunca sequer chegou a jogar na NBA) e Szymon Szewczyk (que eu adoraria saber pronunciar). Força nominal? Com certeza.

41 - Willie Green (Seattle Supersonics)

Imediatamente depois de draftado, foi trocado para o Sixers pelo outro novato Paccelis Morlende, outro caso de força nominal. Green não fez nada até agora mas o caso dele é engraçado. Nos raros momentos em que o Iverson se machucava, Willie Green entrava como titular e fazia trocentos trilhões de pontos. Quando o Iverson voltava e o Green ia para o banco, não conseguia fazer coisa alguma. Ele é um Ben Gordon do Mundo Bizarro, que só produz quando titular. Pode ter certeza que ele estava na mente dos responsáveis pelo Sixers quando a troca do Iverson precisava ser feita, e Louis Williams e Green podem ser a base do Sixers daqui uns anos. É claro que vai ser a pior base da NBA, mas pelo menos é alguma coisa. Pergunta qual é a base do Miami Heat, pergunta.

45 - Matt Bonner (Chicago Bulls)

Todo mundo quer o próximo branquelo gigante que arremesse de 3 pontos e muitos europeus vesgos e mancos já foram draftados sem nunca sequer jogar, tudo em busca dessa promessa. O Bonner, quem diria, é algo bem perto disso. Foi trocado para o Raptors que gostou de seu potencial mas o mandou para a Europa por um ano enquanto eles arrumavam espaço no time. Quando voltou, teve boas atuações. Seu jumper é bom, ele pode ser bem físico, mas é muito engraçado quando tenta bater bola.

Em todo caso, chamou a atenção do pessoal no Spurs, que definitivamente sabe reconhecer um talento quando vê um, e foi trocado pelo Nesterovic. Ganhar minutos no Spurs não é fácil mas o Bonner conquistou seu espaço, jogando muito bem quando o Duncan estava machucado e saindo do posto de jogador-de-final-de-partida-ganha para assumir o papel que o Horry, agora embebido em formol, executava. Bom para o Bonner que, depois de ser obrigado a passar um ano de cão na Itália, tem chances de ganhar um anel de campeão.

47 - Mo Williams (Utah Jazz)

Como o Zach Randolph seria se fosse um armador baixinho e magro? A resposta: Mo Williams. Ele faz seus pontos, dá suas assistências (tá bom, tá bom, o Randolph não daria assistências) e deixa sua marca no jogo e nos boxscores, mas o sujeito é completamente psicótico, perdido, um buraco negro. A bola chega em suas mãos e só sai se for terrivelmente necessário, ele acha que pode decidir todos os jogos e arremessa mesmo se tiver os melhores companheiros de time livres do seu lado. Perdi a conta do número de vezes em que ele tentou dar o último arremesso de jogos importantes com o Michael Redd livre do seu lado.

Tem gente que gosta dele, diz que ele joga demais, e não deixa de ser verdade, ele é bom pra burro. Mas é o cara que dá vontade de pedir uma medida judicial para prendê-lo caso chegue a menos de 500 metros do seu time. Mesmo sendo bom, deixo claro.

Vale mencionar que ele foi draftado depois de sujeitos como Sani Becirovic, Malick Badiane e Derrick Zimmerman, obviamente porque o nome "Mo Williams" não vale nem 10 centavos.

49 - James Jones (Indiana Pacers)

Coisa de louco, mas sempre gostei do James Jones e nem é por causa do nome visivelmente poderoso (e falso). No Pacers, mal jogou. No Suns, chegou a ter um papel bem definido como o cara biruta que vem do banco para chutar como um louco e às vezes se saia muito bem, mostrando potencial atlético, chutes calibrados e rebotes acima da média. No entanto, foi só no Blazers que ele conseguiu minutos de verdade, já que o Suns não gosta muito de reservas. Em Portland, seu papel de atirador vindo do banco é bem específico e James Jones brilha desempenhando a função, acertando mais da metade de seus arremessos de 3. Ele tem talento, é parte importante dessa equipe cheia de futuro e pode ter um anel mais participativo do que aquele que o Darko ganhou no Pistons.

51 - Kyle Korver (New Jersey Nets)

Se você precisa de um cara ultra-religioso que saiba arremessar de trás da linha de 3 pontos, esse é seu homem. Tanto pela pontaria de fora quanto pela religião, ele é perfeito para o Utah Jazz.

O segundo round costuma ter vários jogadores que são mais especialistas em alguma coisa ao invés de serem cheios de potencial e bons em tudo quanto é aspecto do jogo. Depois do Korver, os escolhidos foram Xue Yuyang, Rick Rickert e Andreas Glyniadakis, forças nominais sem nenhum talento. Então o Korver foi uma barganha porque tem talento, é muito competente naquilo que faz e, após a recente troca para o Jazz, até mostrou que sabe defender. O time de Utah precisa dele e Korver vai ter chances de se mostrar, adquirir a carga tática necessária para se jogar para o Jerry Sloan e pode florecer por lá tendo um papel importante para o resto do time, talvez até titular, quem sabe. O futuro, pelo menos, é melhor do que o passado.

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Agora, a hora da verdade: minha lista com o draft refeito. Como os times teriam escolhido se pudessem olhar numa bola de cristal rumo ao futuro, sabendo como os jogadores se sairiam? Como o Isiah Thomas teria feito se soubesse o futuro e, além disso, tivesse um cérebro?

Caso você não concorde com minha lista, coloque a sua própria na caixa de comentários para todo mundo ver e opinar. Só não vale não colocar o LeBron em primeiro lugar, porque a polêmica resultante de tal ação iria sobrecarregar os servidores e tirar o blog do ar. Não queremos isso, queremos? Então lá vai minha lista:

1 - LeBron James (Cleveland Cavaliers)

2 - Carmelo Anthony (Detroit Pistons)

3 - Dwyane Wade (Denver Nuggets)

4 - Chris Bosh (Toronto Raptors)

5 - Chris Kaman (Miami Heat)

6 - Josh Howard (Los Angeles Clippers)

7 - David West (Chicago Bulls)

8 - Leandro Barbosa (Milwaukee Bucks)

9 - Nick Collison (New York Knicks)

10 - TJ Ford (Washington Wizards)

11 - Mo Williams (Golden State Warriors)

12 - Kirk Hinrich (Seattle Supersonics)

13 - Boris Diaw (Memphis Grizzlies)

14 - Luke Walton (Seattle Supersonics)

15 - Steve Blake (Orlando Magic)

16 - Jason Kapono (Boston Celtics)

17 - Darko Milicic (Phoenix Suns)

18 - Jarvis Hayes (New Orleans Hornets)

19 - Travis Outlaw (Utah Jazz)

20 - Luke Ridnour (Boston Celtics)

21 - Willie Green (Atlanta Hawks)

22 - Kendrick Perkins (New Jersey Nets)

23 - Mickael Pietrus (Portland Trail Blazers)

24 - James Jones (Los Angeles Lakers)

25 - Matt Bonner (Detroit Pistons)

26 - Carlos Delfino (Minessota Timberwolves)

27 - Kyle Korver (Memphis Grizzlies)

28 - Marcus Banks (San Antonio Spurs)

29 - Aleksandar Pavlovic (Dallas Mavericks)


Alguns times ficariam bastante interessantes. Que tal o Bulls, que tem até hoje problemas em fazer pontos no garrafão, com David West mostrando seu arsenal ofensivo? Que tal o Denver de Wade e Iverson, cobrando uns 3 milhões de lances livres por jogo? E o Boston Celtics com Ridnour como reserva do Rajon Rondo? Tudo isso sem falar, claro, no Pistons de Carmelo Anthony. Teria o experimento fracassado por duelo de egos ou seria o Pistons, agora, o time mais vencedor dos últimos anos?

Sem bolas de cristal que funcionem, continuaremos vendo drafts com as escolhas mais estapafúrdias que sumirão em poucos minutos. Que outras escolhas será que assombram para sempre os drafts de outros anos? Nossa série continua num próximo post, analisando outra turma de novatos. Deixe aí, na caixa de comentários, qual ano do draft você gostaria que fosse o tema de nossa próxima série de textos. Enquanto isso, vou colocar o Carmelo no Pistons do meu videogame e dar uma olhada no tipo de estrago que dá pra fazer...