sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Quem odeia Kevin Durant?

Kevin Durant ao lado de Greg Oden (que parece ter idade para ser seu pai)


Existem 3 tipos de pessoas no mundo: aqueles que não assistem a NBA, aqueles que assistem e torcem pelas primeiras escolhas do draft, e aqueles que assistem e torcem CONTRA as primeiras escolhas do draft. É simples assim, qualquer outra divisão em raça, credo, nacionalidade ou visão política está incorreta, vai por mim. (mas não vá colocar isso em algum trabalho de escola, por favor!)

Como membro da Associação Internacional de Defensores do Yao Ming da Zona Alta do Rio Paranapanema (AIDYMZARP), me encaixo na categoria dos que torcem pelas primeiras escolhas do draft. E justamente por isso também presenciei todo o ódio que existe por aí pelo Yao e até mesmo pelo LeBron James. Odiar um dos melhores jogadores de todos os tempos? Tá bom, tinha que ser coisa desses odiadores de primeiras escolhas.

Imagino que um monte "desses aí" esteja feliz com a contusão do Greg Oden, primeira escolha do draft desse ano, já dizendo que ele é um fracasso, nunca fica saudável, não vai dar certo na NBA e que ainda por cima cutuca o nariz. Com o Kevin Durant, não vai ser diferente. Vão dizer que ele arremessa demais, que força o jogo demais, que não ajuda as velhinhas a atravessar a rua. Mas a verdade é que, após duas partidas, o garoto já está fazendo um bom trabalho.

O plano inicial do PJ Carlesimo, técnico do Sonics, era utilizar o Kevin Durant como SG (ou 2, ou ala-armador, ou armador arremessador, ou seja lá como você quiser chamar) e causar alguns problemas para seus defensores graças a seus 2,06 de altura. Contra o Nuggets, não foi o que aconteceu. Durant jogou de ala mesmo e teve uma boa partida até, com 18 pontos acertando 7 de 22 arremessos.

Contra o Suns, no entanto, Durant jogou pra valer de armador. E eu finalmente pude entender o que o PJ Carlesimo pretende com isso através de nosso caríssimo Leandrinho. Por diversas vezes durante a partida, coube ao nosso amigo brasileiro marcar o Durant e estava ali, estampado no horror de seus olhos, o absurdo da situação. Os 15 centímetros de diferença entre os dois tornaram a vida do Leandrinho um pesadelo a ser esquecido. Durant acabou o jogo com 27 pontos e 11 arremessos certos em 23 tentados.

Tão importante quanto os números de Durant são as atuações do Sonics como um todo. Eles correm como uns loucos, impõe um ritmo frenético e arremessam sem pensar muito. Os 22,5 arremessos por jogo do Durant não são tão absurdos levando em conta o que está acontecendo em quadra: depois da corrida, quem quiser chuta. O resultado da velocidade do Sonics é, no mínimo, interessante. Contra Nuggets e Suns, chegaram a liderar os jogos por vários minutos. Perderam as duas partidas no final graças ao excesso de turnovers. O time toma as decisões erradas, perde bolas a dar com pau nos segundos cruciais e aí não dá pra evitar a derrota. Mas com o tempo e um pouco de experiência, esse é um problema que pode ser resolvido.

Bem-vindo ao novo Sonics, o mais recente discípulo porra-louca do Suns na NBA. Eles são velozes, rápidos, divertidos de assistir e em pouco tempo devem estar conseguindo umas belas vitórias. E você, vai vibrar com a pivetada ou vai estar xingando o Durant por não salvar gatos de cima das árvores?

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