sábado, 18 de abril de 2009
Analisando velhos palpites
Com o fim da temporada regular, chega aquela hora de analisar como mordemos a nossa língua o tempo todo. O sindicato dos blogueiros de basquete nos obriga a dar palpites volta e meia e, como vamos postar enlouquecidamente pelas próximas semanas de playoffs, esse é o momento perfeito para deixar a pós-temporada de lado um pouquinho e dar uma olhada em todas as previsões e apostas que pudemos coletar através do Instituto 8 ou 80 de Estatística do Bola Presa. Com aquela tranquilidade que só aquele que vive escondido atrás de um monitor pode ter, vamos comentar todas as cagadas (e nos vangloriar exageradamente dos acertos!) que soltamos nos últimos meses, incluindo nossos previews publicados logo antes da temporada começar. É apenas um aperitivo antes dos jogos de hoje, que começam com Bulls e Celtics às 13h30, seguido por Cavs e Pistons às 16h, Mavs e Spurs às 21h (com transmissão na ESPN) e finalmente Houston e Blazers às 23h30 (meu médico está de prontidão). Deve rolar nosso chat pra gente acompanhar os jogos juntos, mas até lá ficamos com nossas previsões antigas. Primeiro, a palavra para o Denis:
Divisão Sudeste
Até que eu comecei bem nessa. Apostei no Magic em primeiro dizendo que a qualidade deles é ditada pela qualidade do Jameer Nelson, quando ele está bem o time é demais, quando não está é um time mais ou menos. Essa foi na mosca!
Depois apostei no Heat em segundo com uma temporada fantástica do Wade. Acertei na temporada fantástica mas não contava com o Hawks na frente deles. Talvez se o Beasley tivesse jogado bem como nessas últimas semanas desde o começo da temporada eu tivesse acertado.
Mas depois disso comecei a errar feio! Apostei no Wizards em terceiro contando que o Arenas ia voltar em dezembro como era previsto por alguns médicos dele. O Wizards foi lanterninha do Leste e eu passei vergonha. Coloquei o Hawks só em quarto da sua divisão porque achava o banco fraco e imaginei que eles iam sofrer muito com a perda do Josh Childress. No fim das contas ignoraram o cabeludo, o Marvin Williams jogou demais e eles foram o melhor time do Leste depois dos 3 candidatos ao título da conferência.
Por último eu coloquei o Bobcats e eles foram os penúltimos, nem errei tanto assim na colocação mas errei em achar que tudo lá ia dar errado, desde as contusões do Gerald Wallace e do Okafor até o relacionamento do Larry Brown com o Felton. No fim das contas o Gerald Wallace só se machucou quando o Andrew Bynum tentou assassiná-lo e o Felton virou o homem de confiança do técnico no fim das partidas. E algo que eu não poderia prever e que deram certo foram as trocas por Bell, Diaw e Radmanovic.
Divisão Noroeste
Maldito Jazz! Quando eu digo que eles estão indo mal eles se recuperam, viram um dos times mais legais da liga e começam a subir em direção das primeiras posições da conferência. Então eu elogio e eles começam a jogar como se fossem um time sem verba da NBB e caem pra oitava posição. Sem contar quando eu tiro sarro deles e uma renca de torcedor do Jazz vem me cobrar pedido de desculpas. Nada dá certo quando eu falo desse time.
Não é à toa que eu apostei neles como líderes da divisão noroeste e eles fizeram questão de cair para a terceira posição. E ainda no meu preview eu fiquei lambendo o saco do Carlos Boozer, que fez uma temporada muito abaixo do que se pode esperar dele e ainda sofreu com contusões.
Pra terminar, ainda disse que assistir o Jazz pode ser enjoativo porque eles só viviam de corta-luz e cortes pra baixo da cesta. E não é que essa temporada eles resolvem virar o time que mais rouba bola na NBA e saem em contra-ataque como se tivessem Kidd, Kittles e Jefferson no time? Nunca levem a sério o que eu falo sobre o Jazz. Nunca. Eu sempre erro.
Em segundo coloquei o Blazers dizendo que o Rudy Fernandez ia ser o gringo favorito de muito americano e que eles iam jogar um basquete lindo. Essa eu acertei em cheio e vou colocar no meu currículo.
O Nuggets é difícil levar em consideração qualquer preview. Eu disse que eles estavam naquela fase em que todos os jogadores começam a perder as esperanças porque mesmo com um puta elenco eles não dão certo, mas quem poderia prever que algumas semanas depois eles teriam um dos melhores armadores da NBA?
No final apostei certo, Wolves e logo atrás o Thunder. Disse que o Wolves valia a pena porque eles tem o Al Jefferson, o Kevin Love, que eles sempre venciam o Suns e disse que o Thunder é um time desorganizado mas empolgante pelos jogadores bons e jovens que tem. Acertei tudo e merecia dinheiro por isso.
Divisão Pacífico
Assim que eu bati o olho no meu post prevendo o Pacífico eu fiquei assustado. "Putz, apostei no Suns em segundo!". Depois que eu me toquei que eles realmente ficaram em segundo, o Pacífico só terá um participante nos playoffs e é hoje de longe a divisão mais fracassada de toda a NBA.
Apostei no Lakers em primeiro dizendo que é o time mais plástico e bonito de se ver na NBA e ainda acho o mesmo. Nenhum time na liga tem ao mesmo tempo uma super-estrela de perímetro que dá um show pessoal, dois caras ótimos de garrafão que também dão espetáculo e por fim um sistema ofensivo que faz linhas de passe tão bem feitas.
Para o Suns disse que valeria a pena para acompanhar os últimos anos da carreira do Grant Hill e do Shaq, e para isso valeu a pena mesmo, também disse que valeria ver o Suns pelos óculos à la Kurt Rabis que o Amar'e prometeu usar. Ele não usou por mais de uma semana, não ficou com uma cara idiota e divertida (que rendia pontos de estética como o bigode do Adam Morrison) e no fim saiu da temporada com um problema no olho.
Nas posições do Pacífico eu só errei ao colocar o Clippers na frente do Warriors, mas acho que posso ganhar um ponto de confiança com nossos fiéis leitores por ter começado o preview dizendo "Eu ainda vou me arrepender de achar que o Clippers vai se dar melhor que o Warriors".
Apostava em uma boa temporada do Baron Davis para liderar o time com o elenco mais bizarro dos últimos tempos mas, para surpresa geral de todos, nada deu certo no Clippers.
Sobre o Kings eu previ um time medícore e acertei perfeitamente, mas fui ingênuo ao dizer "Não sei porque alguém assistiria a um jogo do Kings". Se eu não visse o Kings jogando eu não teria visto o JR Smith meter 11 bolas de 3 em um jogo, não teria visto o Orlando quebrar o recorde de bolas de 3 em um jogo da NBA, não teria visto o David West marcar 40 pontos em um jogo, o único jogo em que 8 jogadores do Sixers passaram de 10 pontos, os 44 pontos do Michael Redd...
Apostas do Dia da Mentira
No dia da mentira eu disse algumas coisas que pareciam que era mentira mas que eu tinha certeza que iam acontecer de verdade. 4 das 5 coisas ainda podem acontecer porque são previsões para um futuro mais distante, a única coisa que eu previ para essa temporada era que o Houston iria passar da primeira rodada dos playoffs.
Bom, eu apostei nisso pensando que eles teriam capacidade de chegar na primeira rodada com o diabo do mando de quadra. Ainda não temos a resposta dessa mas acho que vou errar.
Magic, time do quase
Disse que o Magic não chega em uma final de NBA tão cedo mesmo com atuações impressionantes contra Lakers, Spurs, Cavs e outros grandes times. Na hora isso causou alguma discussão porque tinha gente que realmente acreditava no Magic, mas agora acho que ninguém mais leva muita fé que eles têm chance de ir para a final.
Muito por causa da contusão do Jameer Nelson, óbvio, então essa previsão vai ficar com um asterisco do lado por causa da perda do armador titular do Magic.
Detalhe: para essa previsão eu apostei um pé do Danilo. Amigo que é amigo só aposta o pé do companheiro quando sabe que vai ganhar (Valeu, Jameer!).
O Bobcats vai pegar a oitava vaga do Leste
Posso culpar o Iverson por essa! Se ele tivesse ficado bonzinho lá no Pistons, sem se machucar e sendo a laranja podre do Detroit, eles teriam perdido a vaga para o Bobcats. Mas não, ele saiu e o time ganhou um monte sem ele. Também não contava com um fim de temporada tão bom do Bulls, que era outro candidato a perder lugar para meu querido Bobcats.
Errei na aposta mas não foi tão grave quanto apostar que Waterworld seria um grande filme, errei por pouco e mantenho minha aposta que os Bobgatos serão um timaço no ano que vem.
O Curry vai receber mais bolas para ser trocado
Porra, logo depois do Curry voltar de contusão eu achei que o Knicks ia colocar ele bastante em quadra pra ver se ele criava algum valor de troca para mandá-lo para um Clippers da vida. Mas não é que o gordinho se machucou de novo logo depois? Ele só disputou 3 jogos na temporada, com média de 4 minutos por jogo, e nem deu tempo de receber mais bola para provar alguma coisa.
O Mike D'Antoni disse que não existem planos para trocar o Curry até a temporada que vem (até porque ele não tem valor algum sem jogar, machucado e com má fama) mas que ele tem espaço sim no time se chegar na pré-temporada em forma. Já era, Curry.
...
Agora, os palpites do apostador de pés oficial desse blog:
Divisão Sudoeste
Não contava com as contusões do Tyson Chandler e muito menos com ele desaprender a fazer muito do que fazia a ponto de quase ter sido trocado no meio da temporada. Achei que o Chris Paul levaria o time para o topo da divisão sem maiores dificuldades, mas um final complicado de temporada levou eles lá para baixo, na frente apenas do Grizzlies. O que não é demérito nenhum na divisão mais pauleira da NBA. Apenas não contava que ela fosse ser tão, tão forte assim.
Como previ, o Spurs continuou vencendo mesmo sem Ginóbili. O que eu não podia prever é que venceria mesmo sem o Parker, sem o Duncan, sem o uniforme, sem vergonha, fosse como fosse. Sem muito ânimo e levando nas coxas, como eu bem disse, o Spurs fez o que conseguia e jogou pra valer só na parte final. No último jogo, que deu a terceira colocação no Oeste para o Spurs, o Duncan resolveu que ia acabar com a partida. É sempre assim, apostar contra eles é loucura e eu fiz direitinho, aposta segura.
Acertei quanto ao meu Houston Rockets também, o Artest deu certo na equipe e aconteceram 500 contusões também, tudo conforme o anunciado. Mais fácil do que saber que alguém no Rockets vai se machucar, só saber que vai ter filho trocado em novela da Globo. Só que o time segurou bem com as contusões, o Yao ainda não se lesionou de forma séria (repito: "ainda!") e o T-Mac foi dormir num pote de formol e não fez muita falta.
Achei que o Dallas iria virar um grande time defensivo com toda responsabilidade tática entregue nas mãos do Jason Kidd, possivelmente jogando no contra-ataque, mas deixei em aberto a possibilidade de dar tudo errado e eles virarem um time lento e chato. Acho que ficou ali, no meio termo, o time não é uma potência defensiva nem de longe e o Kidd continua sofrendo com um esquema tático que não lhe convém, algo que não imaginei que fosse acontecer. Mas tudo bem, deu certo mesmo assim, eu só não sei muito bem o porquê.
Divisão Atlântica
O Celtics como líder da divisão era bem fácil, não tinha como dar errado nem com o Garnett baleado, que eu não tinha como prever. Ainda acho que eles são uma força enorme ao título e no fundo acho eles um melhor time sem o Garnett do que o Magic é sem o Jameer Nelson.
Sobre o Sixers, disse que eles eram um fenômeno inexplicável que tinha dado certo sabe-se lá porquê, e que precisávamos ver como seria a química com o Elton Brand. Pois é, não rolou química nenhuma e o time continuou um fenômeno inexplicável, eles são "cossa do peseco", já diria o Padre Quevedo. Jogam melhor sem o Brand do que com ele, vai entender.
Sobre o Raptors, minha previsão foi de que Jermaine e Bosh seriam a dupla mais bacanuda de garrafão da NBA mas que um dos dois, ou os dois, iria se machucar. Dito e feito, os dois se lascaram, o Bargnani seguiu meu palpite e jogou pra burro (até melhor do que as já consistentes partidas de Liga de Verão), mas não tinha como imaginar que eles iriam feder desse jeito. Se alguém acha que eu deveria saber que o Raptors ia dar errado, então me avise o que aconteceu com a equipe, porque eu juro que não sei.
O Knicks, para mim, ia ser um time divertido dando certo ou dando errado, e acho que foi o que aconteceu. Mas previ que o Marbury iria surtar eventualmente, especialmente quando as derrotas começassem a vir com frequência, e lascar o time. Nâo foi nem de longe o que aconteceu, ele chegou comportado, aceitou vir do banco, falou que faria o que lhe fosse pedido, mas não foi usado nem por um segundo pelo D'Antoni. Imprevisível, vai.
Minha opinião sobre o Nets continua a mesma hoje que foi antes da temporada começar: um time que fede mas que tem muito mais talento do que se imagina, cheio de pivetes e incapaz de vencer muito, mas muito divertido de assistir e com chances de surpreender todo mundo. Acertei na mosca, principalmente com um Carter comprometido e todo feliz de liderar a pirralhada. Com um pouco mais de sorte, poderiam até ter se enfiado na oitava vaga dos playoffs.
Divisão Central
Não tinha como acertar coisa alguma sobre o Pistons, mas eu acho que errei mais feio do que deveria. Pra mim, o Pistons sempre luta contra o tédio, o que interessa é eles ficarem empolgados na temporada regular, e achei que isso aconteceria com o novo técnico, o Michael Curry, a quem os jogadores pareciam respeitar. Bem, logo ficou claro que ele não sabia o que estava fazendo, a defesa sofreu, a rotação pirou, o time fedeu, o Iverson chegou e a partir daí a gente sabe como a história termina, mais triste que filme iraniano.
Também errei sobre o Cavs, nunca poderia imaginar que eles se tornariam um dos melhores times que eu já vi, com um elenco sólido, jogando bonito e - quem diria! - tomando conta da bola. Achei que o LeBron e o Mo Williams iriam se matar num duelo de facas, e que o time iria continuar só defendendo e dependendo apenas do LeBron no ataque. Errei, o time se transformou por completo no setor ofensivo. Milagres existem.
Já retratando minha predileção pelo Beasley, eu tinha dito que o Rose seria um espetáculo de se assistir e que o resto do time não era de se jogar fora, mas que o começo seria uma droga com o técnico novo e totalmente inexperiente. Pois é, bota essa no meu curriculum, o time fedeu pra valer no começo, depois pegou o jeito, fez um par de trocas e está nos playoffs - um sinal positivo para uma franquia que ou fede demais, ou é jovem demais.
Em seguida, eu disse que o Bucks acabaria na frente do Pacers, o que não aconteceu. Recebi trocentas criticas na época, mas ainda bato o pé, é daqueles erros que a gente morre sem jamais admitir. Mesmo sem Bogut e Michael Redd, o Bucks ficou a apenas duas vitórias do Pacers, tinha chances reais de ir para os playoffs até o Redd se contundir e reais motivos para sorrir no amadurecimento do Ramon Sessions. Já o Pacers pode até se vangloriar do Danny Granger e do Troy Murphy que pegou seu talento de volta com os Monstars do Space Jam, mas era claro que o TJ Ford lá ia dar errado e implodir o time. Eles são piores do que o Bucks, mereciam ter acabado em último da divisão, e eu não aceito meu engano. Se eu acredito que estou certo, uma hora eu estou certo de verdade, já diria "O Segredo".
Iverson de armador principal e vai dar certo
Essa eu nem sei por onde começar. Para mim, o mais óbvio seria usar o Iverson e o Hamilton ao mesmo tempo em quadra, tendo em vista que o Iverson tinha certa experiência como armador principal e que o pivete Rodney Stuckey, além de ser novinho demais, não é especialista em inicinar ataques a ponto de justificar que seja titular. Com os dois tendo modos de jogo muito similares e o Iverson sendo uma estrela, era óbvio que o Stuckey iria para o banco e pronto. O resto do elenco parecia sólido demais para ser mudado. Não foi o que aconteceu, Iverson jogou junto com Stuckey várias vezes, com o Prince indo jogar no garrafão, e quando ficou óbvio que não daria certo, o Hamilton começou a vir do banco com o Stuckey titular. Convenhamos, eu deduzi que o técnico do Pistons, Michael Curry, sabia o que estava fazendo, e me enganei. Suas mudanças no elenco titular foram ridículas, era óbvio que não ia funcionar nada com Iverson e Stuckey juntos, e aí mordi mais a língua do que quando achei que a Ana ia ganhar o Big Brother. Pode me zoar por essa quando me vir passando na rua.
20 mangos que o D'Antonni iria se suicidar, trocar jogadores ou mudar o estilo da equipe
No fundo, eu acertei. Alegando que não tinha como manter aquele Knicks mequetrefe do início de temporada jogando como se fosse o Suns de Nash e seus amigos, deduzi que algo drástico aconteceria. De fato, o Randolph foi trocado rapidinho e o time recebeu mais arremessadores de 3 pontos, como o Al Harrington. Não deu muito certo, ainda fico no aguardo de um futuro suicídio.
O Joaquim Noah nunca vai virar estrela
Ainda é cedo para dizer, mas mantenho minha opinião. Superestimado por muitos, o Noah até segurou as pontas num Bulls que de repente foi parar nos playoffs, mas não dá para achar que ele pode fazer muita diferença em quadra. Com números bastante consideráveis em rebotes ofensivos e em tocos, sem falar de um cabelo que é fonte inesgotável de proteínas (para quem come piolhos), o Noah é um cara batuta de se ter no banco de reservas. Como titular, sempre vai deixar a desejar e atrapalhar o ritmo ofensivo do Bulls. Nos playoffs contra o Celtics sem Garnett, poderemos ver mais de perto.
O Mo Will não vai ser o nome do campeonato
Essa foi lá no Rebote, com o Rodrigo Alves apostando que o Mo Williams seria o nome do campeonato por levar o Cavs ao topo e namoricar com o prêmio de jogador que mais evoluiu na temporada. Apostei por lá que engoliria meu pé caso isso acontecesse e alguns leitores que acompanham o Bola Presa presenciaram a cena, então tenho que me retratar. Grande nome e jogador que mais evoluiu não rolou, mas ele foi para o All-Star Game e o Cavs tem o melhor recorde da temporada em grande parte por sua culpa. Achei que o LeBron iria se matar com um armador fominha do seu lado, mas na prática o Mo pega pouco na bola e sua velocidade ajudou o ataque do Cavs a se tornar agressivo e imponente. Ainda não sei explicar o porquê, mas foi um casamento que deu muito certo e que traz esperanças para todos os fominhas da NBA: basta cair no time certo. Essa eu errei feio mesmo, pago um suco de pé pro Rodrigo quando eu for para o Rio.
Rajon Rondo vai morrer sem saber arremessar
Da última temporada para essa, melhorou consideravelmente: acertou 30% dos seus arremessos de três pontos, num total de 15 arremessos certos na temporada (na anterior foram 5 convertidos). Nesse ritmo de evolução, o Rondo não morrerá sem saber arremessar caso viva até os 127 anos ainda jogando basquete. Tenho tudo para acertar essa.
O Grizzlies vai ser campeão
Essa eu anunciei para o futuro, mas apostei qualquer pé que não fosse meu (não tenho mais, engoli todos). Boto fé no Grizzlies para fazer uma subida repentina e histórica nos próximos anos. Podem me cobrar antes de 2050.
Defenestrado por
Danilo
por volta das
12:49
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Jogadores frustrados já comentaram
Labels: previsão
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
"Both Teams Played Hard"
Bem-vindos a mais uma coluna "Both Teams Played Hard", seu espaço mais-ou-menos semanal para sanar suas dúvidas, pedir opiniões e falar o que pensa junto com a gente. Quer saber o que seu time deveria fazer para feder menos? Tem perguntas sobre o próximo grande jogador da NBA que vai sumir em 5 minutos? Pedidos de dieta rica em fibras? Problemas sentimentais com a namorada? Estamos aqui para tudo, sente-se no divã do nosso amigo Rasheed Wallace e prepare-se para uma dose cavalar de opinião e, às vezes, humor ácido porque ninguém é de ferro.
Nessa semana temos mais Knicks (pra variar), previsões dos classificados para os playoffs e um peteleco de leve na orelha do David Stern. Leiam enquanto está quente, e nos vemos na semana que vem, na mesma bat-hora, no mesmo bat-canal.
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Você:
O Celtics quer trazer Cassel pro elenco agora. Isso ajudaria? Quem eles poderiam trocar em troca dele?
Denis:
O Celtics não tem gente sobrando assim pra poder mandar em trocas. Se eu fosse o Clippers, eu só toparia se fosse por um dos jogadores novos como o Rondo, Tony Allen ou Glen Davis. E acho que desses três, o Celtics só teria coragem de mandar o Tony Allen. Para o Celtics é perfeito e para o Clippers é uma boa conseguir um jogador jovem, mesmo que seja só razoável, e com contrato pequeno antes de perder o Cassell para a Free Agency.
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LPS:
1. Porque o Fat Randolph é igualzinho o Sean Kingston?
Denis:
1- Sean Kingston e Zach Randolph serão os próximos na seção "Separados no nascimento". Mas honestamente eu prefiro o obeso Randolph, o obeso Kingston é MUITO chato com aquelas malditas "beautiful girls".
2. O que vcs acham do Kenny George, o cara de 7-8 e 360lbs, que consegue enterrar sem tirar os pés do chão?
Denis:
2. Acho que um cara com esse tamanho e que enterra sem sair do chão nunca vai saber o prazer indescritível que é enterrar uma bola.
Danilo:
2. Esses caras gigantes não sabem o prazer de enterrar e têm trocentos outros problemas, e nem estou falando de encontrar tênis (o Kenny George manda fazer sob medida em cima de pares que o Shaq manda para ele de graça), passar pela porta ou encontrar namorada. Estou falando na quadra mesmo, porque o excesso de tamanho vem associado à falta de explosão, velocidade e mobilidade na defesa. Como fã do Yao Ming, tenho uma admiração por esses gigantes que conseguem se encaixar no basquete mesmo assim e, portanto, torço para o George se der bem. Mas se ele um dia tiver minutos na NBA, eu como meu sapato. É muito improvável.
3. O que é preciso para se tornar colunista nesse nobre blog? Sim, não tenho o que fazer e creio que ajudaria escrevendo umas atrocidades de vez em quando.
Danilo:
3. Basta vencer qualquer um de nós dois num duelo de faca até a morte. Pelo menos foi assim que nos livramos dos donos anteriores. Se você tiver medinho de faca, aceitamos também um desafio de basquete jogando 21 corrido. O que aliás vai ser bem mais fácil do que o estágio que o Renzo mencionou.
4. Vou a um evento de animê que vai ter campeonato de basquete. Devo jogar por diversão na manha ou enterrar na cara dos nerds e quebrar as tabelas?
Denis:
4. Se você consegue enterrar e quebrar tabelas, você deve fazer isso SEMPRE! Não importa se em cima de nerds ou de negões de 2,15m. Mas só uma coisa: se você enterra e quebra tabelas, por que você perde tempo vendo esses desenhos de gente amarela? Vá pra uma quadra! Treina! Vira profissional! Desenho amarelo é muito chato! Só Cavaleiros do Zodíaco se salva.
4. É isso mesmo, vá treinar! E não adianta me dizer que você está aprendendo sobre basquete assistindo Slam Dunk. Por acaso algum japonês aprendeu a jogar futebol até agora? O fracasso deles nas Copas acontece apesar deles assistirem milhares de episódios de "Super Campeões" com o tal do Tsubasa dando "Chutes do Arco-Íris" e "Voleios da Garça Sagrada". Tudo, claro, muito realista.
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Caicao:
Por que será que a NBA está perdendo tantos fãs nos EUA? As finais perderam para Familia Soprano, etc.. Será isso culpa do David Stern? Enquando isso a horrorosa MLB e a ótima NFL vem crecendo cada vez mais.
Denis:
Pode ser culpa da Família Soprano, mas não vamos levar em consideração as Finais. O Spurs pode não ser tão chato como muita gente (até a gente!) diz, eles, como ontem no terceiro período contra o Lakers, sabem jogar bonito quando querem. Mas o fato é que ninguém dá a mínima pra isso, hoje todo mundo já odeia o Spurs não importa o que eles façam. E quem gosta do LeBron não assistiu as Finais porque sabia que ele não tinha chance.
Quem não é fanático por basquete não quer ver um jogo bem jogado só, quer espetáculo. E eis que nas Finais de Conferência do ano passado tinhamos Jazz e seus pick-and-rolls, o eterno Spurs, a pura defesa do Pistons e o Cavs e seu jogo amarrado. Não é à toa que não tinha audiência. Em compensação, times que dão show como Suns e Warriors estavam fora e times de massa como Boston, Knicks e Lakers estavam com elencos fracos.
Acho que é tudo isso. E culpa do David Stern, claro! Odeio ele.
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Eric:
porque o amigo caicao disse ''a horrorosa mlb''? oq ela tem de horror? abraços
Denis: Acho que a coisa mais horrorosa na MLB é uma temporada regular de 160 jogos. Quem aguenta jogar ou assistir isso? É patético! Se os 82 jogos da NBA já são um número ridículo, imagina o dobro.
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Di-W:
Sou torcedor do Knicks, o que não é bom, e outro dia estava pensando, o que também não é bom, em o que poderia ser feito pelo time para melhorar. Naturalmente tirar a anta do Ithomas antes dele fazer mais uma asneira antes do deadline foi a primeira que pensei. Perguntas: O Zach realmente é tão fominha assim? Dá pra conseguir um armador bom mandando ele e alguem tipo Nate na troca? O que presta no Knicks além do Lee ? Pq o Q-rich ainda é titular? nada contra ele mas ele seria um bom jogador vindo do banco na minha opiniao.
Denis:
Uma vez eu disse isso num post, mas repito: um narrador já chamou o Zach Randolph de "Buraco Negro" porque o que chega lá nunca volta. Acho que isso explica tudo.
No Knicks tem gente que presta sim, mas com o problema de que eles são só jogadores medianos e que não mudam a cara do time, mas que poderiam ser muito úteis em times bons em que só fossem reservas. São eles Renaldo Balkman, Nate Robinson, Jared Jeffries e Quentin Richardson. Este último é titular porque deve ser bom de cama, única explicação.
Como troca, acho que o Randolph não tem muito valor, não. Ele tem má fama na liga e o contrato dele é imenso, não vejo nenhum time que possa querer ele por enquanto.
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Charles:
O new Orleans na minha opnião é um dos times mais bem organizados em quadra da NBA, não sei se vocês concordam, mais tem um sério problema, mesmo com excelente armador, um pivô reboteiro, um ala chutador (em má fase claro, mas um chutador), e o West muito bem obrigado. O homem dá posição 2, o que define muitos ataques, que tem que acompanhar o Paul no contra ataque, tá falhando, que é o Morris Peterson, Pargo e Jackson são essenciais vindo do banco pra manter o ritmo do jogo na minha opnião, então. Qual a Solução pra esse problema com esse atual elenco ?
Danilo:
O New Orleans na temporada passada sentiu muita falta de um homem pra posição 2, ou seja, um armador que arremesse bem. Contratar um jogador com essas características e um bom arremesso de 3 pontos era a prioridade da equipe e então algum gênio na gerência do Hornets acordou um dia e achou que o Morris Peterson era esse homem. Até a mãe do Mo Pete sabia que ele se encaixava tão bem nesse papel quanto o Shaquille O'Neal no papel de gênio no filme Kazaam.
Quando jogava no Raptors, o Peterson até tinha uns bons jogos mas às custas de jogos absurdamente terríveis. Ele é aquele cara que arremessa não importa o que esteja acontecendo, nos dias bons e nos dias ruins. A sorte do Hornets é que o técnico Byron Scott sabe tirar o Peterson de quadra quando ele está fedendo. O azar do Hornets é que o Peterson está fedendo o tempo inteiro, então praticamente não fica mais em quadra. O jeito é jogar com dois armadores principais, o que não é um problema tão grande porque o Bobby Jackson estava acostumado com esse papel no Kings e o Jannero Pargo é fã do próprio arremesso de longa distância. Aliás, fico feliz que o Pargo tenha enfim conseguido um lugar para ele na NBA, ele é mediano mas merece estar jogando. Seus minutos no Hornets, no entanto, são menos méritos dele e mais culpa do Mo Pete fracassado.
Com o atual elenco, jogar com dois armadores principais é o que resta. Nos dias em que as bolas de fora do Stojakovic estão caindo, principalmente, funciona perfeitamente bem. Mas para a próxima temporada é bom que o imbecil que contratou o Mo Pete tenha uma idéia melhor dessa vez ao invés de chamar, sei lá, o Marbury ou o Gary Payton.
...
Vítor:
1- A NBA ta querendo sacanear o Varejão ou foi sem int

Denis: O que pega mal MESMO pro Varejão, que todo mundo vê e comenta, é esse cabelo ridículo, e isso não é culpa da NBA.
2- Percebi que na carreira toda do Shaq ele conseguiu meter uma bola de três, vc consegue arranjar esse vídeo ?
Denis: Achei um vídeo só, bem mal feito, com som zoado e que diz que o Shaq fez duas bolas de 3 até aquele momento. Dá uma olhada aqui.
3- Você acha que talvez um dia Yao troque de time ou ele vai ficar no Houston até os 40?
Danilo:
Tenho certeza absoluta de que o Yao nunca sairá do Houston. Os motivos se extendem para muito além das linhas, invadindo o extra-quadra. Nem a NBA e nem o Houston Rockets são bobos o bastante para ignorar o que a presença do Yao Ming significa para o impacto da Liga no mercado emergente chinês. Graças ao Yao, o Houston se tornou uma marca reconhecida e lucrativa na China, e isso não se joga fora. Até o Shane Battier tem tênis próprio por lá! E vale sempre lembrar que a camiseta da NBA mais vendida na China não é do Yao, e sim, do Tracy McGrady, verdadeira unanimidade por lá.
Não importa o que aconteça, o Houston montará seu time em volta do pivô chinês, seja porque pivôs dominantes são raríssimos e constituem peça fundamental para esperanças de título, seja porque os chineses agora não vivem mais apenas de arroz e podem gastar verdinhas em produtos e camisetas do Houston Rockets. Da parte do Yao, não só tenho certeza de que ele sabe que o tipo de identificação que seu povo tem com ele e o Houston são agora por toda a vida, como também aposto que ele não estaria disposto a passar por uma nova adaptação em território extrangeiro. Ele já faz parte da consideravelmente grande comunidade chinesa em Houston, acostumou-se com a cidade e as pessoas, e tem uma casa por lá em que mora junto com os pais. Não vai ser de lá nunca, talvez nem quando se aposentar. E vai continuar morando com os pais...
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Marcelo:
Por que será que os Clippers não se mandam de LA? Lógico, deve haver um monte de motivos contratuais importantes, mas seria muito melhor para a franquia jogar em outra cidade, vocês não acham? Do jeito que vai, sempre será o “primo pobre de Los Angeles”, a “Portuguesa da NBA”. Sempre dará razão a esses clichês idiotas. Cidades sem time nos EUA têm aos montes.
Denis:
A NBA é um puta negócio milionário e pode ter certeza que o Clippers vai embora de LA rapidinho quando começar a dar prejuízo. Las Vegas e Oklahoma City estão babando pra ter um time da NBA e se ninguém comentou do Clippers trocar de cidade é porque os negócios vão bem.
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Philipe:
vcs acham q uma troca entre T-Mac e Ben Gordon resolveriam a situaçao dos dois times(houston e chicago)?
Danilo:
Não, essa troca não ia resolver a situação de ninguém. Quer dizer, talvez resolvesse a situação do Ben Gordon, que odeia ser reserva e obviamente seria titular no Houston. Mas o T-Mac está há anos-luz de ser o que o Chicago precisa. Mais um arremessador de fora pra quê? Ele é melhor defensor e passador que o Gordon, chama a responsabilidade pra si, mas o garrafão vai continuar uma porcaria no ataque e é isso que preocupa o Bulls.
Do lado do Houston, não vejo como a chegada de Ben Gordon melhoraria o time, ele não faz nada demais que o T-Mac não faça melhor. Qualquer troca entre Houston e Chicago, como alguns rumores inventaram, deveria obrigatoriamente incluir o Kirk Hinrich. O Houston precisa é de um armador para cadenciar o jogo, mas também tenho minhas dúvidas sobre como o Hinrich se encaixaria no esquema do técnico Rick Adelman. Realmente não sei se eu faria a troca T-Mac + Alston por Hinrich + Gordon ou algo assim. O bom da coisa é que como essa troca não deve acontecer nos próximos 2 mil anos, nem tenho que pensar muito sobre o que eu acho dela.
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Rodrigo Lakers:
1- Na opinião do blog, quem serão os 8 classificados para os Playoffs nas duas conferências? O T-Wolves ainda tem chances?
Denis:
1 - No Leste: 1-Boston, 2-Detroit, 3-Cleveland, 4-Orlando, 5-Toronto, 6-Washington, 7-Chicago, 8-Atlanta.
No Oeste: 1-Phoenix, 2-San Antonio, 3-Dallas, 4-Portland(por ser o campeão da divisão), 5-New Orleans, 6-LA Lakers, 7-Denver, 8-Golden State.
O Wolves só teria chance se todos os jogos que sobrassem até o fim da temporada fossem contra o Suns.
Danilo:
1 - No Leste: 1-Boston, 2-Detroit, 3-Toronto, 4-Orlando, 5-Cleveland, 6-Washington, 7-Atlanta, 8-Indiana.
No Oeste: 1-Phoenix, 2-New Orleans, 3-San Antonio, 4-Portland, 5-Dallas, 6-Denver, 7-Lakers, 8-Houston (se eu não acreditar, quem vai?)
Eu boto fé demais nesse Wolves, acho um dos times de mais futuro, o Ryan Gomes continua sendo meu jogador bucha-de-canhão favorito, mas se eu dissesse que eles vão pegar playoffs esse ano seria enviada imediatamente uma equipe da polícia para meu apartamento me acusando de compra e venda de alucinógenos proibidos. Deixa pra lá, fica pra temporada que vem.
2- Porque o Leandrinho amarela no Pré-Olímpico e contra o Lakers sempre acaba com o jogo?
Denis:
2- O Leandrinho não amarela na seleção, é o Valtinho que não é o Nash.
3- Quem é melhor? Kwame Brown, Samaki Walker, Olowakandi ou a minha mãe?
Denis:
3- Desses aí, o melhor que eu vi foi o Samaki Walker, porque mesmo sendo ruim ninguém nunca esperou nada dele. Mas sua mãe eu não conheço, um dia marcamos uma pelada com os leitores do Bola Presa e você pode levar ela. Na pior das hipóteses, ela leva um lanchinho e já foi mais do que o Kwame já fez por mim.
...
Renan Ronchi:
Por que os drafts da NBA de antes chegavam a ter 10 ROUNDS se tinham menos times?? Com 10 rounds até eu era draftado...
Denis:
Não sei. Mas li por aí que isso foi coisa do David Stern para fazer parecer ser mais difícil, e com isso ser mais valorizado, ser um jogador da NBA. Tudo pela publicidade. Mas claro que essa não é a explicação oficial.
...
Linelson:
O que o Miami Heat deve fazer com Shaq?
Denis:
Acho que a melhor coisa que o Heat pode fazer é torcer para ele não continuar se machucando toda semana e usá-lo. Não sei quantos times podem e/ou estão dispostos a pegar um pivô claramente no fim de carreira e pagar 20 milhões por ano pra ele, então na falta de negócio, use-o. Ele, quando saudável e aproveitado, é, pelo menos, ainda um dos 10 melhores pivôs da NBA.
Danilo:
Eu sou um dos que se recusam a admitir que o Shaq está velho. Em parte porque isso seria admitr que eu estou ficando velho, o que nunca é bom. Mas eu ainda acho que ele transforma o jogo em quadra, cria espaços e é uma presença defensiva (literalmente) grande. Ainda não é hora de mandar o Shaq virar porteiro de boate.
...
Sbubs:
Eu admiro a paciência de vocês em responder idéias de trocas. parabéns.
Denis:
Eu acho muito idiota ficar a vida toda cogitando trocas. Mas como é nisso o que eu penso quando estou entediado no trabalho, eu respeito quem pergunta!
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Danilo
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terça-feira, 15 de janeiro de 2008
O melhor de todos os K-Marts
Dois jogadores são possuídores do apelido "K-Mart" na NBA, um trocadilho tolo com o nome deles e a famosa rede de supermercados lá da gringolândia. Trocadilhos, aliás, como todos sabem, são o primo pobre do humor. O primeiro agraciado com a abreviação espirituosa foi o Kenyon Martin, na época em que ele era uma máquina de enterrar e sair gritando como se fosse um débil mental, constantemente mostrando para a câmera a tatuagem de um nenê que tem no braço (?!). Mas o tempo desse K-Mart foi se passando, ele se separou de Jason Kidd em troca de um maço de verdinhas, o joelho foi virando poeira, e ele nunca foi um jogador que soubesse fazer qualquer coisa além de ser explosivo mesmo. Os anos se passaram e condenaram Martin a ser mais um jogador mais-ou-menos.
Mas eis que, para manter a honra do apelido meia-boca, surge um novo K-Mart. Dessa vez, nada de enterradas, atleticismo ou dependência do Kidd. Trata-se de Kevin Martin, o armador do Sacramento Kings.
Na nossa última coluna "Both Teams Played Hard", fizemos uma piadinha respondendo sobre o Kevin Martin de uma maneira que deixaria Rasheed Wallace orgulhoso, mas que esperamos não ter deixado o Renzo, autor da pergunta, muito bravo. A questão era realmente pertinente porque o novo K-Mart está chutando uns traseiros já faz tempo, meio anônimo graças à falta de atenção da mídia, e só não respondemos na hora porque falar mais profundamente sobre ele já era um plano engatilhado.
O Kevin Martin figura na lista de cestinhas da temporada, estava com alguns recordes em números de lances livres tentados até se contundir, tem números impressionantes, e mesmo assim daria para colocar ele na nossa seção "Desconhecido do Mês" sem problemas. Ainda enquanto estava no banco de reservas do Kings, na temporada 2005-06. dava sinais de que podia explodir a qualquer momento. Jogou bem as últimas partidas da temporada, teve uma ótima summer league, e aí de repente o reserva zé-ninguém virou um titular com 20 pontos de média sem ninguém sequer prestar atenção nele. Só não ganhou o prêmio de Most Improved (ou seja, o jogador que mais evoluiu de uma temporada para a outra) porque o Monta Ellis fedia bem mais que o K-Mart, então a melhora ficou mais evidente. Tem horas que ter sido ruim ajuda.
Um caso parecido que me vem à mente é o do Michael Redd. Tratava-se apenas de um reserva com certo potencial e que ninguém sequer conhecia direito. Sou obrigado a contar, meio envergonhado, que quando o Denis e eu conversamos com um gringo que disse, na época, que o Redd seria All-Star um dia, gargalhamos como malucos por meses. Parecia uma idéia ridícula mas só quem está acompanhando de perto pode saber do que está falando, boxscore não mostra potencial. Na temporada seguinte o Bucks apostou no Redd titular e, antes que eu pudesse contar o número de filhos da Angelina Jolie, o Redd já havia se tornado um dos melhores arremessadores da NBA.
A diferença entre o Redd e o K-Mart é que o Redd realmente foi All-Star, tem uma fama considerável, é apreciado. Justo na temporada em que o Kevin estava decidido a calcar de vez seu nome na elite da Liga, a contusão na virilha estragou tudo. Mas eis que quase duas semanas antes do prazo estipulado, ele está de volta. Ainda fora de forma, informou ao técnico que só poderia jogar no máximo 28 minutos por partida. Contra o Pacers, foram 25 pontos, acertou todos os seus 10 lances livres, e esteve exatos 28 minutos em quadra. Contra o Mavericks, foram 39 pontos, 9 lances livres certos em 11 tentados, e apenas 27 minutos em quadra. Tudo isso dando 25 arremessos e errando apenas 4.
O Kevin Martin é aquele sujeito que você pega por último no seu time na Educação Física porque tem cara de derrotado mas de repente ele engole o jogo inteiro com um pouco de patê. Parece que não se esforça, pular não é um dos seus hobbies favoritos, e a mecânica de arremesso é engraçada. Mas não dá para ver os números, as atuações, e achar que ele não é um dos melhores no que faz. Poucos jogadores na NBA são tão agressivos, tão eficientes batendo para dentro da cesta, tão hábeis em conseguir contatos que geram lances livres. E poucos jogadores conseguem arremessar saindo tão pouco do chão como ele. Por que será que só a mãe do Kevin Martin vota nele para o All-Star Game?
O engraçado é que o problema do K-Mart parece assolar todo o resto do Kings. Todos os jogadores de Sacramento são mais menosprezados que pegadinha da Record. O Francisco Garcia, por exemplo, é justamente o novo K-Mart: um reserva desconhecido que estava pronto para explodir se ganhasse minutos. Bastaram umas atuações no final da temporada e na summer league para ele me surpreender. Fiquei aqui quietinho torcendo para não ser um caso digno do Troféu Lonny Baxter para o jogador que se sai melhor quando não está valendo nada. Quis até apostar dinheiro em que o Garcia seria uma nova sensação, e até escrevi um artigo mental sobre isso, ainda na época em que eu era apenas um infeliz sem um blog e podia sair na rua sem ser assediado pelos fãs. E eis que, como eu sabiamente previa, o Chico Garcia tem média de 18 pontos por jogo como titular, o que não é nada mals.
Além dele, o John Salmons competiu por vários troféus Lonny Baxter com o Sixers, mas nunca ganhou a chance que merecia. Com o Kings sofrendo com contusões em massa, está sendo titular e matando a pau: são 20 pontos por jogo quando inicia as partidas. Junto com eles, Ron Artest fica lá esquecido por ser "jogador-problema" e ter contusões em todos os dias ímpares do mês, mas é imperdoável esquecer, só por isso, que ele é um dos mais completos jogadores da NBA. Apodrecendo no mesmo barco, Mike Bibby e Brad Miller tiveram seus talentos roubados pelos Monstars mas parece que Pernalonga e sua turma vieram ao resgate: Miller está voltando à velha forma aos poucos, enquanto o Bibby (dizem) anda deixando os companheiros boquiabertos nos treinos de reabilitação com uma pontaria mais precisa do que nunca. Tanto Bibby quanto Artest voltam de suas contusões em breve, deixando o Kings saudável pela primeira vez desde que a Xuxa saiu naquele filme comendo aquele pivete.
Muita gente deve estar torcendo o nariz, mas a verdade é que o Kings é o time mais injustamente menosprezado da Liga. Eu sei, eles não têm ninguém atlético na equipe, ninguém que jogue com força no garrafão, ninguém no time de Sacramento é capaz de abrir uma lata de palmito, por exemplo. O mais próximo disso é o Mikki Moore, que é tão viúva do Kidd quanto o K-Mart, mas não o Kevin, o Kenyon, não confundam, por favor.
Enquanto esse bando de jogador esquecido não consegue se reunir para tentar mostrar que podem fazer um belo dum estrago enquanto ainda há pilhas alcalinas no Bibby, o Kings vai todo desfalcado se esforçando para que se lembrem deles. Os 11 segundos finais da vitória de ontem contra o Mavs podem ser um belo de um começo. Não fiquem muito assustados caso o Kings apronte várias dessas até a temporada terminar.
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Danilo
por volta das
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007
"Both teams played hard"
Voltamos com nossa coluna "Both teams played hard", em que respondemos suas perguntas com a mesma graciosidade de Rasheed Wallace. Nessa semana, perguntas sobre o Wolves, basquete nacional e europeu. Ou seja, se você não ler, não estará perdendo muita coisa.
Se você tiver alguma pergunta para nós, basta usar a caixa de comentários dessa coluna e ter a paciência zen-budista de esperar mais uma semana. Fique à vontade, também, para comentar nossas respostas ou nos enviar fotos "fotolooooguiiii" de sua irmã bonita. Sinta-se em casa. Agora, vamos às perguntas.
Leandro:
gostaria de dar uma sujestao de fazer uns tópicos comparando times da euroliga e da nba(os melhores e os piores tbm). afinal sao nesses lugares que estao os melhores times do mundo,os esquemas taticos mais interessantes e tudo mais.
mas é isso..
Denis:
Tem razão, a Euroliga tem esquemas táticos interessantes, ótimos jogadores com muito talento e inteligência. Lá quem comanda o basquete não está interessado só em show, enterradas e em faturar em cima de atuações individuais de jogadores fominhas. Lá nunca ninguém vai fazer 81 pontos ou coisa do tipo. Lá o negócio é sério e os jogadores são disciplinados.
Por isso que eu tô pouco me fodendo pra Euroliga e logo não tenho conhecimento o bastante pra comparar nada. Mas já comparei com tênis e futeba, quer mais o quê?!
Charles:
Oq o Wolves tem pra comemorar a não ser a Adriana Lima ?
Que um dia o Jefferson pode ser um bom jogador ? Tipo quase um "Michael Jackson" ? Ou o campeão das enterradas, Gerald Green que tá jogando menos de 10 minutos por jogo?
Danilo:
Eu sou suspeito pra falar porque boto fé nesse Wolves desde o dia da troca. Olha, o Al Jefferson não vai ser o Michael Jordan, mas também não me venha com "que um dia ele pode ser um bom jogador". Agora, nesse instante, nesse milésimo de segundo, agorinha mesmo, o Al Jefferson pode chutar o traseiro da imensa maioria dos alas-pivôs da NBA. Ele tem médias de 20 pontos e 12 rebotes por jogo (fora 1 assistência, 1 roubo e 1 toco), é o quarto em rebotes e o quinto em double-doubles (17 em 23 jogos) além de ser o único jogador, junto com o Dwight Howard, a ter pelo menos uma partida com 30 pontos e 20 rebotes nessa temporada. Ele domina um punhado de jogos, melhorou enormemente da linha de lance livre e faz tudo isso muitas vezes tendo que ser improvisado de pivô, o que obviamente não é sua praia. E o principal de tudo é que ele pode ir aí na sua casa te dar uma baita de uma sova se você não acreditar.
O resto do time é muito inconsistente porque o Ratliff, que é o único cara experiente da equipe, tem idade para ser o pai de todos os outros jogadores. Ao invés de vestiário, o Wolves deveria ter um fraldário.
O Gerald Green-campeão-de-enterradas é o próximo Kobe Bryant, você não sabia? Pelo menos é o que se dizia quando ele foi draftado. O Kobe pessoalmente deu uns conselhos pro Green e talvez um dia ele esteja marcando 81 pontos por aí. Meu palpite pessoal é que em algumas temporadas ele vai ter desaparecido da NBA por completo e estará sendo campeão de enterradas na Europa, onde o pessoal costuma fazer besteira na hora de enterrar.
Fora isso, o resto do time tem bastante potencial. O Sebastian Telfair, apesar de primo do Marbury, parece ser menos débil mental e até gosta de passar a bola, com médias de mais de 6 assistências por jogo como titular. Randy Foye é um baita armador que estaria fazendo barulho se não estivesse machucado. Craig Smith é o "Paul Millsap versão Wolves", sensacional se vindo do banco. Corey Brewer é novato, faz xixi na cama, mas é um baita reboteiro e ainda vai ser uma estrela nessa liga (se não for, e o Al Jefferson não for All-Star um dia, vou ter perdido uma baita de uma grana em apostas por falar demais). McCants está aprendendo a usar o banheiro sozinho agora, o jumper está ficando consistente e o garoto realmente sabe pontuar. Ryan Gomes é um dos meus role players favoritos, faz de tudo em quadra, limpa panela, lava cueca suja com freiada e não reclama.
Ou seja, o time fede bastante mas tem potencial para ser vencedor daqui umas duas ou três décadas. O único problema de ficar botando fé em times jovens-porém-talentosos é que eles podem acabar como o Hawks. Mas os fãs dos lobinhos não precisam ser tão pessimistas, não estar em Atlanta já é um bom começo para comemorar. E montar um time em volta de um cara grande como o Al Jefferson é bem diferente de montar um time em volta do Joe Johnson. Quando vocês ganharem uma equipe da NBA de Natal, crianças, lembrem do conselho máximo do mundo do fantasy: "draftem grande". E se a equipe der lucro, lembre-se do conselho e manda uma graninha pra cá. Obrigado.
Renzo:
Na onda do leandro, solto o petardo.
Lineup 1:
PG - Smush Parker
SG - Allan Houston
SF - Penny Hardaway
PF - Tio Charles Oakley
C - Baby
Dois veteranos, um fóssil, dois jovens fracassados.
Como esse time se sairia ATUALMENTE em nossa combalida
Liga Nacional (BRASIL)?????
Certamente, sem graça não seria...
rs
Considerando a Liga Nacional do ano passado...
Na minha opinião, seriam campeões derrotando Franca apertado na final, fechando o jogo com uma bela ponte aérea de Smush para Tio Oakley, matando por ataque cardíaco 200 pessoas na arquibancada... hahaha
Os idosos Penny Hardaway e Allan Houston certamente se tornariam semideuses
por aqui... rs
Denis:
O Allan Houston ainda consegue chutar de 3? Se sim, ele seria um semideus aqui. O Penny Hardaway ainda chuta de 3? Se sim, ele seria um semideus por aqui. E considerando a idade dos jogadores que disputam o nosso Nacional, eles estariam se sentindo em casa. O único problema é que jogador americano que vem pra cá costuma morrer hoje em dia.
Aliás, outra coisa, vai ter campeonato nacional? Ou vão ter dois campeonatos e um monte de gente vai ficar de briguinha por aí? O basquete daqui é um saco, você começa a se apegar a um time e no ano seguinte ele não existe ou não disputa um campeonato. Na situação que está, certo é o Baby que vai pra Rússia.
Defenestrado por
Danilo
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11:19
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sábado, 1 de dezembro de 2007
O bebê parou de chorar
Lembra quando fizemos um texto falando de como o Kirilenko era um bebê chorão que só reclamava? Reclamava de estar entediado, de não ser envolvido no ataque e de qualquer coisinha que aparecesse. Pois é, ontem ele resolveu parar de chorar mas errou o adversário. Quem fez o texto foi o Danilo e não eu, então não vejo a necessidade dele parar de chorar e voltar a jogar como um all-star bem contra o Lakers!
A verdade é que meu time ontem não teve a menor chance, o Lakers, sabemos, tem seus defeitos, não tem uma defesa confiável e nem é um time reboteiro, mas mesmo que fosse, ontem o Jazz sobrou e são eles que merecem todos os créditos. Mesmo sem dois dos jogadores mais importantes do time, (e dois dos jogadores com arremesso que fazem o arco mais alto da NBA) Boozer e Okur, o time jogou demais e aqueles malditos mórmons branquelos saíram com a vitória.
Kirilenko foi o grande destaque com seu primeiro triple double da temporada com 20 pontos, 11 rebotes e 11 assistências, e ainda seguidos por 6 roubos, 4 tocos e NENHUM turnover, no maior estilo Calderon. Os números já são impressionantes, mas ver o que ele fez na quadra foi mais assustador ainda, e nem foi por causa da sua cara de assustado e do topete ridículo. Foi assustador porque ele sozinho fez todos os jogadores do Lakers parecerem amadores, todo mundo ou tinha a bola roubada, ou tomava toco, ou tentava um arremesso imbecil só pra não levar toco do russo. Falando em russos, outro destaque do jogo foi o novato Kyrylo Fesenko (que é ucrâniano, mas que chamaremos de russo por motivo de preconceito) que em poucos minutos de jogo conseguiu 6 pontos, 7 rebotes e impulsionou a torcida. Fesenko, para quem não sabe, parecia a reencarnação do Ostertag quando chegou no Utah, parecendo ser só mais um pivô branquelo e ruim a ser treinado pelo Ostertag (escola que teve Baby como último representante) mas na verdade o Fesenko se deu muito bem! Recebeu ótimas assistências do AK-47 e aproveitou praticamente todas.
As perguntas que ficam agora são: O Kirilenko jogou assim só porque Boozer e Okur estavam fora? Ele consegue jogar assim com os outros dois em quadra? Ele quer jogar assim com os outros dois em quadra? Ele pega outras mulheres uma vez por ano como sua mulher uma vez permitiu? Muitas dúvidas... mas algo que já não é mais dúvida pra mim é que com o loiro doido ex-bebê chorão jogando assim, o Jazz é candidato ao título do Oeste. E podem cobrar depois! (podem cobrar que eu vou negar do mesmo jeito que nego que disse que o Chicago ia vencer o Leste, eu sabia que eles não aguentavam jogar naquele nível, tipo o Botafogo, sabe?)
- Lembram que eu disse que o Udrih pode ter marcado bem o Parker no Sacramento x San Antonio porque eles se marcavam nos treinos? Então, isso não se aplica no caso Derek Fisher e Deron Williams. Foi um passeio.
- Ontem teve Raptors-sem-Bosh contra Cavs-sem-LeBron. Deveria ter assistido só pra ver que tipo de jogadas o Cavs faz quando o LeBron não está em quadra, eu simplesmente não consigo imaginar. Principalmente no fim dos jogos quando, segundo o Dime Magazine, eles usam a estretégia Fresh Prince of Bel-Air, em que o LeBron é o Will Smith e faz o que vier na cabeça e ai do Carlton se reclamar. Nesse caso não sei quem é o Carlton, eu chutaria o Drew Gooden porque ele não tem noção de ridículo.
Defenestrado por
Denis
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Meu novo chinês

enfiam um boné na cabeça quando são draftados
O Yi Jianlian vai ser uma estrela na NBA.
Eu não trabalho para a máfia chinesa. Não, não ganho nem um centavo do governo comunista para instaurar propaganda vermelha no mundo ocidental (mas bem que gostaria de ganhar). Meus motivos (pelo menos os conscientes) são puramente técnicos. Acho que o chinês joga demais.
Foram apenas três partidas até agora, é bastante cedo para qualquer coisa. Mas mesmo em sua pior partida, em que marcou apenas 2 pontos em 15 minutos de quadra, é impossível não ver muito talento no garoto. Com 2,13 de altura, Yi tem tamanho para ser pivô na enorme maioria dos times da NBA. Joga bem de costas para a cesta e é bom reboteiro. No entanto, tem talento o bastante em seus arremessos para jogar facilmente de ala. O jumper de meia distância é sólido, o da linha de 3 pontos é razoável. É atlético, rápido, bom em tocos e excelente em roubos de bola interceptando as linhas de passe. Mas não é isso que impressiona mais. Quando o chinês recebe a bola e então parte para dentro do garrafão, é como mágica sendo feita, é tudo lindo, perfeito, assombroso, pétalas voam do céu e descrever isso desse jeito realmente deveria deixar minha namorada preocupada, droga. Mas bato o pé: quando parte para dentro, Yi é um monstro. Ele corta com uma velocidade impraticável para seus 2,13 desafiando as Leis da Física. É veloz, explosivo, mantém o equilíbrio no ar e tem muita técnica perto do aro.
Exagero? Boiolisse? Tara bizarra por gigantes chineses? Talvez. Mas acompanhei muitos jogos do Bucks na pré-temporada e sua mais recente atuação, 16 pontos, 8 rebotes, 2 roubos e 2 tocos na vitória contra o Chicago Bulls, me convenceram finalmente a arriscar o palpite do estrelato iminente de Yi.
É o tipo de coisa que os (três) leitores do Bola Presa podem acabar esfregando na minha cara um dia (como a vaga do Al Jefferson num All-Star game) mas eu realmente acredito no que estou dizendo.
E, graças ao Yi, estou interessado e pretendo assistir muito mais jogos do Bucks esse ano. Graças a ele e também ao fato de que as televisões chinesas, que passam os jogos do meu amado Houston, estão dando bem mais atenção para os Veados Roxos. Então não tenho muita escolha, não é mesmo?
Defenestrado por
Danilo
por volta das
00:39
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