sexta-feira, 23 de julho de 2010
Summer Leagues - Os veteranos
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quinta-feira, 11 de março de 2010
Deu tudo errado
Ninguém na liga chega perto de Clippers e Blazers na hora do azar, isso é claro, mas se hoje existe um time que luta pelo terceiro lugar é o Timberwolves. Eles também entram no clube dos times que tem talento, que parecem fazer a coisa certa, mas que depois, por qualquer razão, essas decisões parecem as mais erradas possíveis.
Vamos resgatar o Wolves ao fim da temporada passada. Mais uma temporada ridícula, mas que serviu para consolidar Al Jefferson como um dos melhores pivôs da NBA (ano passado houve quem defendesse que o pivô só não foi para o All-Star Game pelas poucas vitórias do Wolves, mais ou menos o que houve com Brook Lopez nesse ano). Depois de vir como uma mera aposta na troca de Kevin Garnett, um cara que ninguém sabia se conseguiria render como pivô ou só como ala de força, Jefferson provou não só que era bom mas que conseguia ser bom toda noite. O time fedia e perdia, mas sempre com uma boa atuação do pivô. No caminho ele até desenvolveu um dos melhores "fakes" de um pivô na NBA. O fake não é aquele perfil ridículo que você tem no Orkut, é quando o jogador finge que vai arremessar mas não arremessa, um bom exemplo está nesse vídeo, onde ele engana o Yao Ming umas três vezes.
Sem contar que o cara tem um grande coração, vocês já viram quando ele beijou o Tim Thomas na boca depois que o Thomas, seu adversário, acertou uma bola de 3? Al Jefferson, o último romântico.
Além da ascenção e consolidação de Jefferson, a temporada passada serviu para todo mundo perceber que Kevin Love seria um dos poucos americanos brancos a vingar na liga. No começo pareceu uma decisão estranha ter trocado OJ Mayo por ele no dia do draft, mas alguns meses depois e Kevin Love já estava sendo a máquina de rebotes que é até hoje. Ao lado de outro branquelo, o David Lee, é um dos jogadores que você já conta com um double-double antes do cara pisar na quadra.
Essa temporada era para simbolizar uma nova franquia. Eles tinha uma dupla de garrafão bem sólida com Jefferson e Love para construir um time em volta, tinham escolhas boas de draft e ainda trocaram de General Manager, mandando embora Kevin McHale e contratando David Kahn, e um novo técnico, Kurt Rambis. Jogadores bons, jovens, garrafão forte e novo técnico era tudo para apostar no Wolves para ser o que Thunder e Grizzlies estão sendo.
Eu não conhecia o Kahn, mas gostei dele por ele ser o manager mais aberto que já apareceu na NBA. Lembro que não economizou entrevistas quando chegou, no dia do draft, e ainda mandou uma carta aos fãs do time (aquela meia dúzia de viúvas do Garnett) explicando todas as suas ações. E, para nossa surpresa, elas até que faziam sentido.
Uma dessas decisões era a contratação do Kurt Rambis, o cara mais brega da história da NBA. Ele tinha sido assistente técnico do Phil Jackson por anos e era muito cotado para ser o herdeiro do Zen Master no Lakers quando ele se aposentasse, mas preferiu assumir o risco de pegar um time que estava começando do zero. A escolha de Rambis, pelo o que Kahn disse (alguém consegue ler esse nome sem lembrar do Gengis Khan ou do Shao Khan?), foi porque se interessava em implantar o sistema de triângulos que o Rambis ajudava a aplicar no Lakers. Porém, ao mesmo tempo, o novo Manager disse que no dia do draft escolheu dois armadores, Jonny Flynn e Ricky Rubio, porque queria copiar a combinação de Isiah Thomas e Joe Dumars que o Pistons do fim dos anos 80 usava.
Essa indecisão entre estilos de jogo parecia o primeiro sinal de que a temporada do Wolves poderia não dar certo, mas acabou não dando em nada porque outra coisa deu errado. Não dá pra usar os dois armadores juntos se eles nem estão no mesmo país. Ter a sorte de conseguir draftar o jogador mais esperado dos últimos anos veio seguida do azar de o pirralho espanhol decidir passar mais tempo na Espanha. O experimento Flynn-Rubio ficou adiado por pelo menos um ano, talvez dois e talvez para nunca, já que dizem que é possível que o Wolves troque os direitos do Rubio antes que ele vá para os EUA.
Kahn, Love, Jefferson, Rambis e Flynn. Tudo parecia lindo e promissor até começar a cheirar mal. Vamos por partes:
Al Jefferson: Mesmo talentoso e romântico, ele fedeu nessa temporada. Começou muito devagar e por um tempo achamos que era porque ele não fez pré-temporada, afinal estava voltando de contusão e parecia ainda fora de forma. Mas o tempo foi passando, passando e agora, a um mês do fim da temporada, ele só jogou no mesmo nível da temporada passada um punhado de vezes, uma decepção. Só não vai ganhar o prêmio Monstars de jogador que mais involuiu na temporada porque o outro Jefferson, o Richard, conseguiu ser pior. Se ano passado ele era talvez o melhor pivô do Oeste, nessa temporada ficou atrás de, no mínimo, Nenê, Kaman e Bynum.
David Kahn: Errou ao chegar no dia do draft antes de ter escolhido um técnico, depois falhou (tá bom que não foi só culpa dele, mas falhou) ao não conseguir trazer Rubio para a NBA. Depois ainda deu o azar de a sua outra escolha, Jonny Flynn, não estar nem perto de ser o melhor armador do draft. Muitos acreditavam nisso na época da escolha e até por isso não dá pra jogar toda a culpa no Kahn, mas é no mínimo um baita azar que, alguns meses depois, Flynn seja cotado para ter um futuro menos promissor que Steph Curry, Brandon Jennings, Ty Lawson e Darren Collison, todos outros armadores principais escolhidos depois de Flynn. Lawson chegou até a ser escolhido pelo Wolves e trocado por uma escolha futura.
Jonnt Flynn: Como acabei de dizer, está longe de ser o melhor armador do draft, mas nem é pelo ranking entre os novatos que ele decepciona. Mesmo sem comparar com outros e só olhando a sua atuação no Wolves, parece que ele não se achou dentro da equipe. Às vezes segura demais a bola, às vezes quer ser herói no final dos jogos e por muitas vezes lembra o lado ruim do TJ Ford por ter uma velocidade absurda e não saber usar isso para mudar o jogo. Talvez acabe sendo melhor que outros armadores de sua classe, mas é hoje, ao lado de Jrue Holiday, o armador mais cru, despreparado para a NBA, do Draft 2009.
Kevin Love: Até o que está dando certo, dá errado. Love continua jogando bem, sendo um ótimo passador, reboteiro e tudo mais, mas não conseguiu se entrosar direito com Al Jefferson e acabou sendo opção do técnico para o banco de reservas. Com isso Love divide menos tempo com Jefferson e deixa o quinteto que vem do banco um pouco mais forte. Uma solução até inteligente, mas até onde vai o Wolves se Love e Jefferson não sabem jogar juntos? Em entrevista recente Love jogou boa parte da culpa no técnico Kurt Rambis.
Kurt Rambis: Sempre sobra para o técnico. Como havíamos previsto no começo da temporada, aplicar o sistema de triângulos em um time jovem como o Wolves seria um desafio. O Señor Amor jogou a culpa no técnico porque disse que hoje, depois de mais de 60 jogos na temporada, o time ainda não sabe direito o que fazer em quadra. Não sabe como se movimentar, quando vão receber a bola, nada, um bando de gente perdida como vestibulandos em dúvida entre Direito, Artes Plásticas e Engenharia Química.
Como se não bastasse o ataque ser perdido, a defesa é um lixo. Em pontos sofridos a cada 100 posses de bola o time tem a 3ª pior defesa da NBA. Para se ter uma idéia de como o Rambis não sabe mais o que fazer com esse time, no último jogo contra o Nuggets ele mandou Kevin Love marcar o Carmelo Anthony! Love olhou assustado para o treinador e respondeu "Você tem certeza?". Carmelo Anthony acabou cestinha do jogo e o Nuggets venceu.
Se haviam expectativas altas para tanta gente e tudo deu errado, é ainda mais irônico que o lado positivo dessa temporada tenha sido um jogador por quem não se dava mais nada, Corey Brewer. O ala foi espetacular naquele time da Florida bi-campeão universitário e esperava-se muito dele na NBA. Acabou passando anos sendo um cara apenas mediano e nessa temporada explodiu. Enterrou na cabeça do Derek Fisher, teve muitos jogos acima dos 20 pontos e começou a mostrar um pouco do potencial defensivo que tinha na sua carreira universitária.
Com essa temporada do Wolves no lixo fica a pergunta para a próxima temporada. Dará certo da próxima vez? Difícil prever, tudo depende do time entender melhor seu esquema tático, defender melhor e da vinda de Rubio para os EUA. Mas o futuro não é tão negro assim, na pior das hipóteses eles tem todos esses jovens bons jogadores para trocar e começar tudo de novo, dessa vez torcendo para que a medalha de bronze da maldição da NBA já tenha mudado de mãos.
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Denis
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Os meus reservas

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Denis
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terça-feira, 8 de setembro de 2009
Foi namorar, perdeu o lugar
Todo mundo sabe dos apuros pelos quais passa um homem apaixonado por uma garota que não lhe dá bola. Por parte do rapaz, há sempre muito esforço, cuidado e uma certa dose de humilhação. O poder está todo nas mãos da garota, que pode fazer o que quiser com a decisão que lhe cabe. Por fim, o homem apaixonado consegue o que queria ou então toma uma porta na cara e segue a vida, como se nada tivesse acontecido.
Não tem como não nos identificarmos com os derrotados que não conseguem as menininhas e que tomam portadas no nariz (até porque eu ainda me lembro da vez em que você bateu a porta na minha cara, garota!), a gente dá aquele sorriso cheio de pena e perdoa todos os erros desses sujeitos, todas as humilhações e a perda de tempo de cada um dos que tentaram e falharam em suas consquistas amorosas.
Na lista de fracassados, podemos acrescentar agora um novo nome: David Kahn, engravatado responsável pelo Wolves. Após três viagens para a Espanha num período de dois meses tentando conquistar o coraçãozinho de Ricky Rubio, Kahn volta para casa como um dos nossos, um fracassado de coração partido e mãos abanando. Essas ninfetas são sempre as mais difíceis mesmo, deveriam ter avisado o pobre do Kahn, que foi pensando ser capaz de conquistar o ingênuo pirralho espanhol. Não deu certo.
Na época do draft, a multa da recisão de contrato do Rubio já era uma preocupação para todas as equipes. Saía por uma bagatela de 8 milhões de dólares, sendo que as equipes da NBA só podem entrar com 500 mil mangos para ajudar nesse valor. Basicamente, o que se pede é que Ricky Rubio tire 7 milhões e meio de dólares das próprias orelhas.
Foi por isso que David Kahn, todo galanteador, foi tentar provar para o menino que esse dinheiro surge fácil quando se está na NBA. O Rubio pensava em ser a primeira escolha do draft, o que aumentaria seu salário e lhe daria um marketing inacreditável. Draftado apenas na quinta escolha por um time horrível, desconhecido, enfiado em Minessota, sem visibilidade, com um salário menor, e pior de tudo, dividindo minutos com outro armador draftado logo depois dele, Jonny Flynn, ficou difícil para o Rubio acreditar que seria capaz de bancar a multa para interromper seu contrato.
Kahn é um homem apaixonado. Falou em carta aberta aos fãs, explicando que Rubio e Flynn jogariam juntos. Além disso, jurou de pé junto que o armador espanhol seria o titular absoluto da equipe desde o primeiro dia, o que é o equivalente a prometer para uma garota que ela será a titular do harém (irrecusável, vai!). Conseguiu negociar um abatimento na multa pela recisão do contrato, deixando em apenas 5 milhões. Garantiu um amistoso do Wolves contra a equipe que detém o contrato, o Joventut, com toda a renda adquirida indo para financiar a multa. Arrumou uma série de patrocinadores que bancariam o Rubio nos Estados Unidos, através de investimentos e empréstimos, permitindo ao jogador apenas um mínimo de gastos e deixando que ele mantivesse grande parte do seu salário bem gordinho de 15 milhões por 4 anos.
Cada um desses mimos, que foram como versões de Itu de bombons recheados, vieram com muito esforço e negociação. Foi um processo lento e gradual, e só em viagens para a Espanha o David Kahn poderia ter pagado umas trezentas multas contratuais. Quando o Ricky Rubio estava cercado de presentes, segurança e um amor incondicional, foi dormir e acordou no dia seguinte com certeza de que não iria pra NBA. Resolveu dar um pé na bunda do Kahn.
O Barcelona topou pagar a multa reduzida de 5 milhões pelo armador-ninfeta mais cobiçado do planeta, e o guri simplesmente resolveu ficar por lá quando tudo estava pronto para que ele fosse pra NBA. Alegou que sempre quis jogar na NBA, mas que essa mudança nesse momento complicaria demais a sua vida e blá, blá, blá. É a versão esportiva de "o problema não é você, sou eu, acabei de sair de um relacionamento e quero um tempo para mim".
O motivo pode até ter sido financeiro, já que no Barcelona o Ricky Rubio vai poder enfiar seus milhões de euros nas orelhas e comprar seu primeiro carro, casa, piscina e cartucho do Pokémon, enquanto no Wolves receberia um dinheiro mais modesto. No entanto, Rubio seria free agent em 2014, com apenas 23 anos, e estaria apto a assinar um contrato biliardário. Seu primeiro contrato na NBA sempre terá o mesmo valor mais-ou-menos, não importa quanto ele espere, e correr agora para o Wolves apenas encurta sua espera por se tornar realmente endinheirado.
A única explicação que realmente faz sentido para o jovem Rubio ficar na Espanha é medo. Talvez ele ache que não está pronto para a NBA nesse momento, que não tem físico ou maturidade, e que sua imagem ficará arrasada se ele feder no Wolves. Provavelmente ele teme ter uma temporada mais-ou-menos num time que ninguém acompanha, não conseguir assinar um novo contrato bom o bastante e não cair nas graças da mídia. Tudo a maior burrice: o Wolves lhe garantiu a melhor escola que um jogador de basquete pode querer.
O time vai jogar um basquete de pura correria, o que mostraria os talentos do Rubio em seu explendor. Ele seria titular desde o começo, comandado por um técnico que tem ordem para deixar a pirralhada em quadra aprendendo, mesmo que isso custe a eles algumas derrotas a mais. O time tem pouca visibilidade e, portanto, Rubio teria que lidar com pouca pressão - seus acertos apareceriam no Top 10 da NBA.com, mas seus erros estariam meio camuflados. E tudo isso durante quatro anos, tempo o bastante para ele se tornar um jogador melhor e, aí sim, encontrar um time que lhe dê toda a visibilidade que ele quer (Knicks, alguém?).
Dá pra imaginar situação mais perfeita para um pirralho-sensação? Mas não, Rubio preferiu não mudar de ares, ficar num basquete mais fraco, não trabalhar seu físico, não ter minutos garantidos. Pior que isso: Rubio deixou Kahn de coração partido e o engravatado, com a elegância digna dos grandes fracassados, partiu para outra e ameaçou sua ex-paixão com o típico desdém dos rejeitados. Ou seja, Kahn avisou que Jonny Flynn será o titular absoluto e que, quando Rubio decidir ir para a NBA, Flynn já terá a vaga e estará muito adiantado em questão de aprendizado.
O armador espanhol ficará ao menos 2 anos no Barcelona, quando então a multa de recisão cai um pouco e fica mais pagável. Mas pode acabar ficando lá por 3 anos, se quiser, enquanto o Flynn vai certamente consagrar-se como um dos grandes armadores da NBA. Já chutou traseiros nas Ligas de Verão, de que o Rubio já não participou, e só tem a crescer no Wolves, que é a melhor escola de pirralhos atualmente da NBA: conjunto de incentivo, tempo de quadra, e pressão zero.
Mas Kahn não parou por aí em sua esnobada: no maior estilo "você não me quer, mas olha quem tá ligadão na minha!', o Wolves acabou de assinar Ramon Sessions com um contrato de 16 milhões por 4 anos. Sessions saiu de "quem diabos é esse maluco" para tornar-se um dos armadores com mais potencial na NBA, capaz de reger qualquer time, correr como um maluco, e colocar a bola nas mãos de quem precisa. Desde que ele não tenha que arremessar, tudo sempre ficará bem e é uma delícia ver o garoto jogar. Pois bem, depois de ser disputado por Knicks, Heat e outras equipes, tem tudo para ir diretamente para o Wolves. O Bucks ainda pode cobrir a proposta para ficar com o armador, mas levando em conta o fato de que eles draftaram Brandon Jennings (mais um armador-ninfeta-sensação) e já têm no elenco Luke Ridnour e o surpreendentemente bom Roko Ukic, não vejo muito motivo para que eles o façam.
Ramon Sessions tem tudo para brilhar em Minessota. Quando lhe deram minutos e a bola nas mãos no Bucks, fez jogadas incríveis e colecionou alguns recordes de assistências. Com tempo de quadra e carta branca, Sessions e Flynn formarão uma dupla que atormentará a NBA. Se Kahn mantiver seu critério, os dois devem inclusive jogar juntos em quadra, ao mesmo tempo, durante boa parte das partidas. Será maravilhoso de ver e um motivo para, desde já, arrumar um modo de acompanhar alguns jogos do Wolves (alguém aí vu o Wolves jogar desde os tempos do Kevin Garnett?).

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Danilo
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Uma carta aos fãs (se é que eles existem)
1- Eu quero que nossa franquia se torne líder em desenvolvimento de jogadores, e o desenvolvimento do jogador começa com o técnico. É seu trabalho executar essa função.
2- Nós seremos um time rápido, de velocidade. Sim, haverá momentos em que teremos que confiar no Al Jefferson e em um ataque de meia-quadra, mas nossa identidade será a de um time de velocidade e contra-ataque.
Como jogador, Kurt foi membro do Lakers dos tempos do "Showtime". Aquele time era veloz e mesmo assim sabia usar o jogo de meia-quadra quando necessário. Eles também jogavam uma defesa espetacular. Kurt está comprometido a colocar esse estilo de jogo.
3- Os minutos distribuídos entre nosso núcleo jovem nos próximos dois anos devem ser feitos pensando no futuro e não apenas no curto prazo. Isso quer dizer que o técnico deve colocar os jovens jogadores para jogar constantemente e deixá-los aprender com seus erros, mesmo que isso signifique sacrificar uma vitória ou duas no caminho.
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Denis
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terça-feira, 21 de julho de 2009
Finalmente férias
Já o Anthony Randolph foi muito mais regular que o Morrow e finalmente deu pra ver porque o comparam com o Odom. Ele é bem versátil, rápido demais pra alguém da sua altura e não dá pra entender porque o Don Nelson não utiliza o cara no time. Ele é ideal pra correria deles! Alto, reboteiro, sabe bater bola, sabe arremessar e dá muitos tocos (média de 3 por jogo no torneio). É só colocar ele na posição 4, o Biendris de pivô, Curry, Ellis e Stephen Jackson pra fechar o time e teremos diversão e derrotas garantidas! E que mandem o Corey "Bad Porn" Maggette embora.
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Denis
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sábado, 27 de junho de 2009
A Análise do Draft - Parte 1
Bem, pessoal, chegou a esperada hora de analisar time a time quem se deu bem, quem se deu mal e quem saiu igual da noite do draft. Vamos dividir em partes para ter a liberdade de analisar os 30 times sem nos preocupar em fazer um post maior que a Bíblia.





Finalmente, a análise time por time.

Blake Griffin, PF
O Clippers só tinha uma escolha e pegou o que todos acreditam ser o melhor jogador do draft, Blake Griffin. Fizeram o que tinha que ser feito, correram o menor risco possível. Claro que por ser o Clippers, tudo pode dar errado ainda. Na última vez que tiveram uma primeira escolha conseguiram o feito de pegar o Michael Olowokandi, então nem uma primeira escolha aclamada pela crítica é segura por lá.
O que eles precisam fazer agora é dar uma geral no time. Afinal, quem vai ser titular e quem vai ser reserva entre os alas e pivôs, já que eles tem Griffin, Randolph, Kaman e Camby? Com Shaq e Dwight no Leste deve ter um monte de time por lá que não recusaria o Camby ou o Kaman, talvez fosse uma boa hora de trocar um dos dois e começar a montar um banco de reserva.
O time com Baron Davis, Eric Gordon, Al Thornton, Blake Griffin e Marcus Camby é bacana, mas simplesmente não existem reservas nas posições 1, 2 e 3 e, como todo mundo sabe, haverá contusões nesse time.

Hasheem Thabeet, C
DeMarre Carroll,
Sam Young,
A primeira escolha do Grizzlies, o Hasheem Thabeet, pivô de UConn vindo da Tanzânia, foi correta, acho que faria a mesma coisa no lugar deles, mas draftar pivôs gigantescos nas primeiras escolhas do draft é sempre arriscado. O Thabeet não é o primeiro negão gigante a ser comparado ao Mutombo e praticamente todos os que vieram antes não se saíram tão bem quanto o velho Dikembe.
O Thabeet dominou os garrafões da NCAA, média de 4 tocos por jogo, 2,22m de altura e ótimo posicionamento defensivo. Mas sabe quem fez a mesma coisa? Greg Oden. Quem garante que o Thabeet não será também uma máquina de fazer faltas e sem jogo ofensivo? Acho que o Thabeet pode acabar sendo daqui uns anos o novo Mutombo, o novo Dalembert ou o que vimos do Oden nesse seu primeiro ano de NBA. E dependendo desse desfecho poderemos julgar melhor essa escolha.
Mas o Grizzlies precisava correr esse risco. Com Conley, que terminou muito bem a temporada passada, OJ Mayo e Rudy Gay, eles tem um bom trio ofensivo e precisavam de uma força no garrafão, alguém comprometido na defesa. O Marc Gasol quebrou um galhão na temporada passada e pode ser titular em muitos times, mas nunca vai ser o jogador dominante na defesa que o Thabeet pode vir a ser. E quem sabe o Gasol não joga um pouco na posição 4 nessa temporada, a posição mais carente do time?
Já com a escolha 27 o Grizz escolheu o DeMarre Carroll, um ala que joga nas posições 3 e 4 e que parece que está destinado a ser reserva. Se render nos minutos que jogar já é lucro, mas acho que eles poderiam ter pego o Toney Douglas, que é um especialista em defesa de perímetro ou qualquer jogador da posição 4 disponível. Com sua última escolha, a 36, eles pegaram o Sam Young, um cara que pula muito, é bem atlético, diz que está melhorando o arremesso e parece mais velho que o Greg Olden.

James Harden, SG
BJ Mullens, C
Robert Vaden, SG
Alguns podem achar que o Thunder foi meio cagão ao pegar o James Harden na terceira posição. Afinal, eles poderiam ter pego o Rubio, usado o Russell Westbrook na posição 2 e ter um time ousado, muito veloz e ofensivo. Mas o Thunder melhorou a cada mês na temporada passada e não é a hora de mudar tudo.
James Harden é um jogador talentoso, que sabe atacar a cesta mesmo sem ser muito veloz e que chega na NBA já feito, sem aqueles rótulos de "precisa ficar mais forte", "precisa aprender a arremessar" ou "precisa aprender a jogar basquete". Assim ele chega pronto para ser titular, colocar o Kevin Durant na sua posição original de ala e garantir de vez que o Thunder jogará num small ball, com o Jeff Green como um ala de força sem tanta força. Escolha segura e que dará resultados!
Em uma das trocas mais tolas do draft, o Thunder conseguiu o pivô BJ Mullens. O Dallas pegou o Mullens na escolha 24 e mandou para o Thunder em troca do francês Beaubois que foi a escolha 25 do Thunder. Foi só uma artimanha do Mavs pra conseguir uma escolha de segunda rodada extra. Mas no resultado o Thunder pegou um jogador na posição mais carente do time, a de pivô, em que só tem o Nenad Krstic. O Mullen é o terceiro pivô em três anos a sair de Ohio State (Oden, Koufos) e possivelmente é o pior ou o menos preparado dos três para a NBA. Deve sair do banco, fazer suas cestas em pick and rolls ou rebotes ofensivos e voltar pro banco, mas pode dar resultado a longo prazo.
Na segunda rodada o Thunder pegou outro jogador que cobre uma falha do time, os arremessos dos 3 pontos. Robert Vaden seria trilhões de vezes mais legal se chamase Robert Vader, mas vale assim mesmo. Já fez 7 bolas de 3 em um tempo da NCAA e deve vir do banco para tentar ser um Eddie House da vida, mas não duvide se acabar virando um The Machine.

Tyreke Evans, PG/SG
Omri Casspi, SF
Jon Brockman, PF
Pelo o que eu li por aí o Kings foi um dos times mais criticados do Draft. Meteram o pau neles por terem tido a chance de pegar o Rubio, o Flynn e o Stephen Curry e terem deixado passar pelo Tyreke Evans. Mas eu tô apostando que vai dar certo!
Minha maior dúvida era se o Evans poderia jogar como armador principal ao lado do Kevin Martin, já que pra mim ele era mais um jogador da posição 2, mas vários especialistas que assistiram ele de perto garantem que ele vai render e render muito bem como armador principal. Acreditando nisso aposto que foi a escolha correta, porque esse moleque parece bom demais.
Em treinos na última semana antes do draft o Evans foi o melhor jogador de todos os Top 10 e impressionou todo mundo que tinha uma escolha. E o Kings tem tradição em escolher jogadores baseados em seus treinos e não em seus nomes, foi assim que escolheram o Jason Thompson na 12º posição no ano passado e acertaram em cheio. Também gostei do Evans ser escolhido ao invés do Rubio porque o Kings precisa de jogadores que marcam pontos e o Evans é mais pontuador que o espanhol dos Jonas Brothers.
Com a sua escolha 23 o Kings pegou o que pode ser o primeiro israelense a jogar na NBA, Omri Casspi. Eu vi pouco dele, mas parece que ele é um mix de Rudy Fernandez e Turkoglu. O Rudy pelo jeito de jogar mesmo, o Turkoglu porque ele joga de ala mesmo com quase 2,08m de altura. A escolha não é ainda certeira porque esses gringos sempre correm o risco de demorar pra ir pra NBA, mas se for agora o Kings tem um bom jogador pra posição 3.
Por último uma escolha divertida. Jon Brockman tem nome de lenhador e é parceiro de faculdade do Spencer Hawes, que vai tirar sarro do seu novato e divertir o vestiário. Só isso.

Ricky Rubio, PG
Jonny Flynn, PG
Wayne Ellington, SG
Henk Norel, C
O Wolves foi o primeiro time a ter quatro escolhas de primeiro round no mesmo ano e não tiveram criatividade nenhuma na hora de escolher: três armadores nas suas três primeiras escolhas, em Rubio, Flynn e Lawson.
Todo mundo sabia que se o Ricky Rubio sobrasse lá eles não iam perdoar e fizeram muito bem em apostar nele, mas a escolha do Jonny Flynn depois causou uma baita confusão digna de filme da Sessão da Tarde. O Rubio falou logo depois do draft que não estava confortável com o fato do time ter draftado outro jogador da mesma posição logo depois e disse que por isso consideraria passar mais um ano na Espanha. Com isso começaram a chover propostas e rumores sobre o Rubio ir para o Knicks, Rockets, Suns e trocentos outros times. Para terminar, o Rubio não apareceu na coletiva de imprensa de apresentação dos jogadores.
Para baixar a poeira o novo General Manager do time, David "Gengis" Kahn, afirmou que entende a situação do Rubio mas que garante que ele será o armador titular da equipe a partir do momento que entrar lá. E, para não agradar só um irmãozinho, que o Flynn também pode ser titular. Será que cola e o Rubio aparece lá? Um mal entendido pode custar um ano sem o espanhol.
Apesar dos dois armadores serem nanicos à lá falecido Pitoco, o GM Kahn acredita em um esquema com dois armadores baixos como titulares e para isso citou formações famosas da idade da pedra como Isiah Thomas e Joe Dumars, Jerry West e Gail Goodrich e Danny Ainge e Dennis Johnson. Todos exemplos que o Rubio nem sabe que existem porque não era vivo quando a maioria deles jogava.
Eu gosto de times com dois armadores juntos. Gostava quando o Dallas usava Nash e Van Exel ou quando o Kings usava Bobby Jackson e Bibby. Até gosto hoje quando o Bobcats usa Felton e Augustin, mas isso são reservas atuando alguns minutos. Os dois como titulares implica em muitos minutos juntos e um dos dois marcando jogadores bem mais altos. Imaginam Rubio ou Flynn marcando o Kobe, o Ginobili ou até uns mais baixos como o Brandon Roy? Não tem como dar certo. Ou um vai dar o fora ou um vira um reserva insatisfeito.
Pra terminar, o time não tem técnico ainda! Seja lá quem eles vão contratar, vai ter que ser alguém que também acredita nessa teoria de que dois armadores baixos juntos podem dar certo. Mas o que salva o Wolves é que os dois são muito bons e que na pior das hipóteses eles podem conseguir uma boa troca. Foram escolhas boas pelo talento e péssimas pelas consequências que isso trouxe.
Já Ty Lawson, que pareceu uma piada na hora que foi draftado por ser mais um armador, acabou sendo trocado para o Denver Nuggets em troca da escolha do draft do Bobcats do ano que vem. Negócio bom para o Wolves, os melhores jogadores disponíveis nesse pedaço do draft eram armadores e ao invés de ter mais um, conseguiram uma posição parecida a essa (18º) no draft do ano que vem.
Com a escolha de Wayne Ellington, na segunda rodada, o Wolves tem finalmente um bom arremessador de 3 pontos, para o NBADraft.net é o melhor desse draft. Como não parece ter muito além disso, deve ter minutos limitados no time, mas é sempre bom ter um arremessador. Por fim, Henk Noel é um pivô holandês com cara de psicopata destinado a tomar enterradas na cabeça, se é que um dia vai jogar na NBA.

Stephen Curry, PG
Eu adorei a escolha do Warriors. O Stephen Curry é um daqueles armadores que não são de organizar o time, é um armador finalizador, agressivo. Mesmo assim tem um bom arremesso e é um dos poucos, se não o único, armador desse Top 10 a ter um confiável arremesso de 3 pontos. Ou seja, ele tinha que sair pro Warriors ou para o Knicks para jogar na correria.
A torcida de Nova York só faltou chorar ao ver que ele chegou perto de NY e escapou pelos dedos, já a do Warriors deve estar dividida. Por um lado o Stephen Curry é ideal para deixar o Monta Ellis na posição onde ele joga melhor, na 2, e fazer uma das duplas de armação mais rápidas e difíceis de ser marcada na NBA. E ao contrário do Wolves, não importa quem eles vão ter que defender depois porque ninguém defende lá, simples assim.
Por outro lado, porém, o Don Nelson disse que o Curry é tão perfeito para o Warriors que eles não vão trocá-lo de jeito nenhum. "Ele pode desfazer as malas e até comprar uma casa", segundo o técnico pirado. Mas isso quer dizer que a troca que estava quase feita com o Suns pelo Amar'e Stoudemire está mais melada que Playboy. O Curry é bom e vai fazer pontos até explodir nesse Warriors, mas será que vale a perda da chance de ter o Amar'e? Talvez eles se arrependam disso um dia.

Jordan Hill, PF
Toney Douglas, SG
Primeiro time a receber o selo Jackson 5. Isso porque os dois jogadores do Knicks, apesar de parecerem bons, não vão mudar a cara do time como, por exemplo, Stephen Curry iria. Curry entraria para ser o armador que conduziria o time, já Jordan Hill vai ser ou um pivô para deixar o David Lee de ala de força ou o cara que irá herdar a posição do Lee caso ele seja realmente trocado.
Comparam o Jordan Hill com o Chris Bosh, mas como o próprio Bosh disse, é só por causa do cabelo. Tirando isso eles não tem nada a ver. O Bosh tem muito mais recursos ofensivos e arremesso, o Hill vai se garantir na NBA por ser um bom reboteiro. Se é pra comparar com algum cabeludo, ele é o Joakim Noah menos desengonçado no ataque e menos drogado.
Se o Knicks quisesse ousar, poderiam ter ido de Jennings para ser o armador do time, mas se eles querem o LeBron no ano que vem talvez não seja a hora de arriscar, mas sim de pegar alguns jogadores mais sólidos para criar um ambiente melhor pro King Crab. Mais um ano de sofrimento para o Knicks com um time de medianos.
A escolha 29, que era do Lakers e o Knicks comprou por singelos 3 milhões de dólares, rendeu o armador Toney Douglas. Douglas parece ser um bom jogador, daqueles pra vir do banco dando um gás e marcando o melhor jogador adversário. Mais um bom role player para a coleção de ótimos role players que o Knicks tem.
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Acabamos essa primeira parte antes que isso vire a Bíblia que eu prometi que isso não viraria. Encerro por hoje. Amanhã tem mais times, possivelmente mais 8 e depois os 14 que sobraram pra terminar. Os últimos 14 não vão render um post tão grande porque tem times como os finalistas Lakers e Magic, que somam uma única escolha de draft, a do genial Chinemelu Elonu na posição 59. Quem já leu tudo e quer ler mais pode conferir nosso glorioso Mock Draft da Força Nominal.
Defenestrado por
Denis
por volta das
11:29
64
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