quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Casamentos perfeitos
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
As trocas menores
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
Com sobras
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quinta-feira, 7 de maio de 2009
Basquete de playoff
Existe uma percepção, na NBA, de que existem dois tipos diferentes de basquete: o "normal", com o qual todos estamos acostumados na temporada regular; e o "basquete jogado nos playoffs", bastante diferente. Não se trata, no entanto, de uma diferença apenas de importância, com mais pressão da torcida, da mídia ou dos próprios joadores. Trata-se de um basquete mais físico, brigado, em que pancadas não apenas são justificáveis mas aguardadas, necessárias.
Não vimos muito disso na série entre Cavs e Hawks ou entre Mavs e Nuggets até agora, simplesmente porque os jogos foram fáceis demais. Até mesmo o Celtics e Magic de ontem foi um passeio, afinal a equipe de Orlando aparentemente não apareceu para jogar e mandou 4 clones geneticamente alterados e um Rafer Alston, esse de verdade, mas que é como se não fosse. Não houve um basquete tão físico, mas ainda assim o gênio do Alston respondeu a um toque incidental que recebeu na cabeça numa comemoração do Eddie House (após acertar uma bola de três na sua cara) com um baita "pedada, Robinho!" dado com gosto. Os dois se encararam, quase rolou uma bitoca, mas não tivemos nenhum confronto real. Esse vídeo do tapa é genial porque lembra os antigos "replays de pagadinha" (tóim, tóim, tóim) dos finados Sérgio Mallandro e João Kléber, descansem em paz.
Foi em Los Angeles que vimos, então, esse tal de "basquete de playoff" acontecendo de verdade. Os times morderam um ao outro como se suas vidas dependessem disso. Houve muito contato, agressividade e provocação, e ao invés de achar natural eu não podia deixar de pensar no trabalho terrível que estava sendo feito pela arbitragem para evitar aquilo. Não me levem a mal, eu até gosto de bastante de boxe, mas sinto falta dos calções bregamente coloridos.
De fato, acho que eu não ficava tão bravo num jogo desde os bons e velhos tempos em que o Spurs dava um pau no Suns com pancadas do Bowen no Nash e quinhentos lances livres cobrados pelo Manu Ginóbili. Estou acostumado a ver meu Houston Rockets perder porque fede, porque o Rafer Alston forçou arremessos importantes, porque a bola não chegou no Yao e coisas do tipo. Ou seja, estou acostumado a me enervar com o próprio time, mas não estou acostumado a me enervar tanto com uma arbitragem que flutuou do total descaso ao exagero em marcações minuciosas. A verdade é que a arbitragem foi tão confusa que não conseguiu agradar ninguém, afinal os jogadores do Lakers também não estavam satisfeitos. Mas, quando o tal "basquete de playoff" está sendo jogado, uma arbitragem confusa é inaceitável e tem repercussões catastróficas para o espaço-tempo. Ninguém quer colocar o Mike Tyson num ringue e mandar o árbitro ir passear, não é mesmo? Algumas orelhas, certamente, iriam sofrer um bocado.
Para garantir minha choradinha e tirar isso logo do caminho, a arbitragem não deixou Yao Ming jogar. Com duas faltas logo no primeiro período, só conseguiu voltar no meio do segundo. Numa das primeiras posses de bola, então, após pegar um rebote ofensivo, jogou seu corpo contra Pau Gasol (que se encontrava dentro do semi-círculo abaixo da cesta) enquanto arremessava, numa jogada clássica de qualquer armador com um pouco mais de experiência (acho que Billups é o maior PhD do planeta nessa habilidade). Pelo clima do jogo naquele momento, em que o confronto dentro do garrafão deveria ser censurado para as crianças, o que Yao fez foi quase um chamego no espanhol. A falta de ataque marcada no Yao não foi apenas grotesca tendo em vista o andamento do jogo naquele momento, ela também mostrou que os árbitros não sabem para que serve aquele semi-círculo embaixo do aro, onde o jogador de ataque não pode ser tocado indo para a cesta. Outro erro similar foi feito nesse sentido mais pra frente, no terceiro período.
No primeiro tempo, então, o Yao Ming não conseguiu sequer molhar a camiseta e chinesa que lava suas roupas tirou o dia de folga. Carl Landry assumiu a função de jogar no garrafão e, naquele jogo exageradamente agressivo, pegou um punhado de rebotes ofensivos e sofreu trocentas faltas. Jogou muito bem, sem dúvida nenhuma, mas o problema é que Landry erra seus lances livres. Ao todo, acertou 7 em suas 13 tentativas, coisa que Yao Ming não faria (dos 42 que cobrou até agora nesses playoffs, acertou 39).
Foi sem o chinês, portanto, que o Houston teve que correr atrás do prejuízo no segundo período. E o prejuízo já era grande demais, afinal Kobe Bryant estava num daqueles dias de Kobe, aquela expressão de "eu sou foda e não precisaria estuprar nenhuma mulher, a Alinne Moraes deve ser louca por mim" na cara e os arremessos impossíveis caindo constantemente. Shane Battier não podia fazer nada, nesses "dias de Kobe" o melhor a fazer é sentar no chão e jogar um pokerzinho.
O Houston até chegou a liderar a partida no segundo quarto, mas Kobe encerrou o primeiro tempo com uma bola de três para empatar o jogo. Tava na cara que ele faria qualquer coisa que fosse preciso para o time ganhar, até andar sobre as águas, então moralmente o Houston já tava no buraco e se tivesse bom senso poderia ter saído de quadra e se concentrado já no próximo jogo. Teria poupado muita, muita dor de cabeça.
As marcações dúbias da arbitragem, a falta de critério ("pode ou não pode tocar garrafão, professor?"), e o jogo físico em excesso que não foi coibido obviamente iam dar merda rapidinho. Primeiro foi, depois de muito contato no garrafão, uma discussão entre Luis Scola e dois jogadores do Lakers, Luke Walton e Lamar Odom. Cada um ganhou uma faltinha técnica para mostrar pra esposa em casa. Minutos depois, Scola tomou uma cotovelada do Derek Fisher quando ia fazer um corta-luz, e caiu como se tivesse sido baleado por um canhão. Argentinos à parte, a queda pareceu até que um tanto convincente porque a pancada foi de verdade, e o Fisher foi expulso do jogo. Ninguém percebeu, nesse ponto da história da humanidade o Lakers joga melhor com Shannon Brown.
A agressividade continuou. Nos dois garrafões, só sobrava tabefe. Pelamordedeus alguém dê uma olhada no que fazem com Yao Ming em todo maldito rebote ofensivo, seguram seus braços e puxam sua camisa, e após trombar tentando ir pra cesta ainda acaba recebendo um par de faltas de ataque. Olha, vou ser bem sincero, o chinês às vezes fede e mal consegue receber a bola, ele definitivamente não precisa de uma arbitragem que o torne ainda pior! Ainda assim, em quase todas as posses de bola em que tocou na bola (foram poucas), Yao cobrou lances livres. Ele acaba desequilibrando o jogo, é uma pena que tenham feito ele passar tanto tempo sentado e proíbam ele de pegar rebotes no garrafão.
Ainda dava para o Houston alcançar, embora o Lakers estivesse em geral 10 pontos à frente e Kobe estivesse multiplicando pães e transformando água em vinho. Vale dar uma olhada na cesta que o senhor Bryant fez, prova máxima de seu "dia de Kobe":
Se não fosse o suficiente, a pancadaria ainda continuava e ninguém dava a mínima. Até que, na disputa por um rebote, Kobe deu uma cotovelada na garganta de Ron Artest, que saiu como uma bala na direção do árbitro. Uma falta havia sido marcada, mas contra o Rockets. Desesperado, Artest atravessou toda a quadra, no que pareceu para mim todo o trajeto da São Silvestre em câmera lenta, para peitar Kobe e ficarem testa-a-testa. Kobe não é burro nem nada e tirou o corpo fora, Artest foi puxado para longe, recebeu uma técnica, mas aí fez um gesto de "haka" repentino: passou um dedo horizontalmente na garganta, no maior estilo briga de cadeia: "vô te degolá".
Foi expulso, e todo o elenco do Houston teve muito trabalho para tirar Ron da quadra (pelo menos não era para tirar Ron da arquibancada, vejam bem). Com ele em quadra, Yao praticamente sem jogar e Kobe imparável, o jogo já estava perdido. Sem ele em quadra, então, o jogo tava mais perdido do que o Gilberto Barros em horário nobre.
Ter o Ron Artest no time tem dessas coisas: saber que, num jogo importante nos playoffs, a qualquer momento, ele pode perder a cabeça e desfalcar o time. Na noite de ontem estava jogando demais, acertando tudo que arremessava da cabeça do garrafão, e aí numa sequência de 15 segundos já estava no chuveiro. Acho que era isso que os fãs do Kings tanto temiam, e é isso que lhe dá a fama de maluco instável que deixa o time na mão. Sua entrevista coletiva, no entanto, foi uma das coisas mais sensatas que já ouvi.
Artest começou dizendo que, na infância e adolescência, jogava um basquete na rua ultra-competitivo, sujo e agressivo, e que viu um garoto (literalmente!) se matar em quadra uma vez (e você achava que tinha histórias estranhas quando conta, em volta da fogueira, que sua avó uma vez se engasgou um com um Doritos). Então, explicou que está acostumado com esse tipo de jogo mas que, com os anos, foi aprendendo a se controlar e modificar sua forma de jogar.
"É assim que eu cresci, brigando nas quadras jogando basquete. Me levou anos para eu recuar e entender que a liga não era sobre isso, era sobre um tipo diferente de jogo."
Todos nós sabemos que Artest é emocional e perde a cabeça, mas ele realmente não é mais um cara que dará uma porrada em alguém em quadra. Ele atiça, discute, peita, faz seu jogo de animador de luta-livre.
"Pra mim eu achei o jogo legal, achei divertido, mas para essa liga foi agressivo demais - foi um jogo divertido de se participar mas foi agressivo demais e é preciso ter bolas para me golpear na garganta. Mas eu espero que a liga olhe para isso e possamos ir para o próximo jogo."
Assim como eu, Artest também expressou seu desejo de que os árbitros tivessem coibido a agressividade antes, o contato físico excessivo. Segundo ele, Kobe passou o jogo inteiro estapeando seus braços, batendo toda vez que Artest lhe marcava. "Você não vai iniciar nada, eu não vou reagir, vou deixar os árbitros controlarem você", disse para Kobe. Também alertou os juízes. Mas aí tomou a cotovelada, a arbitagem não fez nada, e ele surtou.
"Eu sabia que receberia uma falta técnica, o objetivo era, de preferência, fazer os árbitros verem que eu estava puto, que eu estava cansado desse cara."
Bem, que ele estava puto acho que todo mundo conseguiu perceber, imagino que a eminência de cortar a garganta de alguém seja algum tipo de linguagem universal. Mas será que os árbitros perceberam o que Kobe fez? Notaram que o jogo havia saído do controle ainda no primeiro quarto? Que eles eram responsáveis pelo confronto inicial ter ido longe demais? O Artest curte o confronto, já bateu boca antes com o Kobe, seu grande ídolo do basquete, mas nem mesmo ele quer que a brincadeira chegue a esse ponto.
"Nós nos enfrentamos antes, sem socos, sem cotoveladas, apenas confronto. E então eu fiz isso, era uma falta técnica, mas uma expulsão?"
Segundo Artest, o Kobe é que deveria ter sido expulso. Em sua entrevista coletiva, Bryant disse discordar, alegando que ninguém deveria ter sido expulso em momento algum.
"Pra ser honesto, acho (o Artest) ótimo, não acho que ele deveria ter sido expulso por isso, esse é um basquete competitivo, ele não vai recuar e sabe que eu não vou recuar. (...) Estávamos apenas disputando posição embaixo do garrafão, não foi nada malicioso de modo algum"
No fundo, é um modo de tirar o corpo fora e evitar qualquer tipo de punição. Disse que "o Artest não disse nada" para ele quando veio peitá-lo, e afirmou que a partida "foi um bom jogo físico". Legal, deve ter sido bom mesmo para o lado vencedor, se o Kobe tivesse sido expulso ou tivesse jogado meia dúzia de minutos e tivesse um blog, provavelmente estaria fazendo um post parecido com o meu, mas não tão bem humorado.
Artest lembra que num jogo de playoff, quando Ginóbili acidentalmente cortou seu lábio, Ron Ron ficou bravo e levantou os braços, atingindo o argentino. Por esse ato, que não foi uma cotovelada, acabou punido com uma suspensão de um jogo. Eu duvido que Kobe será punido e, na verdade, torço para que ele não seja. Que se lasque o fato de que o Houston ganharia o jogo com os pés nas costas sem o Kobe em quadra, por acaso eu esperei uma temporada regular inteira para assistir meu time enfrentando o Lakers sem sua maior estrela? Que jogo porcaria seria, uma perda de tempo. Se for para vencer essa série, o que já é improvável o suficiente, não seria legal ter motivos idiotas para isso. Eu não iria querer que o Houston Rockets fosse campeão depois de ter sido convidado pela FIFA para participar daquele torneio de verão, como o Corinthians (alfinetei!). Tudo que eu quero, crianças, é uma série disputada, competitiva, divertida, em que os jogadores dos dois lados tenham chances de ficar em quadra e não abrir a cabeça de ninguém com um pé-de-cabra. Será que é pedir demais?
Gostaria de acabar com esse mito idiota do "basquete de playoff". Um contato que é faltoso na temporada regular também é faltoso nos playoffs. A culpa é do critério da arbitragem, como se seguisse um estranho senso comum, de que na pós-temporada vale violência, o que traz apenas confusão e agressividade desmedida. Quando um árbitro entra em quadra disposto a apitar diferente porque "isso aqui é playoff, vai rolar mais porrada mesmo", as chances do jogo saírem do seu controle são grandes demais e depois não dá para recuperar sem que algum dos lados - às vezes os dois - esteja muito prejudicado.
Vamos ser honestos, tenho Ron Artest no meu time, se puder rolar porrada é o Houston quem sairá sempre prejudicado. A equipe do Houston é bastante física (depois que o T-Mac saiu), o garrafão é forte e o elenco é um dos melhores em lances livres na NBA, mas se as cotoveladas rolarem soltas ignoradas, não tem nem as faltas (que gerariam lances livres) e nem Ron Artest, que vai acabar indo dar um passeio.
A série agora vai para Houston, na minha torcida de uma mudança de postura dos árbitros responsáveis. Também espero que Kobe esteja presente - contra o meu time ou não, quero ver mais bolas inacreditáveis, arremessos espíritas, bolas na tabela. Quero ver mais Kobe em "dia de Kobe".
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Danilo
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terça-feira, 5 de maio de 2009
Episódio 1
O primeiro episódio do Clássico Bola Presa foi contado. E deu o time do Danilo, Rockets 1 a 0. Também começou uma outra série menos importante para este blog, em que o Orlando, assim como o Houston, afanou o mando de quadra.
Cada jogo teve sua história e as duas séries, que acredito que vão ser bem longas, deixaram mais perguntas do que respostas.
Primeiro, qual é o Celtics que vai jogar daqui pra frente? É o que perdeu jogos em casa para o Bulls e que foi humilhado pelo Orlando no primeiro tempo ou é o Celtics que dominou o jogo 7 com uma defesa sufocante que lembrou os playoffs do ano passado e que, novamente com uma defesa assustadora, quase virou um jogo perdido? Acho que nem o Paul Pierce sabe responder.
O Ray Allen disse ontem que é inaceitável o time só acordar quando a água bate na bunda, mas se serve como consolo, o nível do jogo deles quando de repente acordam é nível para fazer até o Cavs suar bastante.
Por outro lado, o Orlando teve um jogo idêntico ao da série contra o Sixers, o que é bizarro! Como você tem um jogo exatamente igual contra times de níveis tão diferentes? Assim como contra o Phila o Dwight Howard dominou os rebotes mas foi discreto no ataque, assim como na série anterior eles tiveram uma movimentação de bola maravilhosa e dominaram o jogo até uma amarelada Dirkesca na quarto período para deixar o jogo disputado de novo.
A mesma amarelada de quando perderam uma liderança confortável em 3 dos 6 confrontos de primeira rodada. A única mudança no time foi que ao invés do grande novato Courtney Lee, que ainda está machucado, o Orlando contou com belas partidas de JJ Redick e principalmente do meu querido jogador ainda disponível para trocas no fantasy, Mickael Pietrus.
A série será definida a favor de quem for mais consistente ou pelo menos mais eficiente em seus momentos bons. O Orlando ontem lidou bem com a perda da vantagem porque jogou muito bem antes, uma distância menor no placar e a vitória já era. Pelo Celtics, se eles pegam no breu quando o jogo estiver empatado (como no jogo 7 contra o Bulls) aí o adversário já era, é Eddie House na cabeça!
A jogada mais curiosa da noite foi quando o Rajon Rondo recebeu um passe da linha de fundo na defesa mas não pegou a bola para não disparar o cronômetro, na linguagem NBAlística ele estava "walking the dog", levando o cão pra passear. Sempre achei arriscado fazer isso e finalmente tive a prova de que é mesmo quando o Rafer Alston saltou no chão e pegou a bola. A jogada, quando o Orlando liderava por 9, seria tacar o zap na testa do marreco. Mas de alguma forma o Rondo salvou a bola e ajoelhado atirou para ninguém mais, ninguém menos do que Brian Scalabrine, que acertou de três e colocou o Celtics de volta ao jogo.
Depois dessa jogada e de uma bola de 3 do Paul Pierce, a torcida foi ao delírio e durante uns dois segundos até torci para o Celtics ganhar, mas não deu mesmo, não dava mais tempo. O resumo do jogo e essa jogada do Rondo podem ser vistas nesse resumão:
No Oeste, onde realmente interessa, o jogo foi terrível para o Lakers e começou para o Houston como começou contra o Portland, hen hao.
O Kobe estava com um problema na garganta que o impediu de treinar no dia anterior ao jogo e de treinar antes da partida, acho que por causa disso ele começou o jogo arremessando muito, deve ter sido pra se aquecer.
Pior que essa atitude do Kobe é um dos sinais de derrotas do Lakers segundo minha experiência pessoal. Os 3 sinais são:
1. O Kobe arremessa demais (e erra!) no primeiro quarto.
Quando ele começa com essa gana toda é porque quer provar algo a alguém e quando acerta, como no jogo 4 contra o Jazz, é vitória certa. Quando erra é sinal de que ele está num dia que nada dará certo e ele não irá parar de arremessar mesmo assim. Mas que fique claro que apesar desse sinal, o Kobe não chutou tão mal ontem, só falhou na linhas dos 3.
2. O time adversário cobra muitos lances livres.
A defesa do Lakers nem sempre é boa, mas um sinal de que está péssima é quando o time adversário bate muitos lances livres. O Rockets bateu 29 e acertou 26.
3. As bolas de 3 não caem.
Um dos jeitos de marcar Bynum e Gasol é cercar eles de corpos e trombar, usar o jogo físico. Fechar o garrafão também é um jeito do Kobe infiltrar menos. Para abrir o garrafão, as bolas de 3 devem cair. Ontem foram apenas 2 bolas de 3 em 18 tentadas. Fracasso.
Segundo o sábio Phil Jackson, é difícil o Lakers jogar pior do que ontem, então todo mundo, inclusive eu, espera que o Lakers não tenha mais um jogo medíocre na série. O problema desses jogos extremos (seja no dia em que tudo dá certo ou no em que tudo dá errado) é que ele esconde o que foi mérito ou demérito do time em questão e o que foi responsabilidade do time adversário.
Esse jogo forçado do Kobe foi causado pela marcação dura de Artest e Battier (que sangrou feito boxeador depois de uma colisão com o Vujacic), pela saúde que o incomodava ou por que ontem, com razão, não estava confiando nos companheiros? Os lances livres em excesso do Houston foram porque o Lakers sentiu falta do Bynum no garrafão, que saiu cedo com faltas, ou o time simplesmente não tem as armas para marcar o Houston? As bolas de 3 não caíram devido à forte marcação do Rockets ou só foi um dia ruim com a confiança abalada?
O passado dessa temporada indica que foi só um jogo ruim, volta e meia o Lakers é capaz de ser medíocre mesmo. Mas pra quem viu o jogo e a série do Rockets com o Blazers, é também óbvio que o Rockets está numa ótima fase.
Não tenho dúvidas de que o jogo difícil do Lakers foi causa própria e do adversário, falta saber o peso de cada uma e respostas de verdade começaremos a ter a partir do jogo 2 e de maneira mais completa depois de pelo menos um jogo em Houston.
Falemos bem do Houston agora. Primeiro destaque para o Yao Ming, que não só deixou o Bynum com problemas de falta desde a primeira posse de bola do jogo, como também foi perfeito no ataque e fez sua melhor imitação do Paul Pierce ao deixar o jogo gritando de dor no joelho para depois voltar torturando o Lakers. Maldito chinês que não errava jumper!
Destaque positivo para o Ron Artest também, cuja missão principal é parar o Kobe (que, segundo o Artest, é pior que o Brandon Roy) mas acabou se destacando mesmo como força no ataque.
Por não ter um grande marcador de pontos, o ataque do Houston é bem questionado, mas faz tempo que eles sempre acham pelo menos um que salva a equipe. Às vezes, como ontem, é o Artest, outras vezes o Aaron Brooks, outras o Von Wafer e na série contra o Blazers foi o Luis Scola. Eles sempre dão um jeito de fazer seus pontinhos.
Agora o segredo ofensivo para o Rockets se dar bem independente de quem esteja em seu dia de cestinha é o Aaron Brooks continuar sendo agressivo e infiltrando. Isso serve pra todo jogo. É sua agressividade que deixa o time menos estático, acho que com o Alston o ataque do Houston era pior porque ele se empenhava tanto em ser o cara que mais dava bola para o Yao Ming que esquecia da sua função de atacar a cesta. O Brooks combina bem o número de passes para o pivô com jogadas individuais, que eventualmente até acabam com enterradas do Yao, que recebe depois do corte da marcação.
Repito que essa opção tática serve sempre para o Houston, mas na série contra o Lakers serve ainda mais. O LA tem muita dificuldade em marcar armadores rápidos, culpa da idade do Fisher e da limitação do bom Shannon Brown, que roubou o lugar do Farmar no time titular justamente porque o "outro Jordan" não sabe defender. Sempre que o Lakers enfrenta armadores agressivos assim (Deron Williams é meu trauma principal) é desastre certo.
Para se defender melhor dessas infiltrações, o Lakers precisa de ameaças defensivas no garrafão, e aí entra a função do Yao de sempre manter o Bynum ocupado e, se possível, se preocupando com números de faltas.
Ainda teria muita coisa pra falar, essa série vai longe. Os confrontos de Artest/Battier x Kobe, Bynum/Gasol x Yao, Wafer x Vujacic, Brooks x armadores e também dos técnicos tentando impor ritmos de jogo diferentes pra cada equipe renderão inúmeras histórias até o fim da série. Até lá continuo brigando com o Danilo.
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Denis
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terça-feira, 14 de abril de 2009
Tatuagens e bolas de 3
Lembram que um tempo atrás eu fiz um post comentando as melhores e piores tatuagens de toda NBA?

Reparem na mãe no lado direito do peito, Jesus no lado esquerdo e um monte de rabisco que eu não consigo imaginar o que seja mas que sabemos que não é a sua mãe. Ele também tem estrelinhas no ombro como se fosse uma garotinha de 16 anos que fez tatuagem com autorização por escrito dos pais. Sem dúvida um dos jogadores mais tatuados de toda NBA.
Mas ele entrou nos noticiários ontem não pelas tatuagens, mas porque chegou muito perto de igualar o recorde de bolas de 3 pontos da história da NBA e fez o recorde de bolas de 3 dessa temporada. Ele meteu 11 bolas de longa distância, o recorde é de 12, dividido por dois jogadores.
Quem fez primeiro o recorde foi Kobe Bryant, que acertou 12 dos 18 que tentou (mesmo número de tentativas do JR Smith na noite de segunda-feira) em um jogo contra o Seattle Sonics em 2003. Engraçado é que aquele Sonics tinha o Ray Allen e o Rashard Lewis, se eu tivesse que apostar que alguém naquele jogo quebraria um recorde de bolas de 3 pontos, o Kobe seria apenas minha terceira opção.
Antes do jogo contra o Sonics o Kobe tinha acertado apenas 1 dos últimos 14 arremessos de 3 pontos que tinha tentado nos 3 jogos anteriores e tinham saído algumas matérias na imprensa americana dizendo que ele não deveria continuar arremessando tanto de 3 porque não era o ponto forte do seu jogo. Foi uma bela resposta.
Nesse mesmo jogo o Kobe estabeleceu outro recorde, ele acertou seus 9 primeiros arremessos de 3, fazendo a maior sequência de bolas de 3 sem nenhum erro. Esse recorde foi igualado no mesmo ano pelo Latrell Sprewell e em 2006 pelo Ben Gordon.
Aqui o vídeo dos 12 acertos do Kobe:
O outro detentor do recorde de 12 acertos é ninguém mais ninguém menos que Donyell Marshall! Pois é, pois é, o lixo do Donyell Marshall, o cara que quase entrou em quadra sem o uniforme tem um recorde da NBA. Ele acertou 12 arremessos em 19 tentados em uma partida contra o Philadelphia 76ers. Aqui o vídeo:
Eu acho que esse recorde do Kobe e do Donyell tem tudo para ser conquistado pelo JR Smith. Ele tem o talento, tem uma confiança inabalável no seu próprio chute e tem a liberdade de poder arremessar quando quiser ou se não tem, parece que tem, se o George Karl não libera ele pra arremessar quando dá na telha, o JR Smith tem o desobedecido há alguns anos.
Além disso ele é bem jovem, são anos e anos a frente com inúmeras chances de ficar arremessando como um doido. Nessa temporada, por exemplo, ele teve 7 jogos onde tentou mais de 10 arremessos de 3 e em 10 ele acertou pelo menos 5 arremessos de longa distância! Esse cara é uma aberração. E o que os números não mostram são os tipos de arremesso que ele tenta (e acerta), dá uma olhada nos arremessos que ele fez ontem, o último que ele acertou é simplesmente demente, insano e retardado.
Legal ele ter feito essa atuação também logo depois que eu disse no post anterior que eu achava que com dedicação o JR Smith poderia ter média de mais de 20 pontos por jogo numa boa. Com essa qualidade de arremesso ele pode mesmo, não é nada normal um cara ser capaz de acertar arremessos tão marcado e tão desequilibrado como ele consegue.
E alguém tem algum outro palpite para quem pode também ameaçar esse recorde de 12 bolas de 3? Eu não duvido que o Eddie House possa conseguir ter um jogo assim um dia. Pra quem não lembra, o Eddie House chegou a acertar 8 bolas de 3 em um jogo nessa temporada. Contra o Kings também, claro:
Como eu comecei o post falando de tatuagens só porque achei aquela foto bacana do JR Smith, termino falando de tatuagens também só porque achei uma outra foto legal. Naquele post que eu tinha citado tem uma foto da tatuagem "Chosen One" (o escolhido) que o LeBron tem nas costas. Agora vejam o que o Anderson Varejão tem nas costas.

O Varejão tem 16 tentativas e nenhum acerto de bolas de 3 na sua carreira na NBA.
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Denis
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terça-feira, 20 de maio de 2008
Finais de Conferência - Leste
Como fizemos com as semi-finais e com os confrontos da primeira rodada, vamos analisar o que cada time precisa para levar paca casa o caneco de campeão de sua Conferência. Para começar, uma olhada na final do Leste que começa hoje, logo após, aliás, do sorteio do draft, e deu pra acompanhar os dois aqui ao vivo no chat do Bola Presa, o lugar já tradicional pra quem quer bater um papo camarada e assistir aos jogos ao mesmo tempo, o que deixa todo mundo meio estrábico. Mas o Bola Presa não vai pagar indenização pelo seu futuro problema de visão, já basta a grana que desenbolsamos mensalmente com processos por danos morais.
Celtics vs Pistons
O que o Celtics precisa fazer para vencer a série: Organizar o ataque é a primeira coisa que deve vir à mente dos jogadores do Boston Celtics. Suas jogadas ofensivas são falhas e o time parece, sempre que a defesa adversária aperta um pouco, jogar no improviso e no desespero. Se temos certeza de uma coisa na vida é de que o Pistons vai defender como nunca, nem da nossa própria morte podemos ter tanta certeza assim. Se o ataque do Celtics não for calmo, planejado e cadenciado, serão sufocados pelo Pistons e terão poucas chances de vitória.
Melhorar as ações ofensivas também inclui saber utilizar Ray Allen. O arremessador que deve ter inspirado o filme "Melhor é Impossível" graças a todos os seus transtornos obsessivos compulsivos antes dos jogos vem tendo atuações pífeas nos playoffs, em parte porque não acerta arremessos nem nos treinos, em parte porque a execução ofensiva da equipe não lhe oferece oportunidades de arremessar nas situações que lhe são mais favoráveis. Ficar brincando de isolar Pierce e Garnett é coisa de técnico burro como o Mike Brown, do Cavs. Para vencer, Doc Rivers precisa criar movimentação de bola e ter certeza de que Ray Allen estará envolvido no jogo desde os minutos iniciais, mesmo se a pontaria estiver descalibrada.
Outra coisa que o Doc Rivers deveria aprender com as falhas do técnico do meu Houston, o Rick Adelman, é manter a rotação que deu certo na temporada regular. Eu sei, sentar o Sam Cassell e colocar o Eddie House em seu lugar mudou a série contra o Cavs, mas o Cassel não conseguia acertar nem uma bolinha sequer. O Leon Powe ir pro banco pra dar lugar pro Glen Davis é mais complicado, e no fundo os jogadores ficam sem saber quais seus papéis e quanto tempo vão jogar, reina aquele clima de que "playoff é diferente" e aí se foge do esquema que deu certo e venceu mais de 60 jogos na temporada regular.
Na defesa, que era o forte do Celtics até eles largarem mão contra o Cavs, o Celtics tem todas as armas possíveis para parar as armas do Pistons, a não ser Rip Hamilton. Como Ray Allen vai lidar com sua marcação pode ser o ponto decisivo da série. Fazer Hamilton suar na defesa pode ser a solução, o que nos faz voltar novamente à importância de um Ray Allen que participe ativamente do ataque.
O que o Pistons precisa fazer para vencer a série: Desencanar do ataque e se focar na defesa. Essa é uma série perfeita para o Pistons ganhar por 2 a 0, placar de futebol mesmo. O time de Detroit tem muitas armas ofensivas, um ataque mais fluido e entrosado, e não precisa se concentrar muito nisso, apenas levar o esquema ofensivo com a barriga. No entanto, se eles guardarem suas energias para a defesa, o Celtics vai expor cada uma de suas fraquezas e chorar mais do que torcedor do Jazz. Defesa forte, de quadra inteira, sem medo de dobrar em Paul Pierce e deixar Rajon Rondo arremessar, e a série estará no papo.
É essencial que, no ataque, o jogo fique bastante focado no Billups. Na temporada regular, com sua experiência e físico, Billups mostrou que o Rondo é apenas um fedelho que completa o Celtics, não o Quarto Fantástico. Brutalmente mais forte do que o armador de Boston, Billups pode jogar de costas para cesta, levar o jogo para o garrafão e criar espaço para si e para os companheiros. Não estranhem se Billups for o cestinha da série e, caso aconteça, as chances de vitória do Pistons serão grandes.
Além dele, Rip Hamilton deve tentar colocar a série nas costas. Sendo marcado por jogadores defensivamente inexpressivos como Rondo, Ray Allen e Eddie House, o Hamilton deve punir o Celtics com quatrocentos pontos por jogo. Se o Celtics for obrigado a colocar um jogador mais defensivo em quadra só para isso, como o James Posey, por exemplo, então o ataque já problemático do Celtics estará ainda mais desprovido de ajuda, desestabilizado e fora do seu ritmo habitual.
Defenestrado por
Danilo
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11:36
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domingo, 25 de novembro de 2007
Sorte de campeão
Às vezes o mais difícil para um time grande é ganhar dos times meia-boca. Você se concentra para enfrentar Spurs, Mavs, Pistons, e aí é obrigado a ir pra Charlotte enfrentar os Bobgatos, que estão sem o Gerald Wallace, ainda por cima. É o tipo de jogo em que você boceja e não tem muita vontade de se dedicar - menos o KG, claro, porque ele se dedica, ele corre, ele grita, ele estoura as veias do pescoço, tem aneurismas e derruba a parede do ginásio com uma cabeçada se for preciso.
Fora o Garnett, que não é humano, é natural dar uma relaxada em jogos assim. Mas o Celtics parece ter tudo a seu favor e, até quando devia perder, ganha meio sem querer.
Perdendo por 2 pontos, 4 segundos para o final, cobrança de lateral com posse de bola para o Bobcats. Jogo perdido para os verdes, né? Se ao invés desse Celtics fosse o Clippers azarado, ou o Hawks, a bola bateria na mão do Eddie House e entraria numa cesta contra, aumentando a vantagem do Bobcats para 4 pontos. Mas não: a bola bate nas mãos do Eddie House, cai nas mãos do Pierce, que manda pras mãos do Ray Allen, que faz história. Cagadas de time campeão mesmo.
O Jason Richardson, que cobrou o lateral com o mesmo talento com que o Scott Pollard penteia o cabelo, pediu desculpas para seus companheiros ao fim da partida, dizendo que ele sozinho havia perdido o jogo que seu time havia ganhado. Coitado, fiquei até com dó. Mas não é nada que ganhar 10 milhões não faça ele esquecer logo...
Agora, dê uma olhada no vídeo do arremesso e tente descobrir quem é o coitado do Bobcats que desaba no chão quando vê que perdeu o jogo...
Defenestrado por
Danilo
por volta das
15:59
7
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sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Armador para quê?
Sabe quem será o armador principal do Boston Celtics? A resposta: ninguém.
Rajon Rondo, o pivete, vai ser o titular na armação, mas que fique bem claro que é apenas questão de formalidade. Poderia muito bem ser eu lá em seu lugar e ninguém sequer perceberia.
Nos jogos até agora, Rondo recebe a bola em mãos para correr para contra-ataques, utilizando sua velocidade. Mas ele não chama as jogadas, não estrutura o ataque, não comanda o show. O estilo do Celtics no momento, pouco ortodoxo, deixa a bola na mão de todo mundo. Basta ser um jogador e estar vestido de verde para poder iniciar uma jogada. Na maior parte das vezes, quem começa os ataques é Ray Allen, mas a variação é enorme, passando por Pierce, Garnett e até mesmo o Kendrick Perkins, na cabeça do garrafão. A função do Rondo é simplesmente estar em quadra, defender e arremessar quando livre. E veja bem: eu disse "arremessar", não "acertar seus arremessos". Ou seja, eu realmente poderia estar lá no lugar do Rondo: eu respiro, sou um mamífero, bípede, corro e também erro meus arremessos.
Outra posição que gerava dúvidas para o Celtics era a de pivô, mas Kendrick Perkins se saiu assustadoramente bem nas duas partidas até agora. Não se engane pelos número pouco expressivos, Perkins está bastante ativo em quadra, brigando por todas as bolas e sendo envolvido no ataque. Apesar das inegáveis opções ofensivas da equipe, Perkins ainda assim recebeu várias bolas no garrafão para definir contra seu marcador. O espírito de equipe é tão grande que até quem não tem talento ofensivo recebe a bola pra finalizar. Coloque um cone lá e o Garnett vai insistir que ele também deve arremessar.
Espírito de equipe esse que, aliás, se extende ao banco de reservas. Eddie House sempre foi um louco chutador desvairado que anda pelas ruas arremessando pessoas nas latas de lixo, mas no Celtics ele está tão empolgado que duas coisas inéditas estão acontecendo: ele está passando a bola, e seus arremessos estão caindo. Por vezes, mesmo com o Garnett gargalhando sozinho da sorte que teve de ir para Boston, Eddie House parece o jogador mais feliz do elenco. Acho que é isso que a possibilidade de ganhar um anel faz com as pessoas...
Além dele, Tony Allen volta a ganhar confiança em seu joelho, Esteban Batista não defende nem o Ostertag mas se garante no ataque, e o gordo do Glen Davis mostrou talento e um alcance no arremesso que eu nem imaginava.
E assim, o Celtics parece bem montado e funcionando razoavelmente. Não há armação convencional, armador principal, armador reserva, o ataque parece um tanto porra-louca e o banco faz o que quer, mas mesmo assim dá pintas de se tornar imbatível.
Me coloca no lugar do Rondo, por favor. Eu ganho um anelzinho só e depois volto pra casa...
Defenestrado por
Danilo
por volta das
00:33
0
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