Mostrando postagens com marcador sonics. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sonics. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Seattle Documenta

Passei o dia passeando por essa internet de meu deus procurando coisas interessantes para mostrar para vocês, queridos leitores que eu não conheço, não converso, não sei a cara e mesmo assim tento agradar. Depois de umas boas horas finalmente achei algo mais interessante do que o novato do Bulls James Johnson dançando break.

O que achei foi o trailer do documentário "Sonicsgate". O nome é uma referência a Watergate, o caso que levou à renúncia do presidente dos EUA Richard Nixon nos anos 70. Desde esse episódio, inúmeros escândalos políticos ou processos receberam o sufixo "-gate", virou moda. O hilário blog Basketbawful até hoje chama o processo de estupro do Kobe Bryant de Kobegate.
O nome original, Watergate, foi motivado unicamente pelo complexo de prédios com o mesmo nome onde boa parte do escândalo se desenrolou, mas agora que a moda pegou, já era. As línguas são vivas e não podemos fazer nada a respeito.

Se o sufixo precisou de uma explicação, o resto do nome não precisa. Apesar de já ter passado um ano desde sua morte, todos ainda lembram do Seattle Supersonics. O time, de 41 anos de idade na NBA, mudou de cidade há um ano e agora tem bem menos força nominal, virou o Thunder.

O caso da venda do Sonics para o empresário Clay Bennet e sua decisão de tirar o time de Seattle para Oklahoma City foi explicado nesse post há mais de um ano. Naquela época o caso já parecia mal explicado, muitas coisas indicavam que o Bennet tinha comprado o Sonics já pensando em mudar a franquia de cidade e passou o tempo todo mentindo para os torcedores dizendo que era só a cidade construir um ginásio novo que a equipe ficaria por lá. Há ainda os que dizem que o David Stern estava do lado de Bennet o tempo todo apoiando a mudança de cidade.

Acusações pra lá e pra cá e o documentarista e torcedor do Sonics Jason Reid resolveu fazer um documentário sobre o assunto. Ele acompanhou os julgamentos sobre a quebra de contrato com a KeyArena (ginásio que tinha contrato com o Sonics até 2010) e entrevistou muitos dos envolvidos, desde advogados que participaram do caso até torcedores da fundação Save Our Sonics. Em uma entrevista dada a uma rádio de Seattle, Reid diz que só não conseguiu falar com Clay Bennet ou David Stern, claro, que se recusaram a falar. Mas que conseguiu falar com um advogado do empresário dono do Thunder.

O documentário ainda não saiu, o vídeo é só do trailer, mas parece promissor. A estréia será no dia 12 de outubro pela internet. Entrando no site Sonicsgate.org a partir desse dia você poderá assistir ao documentário, é só saber inglês, claro. Se o produto final for bom, porém, até podemos preparar umas legendas depois, vamos ver.

Eu acho melhor esperar pra ver se é bom porque o documentário, apesar de apresentar um tema que merecia uma investigação, tem tudo para ser tendencioso. O diretor Jason Reid é torcedor assumido do Sonics e provavelmente saiu para documentar já com uma opinião formada, o que é bem perigoso na hora de fazer um documentário. Além disso, os principais envolvidos do outro lado da história não quiseram nem dar um depoimento, empobrecendo a discussão.

Mas vamos dar uma chance à obra, claro. Não é porque ela não teve a chance de falar com todos que ela obrigatoriamente é ruim ou não vale a pena assistir. Dia 12 estarei aqui na frente do computador com um pacote de Doritos, uma coca-cola trincando de gelada e uma namorada mal-humorada do lado pra assistir ao filme.

O trailer, finalmente, está logo abaixo. Achei empolgante, gostei da música da abertura, parece tudo bem feito e é um tema que deveria ter sido mais explorado pela mídia americana. Um time de 41 anos de história simplesmente sumiu depois de algumas compras suspeitas e ninguém foi a fundo investigar isso?

É uma história que merecia ser contada e o documentário Sonicsgate se dispôs a isso.

domingo, 20 de julho de 2008

Ridículo

Zach Randolph, especialista em tornar times ridículos


Ainda não consegui me decidir, graças à quantidade de bizarrices, qual foi o momento mais ridículo do meu fim de semana. A competição é acirrada e, como "ridículo" tem tudo a ver com o Bola Presa, decidi compartilhar com vocês os principais candidatos:

1) Oklahoma City escolhe o nome "Thunder":

Não sei nem por onde começar. Já acho ridículo o suficente eles enfiarem o "City" no nome do time, no maior estilo "Taça Cidade de São Paulo", que é brega pra burro. Pessoalmente, vou torcer para o time não feder demais nem feder de menos, ficar bem naquele meio-termo que torna o time praticamente invisível, para eu nunca ter que digitar "Oklahoma City" no Bola Presa: dá trabalho demais e, convenhamos, é bastante idiota. Também estou cogitando chamar o time de Seattle Sonics, como se nada tivesse acontecido, em todas as vezes que tiver que falar do Kevin Durant.

E tudo isso sem contar que o novo nome da franquia, recém-anunciado, é Thunder. Parece apelido de porteiro de boate, cachorro de lutador de jiu-jitsu, ou nome de bonequinho dos Comandos em Ação. Eu não conseguiria pensar em um nome mais imbecil e genérico para um time da NBA nem se tentasse. Talvez "Warriors", mas isso não vem ao caso. Fora que o nome no singular, sem o "s" no final (como Lakers, Wolves, Clippers), parece erro de digitação.

Acho que a minha decepção é ainda maior por ter visto os nomes sensacionais que o Sbub sugeriu em seu blog. Com nomes como "Building Exploders" e "Franchise Stealers" ainda disponíveis, quem foi o débil mental que preferiu "Thunder"? Ah, foi uma votação pública através da internet? Então a cidade de Oklahoma merece essa merda de nome. O pior de tudo é que o nome que ficou em segundo lugar era Outlaws ("Foras-da-lei"), algo muito mais adequado - e irônico - para uma cidade que acabou de assaltar a franquia que antes pertencia a Seattle. Esta aí a maior prova de que o mundo não tem senso de humor.


2) Jerryd Bayless eleito o melhor calouro de Las Vegas:

Simplesmente não dá para acreditar no que o Portland Trailblazers faz nas noites de draft, é ridículo, simplesmente ridículo. Desde que fizeram a cagada de trocar o Deron Williams pelo Martell Webster em 2005, tudo que o Blazers fez foi dar um show de competência e reformular por completo uma equipe que vai virar modelo de gestão para as gerações futuras. Vamos recapitular: em 2006, o time de Portland trocou o primo-do-Marbury, Sebastian Telfair, pelo calouro Randy Foye. Aí, trocou o Foye pelo também calouro Brandon Roy, atual All-Star e estrela do time. Além disso, trocaram sua escolha de draft (o homem que só enterra, Tyrus Thomas) pelo LaMarcus Aldrigde, que chutou uns traseiros na temporada passada. E, pra finalizar o espetáculo, o Blazers comprou a escolha do Suns, a vigésima sétima, que resultou no excelente armador Sergio Rodriguez, atual esquentador de banco mas que teria lugar garantido num bom punhado de equipes por aí.

Em 2007, a brincadeira continuou. Além da primeira escolha do draft, Greg Oden, o Blazers trocou o câncer-humano Zach Randolph (que tornava o time ridículo, mas num sentido ruim, ao invés do "ridículo-bom" de agora) por espaço salarial e o outrora "intocável" Channing Frye. Depois, comprou de novo a escolha do Suns (dessa vez a vigésima quarta) que resultou em Rudy Fernandez, estrela na Europa que virá reforçar o Blazers nessa temporada. Tudo isso fora as quatro escolhas de segunda rodada de draft que o time possuía, que após algumas trocas se tornaram Josh McRoberts e Petteri Koponen, duas boas promessas que nunca nem precisaram entrar em quadra.

Já em 2008, o Blazers trocou sua escolha do draft, Brandon Rush, pelo novato do Pacers, Jarryd Bayless. Também comprou uma escolha de draft, dessa vez a vigésima sétima, pertencente ao Hornets, e transformou-a junto com suas escolhas de segunda rodada na promessa francesa Nicolas Batum, além de mais duas escolhas de segunda rodada no ano que vem.

Sabe porque isso é tão ridículo? Porque Jaryd Bayless acabou de ser eleito o melhor novato da Summer League de Las Vegas, com a absurda média de 22.7 pontos por jogo. Um time que surpreendeu todo mundo na temporada passada, chutando traseiros, terá para a próxima três novatos de altíssimo nível: Bayless, sensação de Las Vegas; Greg Oden, o pivô do futuro; e Rudy Fernandez, o experiente talento da Euroliga. Fora os novatos, todo o restante do time tem 3 anos de experiência na NBA ou menos - as únicas exceções são Steve Blake e Travis Outlaw, com 5 anos cada, e os pivôs Przybilla e LaFrentz, que estão prestes a ir embora e liberar teto salarial para a equipe. Como pode haver uma equipe tão jovem, completa e profunda? Como pode um time tão ruim conseguir um elenco desses através de um silencioso processo de renovação? Isso, crianças, é simplesmente ridículo. Mas um ridículo-bom. Ao contrário do candidato a seguir.

3) Entrevista do Grego:

Foi o próprio Vitor Sergio que nos avisou de sua entrevista com o famigerado vilão épico do basquete nacional, o Grego. Para o nosso amado dirigente, quem critica não entende nada de basquete, o que é sempre uma tática interessante de defesa: chame todas as pessoas que gostam de basquete de "desinformadas e incapazes" e assim você se mantém no posto de único competente do assunto. Um posto um pouco esquizofrênico, mas ainda assim, um posto. Pessoalmente, um dos momentos mais ridículos dessa entrevista, para mim, é quanto o Grego faz um apelo para que o "ego" dentro do esporte seja deixado de lado. Com isso, ele obviamente quer dizer que os clubes de basquete no Brasil devem parar de ter voz própria (zelar pelos próprios interesses é "ego", sabe como é) e abaixar a cabeça para sua ditadura tirana.

O quadro se torna ainda mais aterrador quando ele dá a entender que tudo caminha para a sua reeleição, ou seja, o homem que ainda não viu o Brasil chegar a uma Olimpíada vai ter mais quinhentos anos para continuar tentando. Enquanto isso, ele coloca a culpa nos "jogadores que não vieram", aqueles caras da NBA com os quais ele não tem nenhum contato, nenhum acompanhamento, nenhuma relação com suas equipes, e lembrando que ele sujou nosso nome lá fora depois do fiasco dos seguros não pagos com o basquete feminino. A culpa da falta de preparo técnico é de nossos treinadores, sem vontade de aprender, quando um real intercâmbio para incluir o basquete brasileiro no modo de se jogar lá fora só ocorreu quando a água tava no pescoço. A culpa também é dos times, que tornam o campeonato nacional frágil e dividido, sendo que a CBB não cria condições para que os times se sustentem, decidam o que é mais adequado para eles financeiramente. Fora que o Grego não pensa em marketing - não há planos ou projetos que tornem o basquete minimamente interessante para o público nacional. Tivemos um mundial de basquete feminino com ginásios vazios e nenhuma ação foi tomada para popularizar o evento, nem que fosse para tornar o acesso gratuito. Eu e o Denis parecíamos altistas por lá, completamente sozinhos.

É amadorismo em todas as áreas, às vezes até parece que quem manda no negócio é o Isiah Thomas. Seria ridículo, mas eu não sei de nada, afinal sou só um blogueiro. Quem manja do bagulho é o Grego: os resultados estão aí para provar. O basquete feminino que me perdoe, mas eu às vezes chego a torcer sem querer contra elas, apenas para que o Grego não possa mais se defender atrás de seus resultados - fruto de talento e suor, não de apoio ou organização. A palavra certa para a situação é "ridícula". Mas também pode ser "comum", "natural", "manjada". Estamos reclamando a muito tempo. E pelo jeito vamos ter muito tempo a mais para reclamar.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Save Our Sonics

Salve o Sonics de Payton e Kemp


O S.O.S tem uma história curiosa. É um sinal de código morse que começou a ser adotado como sinal de resgate em 1905. As letras S e O são bem fáceis de se fazer e de se identificar com o código morse. O "S" são três sinais curtos ( . . . ) e o "O" são três sinais longos ( - - - ). Mas depois de um tempo, principalmente depois que o Titanic fez esse sinal ainda mais famoso, começaram especulações sobre o significado da sigla S.O.S. Na verdade ela não quer dizer nada, é só um código fácil, mas muita gente acredita mesmo, até hoje, que a sigla quer dizer "Save Our Souls" ou "Save Our Ship", que em português seriam "Salvem nossas almas" e "Salvem nosso navio", respectivamente.

Curiosidades à parte, a sigla S.O.S tem agora um significado novo pra mim, um que, assim como os outros, vai se relacionar a pessoas perdidas que querem ajuda e que não podem fazer nada. Sempre que eu observar em algum lugar a sigla, nem que seja vendo reprise do Titanic no SBT, vou lembrar do lema da campanha dos moradores de Seattle, torcedores do Supersonics: Save Our Sonics.

Tudo começou em 2006, quando o então dono do Seattle Supersonics, Howard Schulz, CEO do gigante dos cafezinhos caros, Starbucks, tentou convencer a cidade de Seattle a reformar e aumentar a capacidade do ginásio do Sonics, a KeyArena, a arena com menor capacidade de torcedores em toda a NBA. Schulz queria apoio do governo da cidade para a reforma, algo como 220 milhões de dólares de apoio, nada de mais.

Como ele não conseguiu tal apoio, achou que era hora de vender seu brinquedo e aceitou a proposta de singelos 350 milhões de dólares oferecidos por um grupo de investidores liderados por Clay Bennet, empresário de Oklahoma City e que já havia sido um dos donos do San Antonio Spurs nos anos 90 e principal líder do grupo que levou o Hornets a jogar em Oklahoma City nos dois anos seguintes ao furacão Katrina, que impediu o Hornets de jogar em New Orleans.

O acordo de venda para o grupo de Bennet dizia que os novos donos deveriam fazer de tudo para conseguir um acordo para a expansão da KeyArena nos primeiro ano de sua gestão. Com as dificuldades de negociação, o empresário chegou a sugerir usar dinheiro de impostos para pagar os mais de 500 milhões de dólares que ele dizia necessário para construir outra arena, uma no subúrbio de Seattle ao invés de reformar o antigo ginásio. Também não rolou.

Cansado de toda a briga, o grupo disse que então a única saída era o Sonics sair de Seattle e ir para Oklahoma City, em que todo o dinheiro para reformar o Ford Center já estava certo. E foi aí que a briga começou pra valer. Apoiado por uma declaração (que rendeu multa da NBA) de um dos empresários do grupo de Bennet, o governo de Seattle, os torcedores e até o antigo dono, Howard Schultz, disseram que Clay Bennet comprou o Sonics já com a intenção de levar o time para Oklahoma City e que nunca realmente quis ou negociou bem o bastante para manter o time em Seattle. E-mails descobertos dentro do grupo de Bennet sugerem a mesma coisa.

O problema para mudar o time de cidade foi a KeyArena, de novo, já que a Arena tinha contrato com o Sonics até 2010. A solução seria um "buyout", ou seja, uma multa, como aquelas que pagam aos jogadores quando os times querem que eles dêem o fora antes do fim de seus contratos. Então foi a vez de um grupo da cidade entrar com uma ação para dizer que Bennet não poderia pagar para cancelar o contrato. Ou seja, a treta ficou feia e muito advogado começou a ganhar dinheiro.

O grupo de Clay Bennet ofereceu quantias de até 26,5 milhões de dólares para quebrar o contrato mas a cidade de Seattle não topou e depositou sua fé na justiça, acreditando que em julgamento sobre a situação o contrato até 2010 pudesse ser cumprido. O julgamento rolou por muito tempo mas horas antes da juíza dar seu parecer, os dois lados anunciaram que tinham chegado a um acordo. Com a derrota parecendo clara, a cidade de Seattle tentou sair de cena com pelo menos algumas coisas em mãos.

No acordo, a cidade de Seattle conseguiu 40 milhões de dólares de Bennet e mais 30 milhões daqui 5 anos caso Seattle não consiga trazer mais nenhuma equipe da NBA para a cidade. Além disso, o novo time de Oklahoma City não levará o nome de Sonics e nem levará com ele a história, as cores e o logo da equipe do Sonics. Ou seja, será praticamente uma nova franquia, e não uma mesma franquia em outra cidade. O novo time de Oklahoma City não poderá dizer que no seu tempo de Seattle foi campeã da NBA em 1979 e teve Gary Payton e Shawn Kemp encantando o mundo do basquete, a história fica em Seattle.

Embora eu ache que Oklahoma City tenha sido uma ótima cidade, com um público maravilhoso nos seus tempos de Hornets, estou bem triste com a decisão. Não que eu me importasse ou torcesse muito com o Sonics, mas o que aconteceu soa como um assalto. Tudo indica que Clay Bennet realmente queria mudar o time para Oklahoma City desde que comprou o Sonics. Todo mundo percebeu isso e até o antigo dono, Howard Schulz e outros ricaços de Seattle, incluindo um CEO da Microsoft, Steve Ballmer, perceberam isso e tentaram comprar o time de volta para não deixar ele sair da cidade, mas não deu. Dizem que a cidade não quis gastar milhões em uma nova arena que agradaria aos novos donos porque queria gastar o dinheiro dos contribuintes em outras coisas, o que eu acho correto e justo. Esses contribuintes, aliás, são os cidadãos de Seattle, os que queriam o Sonics na cidade, as pessoas do "Save Our Sonics". Vocês ouviram elas durante a história que eu contei acima? Nem mais ninguém. Completamente ignoradas.

Mas mesmo que tudo tivesse acontecido de forma correta e que a saída do time de Seattle fosse inevitável, seria algo bem triste do mesmo jeito. A saída do Hornets de Charlotte para New Orleans já foi estranha, mas pelo menos o time não tinha tanta história, mesma coisa com a saída do Grizzlies de Vancouver para Memphis. O Sonics não era um timinho novo tentando um lugar ao sol na NBA, o Sonics completou 40 anos de existência, todos eles em Seattle.

Fiquei imaginando como seria se eu morasse em Seattle e encontrei nesse texto da revista Dime um cara pensando coisas parecidas. Ele é de lá e disse como fica triste de pensar nas pessoas que compram os ingressos de temporada há anos para ver o Sonics 41 vezes por temporada, ou os caras de 20, 30 e 40 anos que aprenderam a ver, entender e a amar o basquete só vendo o Seattle Sonics em quadra. É um time que não é o Knicks, Lakers ou Celtics mas que é rico em história. Gary Payton, Shawn Kemp, Ray Allen, Rashard Lewis, Detlef Schrempf, Nate McMillan, Sam Perkins, Ricky Pierce, Lenny Wilkens, Jack Sikma. Quem gosta de história pode se deliciar com o Sonics.

E imagine você, torcedor do Corinthians, São Paulo, Grêmio, Inter, Flamengo, Sport, Bahia, sei lá, qualquer time. Imagina se, de repente, chega um cara, compra o seu time e depois de dois anos leva ele embora para outra cidade. É simplesmente surreal. Os negócios na NBA e nos EUA são diferentes daqui, os times são franquias, não são clubes, e tudo são negócios, mas os torcedores são sempre torcedores. Você pode dizer que tal torcedor é mais apaixonado do que outro mas sempre tem um grande número de torcedores que amam seu time. Imagine a quantidade de garotos encantados em ver um jogo do Seattle no ginásio, com a camisa do Kevin Durant e que estava aprendendo a gostar e entender o basquete, o que vai ser deles agora? O time que eles torcem simplesmente desapareceu.

Isso tudo ainda não conseguiu entrar na minha cabeça. Talvez eu me importe demais, talvez goste demais de esporte e veja importância demais em torcer no esporte. Talvez esteja exagerando também, mas garanto que não sou o único e que tem muita gente assim em Seattle também, gente que além de assistir gosta de torcer, de se envolver, de idolatrar grandes jogadores, essas coisas bobas de torcedor.

Se fosse torcedor do Sonics eu provavelmente iria ver a NBA com outros olhos, com menos tesão, com aquele mau humor de velho rancoroso, ver o Sonics morrer é ver sua banda de rock favorita cantar cover de música ruim no Faustão, é descobrir que Papai Noel não existe. Natal ainda é legal, a banda ainda é boa, só a magia que acabou.

Só não sei se ia chorar. Acho que esse não é o tipo de perda que faz a gente chorar. Não é a namorada dos sonhos que te abandonou, não é um familiar que morreu. É só uma paixão de infância que foi legalmente comprada e morta de acordo com os interesses econômicos de uma minoria.

Garanto que o garotinho com a camiseta do Durant vai entender tudo isso.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Opostos de emoção

Nem minha mãe aponta o dedo assim pra mim

...

por Denis


Ontem eu perdi.

Meu Lakers foi derrotado e o Houston não só conseguiu sua VIGÉSIMA SEGUNDA vitória seguida como ainda é o líder do Oeste. Vamos começar a falar do jogo diminuindo a moral do adversário, pra ele não ficar se achando muito.

Nesses 22 jogos o Rockets só pegou 9 times com mais vitórias do que derrotas, o resto era tudo fracassado. Quando pegou os times fortes, deu sorte. Pegou Dallas sem Dirk, Hornets sem West e Lakers sem Bynum e Gasol. Mas acho que as críticas acabam por aqui, a verdade é que eles estão jogando muito.

Afinal, se o Lakers estava sem Bynum e Gasol, que pelo jeito ficará duas longas semanas fora, o Houston está sem Carl Landry e Yao Ming, deixando o confronto igualado em contusões e igualmente sem pivôs. O Lakers começou com o Turiaf como seu jogador mais alto e o Rockets começou com o Mutombo, mas não levou muito tempo até o homem de 90 anos sair e o Scola se tornar o único cara de garrafão, assim como depois o Turiaf saiu e o Lakers jogou uns bons minutos com o Odom como jogador mais alto. Foi um típico "small ball" digno de um Suns e Warriors, mas forçado por contusões.

O começo do jogo foi feio para ambos os times mas o Rockets pulou na frente com arremessos de três. Muitos deles do Rafer Alston, que eu gostava quando era "Skip To My Lou" na And1 e odeio desde ontem. O Lakers ficou no jogo graças ao Kobe, que estava concentrando o jogo nele e acertando boas bolas.

Mas tudo mudou no segundo quarto e eu resumo tudo em uma palavra e alguns tópicos: confiança.

1 - A confiança do banco do Houston. Todo mundo entrou com sangue nos olhos e batia pra cima da defesa do Lakers sem dó. Todo mundo jogou bem, começando por Bobby Jackson e indo até o recém-contratado Mike Harris. A quantidade de rebotes ofensivos foi de dar vergonha pro Lakers.

2 - A confiança da torcida do Houston. Depois de 21 vitórias seguidas eles acostumaram e parecia que sabiam que a vitória, cedo ou tarde, chegaria.

3 - A confiança nos companheiros. Enquanto o Houston trocava passes sem parar, realmente lembrando o Kings do Rick Adelman do começo da década, o Lakers era o oposto. Eram quatro caras sem movimentação alguma olhando o Kobe forçar arremessos como um demente.

E fazia tempo que eu não ficava tão bravo com o Kobe. Tava mais bravo com o Kobe do que os torcedores do São Paulo com o juiz depois dos três pênaltis ontem. O Kobe simplesmente estava ignorando os seus companheiros e, como resposta, eles estavam parando de se movimentar e de executar as jogadas. E não é a primeira vez que isso acontece nesse ano, não. Em geral, o Kobe tem jogado muito bem e chamado o jogo só quando necessário, mas no jogo contra o Celtics e no de ontem, dois jogos contra os "times do momento", em rede nacional, o Kobe quis dar uma de fodão e tentou resolver tudo sozinho desde o primeiro quarto. O resultado foram 24 pontos em 33 arremessos. Péssimo.

O Lakers voltou pro jogo no terceiro período quando o time jogou como um time mesmo. Com muita defesa e ótimas trocas de bola que envolveram principalmente Odom e Fisher, o time voltou pro jogo. Mas na hora que era pra virar, entraram as bolas de 3 do Rafer Alston de novo. E no quarto e decisivo período foi a vez de Tracy McGrady, que passou quase 30 minutos do jogo zerado, chamar a responsabilidade e decidir o jogo, seja com pontos, seja com assistências. Mais uma vez, assim como no jogo contra Hawks e Bobcats, o Rockets não fez grande atuação mas fez o que devia na hora em que devia. Era só o Lakers ameaçar que o Rockets metia bolas de três, bandejas, rebotes ofensivos. Jogaram como um time vencedor, que mesmo nos piores momentos estão focados em vencer.

Agora o Houston tem uma sequência de jogos terrível! Pega o Celtics em casa e depois pega fora Hornets, Suns e Warriors. Acho que em algum momento desses jogos a sequência de vitórias acaba, mas também acho que eles têm time e confiança para se manter nas primeiras posições do Oeste por um bom tempo. Quem deve cair é o Lakers, que sem pivô não tá jogando nada, e como o Spurs sabe bem, é fácil cair de primeiro para sexto no Oeste em menos de uma semana.

Mas se o Lakers e Rockets foi um jogo emocionante e divertido, apesar de nenhum dos dois times estarem lá muito inspirados, teve um outro jogo em que um time estava inspirado até demais...

...

por Danilo


... trata-se da partida entre Nuggets e Sonics. Extasiado com a vitória do meu Houston, assisti a esse outro jogo histórico, mas que foi o exato oposto: rápido, fluido, mas também completamente sem emoção.

Todo o ritmo do jogo, que acabou com o placar de 168 a 116 para o Denver, pode ser resumido na atuação do Marcus Camby. O pivô do Nuggets pegava um rebote defensivo e, ao invés de passar para um companheiro de equipe (em geral o armador) levar a bola para o ataque, resolveu que tudo isso era muita frescura e que ele podia cuidar de tudo sozinho. Camby pegava o rebote, saia correndo para o ataque como um participante de BBB no cio, e então arremessava ou passava para alguém embaixo da cesta. O resultado? Foram 13 pontos, 15 rebotes e 10 assistências em apenas 26 minutos para o primeiro "point center" (ao invés de point guard) que eu já vi jogar.

Se a impressão era de que o Camby estava brincando, desrespeitando o Sonics (principalmente quando, tentando puxar contra-ataques, perdeu duas bolas seguidas e nem se importou), isso não era nada perto do clima geral da partida. Foi como se os dois times tivessem se encontrado antes do jogo e concordado com algumas regras:

"Vamos fazer assim, não vale defender, tá bom? Não poder ter ninguém grande embaixo do garrafão de defesa! Quem tomar cesta tem que repor a bola em jogo imediatamente tacando pro meio da quadra, e quem pegar a bola tem que correr. Se algum time levar mais de 10 segundos pra arremessar, perde o jogo. Que tal? Vai ser divertido, não vai? Não vai?"

Bem, divertido até que foi. Os dois times correram demais, atacaram demais, o placar parece piada de estagiário do site da NBA.com, e ninguém parecia estar se importando com absolutamente nada. Foi só quando o Nuggets parecia perto de quebrar recordes (tanto Celtics quanto o Suns já fizeram 173 pontos no tempo regulamentar há decadas atrás) que o negócio até ficou emocionante, com os reservas jogando para entrar no livro de história. Foi um espetáculo ofensivo, foi divertido, mas foi um pouco demais para o meu gosto. É tipo comer tanto chocolate que sua língua parece que vai cair e você tem vontade de vomitar. Lá pela quinta ponte-aérea completada do Nuggets, ainda no primeiro quarto, eu já estava começando a ficar irritado. Quando o Atkins errou uma bola de três pontos no estouro do cronômetro que poderia ter deixado o Nuggets com 51 pontos ao fim do PRIMEIRO QUARTO, eu já estava com saudades de assistir um Pistons e Spurs.

Espero que o fato de o Sonics ter o pior garrafão defensivo da NBA não faça todo mundo esquecer que a defesa do Nuggets também foi uma piada. Os dois times jogaram com as mesmas regras, com a mesma defesa risível e esburacada, e se o placar teve 52 pontos de vantagem para o time de Denver ao final do jogo, foi só por simples questão de talento ofensivo: Iverson e Carmelo são potências no ataque, e o Johan Petro do Sonics tem talvez o arremesso mais feio que eu já vi numa quadra de basquete.

Quando o Nuggets fica quente (sem trocadilhos culinários), não tem como segurar o time. Eles passam por cima, atropelam, porque fazem mais pontos do que o placar pode computar e quando um dia eventualmente chegarem a quatro dígitos, vai dar um bug e o universo vai implodir. O problema é que basta a noite não ser tão boa assim para que sua defesa seja incapaz de garantir o jogo. Como o Houston provou nos três últimos jogos, você pode estar em dias ruins, pode jogar mal, pode não acertar nem o pé dentro da meia, mas a defesa vai garantir o resultado. Aí, quando o dia é bom e as bolas caem, você ganha sem maiores dores de cabeça. Do jeito que está, o Nuggets pode ter médias de 163 pontos por jogo e vai continuar como se encontra: fora dos playoffs.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Trocas de último segundo

LeBron comemora a vinda de Ben Wallace ou a ida de Larry Hughes?


Como tornar um post desatualizado em apenas uma lição básica: finalize-o uma hora antes do horário limite para trocas na NBA. Foi ali, na horinha final, que a maior troca da temporada até agora aconteceu. Não maior em importância, veja bem. Maior em quantidade de jogadores: tem mais gente envolvida do que o Pelé tem de filhos.

Pra não tacar os 11 nomes de uma vez e dar a todos nós um tempo pra respirar, vamos comentar a troca por partes, falando de um time de cada vez. A começar, porque eu quero que seja assim, com o Chicago.

O Bulls tem um problema crônico antigo que incomodou um pouco na temporada passada e simplesmente aniquilou o time nessa temporada. Falta à equipe uma força ofensiva no garrafão e todo mundo que veste um uniforme dos tourinhos fica bem longe do aro chutando de 3 pontos o dia inteiro. Ben Wallace é um jogador espetacular, mas só vai ser efetivo na parte ofensiva no dia em que air ball valer 1 ponto no placar (que tal sugerir essa regra para o David Stern?). A aquisição de Joe Smith foi até motivo de piada na época, porque se ele era a solução dos problemas do time, eu seria a solução para o Grizzlies. Mas a verdade é que o Joe Smith se saiu muito melhor do que se esperava e foi, por longos períodos de tempo, o melhor jogador do Bulls. Não que isso queira dizer alguma coisa, claro. Joe Smith faz pontos mas sua praia não é ficar de costas pra cesta.

Com Tyrus Thomas e Joaquim Noah, caras grandes e de mentalidade defensiva, Ben Wallace e seu contrato tão gordo quanto a pança do Eddy Curry eram dispensáveis - desde que em troca do jogador certo. No caso, talento para o garrafão. Então alguém me explica porque o Bulls mandou o Big Ben junto com um dos poucos pontos positivos dessa temporada, Joe Smith, em troca de Larry Hughes, Drew Gooden, Shannon Brown e Cedric Simmons.

Vamos aos poucos. Shannon Brown mostrou que pertence à NBA quando LeBron saiu machucado, mas seu talento é moderado e ele deve morar no banco de reservas. Cedric Simmons é um cara grande que não causa impacto algum, é só um corpo a mais para abrir o pote de picles, alcançar a panela em cima do armário e fazer faltas no Dwight Howard na hora dos playoffs. Larry Hughes até está em alta, mas é que simplesmente conseguir quicar uma bola de basquete já é alta para ele. Se o sujeito não consegue acertar um arremesso sequer no Cavs há anos, como é que vai acertar arremessos num time que está justamente com a menor porcentagem de aproveitamento nos arremessos em toda a Liga?

E então chegamos ao Drew Gooden. Eu gosto do cara, sabe, desde os tempos de Orlando Magic. Mas jura pra mim que o Bulls acha que o Gooden é o que faltava no garrafão? Um cara que fica dando arremessos de meia distância e que não é tão diferente assim do Joe Smith? Bem, assim é a vida. Uns levam Pau Gasol, outros levam Drew Gooden. Uns tem a Preta Gil, outros a Alinne Moraes. O ruim é se contentar com o Gooden e fingir que, agora, está tudo bem.

Para o Cavs, é tudo um paraíso. Se livrar do Hughes é tipo ganhar na loteria e, fora o Gooden, o Cavs mandou apenas peças de segunda linha de quem ninguém vai se lembrar em alguns meses. Com Gooden indo para o Cavs e Donyell Marshall indo para o Sonics, o Cavs fica com duas duplas interessantes no garrafão: Ben Wallace com Ilgauskas e Varejão com Joe Smith. Ou seja, duplas em que sempre um defende e o outro ataca. Acho muito difícil que Varejão e Big Ben estejam juntos em quadra (seriam recordistas em air ball de lances livres!), mas as quatro peças formam boas combinações, bem equilibradas.

Como se não bastasse, o Cavs ainda recebe o Wally Szcscjlshderbiak e o Delonte West. Vai por mim, o West vai ser titular ainda antes da Sabrina Sato tirar a pinta da testa. O Gibson que me perdoe, mas ele tem "reserva" tatuado na testa em Times New Roman tamanho 20. E o Pavlovic, que desde aquela polêmica com a renovação do contrato vem fedendo pra burro, deve perder mais e mais minutos para o Wally. Apesar de ter uns 70 anos, o veterano acerta arremessos de três pontos até dormindo e vai ser útil pacas no Cavs, além de ser legal ter uma camiseta com um sobrenome ilegível e impronunciável. Agora, LeBron, me escuta: o Kidd não veio mas teu elenco agora é mais completo e profundo do que jamais foi. Hora de ganhar um título!

Assim como naqueles grupos de cinco sujeitos coloridos de roupa colada japoneses, tipo os Power Rangers, em toda a troca tem que ter um participante babaca. Nessa troca, o babaca da vez é o Sonics. Receberam do Cavs o Ira Newble e o Marshall, e do Bulls o Adrian Griffin. O Griffin pode contar para os novatos boas histórias sobre os tempos em que os continentes da Terra ainda eram apenas um, porque o sujeito tem uns 60.000 anos. O Ira Newble fede, e do Marshall eu gosto bastante, mas ele precisa de esquemas favoráveis para seu jogo e de uns 5 anos a menos, coisas que só acontecem em filmes ruins da Sessão da Tarde. Essa troca para o Sonics significa apenas uma coisa: estamos nos livrando de quem não quer ficar, de quem é veterano, vamos perder o máximo possível e pegar uns bons novatos na temporada que vem. Bem, é um plano melhor do que trocar pelo Randolph, convenhamos.

Com toda essa bagunça acontecendo em Chicago e Cleveland, é bem fácil se esquecer de que o Raptors também fez algo para ficar melhor. Sem nenhum pivô reserva desde que draftaram o Baby (provavelmente foi um castigo divino, ou uma maldição indígena) o time da terra do hockey vem improvisando o Humphrey no garrafão. Ele até faz um bom trabalho, mas o Brezec veio do Pistons (e acabara de vir do Bobcats, coitado, deve ter cansado de se mudar) e é um pivô de verdade, capaz de acertar seus arremessos quando necessário. Em troca, o Raptors mandou para Detroit o armador Juan Dixon, amigo do Steve Blake, que é um bom reserva e estava descontente no Canadá, provavelmente porque lá só tem guarda florestal e urso. Ótimo, agora todo mundo fica feliz, mas na minha opinião é a equipe de Toronto que saiu ganhando nessa e agora é ainda mais profundo.

Como nota de rodapé, interessando apenas a mim e ao nosso leitor Rena McGrady, que comentou no post anterior, o Houston mandou o Kirk Snyder em troca do Gerald Green. O Snyder não é tão ruim, sabe? Digamos que ele fede moderadamente, sabe infiltrar e defender melhor do que uma chinchila, por exemplo. Não havia lugar para ele no Rockets mas ele pode ser um bom décimo-segundo reserva em algum lugar por aí, possivelmente na Europa. Já Gerald Green ia ser o novo Kobe uns anos atrás, ganhou conselhos do Bryant em pessoa, então acho que ter ele no time não vai fazer mal a ninguém, vai que de repente ele marca 81 pontos. Na pior das hipóteses, o Green pode ficar brincando de enterrar nos treinos e deixar os outros jogadores entretidos. Já é alguma coisa.

Em breve, vamos dar uma olhada mais uma vez em como cada time se sai com suas caras novas. E lembrando, claro, que o Houston ganhou sua décima partida seguida. O que tem isso a ver com o resto do post? Nada, mas deixa eu ser feliz, tá bom? Meu time não conseguiu nem o Kidd e nem o Gasol, poxa.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Vida após Marion

Grant Hill não passa tanto tempo saudável desde que saiu do útero materno


O Suns com que todos nós estamos acostumados não consegue ganhar do Hornets. Com Marion na equipe, eram duas derrotas para o time de New Orleans só nessa temporada.

O Suns que conhecemos tem problemas graves para vencer o aprendiz de porra-louca Sonics. Com Marion em quadra, eram duas vitórias: uma por 106 a 99, a outra por 104 a 96.

Como está se saindo, então, o Suns sem Shawn Marion, trocado, e sem o Shaq, ainda sem condições de jogo? Como é o mundo em que o Suns simplesmente tem um jogador fundamental a menos?

A resposta: é a mesma coisa.

Sem ainda ter conseguido vencer o Hornets nessa temporada, o Suns levou, sem Marion, a última partida entre as duas equipes para a segunda prorrogação. Com o Chris Paul acabando com o jogo, com 42 pontos, 9 assistências e 8 roubos (!), a reação natural do Suns seria colocar o Shawn Marion, versátil como é, para marcar e anular o armador adversário. Em seu lugar, mandaram o também versátil Grant Hill, e pronto: sabemos agora que ele pode efetuar muito bem esse papel. Acho que ele nunca passou tempo o bastante saudável para que percebessemos que ele é um grande defensor.

Todo o habitual estava lá, como sempre: os milhões de pontos de contra-ataque, as bolas de 3 chovendo como loucas, um ala multi-uso marcando o armador adversário que estava pegando fogo. E a derrota habitual, claro. Stojakovic acertou um arremesso absurdo que, depois de muito assistir, decidi que ele sequer olhou para a cesta e nem fazia idéia de onde o aro estava. No entanto, saber onde o aro está é para os fracos, e o Peja saiu vitorioso pela segunda vez na temporada na casa do Phoenix Suns.

E que tal contra o Sonics? Depois de vitórias tão apertadas porque o Suns tem problemas esquisitos com a correria do Sonics (aliás, o Suns deveria processar o time de Seattle por plágio!), o placar da partida de ontem (103 a 99) mostra que tudo continua igual no Arizona. Apesar da partida dominante de Amaré Stoudemire, o Suns só saiu com a vitória porque o Sonics levou essa coisa de imitação longe demais. Vocês ainda se lembram do fracassado do Webber pedindo um tempo que seu time não possuia na final do campeonato universitário e, com isso, perdendo o jogo? Pois é, Wally Szczfdghfdzerbiak imitou direitinho e, com seu time perdendo por apenas 1 ponto na noite de ontem, pediu um tempo que não tinha, tomou a falta técnica e perdeu o jogo, envergonhado, dizendo que agora sabia como o Webber se sentiu. Oras, eu sei como o Webber e você se sentiram! Se sentiram BURROS. E nem preciso fazer igual para saber. Vale dar uma assistida:



É claro que o Nach acertou o lance livre da falta técnica e estava tudo encerrado. Aliás, o Suns acertou todos os seus lances livres ontem, todos os TRINTA E DOIS. Talvez haja algum tipo de aura mágica na equipe e o Shaquille O'Neal nunca mais erre um lance livre sequer. Talvez existam duendes. Talvez a Vovó Mafalda fosse mesmo mulher.

Para não dizer que, por enquanto, o Suns é exatamente igual apesar de não ter Shawn Marion, algumas pequenas coisinhas mudaram. O famoso DJ Morango, dos morros cariocas direto para o banco de Phoenix, vem tendo mais minutos nas duas últimas partidas. O garoto aproveitou bem as chances até agora e não tenho muitas dúvidas de que ele será em pouco tempo o legendário reserva do Nash que a torcida sempre aguardou desde os tempos de Moisés. Outro que está jogando mais minutos e faz o trabalho sujo, em especial nos rebotes ofensivos, é o Brian Skinner. Parece que, na marra, o Suns percebeu que as pessoas que ficam sentadas naquele tal de banco de reservas têm permissão para entrar em quadra, numa estranha manobra conhecida como "substituição".

Shaq deve estreiar em breve e veremos como ele se encaixa nessa equipe. Mas se ele passar muito tempo descansando, contundido ou com excesso de faltas, os sinais iniciais mostram que o Suns deverá ser basicamente como era antes. Ou seja, continuarão ganhando dos times chinfrins e perdendo das grandes potências. Numa série de 7 jogos contra o Spurs, todos nós sabemos o que isso significa...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

"Both Teams Played Hard"

Saia de baixo, Rasheed Wallace está de volta e não está contente


Estamos de volta mais uma vez com a coluna "Both Teams Played Hard" (também conhecida como BTPH para os mais íntimos), o único post semanal do mundo que quase nunca aparece há cada 7 dias. Esse é o espaço para você fazer aquelas perguntas cabeludas que teria vergonha de fazer para os seus pais, ou então falar sobre aquelas trocas absurdas que surgem na sua cabeça sem o medo de que seus amiguinhos que acompanham basquete fiquem te zoando. Aqui a gente vai te zoar, claro, mas pelo menos você pode usar um daqueles apelidos idiotas de internet e ninguém vai saber que o fracassado aloprado é você. Então entre no clima do maravilhoso anonimato da internet e venha receber respostas que deixariam o titio Sheed orgulhoso.

Nessa semana, mais gente inconformada com o Nuggets, um "separados no nascimento" relâmpago, perguntas estranhamente pessoais sobre esses que lhe escrevem, e gente já querendo colocar o Greg Oden na fogueira. Comente as respostas, mande suas dúvidas, peça uma lista com os melhores filmes da Sylvia Sailnt. Respondemos tudo semana que vem, pelo menos é o que dizemos porque pegaria mau para o marketing dizer que a gente responde só quando dá.

...

caioJF:
cara queria saber realmente pq vc pega tanto no pe do alston se tratando de armador,nao acho ele tao ruim assim quando o juwan howard estava no houston haviam jogadas dos dois q sempre eram pontos faceis e garantidos e po!o cara e da and1 ta ligado?vc acha q e facil ter carreira como peladero e jogador profissional?

Danilo:
Bem, eu pego no pé do Alston porque torço para o Houston e queria que apenas jogadores munidos de cérebros jogassem por lá. Piadas à parte, o Alston não é horrível mas ele é o tipo de jogador que pode te levar à loucura. O talento está lá, claro. Como você bem disse, ele é o legendário "Skip To My Lou", uma das maiores lendas da And1. Ele tem os dribles, a velocidade, os passes, a visão de quadra. No entanto, como todo bom streetballer, o que ele não tem são os fundamentos: lances livres, defesa e principalmente a capacidade de tomar boas decisões. Se deixassem ele escolher entre dar um passe para um companheiro livre ou enfiar a própria cabeça dentro da boca de um crocodilo, Rafer Alston ia ficar em dúvida.

Vamos acompanhar brevemente um pequeno momento típico de Alston em quadra. Alguém pega o rebote, passa a bola para suas mãos e Skip sai correndo para o ataque. Às vezes ele simplesmente pára na linha de 3 e chuta, matando todos os texanos do coração. Mas em geral ele pára, bem comportado, e passa a bola para o lado, sem nenhuma criatividade ou culhão. Temos que compreender que Rafer Alston passou por muito preconceito para chegar à NBA pelo fato de ter jogado na And1, então ele sempre quis provar que pode deixar os dribles de lado e jogar "controladamente". O resultado é uma total falta de coragem ou agressividade. No entanto, sua passividade foi muito criticada em seus anos de Houston Rockets, em que sempre ameaçavam trazer um armador que soubesse arremessar. O resultado é que o Skip passa a bola para o lado, covardemente, e assim que a bola lhe voltar às mãos ele invariavelmente irá arremessá-la, tentando mostrar serviço. É de enlouquecer, sua pontaria é fraca e seu talento é muito desperdiçado. Recentemente ele anda batendo mais para dentro do garrafão, infiltrando mais nos contra-ataques, e vem com isso sendo mais eficiente. Mas em geral ele é destrambelhado, arremessa demais e não acrescenta nada ao time. O novato Aaron Brooks, até quando joga mal, traz uma outra velocidade e atitude ao time.

Como eu pego no pé do Alston desde os seus tempos inexpressivos no Miami Heat, você pode concluir que é perseguição e ignorar o que eu estou dizendo. Mas se um dia o Skip for pro seu time, você entenderá o que estou dizendo. Mas que fique claro que pego no pé dele porque sou chato e metido a engraçadinho, entendo os problemas que o Alston passou pra chegar onde está e tenho muita dó dele quando, em atuações boas e ruins, o Houston insiste em continuar contratando outros armadores mequetrefes para o seu lugar.

...

Felipe:
Meninos, qual a sensação de vocês em um certo dia acordarem e publicarem um blog sobre NBA de forma totalmente despretenciosa e no outro serem bajulados e venerados como bons escritores (o que jamais foram ou serão um dia) e formadores de opinião? Vocês acham isso válido? Acham que isso os levará a algum lugar? Ah! Parabéns, adoro os posts de vocês! Vocês escrevem suuuper bem!

Danilo:
Ah, a magia de sermos blogueiros bajulados, formadores de opinião, venerados pelas crianças, desejados pelas mulheres e invejados pelos homens. Mas se isso é válido? Depende. Você vai depositar qualquer quantia na minha conta bancária? Não? Então pro inferno com essa merda de formar opinião. Bah.
...

João Carlos:
Eu tenho uma dúvida. O GM do Seattle Supersonics da década de 80/90 (não sei se ainda é o mesmo) come merda no almoço? Ele escolheu Scottie Pippen na 5ª posição e o trocou por um pivô que era o terceiro reserva de Shawm Kemp! O que o Seattle faria com um time Payton - Pippen - Kemp?? Que ridículo!

Denis:
Cara, isso faz mais de 10 anos. Acho que tá na hora de superar. Mas se faz você se sentir melhor, acho que todos aqui concordamos que foi uma troca de merda, como a que ele comia no almoço. Se você é torcedor do Sonics, pense que agora vocês têm um time que ganha dos dois últimos finalistas da NBA na mesma semana.

...

leonardo:
sou torcedor do denver nuggets, mas eles tao fedendo muito ultimamente, apesar de estarem alternando entre 7º e 4º lugar com o portland. assisto quase todos os jogos e vejo que o time só se salva por causa dos talentos individuais, nun tem tática nenhuma, eh bola no melo ou no iverson e vamo ve oq q dá...diferente do hornets, spurs, suns e (apelei)warriors(pelo menos a tatica deles da certo, meter o maximo de bola de 3 possivel e ganhar alguns jogos) vocês acham que trocar de tecnico seria uma boa opção,pq george karl parece que nem treina esse time, manda eles raxarem e pronto... ele foi um grande tecnico no bucks, mas parece que fico velho e desaprendeu a formar um time taticamente, oq vocês acham??

Denis:

Eu sou um defensor da teoria de que o Denver, com o elenco que tem, deveria estar lutando lá no topo do Oeste, e não nas últimas posições dos playoffs. E com um elenco tão bom e resultados não satisfatórios, é difícil culpar outra pessoa que não o técnico. Ele era muito bom no Bucks mesmo mas esse Denver é muito desorganizado, o jogo que eles perderam para o Lakers com mais de 50 pontos do Iverson foi patético.

...

eric:
1- no que vcs trabalham?
2- Será que sabem me explicar pq flip saunders ainda não foi pra bem longe de detroit? pq, por favor, o cara só faz merda! o problema do ''banco amaldiçoado'' do pistons seria ele a causa? e

3- será q amir johnson vai ter mais q 15 min(me admirei no jogo contra o sixers)em quadra?


Denis:
1 - Eu sou massagista e o Danilo é um estagiário numa biblioteca.

2 - Eu não sou muito fã do Flip Saunders, ano passado quando ele não usava o Webber no quarto período ele me tirava do sério. E já ouvi dizer em vários lugares que os jogadores do Pistons muitas vezes decidem eles mesmos o que fazer e ignoram ele, coisa que dava briga na época de Larry Brown. Mas não tenho certeza se isso acontece, só ouvi dizer.

Danilo:
2 - Também ouvi dizer que só recentemente os jogadores do Pistons se reuniram e decidiram obedecer o Flip Saunders irrestritamente, no que quer que ele ordenasse, porque supostamente perceberam que seria o único jeito deles voltarem a ter chances de título. Mas é só o que diz a lenda, pessoalmente acho que os jogadores deveriam ter percebido é justamente o contrário, que obedecendo o Saunder é que a coisa complica pra eles.

Denis:
3- Antes dessa temporada começar, estavam dizendo que esse ano ia ser o que o Amir Johnson ia estourar na liga. E ele é muito bom mesmo, precisa só de mais espaço. Assim como o Rodney Stuckey, que é um dos novatos mais talentosos desse ano.

...

Renzo:
Uma pergunta bem humorada, mas - convenhamos - também com uma certa lógica: DÊNIS E DANILO SÃO A MESMA PESSOA? hehehehe Como o estilo de texto dos dois é bem parecido e praticamente só se sabe quem escreveu cada post ao final ("defenestrado por..."), sugiro uma demarcação mais clara do trabalho de cada um no blog. Escrever o nome do colunista no topo do post já ajuda. O que acham? Abs;

Danilo:
Bem, como resposta, vale o comentário do nosso amigo-leitor Sbub:

"Renzo, discordo da sugestão de colocar o nome do autor no topo do post. É divertido ir lendo e pensando quem foi que escreveu."

Como escrever o nome do colunista no começo do post daria trabalho, vou pegar o que o Sbub disse e dar a desculpa de que "estragaria a surpresa". Então aconselho você a também se divertir fazendo bolão com os amiguinhos tentando adivinhar quem escreveu cada artigo. Além disso, a teoria de que somos a mesma pessoa pode ser verdadeira, talvez seja apenas um caso esquisito de esquizofrenia, e aí não faz diferença mesmo quem escreveu cada post e você pode desencanar disso e dormir tranquilo.

...

Charles:
Tem uma explicação pro Jazz, ter o record de 17-3 em casa, (O Spurs tem 18-3) e ter 7-15 fora de casa ? Macumba no Delta Center ? E o Deron Williams fica tristinho fora de casa ? Deve ser por isso que nas previsões classificados pros Playoffs nenhum de vocês (Danilo e Dênis), incluiram eles. Então a briga da 8° colocação deve ficar entre Warriors e Jazz, na minha opnião, e o Jazz ganha tudo dentro de casa, e quem diria, que ano passado aquele caldeirão amarelo do Warriors, funcionou bem mais esse ano eles tem, 12-8 em casa e 14-10 fora, Vai Entender.

Denis:
Se você viu meu post nessa semana mostrando como o Oeste está disputado, você vai perceber como qualquer coisinha pode fazer a diferença na briga pelos playoffs. Então, não ganhar fora de casa pode ser decisivo. E mesmo se o Jazz se classificar, sem mando de quadra e sem vencer fora de casa será um fracasso.

Agora, explicar isso eu não consigo. Tá bom que torcida contra e ginásio desconhecido atrapalham, mas o Jazz leva isso ao extremo. Para o Warriors o segredo é a confiança. Depois dos playoffs do ano passado, eles sabem que podem ganhar de todo mundo, é visível como a postura deles mudou e agora eles entram em todo jogo, em casa ou fora, sabendo que o ataque deles pode vencer qualquer um.

...

Philipe:
qual o problema do NETS?é o treinador, o carter, o garrafao do time, do GM(o ultimo prefiriu ir para o sixers do q ficar no nets) ou é comigo, q escolhi esse time para torcer?

Denis:
Assim não dá Phillipe, você já respondeu por nós! Claro que o problema é com quem escolhe torcer pro Nets. Mas veja pelo lado péssimo, o Nets mesmo ruim consegue ir para os playoffs em oitavo. Aí é só tomar uma lavada do Celtics e não ter nenhuma escolha boa no draft do ano que vem!

...

Caíque Ferreira:
Vcs acham que Greg Oden pode ser um novo Olowokandi ou Kwane Brown? Ou ele é bom mesmo?

Denis:
Pelo o que eu saiba, ele ainda nem fez seu primeiro jogo na NBA! Isso que é sede de ver o fracasso alheio. Parece a torcida do Corinthians que já tá xingando o Acosta, é só esperar, pô!
E, sério, pelo o que eu vi dele na NCAA jogando por Ohio State, ele parece ser bom mesmo. Se vai ser o novo Bill Russell, Shaq, Alonzo ou só um Chris Kaman, isso eu não sei.

...

V. Giannini:
Pau Gasol vive em rumores de troca. Vocês acham que seria bom para o garrafão do Jazz se enfiassem Pau junto com Okur? Será que a química entre eles poderia ser melhor do que a química entre Gay e Pau?

Denis:
Não importa. O Pau está no Lakers e isso é mais importante que qualquer trocadilho. O Kwame que se vire com o Gay!

...

Rodrigo Lakers:
Vocês sabem me dizer qual é o parentesco entre o Luis Scola e o Fernandão do Internacional?

Denis:

...

Di-W:
Após postar semana passada nesta coluna, tive a infeliz oportunidade de ver um jogo do Knicks com zach, que ainda não havia tido antes. Realmente é um buraco negro em quadra. Balkman é esforçado, se jogasse de 3 seria até mais útil eu acho. Crowford é quase tão fominha quanto zboo e gostei muito do Nate na armação, me lembrou muito o Avery Johnson. Não entendo pq Lee tem tão pouco tempo na quadra, ele será mais um dos talentos que Knicks joga fora?

Denis:
Ontem teve jogo do Knicks na ESPN e acho que deu pra ver perfeitamente como é o Knicks. O Randolph é talentoso até demais mas se recusa a passar a bola, o Nate é muito bom embora não seja fora de série, o Jamal Crawford seria um dos melhores jogadores de streetball de todos os tempos e acha que pode decidir tudo. Em compensação, o Lee e o Balkman estão lá pra pegar os rebotes ofensivos e arrumar tudo. E aquele apagão em que eles passam uns 5 minutos sem fazer cesta, perdidos no ataque, é normal também.

...

CaioJF:
Nash pode ter tido essa reação no mínimo baitola por três motivos:


1- Porque descubriu que o Corinthians foi rebaixado, terá que disputar a série B do brasileirão e teve como sua melhor contratação o uruguaio Acosta e o zagueiro Chicão.

2- Porque estava acompanhado do trio de jogadores Pau, Okur e Gay, cujo os nomes já devem revelar a atitude meio libidinosa que poderia estar acontecendo naquele momento.

3- Nash achava que era super-men ou simplesmente lobisomen de dentro daquela boate que teve tal atitude devido ao efeito da luz psicodérica e das músicas eletronicas, alem de alguns golezinhos numa Curió.

Denis:
1- Eu acho o Acosta muito bom e o Chicão é um zagueiro muito bom também, pelo menos pra quem já teve na zaga Gralak, Célio Silva, Valdson e Marinho no passado.

2- Vamos deixar claro que o trocadilho é o primo pobre do humor. Façam mímicas, piadas-de-photoshop e imitações antes de brincar com o nome dos coitados.

3- Lobisomem ele não é, quem tem esse título no mundo do basquete é o pivô Roberto Dueñas.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Troca-troca

Ben Wallace de olho nas trocas que vão começar a acontecer


Apesar do nome, não é um texto sobre a Deborah Secco trocando de namorado. É que está chegando a parte da temporada que todo mundo que não tem o que fazer (eu estou nessa) mais gosta: o dia limite para as trocas! Nessa temporada o dia é 22 de fevereiro e até lá muita gente pode ou não ser trocada, mas muita gente vai, com certeza, entrar em discussões, boatos e conversas sobre trocas.

Para acompanhar esses boatos o segredo é ter bom senso. Todos sabemos quem está mal nos times, quem quer ser trocado, quem os times querem trocar. Mas na NBA não é fácil trocar jogadores como no NBA Live, no NBA 2k8 ou nas ligas de fantasy. Lá tem jogadores dizendo o que querem e o que não querem, tem dono de equipe dizendo quem vende camiseta e quem chama público, tem o medo de perder o emprego depois de uma troca mal feita. Então sempre que ler uma notícia, leia ela com calma, porque muitas coisas são só idéias e suposições de jornalistas que estão brincando de ser fãs, como nós na caixinha de comentários dizendo "e se o Artest for pro Heat?". No meio de um monte de idéias formuladas no meio do trânsito quando eles não tinham nada pra fazer, existem algumas notícias que são notícia de verdade, que são conseguidas com contatos dentro dos times.

Como daqui da minha casa não tenho lá muito contato com General Managers das equipes da NBA, vou apenas listar os jogadores que sabemos que estão envolvidos em discussões. E daremos uma olhada no que pode acontecer com eles, onde eles podem ir parar e que impacto causariam em cada time.


Mike Bibby: Esse tá em muita discussão e em muita lista de possíveis trocados até o dia 22. Mas eu acho que a troca dele só acontece se o Kings realmente estiver disposto a começar tudo do zero. Se eles quiserem mandar o Bibby para o Cavs (um boato que existe há pelo menos uns 3 anos), é bom que mandem também o Brad Miller pra algum lugar e o Artest também. Aí recomeçam tudo em volta do Kevin Martin, Beno Udrih e companhia. Mas no lugar deles eu não faria, não vejo motivo pra isso. Eles estão com um time bom, bem próximo do Top 10 do Oeste, e tudo isso passando boa parte da temporada sem o próprio Bibby, algum tempo sem o Kevin Martin e até sem o Artest. Dizem que o Heat quer o Bibby também, mas convenhamos que o Heat não anda com muito pra oferecer.



Ron Artest: Poderia repetir tudo o que disse sobre o Bibby e o Kings aqui, mas sobre o Artest tem uma pequena diferença. No final da temporada acaba o contrato dele e ele poderá ir para onde quiser. O Kings pode então conversar com ele sobre seu futuro, se o Artest quiser ficar no time, fica, se não quiser, é melhor trocar ele desde já e pelo menos receber algo em troca. O Heat e o Knicks, pra variar, estão nos boatos. Mas um não quer mandar o Haslem e o outro não quer mandar o David Lee. Aí fica difícil. Não tenho contatos próximos com o Knicks mas garanto que Artest por Jerome James não vai acontecer.
Acho que algo só acontece no Kings se o Artest pedir ou informar que dá o fora depois da temporada.


Houston Rockets: O time está em décimo no Oeste bem no ano em que achavam que eles iam finalmente lutar pelo título. E sabemos que maus resultados são sinônimo de pressão para trocas. O grande problema é que ninguém no Houston tem lá muita moral pra ser trocado por grande coisa hoje em dia. Quem vai querer o Mike James? E o Steve Francis? Alguém aí quer o Rafer Alston? Sinto que nada vai acontecer. Só se algum time desesperado quiser o T-Mac, que junto com o talento vem com problemas no joelho, nas costas e mais uma conta de 19 milhões de dólares.




Chicago Bulls: Dizem que é o maior candidato a pegar o T-Mac. Para igualar os salários (os times precisam trocar jogadores cujos salários sejam parecidos, já que quase todos os times estão no limite do teto salarial) eles tem Kirk Hinrich ganhando 11 mi, Ben Wallace ganhando um pouco mais e um monte de jogadores talentosos que o Houston se interessaria. Mas por que o Bulls iria mandar meio time por um cara machucado?
Por outro lado existe o segundo boato mais velho da NBA, perdendo só pro Bibby no Cavs, que é o Gasol no Bulls. Mas esse já não tem valor, o Gasol foi pro Lakers. E não sei se vocês perceberam, mas essa troca aconteceu sem nenhuma grande notícia, boato ou discussão antes. Nessa época é muito comum algumas trocas acontecerem do nada, antes de qualquer um na imprensa desconfiar.


Jason Kidd: Eu percebi que estava ficando chato só dizer que eu acho que as trocas não vão acontecer, então tratei de colocar o Kidd aqui. Ele eu acho que vai dar o fora mesmo. Dizem por aí (sinônimo de "foi outro jornalista idiota que disse") que ele soltou a seguinte frase:

"Antigamente era só eu fazer um triple-double que o time ganhava. Agora as coisas mudaram e talvez seja a hora de mudar também".


Pra mim isso é implorar por uma troca. Alguns caras da ESPN falaram de uma troca envolvendo três times que seria:

Dallas recebe:
Jason Kidd
Nets recebe: Jerry Stackhouse, DeSagana Diop, Devean George, Jarret Jack, Channing Frye e Travis Outlaw.
Portland recebe: Devin Harris

Mas já falaram de outra versão em que o Darius Miles vai para o Dallas e o Dampier para o Nets. Ou seja, é uma confusão. Sabemos que as conversas existem mas o que vai realmente acontecer é um mistério. Só sabemos mesmo que o Kidd quer dar o fora e o Dallas acha que o o Kidd pode ser o que falta pra eles ganharem um título.

Jason Collins: Esse é um boato que parece mais real que os outros e deve se concretizar a qualquer momento. Dizem que é uma troca Jason Collins por Stromile Swift. Swift vai voltar ao Top 10 das semanas em pontes aéreas caso o Kidd continue por lá, mas essa é uma troca que não muda nada pra ninguém.

JJ Redick: O cara é um dos maiores fenômenos do basquete universitário de todos os tempos. Tem milhares de recordes da NCAA, da sua divisão, ACC e de Duke. Mas isso não o fez ser nada melhor do que a 14a escolha no draft de dois anos atrás. Diziam que o único talento dele pra NBA seria o de arremessar. Ué, ele está no Magic, não está? Não é o lugar certo pra só arremessar e ser um sucesso? Bom, não deu certo, o técnico não o coloca em quadra e nessa semana ele pediu uma troca. Será que o Suns corre atrás? Seria legal ele arremessando livre com os passes do Nash (essa é a parte em que quem escreve a coluna sugere uma troca sem nenhum embasamento).
Mas o Magic hoje mesmo disse que não pretende trocar o Redick porque tem medo de perder Evans, Arroyo e Dooling, todos Free Agents na próxima temporada.

Shaquille O'Neal: O Pat Riley diz que não quer trocar o nosso porteiro de boate favorito. E mesmo se quisesse, quem vai querer um cara decadente que se machuca uma vez por semana e ganha 20 milhões de dólares por temporada?

Sam Cassell: Esse eu tenho quase certeza de que vai dar o fora do Clippers. Ele quer disputar playoffs, ser importante, acertar arremessos decisivos, fazer o que ele sempre fez. Mas no Clippers não tá dando mais certo. A grande dúvida é se o Clippers vai achar uma troca ou se vai simplesmente dispensar o cara-de-ET pra ele decidir pra onde vai (dizem que para o Boston, mas não fui eu quem começou esse boato aqui!).

Seattle Sonics: O time está em clara e óbvia reconstrução e fica difícil saber quem está e quem não está nos planos futuros do time. Kevin Durant está, Jeff Green está. Mas e Wilcox? Petro? Ridnour? Watson? Wally? Desses todos, Earl Watson é o que deixou mais claro que se for pra ele sair, que seja agora.

Larry Hughes: O Cavs quer trocá-lo, mas vamos parar com a palhaçada, né? Nem a mãe dele o quer de volta.

Jamal Crawford: As notícias são de que ele disse que "não se importaria em ser trocado". Ou seja: "Me troquem peloamordedeus!", mas pelo menos ele é educado e não quer ficar mal junto à torcida. O problema de qualquer troca do Knicks é que, dizem, não tem um time que não quer levar o David Lee junto com as tralhas de que o Knicks quer se livrar.


É isso, pessoal! Acho que esses são os jogadores e times que mais vão aparecer nos noticiários nos próximos dias e semanas. E se você acha que eu esqueci de alguém ou quer sugerir alguma troca, essa é a hora. Esse é o post que não é para os jogadores frustrados comentarem, é para os General Managers frustrados. Mandem suas trocas aí!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Run Forrest, Run!

"Mamãe falou que se corresse demais ia acabar se machucando... mas nunca me ouve!"



Saiu ontem na NBA.com um número muito interessante. Depois do primeiro mês da temporada passada, somente 6 times tinham médias de mais de 100 pontos por jogo. Nesse ano já são 14 dos 30 times com média de mais de 100 pontos. É o maior número de times desde a temporada 1995-96. Uma série de fatores ajudou esta temporada a ter placares como o 123-117 de Orlando e Warriors de hoje, 122-100 do Denver sobre o Cavs, o assustador (mas com prorrogações) 126-123 do Sonics sobre o Hawks, o 120-118 do Hornets sobre o Grizzlies, 134-114 do Lakers sobre o Pacers e por aí vai, são jogos com placares altíssimos que há tempos não víamos com tanta frequência.

Lembro de algumas temporadas atrás, não lembro em que ano exatamente, em que somente 3 times acabaram a temporada com média de mais de 100 pontos com o Dallas como líder com mais ou menos 105 de média.

Agora, o que levou a NBA a essas médias? Eu tenho duas respostas:

1. O David Stern, o manda-chuva, ditador da NBA, que obriga todo jogador que não vai jogar a usar um terno ridículo ao invés das roupas que ele gostaria e estava preocupado com a imagem da NBA de ser um jogo defensivo, feio e sem o espetáculo característico da marca. Começaram então as regras para aumentar o número de pontos. Foi criado o semi-círculo sob a cesta em que um sopro de bafo no atacante já é lance livre. Depois os juízes foram instruídos a serem mais rigorosos com os contatos. Como o Danilo já disse em outro texto, nosso amigo pesadão Shaq está sofrendo as consequências dessa marcação que eu só não digo que é de mulherzinha porque até na WNBA o jogo tá mais físico.

Com o jogo menos físico, até os grandalhões que fizeram seu nome na NBA com sua força como o Shaq têm que pegar leve na defesa e deixar uma bandeja ou outra passar com medo de ficar com problema de falta e sair do jogo. Mas não vou fazer o Shaq de todo coitado na história porque o quarto anel dele de campeão veio muito em parte por causa das centenas de faltas que marcaram no Wade naquela final contra o Dallas. Era só o fiozinho loiro do cabelo do Dirk encostar no Wade que era falta. E não era nem que o Wade fingia que era falta como o Ginobili faz, jogando os braços pro alto como um idiota. O Wade tentava ir pra cesta como sempre, mas no caminho o juiz não se aguentava e apitava. No jogo final, por exemplo, o sexto, Wade sozinho chutou 21 lances livres contra 23 de todo o time do Mavs. Em um jogo decidido por 3 pontos isso faz a diferença.

2. O Phoenix Suns é o outro motivo. O Suns, com sua correria, não era novidade na NBA, quando Nash estava no Dallas já era tudo no esquema porra-louca com 4 armadores e mais o Dirk em quadra, todo mundo chutava de 3 e que se foda a defesa. Mas a NBA parece não ter levado muito em conta o time já que eles nunca pareciam ter realmente chance de título e também porque o técnico era o Don Nelson, que todo mundo já aprendeu a aceitar como um doido a não ser copiado (embora até dê resultado as loucuras dele).

No Suns, o esquema era corrido mas menos doido, com bem menos improvisações, o time rendia muito bem e pareceu (e ainda parece) que tem chance sim de desbancar o Spurs e ser campeão do Oeste. Isso animou muita gente. Animou as torcidas que sempre querem ver o Suns jogar, ele é reconhecidamente o time mais gostoso de se ver atuar, está sempre na lista de melhores momentos, empolga até quem não torce pra eles e lota os ginásios adversários. Aí todo bom manager que ganha milhões pra ter idéias geniais e controlar os times mais ricos do basquete mundial disse "vou copiar esses carinhas".

E começou uma onda de querer correr mais. O exemplo mais claro disso é o Sonics desse ano. Um time obviamente limitado, cheio de pivetes e sem nenhuma ambição além de desenvolver os seus pirralhos. Pra que então ficar tentando montar um esquema que no fim vai falhar mesmo? Vamos correr, marcar muitos pontos, aproveitar nossa juventude e aproveitar os dias em que as bolas estão caindo. Deu muito certo, foram muitos os jogos que eles se recuperaram ou abriram boas vantagens só na correria e nas bolas longas que o Suns consagrou. O Sonics perde os jogos depois, é verdade, mas quem corre sabe que decidir os jogos na correria é mas difícil, é só ver a série do Suns e do Spurs no ano passado pra confirmar.

Outra coisa que deu certo com esse Suns e virou moda na NBA é o small ball. Small ball signigfica jogar com jogadores mais baixos. Quando o Nash chegou no Suns era óbvio que o Shawn Marion era small forward (SF) e o Amaré era power forward (PF), mas como não tinham pivôs além do Voshkul, resolveram botar o Amaré de pivô e o time ficou de repente mais rápido e até mais eficiente, chegando-se depois ao cúmulo de colocar o Diaw, que chegou lá pra ser armador, de pivô só porque ele é um bom passador. Depois desse sucesso, inúmeros times passaram a promover seus alas de força a pivô, seja no time titular ou durante muitos minutos vindos do banco. Al Jefferson está jogando de pivô no Wolves, Okafor que chegou na NBA listado como power forward joga de pivô, Webber já foi pivô no Pistons, Jermaine O'Neal jogou muito de pivô no Pacers, Garnett tem seus minutos de pivô no Celtics, e no jogo de hoje entre Charlotte Bobcats e Toronto Raptors houve um momento em que o jogador mais alto do Bobcats na quadra era o Gerald Wallace, um small ball total digno de campeonato de colégio em que ter 1,90m significa dominar os rebotes e bater em quem reclama demais.

Mas uma coisa tem que ficar clara: a correria do Suns rende mais pontos, mais público, mais fãs e isso atraiu os técnicos e os managers, mas não podemos esquecer que o small ball é bastante influenciado pela falta de bons pivôs. São 30 times e não temos 30 bons pivôs na liga. Também não é garantia de mas vitórias um ataque mais poderoso, o que não falta é time que faz 110 pontos e toma 120. A diferença é que o ginásio enche, a gente se diverte mais em casa e os jogadores parecem melhores no boxscore.

- No domingo, no dia da contusão que não é séria do Duncan, o Horry voltou de sua contusão e errou seu único arremesso tentado além de dar dois tocos. Sua declaração depois do jogo foi a seguinte: "Tenho zero pontos e dois tocos de média agora. Me chamem de Ben Wallace."

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Quem odeia Kevin Durant?

Kevin Durant ao lado de Greg Oden (que parece ter idade para ser seu pai)


Existem 3 tipos de pessoas no mundo: aqueles que não assistem a NBA, aqueles que assistem e torcem pelas primeiras escolhas do draft, e aqueles que assistem e torcem CONTRA as primeiras escolhas do draft. É simples assim, qualquer outra divisão em raça, credo, nacionalidade ou visão política está incorreta, vai por mim. (mas não vá colocar isso em algum trabalho de escola, por favor!)

Como membro da Associação Internacional de Defensores do Yao Ming da Zona Alta do Rio Paranapanema (AIDYMZARP), me encaixo na categoria dos que torcem pelas primeiras escolhas do draft. E justamente por isso também presenciei todo o ódio que existe por aí pelo Yao e até mesmo pelo LeBron James. Odiar um dos melhores jogadores de todos os tempos? Tá bom, tinha que ser coisa desses odiadores de primeiras escolhas.

Imagino que um monte "desses aí" esteja feliz com a contusão do Greg Oden, primeira escolha do draft desse ano, já dizendo que ele é um fracasso, nunca fica saudável, não vai dar certo na NBA e que ainda por cima cutuca o nariz. Com o Kevin Durant, não vai ser diferente. Vão dizer que ele arremessa demais, que força o jogo demais, que não ajuda as velhinhas a atravessar a rua. Mas a verdade é que, após duas partidas, o garoto já está fazendo um bom trabalho.

O plano inicial do PJ Carlesimo, técnico do Sonics, era utilizar o Kevin Durant como SG (ou 2, ou ala-armador, ou armador arremessador, ou seja lá como você quiser chamar) e causar alguns problemas para seus defensores graças a seus 2,06 de altura. Contra o Nuggets, não foi o que aconteceu. Durant jogou de ala mesmo e teve uma boa partida até, com 18 pontos acertando 7 de 22 arremessos.

Contra o Suns, no entanto, Durant jogou pra valer de armador. E eu finalmente pude entender o que o PJ Carlesimo pretende com isso através de nosso caríssimo Leandrinho. Por diversas vezes durante a partida, coube ao nosso amigo brasileiro marcar o Durant e estava ali, estampado no horror de seus olhos, o absurdo da situação. Os 15 centímetros de diferença entre os dois tornaram a vida do Leandrinho um pesadelo a ser esquecido. Durant acabou o jogo com 27 pontos e 11 arremessos certos em 23 tentados.

Tão importante quanto os números de Durant são as atuações do Sonics como um todo. Eles correm como uns loucos, impõe um ritmo frenético e arremessam sem pensar muito. Os 22,5 arremessos por jogo do Durant não são tão absurdos levando em conta o que está acontecendo em quadra: depois da corrida, quem quiser chuta. O resultado da velocidade do Sonics é, no mínimo, interessante. Contra Nuggets e Suns, chegaram a liderar os jogos por vários minutos. Perderam as duas partidas no final graças ao excesso de turnovers. O time toma as decisões erradas, perde bolas a dar com pau nos segundos cruciais e aí não dá pra evitar a derrota. Mas com o tempo e um pouco de experiência, esse é um problema que pode ser resolvido.

Bem-vindo ao novo Sonics, o mais recente discípulo porra-louca do Suns na NBA. Eles são velozes, rápidos, divertidos de assistir e em pouco tempo devem estar conseguindo umas belas vitórias. E você, vai vibrar com a pivetada ou vai estar xingando o Durant por não salvar gatos de cima das árvores?