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sábado, 15 de novembro de 2008

O sonho acabou

Amir Johnson de volta ao banco é sinal de novos tempos para o Pistons


Não estou falando do término dos Beatles e nem do Lakers perdendo sua primeira partida da temporada para o Pistons e encerrando o sonho de manter-se como o único time invicto da NBA. Nada disso, quem se importa com o Lakers? Estou falando do "projeto Amir Johnson".

Cansados de ver o Pistons sempre chegar tão longe mas acabar perdendo partidas cruciais nos playoffs, os dirigentes da equipe anunciaram que grandes mudanças seriam feitas no elenco. E então anunciou-se que Amir Johnson seria o ala de força titular da equipe, dividindo o garrafão com o pivô Rasheed Wallace (quer dizer, quando o Sheed decide entrar no garrafão, claro). Diz a lenda que o Amir Johnson mostra nos treinos que é uma estrela em potencial, dominando dos dois lados da quadra. Depois de sete partidas fedendo como titular, acabou dando lugar a outra estrela em potencial: Kwame Brown. Primeiro, contra o Warriors, Amir jogou alguns minutos vindo do banco. Ontem, na partida crucial contra o Los Angeles Lakers, nem deu sinal de vida.

Engraçado é que o Kwame começar como titular justo contra o Lakers foi algo que me preocupou bastante. Ele era odiado pela torcida de Los Angeles, constantemente vaiado durante as partidas, e nunca teve muita cabeça (como dizemos aqui, ele só faz cruzadinhas no nível "É Sopa"). Meu medo era que, assim que a torcida de seu ex-time começasse a vaiá-lo, ele ficasse confuso, achasse que ainda estava jogando pelo Lakers e fizesse uma cesta contra. Embora muito provável (estamos falando do Kwame, afinal de contas), isso não aconteceu. Pelo contrário, aliás. Kwame Brown teve uma atuação mais do que sólida, com 10 pontos e 10 rebotes, e passou bastante tempo em quadra. Melhor ainda, ajudou o Pistons de cara nova a acabar com o todo-poderoso Lakers.

O Pistons poderia ter vencido o Lakers com o antigo time, comandado pelo Billups? Claro que poderia. Essa vitória, comandada pelo Iverson, então não prova muita coisa - quer dizer, não prova se a gente não levar em conta o modo com que o Pistons jogou. Pra mim, foi o atestado definitivo de que eles são agora outra equipe, com abordagens diferentes, e a troca fica imediatamente legitimada.

Não existe nada mais ridículo do que trocar um jogador por outro e simplesmente tacar a nova peça no meio do esquema tático como se os jogadores trocados fossem, na verdade, exatamente idênticos. O exemplo mais óbvio é a troca entre Devin Harris e Jason Kidd. Quando chegou no Mavs, Kidd assumiu o papel ultra-secundário do Harris e não houve qualquer mudança no esquema tático. Ué, pra que fazer a troca então? Tédio? Nem preciso dizer que não deu muito certo.

Portanto, colocar o Iverson no lugar do Billups e achar que ele vai assumir o papel de armador meticuloso, calmo e ordeiro é absurdo, todo mundo sabe que isso daria muito errado. O Iverson é um cara agressivo que ataca a cesta o tempo inteiro, deixa seus marcadores sempre em estado de alerta e cria espaço para seus companheiros batendo para dentro do garrafão. Na noite de ontem, contra o Lakers, essa não foi apenas a definição do Iverson, mas também de toda sua equipe. O Pistons agora é um time que defende como nos bons e velhos tempos mas que depois é agressivo e ataca a cesta o tempo inteiro, sem parar, com todas as suas milhões de armas ofensivas. O Lakers passou a maior parte do jogo num desespero defensivo, batendo cabeças, e sobrou muito espaço para o Rasheed arremessar de trás da linha de 3 pontos quando bem entendesse. Iverson não arremessou demais, apenas não tirou da cabeça a mentalidade ofensiva e todo o time seguiu o exemplo.

Ao final do jogo, temos o Pistons de sempre: cinco jogadores com mais de 10 pontos, dois deles com 25, uma defesa impecável que contestou todos os arremessos e incomodou o Kobe o tempo inteiro, e uma vitória. Mas o modo com que isso aconteceu foi bastante diferente e frenético - ao menos comparado com aquele Pistons com que estávamos acostumados. Para mim, parece até mesmo lógica a nova abordagem: com uma defesa impecável e trocentos jogadores com talento no ataque, porque segurar a bola e o relógio ao invés de ir com mais sede ao pote?

Engraçado é que isso é justamente o contrário do Nuggets. Sem defesa nenhuma, com jogadores limitados, porque não diminuir o ritmo de jogo e valorizar cada posse de bola? É aí que entra Chauncey Billups, que na partida de ontem não calou a boca um segundo sequer, indicando as movimentações de ataque, organizando a defesa, chamando as jogadas, xingando um ou outro perdido e debatendo a crise ecônomica mundial e a impossibilidade de analisar a recessão atual através do prisma da obra de Karl Marx. O resultado ontem contra o Celtics foi um ataque cadenciado, balanceado, com seis jogadores com pelo menos 10 pontos e - pasmem! - uma defesa forte, principalmente no garrafão. Kenyon Martin marcou Kevin Garnett como se tivesse feito isso a vida toda com uma mão nas costas, e Nenê desviou arremessos, foi agressivo nos contatos e roubou um punhado de bolas das mãos do próprio Garnett. Ao todo, o brasileiro saiu de quadra com 5 roubos - além de 14 pontos e 7 rebotes.

Não me levem a mal, eu gosto muito do Nenê e naquele ano em que ele foi pra NBA eu falava tanto o nome dele que minha mãe chegou a pensar que eu tinha engravidado alguma garota. Mas o Nenê tem uma pitadinha de Zach Randolph em seu jogo, não no sentido de que ele não sai do chão e nunca dá tocos, mas no sentido de que quando ele recebe um passe, nunca devolve - prefere ir para a cesta a todo custo. Quando o Nuggets era porra-louca, passar a bola pro Nenê era pedir para todo o ritmo do jogo ser quebrado. Agora, no ataque organizado de Billups, ele recebe as bolas certas e não compromete em nada a velocidade do time. Não poderia pensar numa circunstância melhor para o Nenê voltar para as quadras e deixar a história do câncer para trás - ele é titular absoluto, o esquema de jogo favorece seu talento, o time está vencendo, ele é candidato a jogador que mais evoluiu até o momento e ontem, contra o Celtics, ninguém ousou perguntar "onde está Marcus Camby". A troca do pivô agora parece fazer sentido, porque a defesa do garrafão foi excelente em todos os momentos. Bizarro.

Tem umas trocas que a gente alopra na hora mas que, após um tempo, começam a fazer sentido. O Nuggets está economizando muita grana por ter mandado Camby embora e até agora não fez falta, enquanto o Clippers está lá lidando com suas contusões - e perdendo. A troca do Pau Gasol para o Lakers levou o Marc Gasol para o Grizzlies e, embora eu ainda ache ele essencialmente um cocô (não consigo tirar suas atuações das Olimpíadas da cabeça), seus números são ótimos, ele desequilibra os jogos volta e meia e tem muitos recursos no ataque. Em um par de anos, vamos analisar a famosa troca dos irmãos Gasol e talvez nos surpreender. Do mesmo modo, muita gente correu para a mãe gritando que a troca de Iverson por Billups era ridícula para o time de Detroit, que eles tinham feito merda. Oras, um Pistons agressivo em que Iverson cobra 12 lances livres e ainda assim mantém o espírito coletivo, todo mundo pontua e a defesa continua impecável? Pra mim, a troca deu certo para as duas partes, pelo menos por enquanto.

Aliás, dois times que fizeram trocas recentes também tiveram jogos importantantes na noite de ontem, mas com resultados opostos. O Suns, que trocou por Shaq na temporada passada, teve outra atuação monstruosa do pivô: 29 pontos, 13 rebotes e 6 assistências. Ué, a carreira dele foi dada como mais morta que uma festa de aniversário do Tim Duncan e agora ele tem um jogo melhor do que o outro? Mesmo com essa atuação, no entanto, o Suns sofreu para vencer do Kings na prorrogação sem Matt Barnes e Nash, suspensos naquela briga com o Rockets, e sem o nosso Leandrinho, que voltou para o Brasil graças ao falecimento de sua mãe. Era o que todo mundo temia desde que ele perdeu um pedaço da pré-temporada com a mãe doente, e diz a lenda que eles eram absurdamente próximos. Não é um momento fácil, com certeza, mas esperamos que Leandrinho continue em frente e retorne às quadras assim que puder, até porque o basquete é o maior dos ópios - como diz o filósofo, "nada como um dia após o outro com uma noite no meio", ou no mundo do basquete, uma cesta após a outra com um toco no meio.

Sem Leandrinho, quem salvou a noite foi Amaré Stoudemire. Ganhando por apenas dois pontos nos segundos finais, Amaré deu dois tocos sensacionais - um no John Salmons, outro no Spencer Hawes - em arremessos que teriam empatado o jogo. Abaixo, tem os lances da partida:



Já meu Rockets, que trocou pelo Ron Artest para essa temporada, perdeu do Spurs justamente porque Aaron Brooks tomou um toco do Duncan nos segundos finais, numa bola que empataria o jogo. Como eu adivinhei, com o Skip suspenso o Brooks foi titular e completamente retardado, arremessando 17 bolas - mais do que T-Mac, Artest, Yao Ming ou qualquer outro do elenco. Abaixo tem o toco decisivo, dentre outros lances:



Umas trocas dão certo, outras dão errado. Não dá pra saber se o Artest no Houston vai dar certo ainda, por exemplo, mas perder para a porcaria desse Spurs que colocou quatro torcedores pra jogar com o Duncan é sinal de que as coisas estão indo muito, muito mal. Resta esperar.

domingo, 26 de outubro de 2008

Preview da temporada - Divisão Central

Se olhar muito, o Rasheed Wallace toma falta técnica em casa


Estamos de volta com mais um preview da próxima temporada, apresentando agora os times da Divisão Central. Entregamos de bandeja todos os motivos para assistir e não assistir a cada um dos times, para você não ter que pensar e conseguir escolher com mais facilidade quem vai acompanhar. Afinal, hoje em dia dá pra ver qualquer partida que você quiser, basta dizer as palavras mágicas - e ter uma conexão de internet decente. Como a temporada começa na terça-feira, é hora de acompanhar as última análises, em clima de contagem regressiva.

Como sempre, começamos com o time que deve ser campeão de sua Divisão e acabamos com quem deve ficar no vergonhoso último lugar. E é vergonhoso mesmo, afinal ser o pior time da Divisão Central significa que o time fede tanto que não há mais motivos para viver. Se você é torcedor de algum desses times, prepare o calmante e vamos lá!


Detroit Pistons

Motivos para assistir:
O jogo coletivo e a enorme quantidade de estrelas (ou aspirantes a estrelas, depende de pra quem você pergunta) é sempre um tesão e um motivo indiscutível para ver o Pistons jogando. E se todo mundo já está de saco cheio de assistir sempre ao mesmo Pistons chutando traseiros, jogando do mesmo modo e eventualmente perdendo o ânimo pela vida em pleno tédio da temporada regular, esta é a temporada para voltar a acompanhar a equipe. O técnico Michael Curry acabou de assumir o posto, prometeu mudar um pouco o estilo de jogo da equipe, enfiou o Rasheed dentro do garrafão e prometeu mais de 30 minutos por partida para o reserva Rodney Stuckey, que está andando sobre as águas e multiplicando pães na pré-temporada. Além disso, colocou o McDyess no banco junto com Jason Maxiell e proclamou a "estrela de treinos" Amir Johnson como titular. Por enquanto não rendeu nada, mas não há muita cobrança, já que o banco é profundo, e ele terá tempo para provar seu valor.

O mais importante para o Pistons ser um time delicioso de ver nessa temporada é o ânimo da equipe. Toda vez o Pistons fica entre os líderes do Leste e se lasca nos playoffs, tudo com o mesmo elenco e as mesmas premissas táticas. Fica difícil para eles próprios levar a temporada regular a sério, todo mundo boceja e os jogos são completamente mornos. Com as pequenas mudanças e um técnico severo a quem os jogadores respeitam, o Pistons deve entrar com vontade, liderar a porcaria do Leste e garantir que nada vai sair errado dessa vez.

Motivos para não assistir:
Talvez as mudança não sejam o bastante para injetar ânimo no Pistons e eles continuem aquele time de saco cheio, cochilante, com cara de quem está fazendo exame de próstata ao invés de jogar basquete. Aquele Pistons defensivo e desanimado não é das coisas mais divertidas de se ver no mundo, e garanto que vai ter coisa muito mais legal para assistir lá no Oeste. Salvo os grandes clássicos contra o Celtics ou o Cavs, por exemplo, dá para passar batido pelo Pistons e esperar o momento em que eles tentam jogar de verdade, que é quando os playoffs começam.

Outra coisa: Kwame Brown. Não que ele seja tão ruim assim, mas é que suas limitações são muitas, seu psicológico é digno do Charlie Brown (o personagem das tiras, não a banda do Chorão) e não dá pra levar a sério um time disposto a lhe dar uma chance. Quando o Kwame entra em quadra, o jogo parece uma piada e será um ótimo motivo para mudar de canal e deixar o Pistons pra lá.


Cleveland Cavaliers

Motivos para assistir:
Daniel Gibson. Ele é um dos jogadores mais sensacionas da... rá, é claro que eu estou brincando! Pegadinha do Mallandro, glu glu glu, olha pra câmera lá, rapá! Se existe um motivo nesse Universo para assistir a porcaria do Cavs jogar, esse motivo é LeBron James. Não me importa se você é um odiador do sujeito, se continua achando que ele é superestimado, se acha que ele deveria acabar com a fome na África antes de se comparar ao Jordan. O que interessa é que qualquer jogo com LeBron James é interessante simplesmente porque ele pode surtar a todo momento e vencer a partida sozinho.

O resto do elenco de apoio é questionável, o esquema de jogo é excessivamente defensivo, mas LeBron já provou que, em seus melhores dias, pode pontuar de qualquer lugar da quadra e penetrar no garrafão mais fácil do que seria na Bruna Surfistinha. Além do mais, todo ano o Cavs faz alguma coisa para mudar o elenco, na esperança de entregar para LeBron um time capaz de finalmente ganhar um anel. Trata-se de um time sempre em transformação, em constante metamorfose, e dessa vez o novo membro é Mo Williams. Ver como um dos maiores fominhas da NBA vai se sair ao lado de LeBron é imperdível, quer dê certo, quer não.

E se você curte ver um brasileiro (como se andar pelas ruas não fosse o suficiente), o Varejão teve uma boa pré-temporada e tem tudo para ter um papel importante no time. Com o bônus de que a qualquer momento uma família de anões pode sair do seu cabelo reclamando que cortaram a água encanada, o que certamente será um barraco interessante.

Motivos para não assistir:
Um time puramente defensivo, de ataque estático e que ganha jogando feio. Precisa de algum motivo a mais para fugir? O time é cheio de peças interessantes que não combinam e está sempre fazendo trocas simplesmente pela graça da coisa, sem nunca tentar (e sem nunca conseguir) montar um time coerente e coeso.

Algumas pessoas gostam do novo ingrediente do bolo, o Mo Williams, e ele é um jogador em que todo mundo deveria realmente dar uma olhada. Quando jogava no Bucks, ficava difícil ver o sujeito em ação, porque assistir ao Bucks sempre significa que você está levando seu vício por basquete longe demais. Agora, no Cavs, é uma chance de analisar o Mo Williams de perto. Mas acredite, ele parecerá bom a princípio e, em um punhado de partidas, se transformará num grande motivo para não assistir ao time nunca mais. Sua abordagem do jogo é enervante, dá dor de estômago e o LeBron vai querer esganar o cara em 15 minutos. Ele corre com a bola, o que supostamente seria a tática ideal para o Cavs (que sempre achei que deveria jogar no contra-ataque), mas ele é destrambelhado e não sabe ler o jogo, arremessa quando dá na telha e enlouquece os fãs. Afaste-se.


Chicago Bulls

Motivos para assistir:
Derrick Rose. Eu sei, defendi desde o princípio que o Bulls fez uma cagada draftando o garoto no lugar do Beasley, aloprei as atuações medíocres no rapaz nas Summer Leagues, falei que ele comia meleca de nariz. Mas não é nada pessoal com o garoto, eu é que sou muito chato. Na pré-temporada o Derrick Rose teve atuações dignas da estrela que se tornará, mostrando maturidade e um poder mutante de adentrar o garrafão quando bem entende que lembra muito seu colega de profissão, Chris Paul. Embora o Bulls esteja com aquele cheiro de novela do SBT (você até vê as boas intenções, mas sabe que vai dar muito errado), o Rose tem tudo para dar muito certo. E não tem coisa mais bacana do que acompanhar uma futura grande estrela da NBA desde seu primeiro jogo, assistindo de camarote ao seu desenvolvimento. Para os que viram o LeBron evoluindo seu jogo desde o começo, a sensação de vê-lo jogar agora é incrível e as histórias para contar para os netos se avolumam. Os que viram o Jordan começando sua carreira na NBA, por exemplo, têm bilhões de histórias para contar pros seus bisnetos.

Esse ano veremos trocentos novatos que renderão histórias quando você for velho, então será preciso um bom planejamento para manter sempre um olho em cada um deles. Certifique-se de que o Derrick Rose receba atenção especial.

O resto do time também não é de se jogar fora, com muita gente jovem, talentosa, descontraída, disposta a muita azaração! Vale a pena ver como o armador Kirk Hinrich vai se acostumar com seu novo papel, já que Rose assumiu sua antiga função, como Luol Deng vai produzir depois do seu novo contrato giga-milionário, que espaço será dado para Nocioni, como será o desenvolvimento do garrafão "fede-mas-há-esperança" de Tyrus Thomas e Joaquim Noah. Mas o mais divertido para os Nelson Rubens da vida será analisar a situação do Ben Gordon, que tentará mostrar que é o governante da Terra para garantir um contrato na temporada que vem, já que dessa vez ninguém deu bola para o moçoilo.

Para finalizar, tem também o técnico com nome de estrela de luta-livre, Vinny Del Negro, que é um técnico novato e, portanto, você sempre vai querer ver ele fazendo merda para criticar na frente dos seus amigos.

Motivos para não assistir:
O Bulls da temporada passada era um pesadelo de se assistir. Todo mundo ficava atrás da linha de 3 pontos arremessando como malucos, num estranho caso clínico de "fobia de garrafão". Tirando o Drew Gooden, que é um bom jogador mas que não dá pra levar muito a sério, ninguém ainda é especialista em jogar perto da cesta. Se o Derrick Rose feder por uns tempos, o que é até bem normal para novatos, acredito que não deve haver muita melhora na equipe. O técnico novo deve levar um tempo para compreender do que se trata esse tal de basquete, e para construir um modo de jogo que mude realmente a cara do Bulls vai demorar bastante. Ou seja, tudo leva a crer que, principalmente no começo da temporada, aturar os jogos desse time vai ser pior do que aula de Química. Para os desbravadores do desconhecido (também conhecidos como "aqueles que não tem bom senso"), aconselho sempre se certificar de que o Derrick Rose está saudável e vai jogar antes de escolher um jogo do Bulls.


Milwaukee Bucks

Motivos para assistir:
Um estranho fetiche por veados roxos, talvez? Bem, talvez exista algo que realmente possa me fazer dar uma olhada no Bucks, e trata-se do "Complexo de Zach Randolph". Lembra quando o Blazers fedia e o Randolph era uma grande estrela com seus 20 pontos e 10 rebotes de sempre, mantendo a bola em suas mãos o tempo todo? O Blazers então teve os bagos necessários para mandar sua estrela embora e, como mágica, o time melhorou instantaneamente de rendimento. Com o Bucks, não aconteceu exatamente isso, afinal a estrela da equipe é Michael Redd, que continua por aquelas bandas. Mas acontece que a bola mal fica em suas mãos, ele é um arremessador, alguém deve armar o jogo para seus arremessos, e o Mo Williams se tornou uma espécie de estrela na temporada passada com números surpreendentes de pontos e, até, de assistências. Trocado para o Cavs, agora Mo Will pode levar seus bons números para Cleveland e, se o "Complexo de Zach Randolph" entrar em ação, o Bucks deve melhorar sua produção. Luke Ridnour é facilmente o pior defensor mano-a-mano da NBA e o Ramon Sessions não consegue acertar arremessos, mas mesmo assim são armadores muito mais voltados para a equipe. Por motivos científicos, talvez seja legal ficar de olho.

Mandar o Yi Jianlian embora para o Nets também é um bom sinal. O Bucks ficou famoso por ser o time que só contrata os jogadores que não querem jogar por lá, e o Yi Jianlian era prova viva, quase que o chinês desiste de jogar na NBA só porque não queria ir parar em Milwaukee. Melhorar o clima da equipe costuma melhorar os resultados, o ala Richard Jefferson tem tudo para se tornar uma estrela com mais responsabilidades nas mãos e talvez o time nem fique em último no Leste.

Motivos para não assistir:
Ter uma vida. Vá ler um livro, leve o cachorro para passear, saia com a namorada, conte os azulejos da cozinha, estude a presença da dialética hegeliana na evolução dos videogames pós-Tetris. O Bucks fede, deve continuar fedendo por um bom tempo, e só deve receber qualquer atenção se o Michael Redd começar a fazer 50 pontos por jogo, Richard Jefferson dominar as partidas e o Ramon Sessions voltar aos números do fim da temporada regular, em que tinha por volta de 15 assistências de média. Mas veja bem, tem que acontecer as três coisas ao mesmo tempo, e constantemente, para que você tenha razões para sair de sua hibernação e ir acompanhar os roxinhos.


Indiana Pacers

Motivos para assistir:
Ser masoquista. O Pacers até deu sinais de que não seria uma tortura completa na temporada passada, mas agora o plano é jogar tudo fora e começar de novo. Time começando de novo é um sofrimento para acompanhar, é melhor ignorá-los por alguns anos, fechar os olhos e torcer bastante para que eles se tornem o novo Blazers (segundo "O Segredo", funciona).

O time até tem seus atrativos, veja bem. O armador TJ Ford corre pra burro e costuma sempre ter umas jogadas espetaculares, o "Granny Danger" cheira a estrela, o Mike Dunleavy vem da melhor temporada de sua carreira e talvez realmente seja o próximo Larry Bird, só que com dengue e duas mãos esquerdas. Mas se você realmente quer um motivo para dar uma espiada no Pacers, eu apontaria o Roy Hibbert. Ele é o pivô novato que surpreendeu todo mundo chutando traseiros na pré-temporada, e pivôs bons definitivamente não nascem em árvores. Acompanhar a evolução dele deve ser divertido.

Outra coisa: as cheerleaders do Pacers estão entre as mais maravilhosas da NBA. Quase coloquei o time em primeiro da Divisão só para poder colocar uma foto delas no topo do post. Então, se você estiver na seca, pode assistir ao Indiana Pacers e ignorar o jogo, prestando bastante atenção nos intervalos.

Motivos para não assistir:
Ter amor pela vida. Acompanhar uma equipe em que os pivôs são o Nesterovic, o Jeff Foster e um novato? Uma equipe sem estrelas, sem conjunto, sem objetivo? Um experimento fracassado que tentou se livrar de todos os jogadores bons mas "problemáticos" e montar um mosteiro de frades franciscanos que não vão ganhar uma partida sequer?

O Leste é uma porcaria e eles até podem ter alguma chance se evoluírem muito num ritmo absurdo, se despertarem o Sétimo Sentido e começarem a se mover na velocidade da luz. Fora isso, devem ser os últimos colocados não apenas da Divisão, mas de toda a Conferência. Vergonha.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Filtrando a pré-temporada

Pré-temporada é hora de dar atenção para o Ryan Gomes mesmo não sendo a mãe dele


Como o Danilo disse antes de ontem, começou a pré-temporada da NBA! E é motivo de festa? Por um lado sim, porque significa que estamos perto da temporada regular, e por outro lado não, porque não quer dizer lá tanta coisa.

Mas como não tem mais nada acontecendo no mundo, vamos falar de pré-temporada. Até me falaram que tá rolando algo por aí como uma grande crise econômica de dimensões astronômicas, mas acho que nem deve ser nada, então não há nada mais importante que a pré-temporada da NBA para comentarmos.

Até agora foram poucos jogos, só quatro, o negócio começa pra valer mesmo hoje, com mais cinco. Hoje tem a estréia do Greg Oden no Portland, conta o Kings, e a do Ron Artest no Houston, contra o Grizzlies, o que significa que tem estréia do OJ Mayo também.

Mas a pergunta que não quer calar é: mesmo não acontecendo mais nada no planeta, por que dar importância para a pré-temporada? Por que não ocupar esse mês no blog fazendo uma eleição da apresentadora de TV mais gostosa do Brasil?

Primeiro porque a Diana Bouth ia ganhar fácil, depois porque temos muito o que aprender com a pré-temporada. O segredo é saber no que prestar atenção e o que você pode ignorar. Vou explicar usando como exemplo os quatro jogos que já aconteceram.

Ontem, o Atlanta Hawks venceu o Orlando Magic e daí já podemos tirar a primeira lição: não importa quem ganha o jogo. Os técnicos estão testando sistemas, colocando jogadores em teste e os titulares só jogam um pouco para ganhar ritmo, então o placar é o de menos. Mas nessa vitória vimos que o Maurice Evans, contratação nova do Hawks, marcou 17 pontos e o Acie Law fez uma partida impecável com 20 pontos, 4 assistências e 5 rebotes.

O Acie Law era uma grande promessa antes do draft do ano passado mas fracassou na sua temporada de novato. Mesmo sendo um caso raro (atualmente) de jogador que jogou os 4 anos de faculdade, ele parecia um menino em quadra, todo perdido procurando a mãe. Ver uma estréia tão boa dele pode ser sinal de que ele está tomando jeito. Mas uma coisa importante em pré-temporada é que tudo pode ser mentira, é importante ficar de olho mas não se enganar achando que tudo vai se repetir na hora da verdade.

O caso do Maurice Evans é mais interessante porque ele foi dispensado pelo Magic e pareceu realmente magoado em sua entrevista após o jogo, mas eu acho que foi melhor pra todo mundo essa mudança. Com ela, o Evans foi para um lugar onde ele tem muito espaço. Com a saída do Childress, o Evans é, junto com o Law, o principal reserva do Hawks e pode ser reserva imediato do Joe Johnson, Marvin Williams e até do Josh Smith.

Para o Magic foi bom porque abriu espaço (junto com as saídas do Dooling e do Arroyo) para assinar o Anthony Johnson e o Mickael Pietrus, que é uma dupla melhor do que os dispensados. Ontem, aliás, o Pietrus foi titular e deve continuar assim quando começar a temporada. Ele é um bom defensor (nada Bruce Bowen, mas é bom) e sabe meter seus arremessos. Mas pelo o que vimos ontem, o Stan Vun Gundy está disposto a finalmente dar uma chance para o JJ Redick. Segundo alguns, o Redick é o melhor arremessador do mundo (não é o Damon Jones, desculpe) e tá todo mundo esperando ele pelo menos entrar em quadra. Ontem ele jogou 20 minutos e fez 12 pontos, como seu contrato está acabando o Magic deve botar ele mais em quadra para ver se vale a pena manter ele por lá.

O outro jogo de ontem foi Wolves e Bucks. No placar o Wolves trucidou o Bucks, mas o que mais chama a atenção ao ver os números do jogo é ver que o técnico do Wolves colocou o Mark Madsen (sim, o branco que dançava no banco do Lakers) ao invés do Kevin Love. Como era previsível, o Madsen jogou mal e o Love jogou bem. Dá pra esperar uma escalação com Foye, Mike Miller, Ryan Gomes e Al Jefferson como ontem, mas com o Love completando o quinteto. É um time pra se respeitar, com jogadores bons em todas as posições embora ainda provável antepenúltimo colocado no Oeste. Um antepenúltimo respeitável, digamos assim.

Pelo Bucks não deu pra esclarecer a minha maior dúvida, que é quem será o armador titular. Ontem foi o Ramon Sessions, que jogou 35 minutos de jogo, mas o Tyronn Lue e o Luke Ridnour não estavam em condição de jogo e nem entraram, ou seja, falta de opção. Já vi gente dizendo que o Ridnour provavelmente é titular e o Sessions tem a pré-temporada pra provar que merece a vaga. Ontem, porém, não foi um bom começo, foram 6 assistências, 5 turnovers e apenas 3 arremessos certos em 11 tentados.

O que deu pra ver no Bucks é o que o banco deles é terrível em talento mas ótimo em Força Nominal. Ontem tinhámos Luc Mbah a Moute e o terrível Kevin Kruger. Entenda o "terrível" como quiser.

Antes de ontem, quem fez sua estréia foi o Pistons. Em geral o Pistons é um time que ignoramos durante a pré-temporada porque são os mesmos jogadores, o mesmo elenco, o mesmo técnico e o mesmo esquema de jogo. Mas nesse ano é diferente, tem técnico novo, o Michael Curry, que disse que quer explorar mais o Rasheed embaixo da cesta e mais do que isso, o time tem um novo titular: Amir Johnson.

A pré-temporada é o momento de ver como começa a aventura do pivete que sempre impressionou todo mundo que via ele jogando as partidas já ganhas do Pistons. O Curry adorou ele e resolveu dar uma chance pra ele de titular. Mas o começo foi digno de seu reserva, o Kwame Brown. Amir jogou 18 minutos e fez apenas dois pontos e 5 faltas. Mas espere ver mais do Amir Johnson na pré-temporada, ele é a grande atração do Pistons até a temporada começar.

O Pistons jogou (e perdeu na prorrogação) com o Heat. No time do Miami a expectativa, claro, era pra ver como se sairia o Michael Beasley. E o novato não decepcionou. Na semana em que ele deu uma de Derrick Rose e disse que quer ser MVP da liga no seu ano de novato, ele foi o cestinha do time e fez 16 pontos. Na disputa para ser armador titular, quem saiu na frente foi o Chris Quinn, escolhido para iniciar nesse primeiro jogo. Mas ele fedeu um bocado, errando 6 dos 7 arremessos que tentou. Seus reservas, Mario Chalmers e Marcus Banks, não foram muito melhores. Sobra para o Heat torcer para que o talento do novo contratado Shaun Livingston não tenha ido embora com metade do seu joelho naquela contusão de dar medo.

Na luta pela posição de pivô, o Magloire está dando adeus à sua carreira ao conseguir ser uma opção pior que o Mark Blount. E um dado interessante sobre o Magloire: ele não tem 75 anos.

E finalmente tivemos o Hornets enfrentando o Warriors. A única novidade no Hornets é o James Posey, que jogou bem mas que foi contratado para ser decisivo nos playoffs, não agora e nem na temporada regular. Entre um jogo de pré-temporada do Hornets e almoço na casa da sua tia, pode ir comer bolo de nozes na casa da sua tia sem traumas.

No Warriors sem Baron Davis, era de se esperar que alguém chamasse a responsa para armar o jogo e dar as assistências que o Baron daria. O Monta Ellis não pode ser porque ele caiu da lambreta e torceu o pé, a tarefa então ficou nas mãos do CJ Watson, que jogou bem mal e não deu nenhuma assistência sequer. Seu reserva, o Marcus Williams, foi melhor, mas também mal. No fim das contas o lider em assistência do time não foi um armador, mas sim o debutante da noite, o Ronny Turiaf, com 7 assistências (além de 7 rebotes e 6 pontos!). Como o Warriors é imprevisível de um jogo para o outro, é bom nem levar muito em consideração o que acontece no primeiro jogo da pré-temporada, mas acredito que o Turiaf, pelo seu estilo veloz e agressivo, se dará bem no Warriors como já se deu na sua estréia.

Acabando o texto num estilo clássico do maior escritor do Brasil, Voltaire de Souza: assistir pré-temporada de NBA é como ouvir mulher falar, você pega o que interessa e ignora a maior parte.


Nota:

Voltando aos bons tempos de temporada onde sempre tem alguma notícia tola para ser comentada: o técnico do Heat, Eric Spoelstra, está provando que é realmente o técnico mais jovem da NBA. Ele distribuiu para os jogadores um iPod Touch com todo o livro de jogadas lá dentro para visualização.

O livro que os jogadores tinham que ver antes tinha (ou melhor, tem, porque não foi extinto) 300 páginas de jogadas e variações. Mas o iPod não é presente, é do Miami Heat e quem for trocado precisa devolver e se perder tem que pagar uma multa equivalente a quase dez vezes o valor do iPod. O Udonis Haslem disse que o Spoelstra deixou até colocar música lá dentro, só não vale apagar as jogadas pra caber mais música.

E o Haslem, todo malandrão, ainda deixou uma piadinha com um ex-companheiro mais vovô:
"Se o Alonzo Mourning ainda estivesse aqui a gente ia ter que dar um manual junto com o iPod pra ele conseguir usar. Ele ainda usa beeper."

sábado, 31 de maio de 2008

Confronto merecido

Ganhar o Leste é fichinha pra quem jogava playoff no Oeste pela porcaria do Wolves


A gente merecia, né? Dois grandes jogos, um para fechar a Conferência Oeste e, ontem, um para fechar a Conferência Leste. Nada de lavada dessa vez, nada de jogo fácil ou de tanta emoção quanto o Duncan colecionando selos. A última partida entre Pistons e Celtics foi a partida que nos lembraremos dessa série para sempre, em que os dois times se legitimaram como verdadeiros merecedores de estar numa final. E o Boston, depois da vitória de ontem, vai enfrentar o Lakers como o real merecedor da honra.

Depois de falar tão mal do Celtics nesses playoffs, não vou fazer um soneto de amor para o time só porque eles ganharam o Leste, mas vou admitir que eles são realmente a equipe que nos dará a melhor final da NBA possível. O time vive de altos e baixos, mas os altos são realmente altos. Naqueles raros momentos em que o Celtics está passando a bola na medida certa - nem de menos, nem demais - e os arremessos estão caindo, em que o elenco mantém a agressividade nos dois lados da quadra, eles formam de verdade uma potência a ser batida, alguém que encarará de igual para igual o Los Angeles Lakers. Se tivermos sorte, esses momentos de pico no Celtics vão durar bastante para que tenhamos duelos épicos. Se tivermos azar, o Boston afundará novamente num ataque passivo, que vive de isolações, em que os arremessos de 3 pontos não caem, com uma defesa que não acerta uma rotação sequer e com reservas que ora entram e contribuem, ora vão na padaria comprar um cigarro pro técnico Doc Rivers. São essas duas faces do Celtics que me preocupam e que podem comprometer o espetáculo. Tudo que eu quero são confrontos disputados, de alto nível, que levem a um Jogo 7. É pedir demais, Papai Noel? Não custa te lembrar que você ainda está me devendo uma Alinne Moraes, que eu pedi ano passado e ainda não chegou.

Eu também queria um Jogo 7 entre Pistons e Celtics, confesso, mas fiquei feliz com o nível da partida de ontem e com a possibilidade de que aquele Boston seja a regra - e não a exceção - nas Finais. Mas proponho, já que não teremos NBA até quinta-feira que vem, que a Liga faça uma melhor de 5 jogos apenas entre Kevin Garnett e Rasheed Wallace. O confronto entre os dois ontem foi simplesmente insano e eu estava apenas esperando um deles puxar a faca. A marcação de um no outro foi muito, muito intensa, até o limite do que pode ser considerado falta. A brincadeira estava tão divertida que por vários minutos passei a ignorar o resto do jogo, me focando apenas nos dois batalhando por posição no garrafão. Por várias posses de bola consecutivas, tanto Garnett quanto Sheed não tocavam na bola durante o ataque, já que o outro não permitia - negando espaço no garrafão, tomando a frente, desviando os passes. Os times começaram a ignorar os dois lá, já que um anulava completamente o outro. É como dois Cavaleiros de Ouro que se enfrentam: seus poderes se anulam e a batalha durará 1001 dias, ou algo assim. Sempre achei o conceito legal mas nunca entendi porque as batalhas do desenho sempre duravam no máximo uns 2 episódios.

Com os times cuidando das suas vidas e deixando o pau comer solto entre KG e Sheed, a coisa estava satisfatória para ambas as partes. Até os juízes se meterem no meio. Marcaram uma falta do Rasheed Wallace que não fazia sentido, levando em conta tudo que estava acontecendo entre os dois o tempo todo, na quadra inteira. O Sheed foi à loucura, xingou pra burro, ainda que tomando uma falta técnica fosse ficar de fora de um possível Jogo 7. A narração gringa da ESPN criticou muito o Sheed por não calar a boca, mas não é difícil entender o lado dele, já que a marcação da falta foi aleatória, inconsistente e, pior: acabou com a brincadeira. Do outro lado da quadra, os juízes compensaram marcando uma falta em KG e com isso, em segudos, a disputa entre os dois não tinha mais credibilidade, não dava pra saber se eles podiam ou não continuar com o nível de intensidade, os dois começaram a perder minutos com o excesso de faltas e antes que pudessemos falar "paranguaricutirimirruaru" o Sheed perdeu completamente o controle. O jogo havia se tornado uma daquelas besteiras típicas da arbitragem se metendo demais, o Pistons precisava desesperadamente de uma vitória, Sheed sabia que a NBA (e o mundo) queriam ver o Celtics na Final e, pra piorar, nenhum de seus arremessos entrava. A partir daí Sheed se perdeu e quando voltou a ser eficaz de costas para a cesta, no final do jogo, já era tarde demais. Apesar de ter virado o jogo, o Pistons perdeu a liderança no único momento em que não havia mais tempo de correr atrás.

Mais uma vez, muito do mérito do Celtics vai para os coadjuvantes. Quando o time passa bem a bola, ao invés de isolar Garnett e Pierce e rezar para que os arremessos contestados de Ray Allen caiam, sobra muito espaço para o resto do elenco contribuir. Na noite de ontem, a contribuição foi mais defensiva do que qualquer outra coisa. Perkins teve mais uma partida sólida na defesa do garrafão e James Posey não apenas converteu os arremessos na hora certa como também se saiu muito bem na marcação de Billups e garantiu um roubo de bola no minuto final que selou a partida. Ainda me lembro quando o Posey era o melhor jogador daquele "o pior Denver Nuggets de todos os tempos" (que tinha o Nenê novato como titular ao lado de Juwan Howard, o cestinha, e os finados Vincent Yarbrough e Rodney White na armação) em que ele era um grande talento no ataque, disputado por várias equipes da NBA. Nas mãos de Doc Rivers, virou esquentador de banco, assim como o Leon Powe que perde espaço na mesma proporção em que joga cada vez melhor. Mas são eles que, quando contribuem, mantém o Celtics sólido na defesa, consistente no ataque, e deixam as estrelas brilharem.

Rajon Rondo sempre salva um jogo ou outro e muito do sucesso do Celtics acaba nas mãos dele porque ele é sempre o jogador que é deixado livre durante as marcações duplas. Seu nível de agressividade e sua pontaria têm uma importância tão grande no jogo que é complicado pensar que ele acabou de sair das fraldas. Ainda assim, gostaria que ele fosse mais agressivo e fosse com mais frequência para cima da cesta. É muito comum um contra-ataque puxado pelo Rondo ser abortado porque ele não tem culhão de bater para dentro, apenas pára e coloca a bola nas mãos de outra pessoa. Eu sei, se ele fosse para a cesta e errasse, todo mundo cairia matando, eu até entendo. Por enquanto, ele continua comendo pelas beiradas, mas não há dúvidas de que ele será grande um dia. Armador principal, excelente reboteiro, bom nas assistências e com um arremesse bem mequetrefe - é tipo um Jason Kidd que caiu da escada.

Torço para ver Powe, Cassel, Rondo e Posey tendo grandes atuações contra o Lakers, tudo em nome de um grande espetáculo. Vamos esperar ver um time consistente que aprendeu com os erros do passado (por passado, entenda a semana passada) e que esteja disposto a lutar para valer contra Kobe e seus amigos ao invés de se contentar com o título do Leste. Se depender do Garnett, que sequer sorriu com a vitória de ontem, o troféu do Leste vai ser tacado na privada ou então enfiado na orelha de quem se der por satisfeito com ele. O anel de campeão da NBA é o que importa para o Garnett e o que aconteceu até agora foi só aquecimento. Eles terem jogado 7 partidas contra o Hawks foi só pra treinar uns arremessozinhos, sabe como é.

Do lado dos perdedores, torço para que exista muita calma. Sei que deve ser complicado para o Pistons chegar pela zilionésima vez na Final do Leste, perder e ter que começar tuuuudo de novo na temporada seguinte, com aquele ar de "mas que puta tédio, não podemos pular para os playoffs logo de uma vez?". Mas eu confio no Detroit para encarar o tédio e tentar de novo por mais uns 2 ou 3 anos, até que não seja mais tão fácil chegar lá no topo. Até lá, rezo para que o elenco seja mantido, que o Rasheed não seja crucificado por amar demais o jogo, e que talvez eles consigam um técnico que dê mais minutos para Rodney Stuckey, Jason Maxiell e Amir Johnson. Porque eu, pra variar, não consigo entender porque o Maxiell comanda num jogo, sequer entra no outro, o Stuckey passa de titular para garoto da água, e o Amir Johnson sequer entra em quadra enquanto o Ratliff "Mutombo cover" ganha minutos importantes. Doc Rivers, Flip Saunders, Rick Adelman, são todos técnicos famosos e eu sou só um blogueiro na terra do futebol e do samba, eles devem ter razão e eu sou muito burro. Muito. Burro.

Fique colado no Bola Presa nessa semana enquanto esquentamos os motores para a grande final entre Lakers e Celtics, incluindo o novo template para comemorar o confronto tão antecipado. Além disso, colocaremos nossas primeiras previsões para o próximo draft e nossa tradicional coluna de perguntas e respostas "Both Teams Played Hard". Não percam!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

"Both Teams Played Hard"

Saia de baixo, Rasheed Wallace está de volta e não está contente


Estamos de volta mais uma vez com a coluna "Both Teams Played Hard" (também conhecida como BTPH para os mais íntimos), o único post semanal do mundo que quase nunca aparece há cada 7 dias. Esse é o espaço para você fazer aquelas perguntas cabeludas que teria vergonha de fazer para os seus pais, ou então falar sobre aquelas trocas absurdas que surgem na sua cabeça sem o medo de que seus amiguinhos que acompanham basquete fiquem te zoando. Aqui a gente vai te zoar, claro, mas pelo menos você pode usar um daqueles apelidos idiotas de internet e ninguém vai saber que o fracassado aloprado é você. Então entre no clima do maravilhoso anonimato da internet e venha receber respostas que deixariam o titio Sheed orgulhoso.

Nessa semana, mais gente inconformada com o Nuggets, um "separados no nascimento" relâmpago, perguntas estranhamente pessoais sobre esses que lhe escrevem, e gente já querendo colocar o Greg Oden na fogueira. Comente as respostas, mande suas dúvidas, peça uma lista com os melhores filmes da Sylvia Sailnt. Respondemos tudo semana que vem, pelo menos é o que dizemos porque pegaria mau para o marketing dizer que a gente responde só quando dá.

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caioJF:
cara queria saber realmente pq vc pega tanto no pe do alston se tratando de armador,nao acho ele tao ruim assim quando o juwan howard estava no houston haviam jogadas dos dois q sempre eram pontos faceis e garantidos e po!o cara e da and1 ta ligado?vc acha q e facil ter carreira como peladero e jogador profissional?

Danilo:
Bem, eu pego no pé do Alston porque torço para o Houston e queria que apenas jogadores munidos de cérebros jogassem por lá. Piadas à parte, o Alston não é horrível mas ele é o tipo de jogador que pode te levar à loucura. O talento está lá, claro. Como você bem disse, ele é o legendário "Skip To My Lou", uma das maiores lendas da And1. Ele tem os dribles, a velocidade, os passes, a visão de quadra. No entanto, como todo bom streetballer, o que ele não tem são os fundamentos: lances livres, defesa e principalmente a capacidade de tomar boas decisões. Se deixassem ele escolher entre dar um passe para um companheiro livre ou enfiar a própria cabeça dentro da boca de um crocodilo, Rafer Alston ia ficar em dúvida.

Vamos acompanhar brevemente um pequeno momento típico de Alston em quadra. Alguém pega o rebote, passa a bola para suas mãos e Skip sai correndo para o ataque. Às vezes ele simplesmente pára na linha de 3 e chuta, matando todos os texanos do coração. Mas em geral ele pára, bem comportado, e passa a bola para o lado, sem nenhuma criatividade ou culhão. Temos que compreender que Rafer Alston passou por muito preconceito para chegar à NBA pelo fato de ter jogado na And1, então ele sempre quis provar que pode deixar os dribles de lado e jogar "controladamente". O resultado é uma total falta de coragem ou agressividade. No entanto, sua passividade foi muito criticada em seus anos de Houston Rockets, em que sempre ameaçavam trazer um armador que soubesse arremessar. O resultado é que o Skip passa a bola para o lado, covardemente, e assim que a bola lhe voltar às mãos ele invariavelmente irá arremessá-la, tentando mostrar serviço. É de enlouquecer, sua pontaria é fraca e seu talento é muito desperdiçado. Recentemente ele anda batendo mais para dentro do garrafão, infiltrando mais nos contra-ataques, e vem com isso sendo mais eficiente. Mas em geral ele é destrambelhado, arremessa demais e não acrescenta nada ao time. O novato Aaron Brooks, até quando joga mal, traz uma outra velocidade e atitude ao time.

Como eu pego no pé do Alston desde os seus tempos inexpressivos no Miami Heat, você pode concluir que é perseguição e ignorar o que eu estou dizendo. Mas se um dia o Skip for pro seu time, você entenderá o que estou dizendo. Mas que fique claro que pego no pé dele porque sou chato e metido a engraçadinho, entendo os problemas que o Alston passou pra chegar onde está e tenho muita dó dele quando, em atuações boas e ruins, o Houston insiste em continuar contratando outros armadores mequetrefes para o seu lugar.

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Felipe:
Meninos, qual a sensação de vocês em um certo dia acordarem e publicarem um blog sobre NBA de forma totalmente despretenciosa e no outro serem bajulados e venerados como bons escritores (o que jamais foram ou serão um dia) e formadores de opinião? Vocês acham isso válido? Acham que isso os levará a algum lugar? Ah! Parabéns, adoro os posts de vocês! Vocês escrevem suuuper bem!

Danilo:
Ah, a magia de sermos blogueiros bajulados, formadores de opinião, venerados pelas crianças, desejados pelas mulheres e invejados pelos homens. Mas se isso é válido? Depende. Você vai depositar qualquer quantia na minha conta bancária? Não? Então pro inferno com essa merda de formar opinião. Bah.
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João Carlos:
Eu tenho uma dúvida. O GM do Seattle Supersonics da década de 80/90 (não sei se ainda é o mesmo) come merda no almoço? Ele escolheu Scottie Pippen na 5ª posição e o trocou por um pivô que era o terceiro reserva de Shawm Kemp! O que o Seattle faria com um time Payton - Pippen - Kemp?? Que ridículo!

Denis:
Cara, isso faz mais de 10 anos. Acho que tá na hora de superar. Mas se faz você se sentir melhor, acho que todos aqui concordamos que foi uma troca de merda, como a que ele comia no almoço. Se você é torcedor do Sonics, pense que agora vocês têm um time que ganha dos dois últimos finalistas da NBA na mesma semana.

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leonardo:
sou torcedor do denver nuggets, mas eles tao fedendo muito ultimamente, apesar de estarem alternando entre 7º e 4º lugar com o portland. assisto quase todos os jogos e vejo que o time só se salva por causa dos talentos individuais, nun tem tática nenhuma, eh bola no melo ou no iverson e vamo ve oq q dá...diferente do hornets, spurs, suns e (apelei)warriors(pelo menos a tatica deles da certo, meter o maximo de bola de 3 possivel e ganhar alguns jogos) vocês acham que trocar de tecnico seria uma boa opção,pq george karl parece que nem treina esse time, manda eles raxarem e pronto... ele foi um grande tecnico no bucks, mas parece que fico velho e desaprendeu a formar um time taticamente, oq vocês acham??

Denis:

Eu sou um defensor da teoria de que o Denver, com o elenco que tem, deveria estar lutando lá no topo do Oeste, e não nas últimas posições dos playoffs. E com um elenco tão bom e resultados não satisfatórios, é difícil culpar outra pessoa que não o técnico. Ele era muito bom no Bucks mesmo mas esse Denver é muito desorganizado, o jogo que eles perderam para o Lakers com mais de 50 pontos do Iverson foi patético.

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eric:
1- no que vcs trabalham?
2- Será que sabem me explicar pq flip saunders ainda não foi pra bem longe de detroit? pq, por favor, o cara só faz merda! o problema do ''banco amaldiçoado'' do pistons seria ele a causa? e

3- será q amir johnson vai ter mais q 15 min(me admirei no jogo contra o sixers)em quadra?


Denis:
1 - Eu sou massagista e o Danilo é um estagiário numa biblioteca.

2 - Eu não sou muito fã do Flip Saunders, ano passado quando ele não usava o Webber no quarto período ele me tirava do sério. E já ouvi dizer em vários lugares que os jogadores do Pistons muitas vezes decidem eles mesmos o que fazer e ignoram ele, coisa que dava briga na época de Larry Brown. Mas não tenho certeza se isso acontece, só ouvi dizer.

Danilo:
2 - Também ouvi dizer que só recentemente os jogadores do Pistons se reuniram e decidiram obedecer o Flip Saunders irrestritamente, no que quer que ele ordenasse, porque supostamente perceberam que seria o único jeito deles voltarem a ter chances de título. Mas é só o que diz a lenda, pessoalmente acho que os jogadores deveriam ter percebido é justamente o contrário, que obedecendo o Saunder é que a coisa complica pra eles.

Denis:
3- Antes dessa temporada começar, estavam dizendo que esse ano ia ser o que o Amir Johnson ia estourar na liga. E ele é muito bom mesmo, precisa só de mais espaço. Assim como o Rodney Stuckey, que é um dos novatos mais talentosos desse ano.

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Renzo:
Uma pergunta bem humorada, mas - convenhamos - também com uma certa lógica: DÊNIS E DANILO SÃO A MESMA PESSOA? hehehehe Como o estilo de texto dos dois é bem parecido e praticamente só se sabe quem escreveu cada post ao final ("defenestrado por..."), sugiro uma demarcação mais clara do trabalho de cada um no blog. Escrever o nome do colunista no topo do post já ajuda. O que acham? Abs;

Danilo:
Bem, como resposta, vale o comentário do nosso amigo-leitor Sbub:

"Renzo, discordo da sugestão de colocar o nome do autor no topo do post. É divertido ir lendo e pensando quem foi que escreveu."

Como escrever o nome do colunista no começo do post daria trabalho, vou pegar o que o Sbub disse e dar a desculpa de que "estragaria a surpresa". Então aconselho você a também se divertir fazendo bolão com os amiguinhos tentando adivinhar quem escreveu cada artigo. Além disso, a teoria de que somos a mesma pessoa pode ser verdadeira, talvez seja apenas um caso esquisito de esquizofrenia, e aí não faz diferença mesmo quem escreveu cada post e você pode desencanar disso e dormir tranquilo.

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Charles:
Tem uma explicação pro Jazz, ter o record de 17-3 em casa, (O Spurs tem 18-3) e ter 7-15 fora de casa ? Macumba no Delta Center ? E o Deron Williams fica tristinho fora de casa ? Deve ser por isso que nas previsões classificados pros Playoffs nenhum de vocês (Danilo e Dênis), incluiram eles. Então a briga da 8° colocação deve ficar entre Warriors e Jazz, na minha opnião, e o Jazz ganha tudo dentro de casa, e quem diria, que ano passado aquele caldeirão amarelo do Warriors, funcionou bem mais esse ano eles tem, 12-8 em casa e 14-10 fora, Vai Entender.

Denis:
Se você viu meu post nessa semana mostrando como o Oeste está disputado, você vai perceber como qualquer coisinha pode fazer a diferença na briga pelos playoffs. Então, não ganhar fora de casa pode ser decisivo. E mesmo se o Jazz se classificar, sem mando de quadra e sem vencer fora de casa será um fracasso.

Agora, explicar isso eu não consigo. Tá bom que torcida contra e ginásio desconhecido atrapalham, mas o Jazz leva isso ao extremo. Para o Warriors o segredo é a confiança. Depois dos playoffs do ano passado, eles sabem que podem ganhar de todo mundo, é visível como a postura deles mudou e agora eles entram em todo jogo, em casa ou fora, sabendo que o ataque deles pode vencer qualquer um.

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Philipe:
qual o problema do NETS?é o treinador, o carter, o garrafao do time, do GM(o ultimo prefiriu ir para o sixers do q ficar no nets) ou é comigo, q escolhi esse time para torcer?

Denis:
Assim não dá Phillipe, você já respondeu por nós! Claro que o problema é com quem escolhe torcer pro Nets. Mas veja pelo lado péssimo, o Nets mesmo ruim consegue ir para os playoffs em oitavo. Aí é só tomar uma lavada do Celtics e não ter nenhuma escolha boa no draft do ano que vem!

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Caíque Ferreira:
Vcs acham que Greg Oden pode ser um novo Olowokandi ou Kwane Brown? Ou ele é bom mesmo?

Denis:
Pelo o que eu saiba, ele ainda nem fez seu primeiro jogo na NBA! Isso que é sede de ver o fracasso alheio. Parece a torcida do Corinthians que já tá xingando o Acosta, é só esperar, pô!
E, sério, pelo o que eu vi dele na NCAA jogando por Ohio State, ele parece ser bom mesmo. Se vai ser o novo Bill Russell, Shaq, Alonzo ou só um Chris Kaman, isso eu não sei.

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V. Giannini:
Pau Gasol vive em rumores de troca. Vocês acham que seria bom para o garrafão do Jazz se enfiassem Pau junto com Okur? Será que a química entre eles poderia ser melhor do que a química entre Gay e Pau?

Denis:
Não importa. O Pau está no Lakers e isso é mais importante que qualquer trocadilho. O Kwame que se vire com o Gay!

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Rodrigo Lakers:
Vocês sabem me dizer qual é o parentesco entre o Luis Scola e o Fernandão do Internacional?

Denis:

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Di-W:
Após postar semana passada nesta coluna, tive a infeliz oportunidade de ver um jogo do Knicks com zach, que ainda não havia tido antes. Realmente é um buraco negro em quadra. Balkman é esforçado, se jogasse de 3 seria até mais útil eu acho. Crowford é quase tão fominha quanto zboo e gostei muito do Nate na armação, me lembrou muito o Avery Johnson. Não entendo pq Lee tem tão pouco tempo na quadra, ele será mais um dos talentos que Knicks joga fora?

Denis:
Ontem teve jogo do Knicks na ESPN e acho que deu pra ver perfeitamente como é o Knicks. O Randolph é talentoso até demais mas se recusa a passar a bola, o Nate é muito bom embora não seja fora de série, o Jamal Crawford seria um dos melhores jogadores de streetball de todos os tempos e acha que pode decidir tudo. Em compensação, o Lee e o Balkman estão lá pra pegar os rebotes ofensivos e arrumar tudo. E aquele apagão em que eles passam uns 5 minutos sem fazer cesta, perdidos no ataque, é normal também.

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CaioJF:
Nash pode ter tido essa reação no mínimo baitola por três motivos:


1- Porque descubriu que o Corinthians foi rebaixado, terá que disputar a série B do brasileirão e teve como sua melhor contratação o uruguaio Acosta e o zagueiro Chicão.

2- Porque estava acompanhado do trio de jogadores Pau, Okur e Gay, cujo os nomes já devem revelar a atitude meio libidinosa que poderia estar acontecendo naquele momento.

3- Nash achava que era super-men ou simplesmente lobisomen de dentro daquela boate que teve tal atitude devido ao efeito da luz psicodérica e das músicas eletronicas, alem de alguns golezinhos numa Curió.

Denis:
1- Eu acho o Acosta muito bom e o Chicão é um zagueiro muito bom também, pelo menos pra quem já teve na zaga Gralak, Célio Silva, Valdson e Marinho no passado.

2- Vamos deixar claro que o trocadilho é o primo pobre do humor. Façam mímicas, piadas-de-photoshop e imitações antes de brincar com o nome dos coitados.

3- Lobisomem ele não é, quem tem esse título no mundo do basquete é o pivô Roberto Dueñas.