Não seria estranho: Ficar em 9º ou 10º no Leste
Desastre: Passar muito longe dos 8 primeiros da Conferência
Forças: Técnico e elenco especializados em defesa
Fraqueza: Ataque fraco. Perdeu jogadores e não conseguiu reposição à altura
Elenco:
Charlotte Bobcats | ||||
Titulares | Reservas | Resto | ||
PG | DJ Augustin | Shaun Livingston | ||
SG | Stephen Jackson | Gerald Henderson | Matt Carroll | |
SF | Gerald Wallace | Derrick Brown | Dominic McGuire | |
PF | Boris Diaw | Tyrus Thomas | Eduardo Najera | |
C | Kwame Brown | Nazr Mohammed | DeSagana Diop |
Técnico: Larry Brown
Larry Brown é o único técnico da história do basquete americano a ter um título da NCAA e da NBA. No currículo tem façanhas como fazer aquele Pistons sem estrelas (ou que viraram estrelas depois daquela temporada) de 2004 bater o Lakers de Shaq, Kobe, Malone e Payton e fazer o Allen Iverson jogar o melhor basquete da sua vida. No último ano conseguiu ser o primeiro técnico a levar o Bobcats, caçula da NBA, para os playoffs.
Historicamente, e novamente com o Bobcats, Larry Brown faz sua fama por montar boas defesas. O Sixers de 2001 que foi até a final contra o Lakers era uma defesa sólida, com Dikembe Mutombo ainda em seus bons anos e o ataque todo nas mãos de Iverson. O Pistons de 2004 tinha um ataque mais eficiente, bem montado, mas foi o que foi na história da liga por sua defesa. Sob o comando de Larry Brown é que Ben Wallace deixou de ser um desconhecido para se tornar o melhor defensor do mundo por tantos anos. Outra característica básica do treinador é a sua exigência. É bem comum ele afastar jogadores ou falar mal deles publicamente quando acha que não estão se dedicando o bastante em quadra. É uma espécie de Scott Skiles, mas com jogadores que os respeitam mais.
No Bobcats ele parecia estar tentando simular o que fez em Detroit, se preocupando com uma defesa forte e deixando o ataque mais no jogo de meia-quadra, com um ou dois jogadores inteligentes atuando como o Chauncey Billups do time, segurando a bola na mão por bastante tempo e tomando decisões por conta própria. Primeiro era Boris Diaw, que na temporada passada perdeu esse papel para Stephen Jackson. Apesar dos dois estarem jogando bem, não levam o time nas costas. Larry Brown ainda não conseguiu achar um jeito de fazer a melhor defesa da NBA virar um ataque competente. Seu histórico de ataques pouco eficientes e dependente de estrelas, somado ao elenco do Bobcats, dão a entender que Larry Brown vai penar muito nessa temporada para voltar a seus melhores resultados. Mas sem ele o Bobcats estaria fadado às últimas posições da liga.
...
O Raymond Felton nunca chegou a ser aquela grande estrela que tanta gente achou que ele seria. Mas não é nenhuma decepção também. Bom armador, sabe pontuar e por muitas vezes, com suas jogadas individuais, foi a válvula de escape do Bobcats em quartos períodos. Mas agora ele está no New York Knicks. Então quem entra no lugar dele no time? Em teoria seria o DJ Augustin, único outro armador do elenco, mas o caso não é tão simples assim. Durante muitos jogos o Felton estava jogando mal ou simplesmente precisava descansar e o Larry Brown se recusava a colocar o DJ Augustin, seu reserva imediato, em quadra. Ou deixava o Felton por mais tempo em quadra ou improvisava o Stephen Jackson ou até mesmo, no fim da temporada, o Larry Hughes. Perguntado uma vez sobre porque Augustin não estava jogando, ele respondeu algo como “Porque ele não defende e não sabe armar jogadas” ou algo assim.
Eles definitivamente não se dão bem e já tentaram trocar o cara muitas vezes, sempre sem sucesso. Muita gente até está apostando que o armador titular pode acabar sendo o Shaun Livingston, mas eu duvido. Apesar de ser um jogador inteligente, nunca foi o mesmo depois da sua contusão-Lego (só assista se tiver sangue frio) e eu não acho que seja bom o bastante para ser titular atualmente.
Outro problema do time hoje em dia é a inutilidade do Boris Diaw. Quando ele chegou no time no meio da temporada retrasada revolucionou o ataque da equipe, finalmente dando qualidade de passe e inteligência. Mas essa função passou a ser realizada pelo Stephen Jackson no último ano, agora Diaw é um cara que defende mal, não sabe arremessar e não tem a bola na mão pra fazer o que faz melhor (e faz como poucos no mundo), passar a bola. Diaw também está acima do peso faz algum tempo e Larry Brown, que nunca perdoa, já deixou clara sua insatisfação com isso.
O ótimo blog NBA Playbooks deu uma boa solução para o Bobcats desviar a atenção dos seus defeitos e passar a ser mais conhecido pelas suas qualidades. O segredo é usar a tática que o Philadelphia 76ers usou nos últimos anos, virar o time do contra-ataque, jogar em velocidade. O Sixers se destacou com isso, principalmente na temporada retrasada, porque tinha bons defensores, ótimos ladrões de bola e um time inteiro que sabia fazer pontos de transição. Não dá pra ganhar títulos só com isso, mas quando estamos falando de time com poucas ambições, é uma saída.
O DJ Augustin não sabe armar o time, ele se destaca pelas suas bolas de três e velocidade. Então pode ser bem útil para simplesmente pegar a bola e sair correndo. Se aprender a dar os passes certos nas horas certas, coisa que eu sinceramente não sei se ele sabe fazer, será um passo importante para se firmar como titular. Se isso não der certo eles podem deixar a bola na mão do Stephen Jackson ou do sempre espetacular Gerald Wallace. Apesar de mais altos e pesados, são velozes e puxam contra-ataques com muita qualidade. Eu não descartaria por completo a idéia do Larry Brown colocar no time titular, ao invés do Augustin, o Gerald Henderson, jogador de 2º ano que teve poucas chances na temporada passada. Ele não é armador nato, mas é veloz e atlético nos contra-ataques e se tiver um relativo sucesso marcando os armadores adversários pode ganhar a vaga. Aí a idéia seria usar a defesa esmagadora para roubar a bola ou conseguir um rebote defensivo e sair em velocidade com o trio Henderson, Wallace e Jackson. Em situações de meia quadra aí a armação teria que ficar mesmo com o Captain Jack. Não é o ideal, mas considerando quanto o Larry Brown odeia o Augustin, há uma chance.
Na última temporada o Bobcats foi um dos times que mais forçou erros dos adversários e um dos que mais forçou erros de arremesso, então as chances de pegar a bola e forçar o jogo de transição estão aí. Para ser o time perfeito para atuar nesse esquema falta apenas um melhor reboteiro. No ano passado eles estavam bem abaixo da média para um time especialista em defesa e para essa temporada ainda perderam Tyson Chandler por nada.
Como se perder Felton por nada não fosse o bastante, ainda conseguiram ser piores com o Chandler. Porque dessa vez ganharam despesas em troca. O pivô foi para o Dallas em troca de Erick Dampier, Eduardo Najera e Matt Carroll. Erick Dampier era a peça chave da troca porque ele tinha um contrato não garantido de 13 milhões de dólares para essa próxima temporada, então um time poderia dispensá-lo antes da temporada começar e economizar 13 milhões. A idéia do Bobcats era usar o Dampier como isca de troca para times que queriam se livrar de jogadores caros. Como o Dallas já tinha provado nos meses anteriores, não deu certo. Ninguém queria o Dampier nem para despachar contratos imensos, ou queria no máximo mandar um Eddy Curry da vida, o que também não interessava o Bobcats. Resultado? O próprio Bobcats foi obrigado a dispensar o Dampier para não ter que pagar 13 milhões (mais as multas por passar do teto salarial) por um jogador tão mais ou menos. Ou seja, o Bobcats trocou Tyson Chandler, seu pivô titular, pelos horríveis contratos de Eduardo Najera e Matt Carroll que, juntos, não devem jogar mais de 8 minutos por jogo. Uma offseason para ser esquecida em Charlotte.
Para coroar o novo sistema ofensivo sugerido, poderia também haver uma troca no time titular de Boris Diaw por Tyrus Thomas. O QI do time cairia de um prêmio Nobel para um rato velho, mas ganharia muito em velocidade, defesa e teriam mais um cara para acompanhar os contra-ataques. O grande defeito do Tyrus Thomas é ser inútil no jogo de meia quadra, já que não sabe jogar de costas pra cesta, mas até aí o Diaw não é grande coisa. Mesma coisa no arremesso de média distância, Tyrus Thomas, embora tenha melhorado muito, ainda é irregular, assim como é Diaw hoje em dia. Com essa mudança o Diaw poderia até ser mais útil, voltando a ter a função de organizador do ataque quando o Stephen Jackson fosse descansar.
Embora tenha divagado tanto sobre as possibilidades ofensivas do time, a verdade é que o que define mesmo o time é a sua defesa. Apesar dos pesares, enquanto forem a melhor defesa da NBA vão incomodar muita gente. Vão ser uma espécie de Pacers do meio da última década que era o famoso time construído para vencer por 51 a 49. Deem uma olhada nesse vídeo do último ano em um jogo contra o Heat, foi um massacre defensivo:
Outro problema do time hoje em dia é a inutilidade do Boris Diaw. Quando ele chegou no time no meio da temporada retrasada revolucionou o ataque da equipe, finalmente dando qualidade de passe e inteligência. Mas essa função passou a ser realizada pelo Stephen Jackson no último ano, agora Diaw é um cara que defende mal, não sabe arremessar e não tem a bola na mão pra fazer o que faz melhor (e faz como poucos no mundo), passar a bola. Diaw também está acima do peso faz algum tempo e Larry Brown, que nunca perdoa, já deixou clara sua insatisfação com isso.
O ótimo blog NBA Playbooks deu uma boa solução para o Bobcats desviar a atenção dos seus defeitos e passar a ser mais conhecido pelas suas qualidades. O segredo é usar a tática que o Philadelphia 76ers usou nos últimos anos, virar o time do contra-ataque, jogar em velocidade. O Sixers se destacou com isso, principalmente na temporada retrasada, porque tinha bons defensores, ótimos ladrões de bola e um time inteiro que sabia fazer pontos de transição. Não dá pra ganhar títulos só com isso, mas quando estamos falando de time com poucas ambições, é uma saída.
O DJ Augustin não sabe armar o time, ele se destaca pelas suas bolas de três e velocidade. Então pode ser bem útil para simplesmente pegar a bola e sair correndo. Se aprender a dar os passes certos nas horas certas, coisa que eu sinceramente não sei se ele sabe fazer, será um passo importante para se firmar como titular. Se isso não der certo eles podem deixar a bola na mão do Stephen Jackson ou do sempre espetacular Gerald Wallace. Apesar de mais altos e pesados, são velozes e puxam contra-ataques com muita qualidade. Eu não descartaria por completo a idéia do Larry Brown colocar no time titular, ao invés do Augustin, o Gerald Henderson, jogador de 2º ano que teve poucas chances na temporada passada. Ele não é armador nato, mas é veloz e atlético nos contra-ataques e se tiver um relativo sucesso marcando os armadores adversários pode ganhar a vaga. Aí a idéia seria usar a defesa esmagadora para roubar a bola ou conseguir um rebote defensivo e sair em velocidade com o trio Henderson, Wallace e Jackson. Em situações de meia quadra aí a armação teria que ficar mesmo com o Captain Jack. Não é o ideal, mas considerando quanto o Larry Brown odeia o Augustin, há uma chance.
Na última temporada o Bobcats foi um dos times que mais forçou erros dos adversários e um dos que mais forçou erros de arremesso, então as chances de pegar a bola e forçar o jogo de transição estão aí. Para ser o time perfeito para atuar nesse esquema falta apenas um melhor reboteiro. No ano passado eles estavam bem abaixo da média para um time especialista em defesa e para essa temporada ainda perderam Tyson Chandler por nada.
Como se perder Felton por nada não fosse o bastante, ainda conseguiram ser piores com o Chandler. Porque dessa vez ganharam despesas em troca. O pivô foi para o Dallas em troca de Erick Dampier, Eduardo Najera e Matt Carroll. Erick Dampier era a peça chave da troca porque ele tinha um contrato não garantido de 13 milhões de dólares para essa próxima temporada, então um time poderia dispensá-lo antes da temporada começar e economizar 13 milhões. A idéia do Bobcats era usar o Dampier como isca de troca para times que queriam se livrar de jogadores caros. Como o Dallas já tinha provado nos meses anteriores, não deu certo. Ninguém queria o Dampier nem para despachar contratos imensos, ou queria no máximo mandar um Eddy Curry da vida, o que também não interessava o Bobcats. Resultado? O próprio Bobcats foi obrigado a dispensar o Dampier para não ter que pagar 13 milhões (mais as multas por passar do teto salarial) por um jogador tão mais ou menos. Ou seja, o Bobcats trocou Tyson Chandler, seu pivô titular, pelos horríveis contratos de Eduardo Najera e Matt Carroll que, juntos, não devem jogar mais de 8 minutos por jogo. Uma offseason para ser esquecida em Charlotte.
Para coroar o novo sistema ofensivo sugerido, poderia também haver uma troca no time titular de Boris Diaw por Tyrus Thomas. O QI do time cairia de um prêmio Nobel para um rato velho, mas ganharia muito em velocidade, defesa e teriam mais um cara para acompanhar os contra-ataques. O grande defeito do Tyrus Thomas é ser inútil no jogo de meia quadra, já que não sabe jogar de costas pra cesta, mas até aí o Diaw não é grande coisa. Mesma coisa no arremesso de média distância, Tyrus Thomas, embora tenha melhorado muito, ainda é irregular, assim como é Diaw hoje em dia. Com essa mudança o Diaw poderia até ser mais útil, voltando a ter a função de organizador do ataque quando o Stephen Jackson fosse descansar.
Embora tenha divagado tanto sobre as possibilidades ofensivas do time, a verdade é que o que define mesmo o time é a sua defesa. Apesar dos pesares, enquanto forem a melhor defesa da NBA vão incomodar muita gente. Vão ser uma espécie de Pacers do meio da última década que era o famoso time construído para vencer por 51 a 49. Deem uma olhada nesse vídeo do último ano em um jogo contra o Heat, foi um massacre defensivo: