terça-feira, 10 de agosto de 2010
Spurs em busca do equilíbrio
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Denis
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sábado, 11 de julho de 2009
Os mais fortes se reforçam. De novo.
Antes de mais nada, desculpe pela falta de posts nos últimos dias, mas é que é feriado aqui em São Paulo e estamos aproveitando. Dia 9 de julho é quando comemoramos nossa tentativa frustrada de nos livrar do resto do país, uma atitude que me deixaria dizer que fiz várias viagens internacionais e que o Timão foi mais de 20 vezes campeão nacional. Mas tudo bem, não deu certo, segue a vida e ganhamos um feriado.
Lembram que eu fiz um post falando que os times mais fortes continuam ficando mais fortes e que os outros lutam pra ganhar um trocado ou outro nos restos? Pois é, com a exceção da aquisição do Shawn Marion pelo Mavs, isso continua acontecendo.
Nessa semana o San Antonio Spurs confirmou que está muito próximo de ter Antonio McDyess, o Cleveland Cavaliers trouxe Anthony Parker, manteve Anderson Varejão e, por fim, o Orlando Magic contratou o Brandon Bass.
No ano passado, após a decepcionante derrota para o Mavs na primeira rodada, o Gregg Popovich disse que não era hora do Spurs buscar super-estrelas. Eles já tinham três e só queriam restaurar os jogadores à sua volta. Começaram bem ao conseguir uma quase-estrela, um cometinha, o Richard Jefferson, e agora cumpriram a promessa de bons coadjuvantes pegando o McDyess.
O McDyess se dizia apaixonado pelo Pistons, mas deve ter percebido a merda que fez no ano passado quando pediu pra ser dispensado do Nuggets, onde ele foi parar na troca do Billups, para voltar a Detroit. Alguém tem alguma dúvida de que é melhor jogar em Denver do que em Detroit hoje em dia? Então o veterano não perdeu a chance de ser relevante em um time com chance de título e aceitou a proposta do Spurs.
Para o jogador é uma chance de ouro de disputar jogos importantes de playoff. Para o Spurs é bom, mas não o ideal. O próprio Tim Duncan e alguns críticos, eu inclusive, preferem o Duncan jogando na posição 4 ao invés de pivô. Mais longe da cesta ele tem mais espaço para desfilar seu arsenal infinito de jogadas sem graça e muito perto da cesta ele acaba apanhando demais e jogando de menos. Quando McDyess e Duncan jogarem juntos eles não terão escolha senão colocar o Duncan de pivô, até para aproveitar o ótimo arremesso de meia distância do recém-contratado.
Porém, não dá pra xingar o Spurs pela contratação porque não tem pivô dando sopa a toa por aí. Melhor jogar com o Duncan um pouco menos efetivo de pivô do que usar vários dos Free Agents disponíveis por aí, como Ryan Hollins ou DeSagana Diop. Como diz o velho ditado chinês, melhor um Duncan improvisado do que mil Dampiers.
Curioso que o Spurs está no chamado luxury tax, que é quando um time ultrapassa tanto o teto salarial que passa a ser obrigado a pagar multas à NBA. Só conseguiram assinar o McDyess porque usaram o "mid-level exception", uma brecha dada pela NBA para os times conseguirem assinar jogadores mesmo com o teto salarial estourado. O Spurs sempre foi conhecido por respeitar as regras salariais, foi sempre um time consciente que não saia por aí oferecendo contratos dantescos. Não é à toa que já comparei o São Paulo FC ao Spurs. Time metido e bem administrado.
Mas com o Duncan e o Manu Ginóbili ficando velhos, bateu um pouco de desespero no time, que quer aproveitar os últimos anos deles na equipe para ganhar pelo menos mais um título. Pra isso, o dono do time liberou esses negócios que vão fazer o time pagar multas. Não é o ideal, mas melhor que o Knicks, que é o time que mais gasta dinheiro e está a anos-luz de um título.
Falamos agora do Cavs, que terminou sua tríplice coroa dos melhoramentos de offseason. Primeiro melhorou por troca, ao adicionar o Shaq, depois melhorou por manter peças chave do time, ao segurar o Varejão, e finalmente pelos Free Agents, ao pegar o Anthony Parker.
O Varejão vem sendo assunto na imprensa americana porque a maioria acha seu contrato um exagero. Ele assinou por seis anos um contrato de 50 milhões de dólares, que dá, na média, um pouco mais de 8 milhões por ano. O número é realmente altíssimo para um jogador que nunca teve média de mais de 10 pontos por jogo e que tem poucos jogos como titular na sua carreira. Mas dá pra entender o pensamento desesperado do Cavs.
Assim como o Spurs tá afim de pagar multas pela chance de título, o Cavs está disposto a tudo para ganhar um título já na próxima temporada. Temos que lembrar, pela milésima vez, que tanto o LeBron quanto o Shaq podem virar Free Agents daqui um ano e dar o fora de Cleveland. Por isso não vão poupar esforços para manter um time que possa ser campeão. Imagina perder o Varejão só porque não querem gastar nada e serem obrigados a usar o Joe Smith por trocentos minutos todo jogo.
Em um mundo onde os salários fossem distribuídos apenas de acordo com o talento individual, o Varejão não ganharia isso tudo, claro, mas pensando que os salários devem ser dados de acordo com a situação de cada time, de acordo com a força da concorrência e da importância desse jogador pra equipe, até que o contrato monstruoso faz sentido. Dá pra comparar com o nemesis do Varejão nos playoffs, o Rashard Lewis. Por melhor que ele seja, não merece quase 20 milhões por ano, isso é contrato de Kobe! Mas se você levar em consideração que na época os diretores do Magic achavam que ele era a peça final para um time campeão, fazia algum sentido.
Por bem menos deverá vir o versátil Anthony Parker. O contrato ainda não está assinado oficialmente mas parece que dará tudo certo. Não sei se ele virá pra ser titular, já que a dupla Mo Williams e Delonte West funciona bem, mas será de importância enorme.
O Cavs estava querendo o Ariza porque precisava de um defensor e queria um arremessador de três, até tinham falado do Kleiza. Com o Parker eles conseguem um cara que faz as duas coisas, embora não defenda tão bem quanto um e nem arremesse tão bem quanto o outro. Podemos esperar o Parker como reserva do LeBron na posição 3, como reserva do West na 2 e sempre marcando o melhor jogador adversário. Se ele estivesse nesse ano no Cavs, poderíamos ter visto o Parker parando o Turkoglu enquanto o LeBron pararia o Rashard Lewis, ao invés do Varejão.
Com isso voltamos para o brazuca. Muitos criticaram ele por esse salário e argumentaram comentando sua atuação nas finais do Leste. Mas aqui eu defendo ele. Lá foi uma situação especial. O ala de força do Magic era na verdade um jogador da posição três, rápido demais pro Varejão. E o pivô era uma aberração da natureza chamada Dwight Howard. O Varejão fica no meio termo entre esses dois e, logo, não era o ideal para qualquer função. Em times onde existe um ala de força de verdade, o Varejão é muito útil na defesa.
Chegamos então no próprio Orlando Magic que nos últimos dias finalmente adquiriu um ala de força com características de ala de força, o Brandon Bass. Eu pessoalmente sou fã dele, sempre gostei muito de assistí-lo no Mavs e ficava triste que ele nunca teria espaço lá por ser reserva do Dirk Nowitzki. Esperava o dia em que fosse brilhar num time onde tivesse espaço pra jogar.
E acredito que isso possa ocorrer no Magic. Lá eles tem duas opções de escalação. Ambas usam o Jameer Nelson de armador e o Dwight Howard de pivô. No recheio é que tem as mudanças.
Podem usar Pietrus na posição 2, Vince Carter na 3 e Rashard Lewis na 4, mantendo o esquema de arremessadores.
Ou podem usar o Carter na 2, Lewis na 3 e aí colocar um ala de força de verdade na posição 4, o Bass. Se essa vai ser a escolha oficial do Stan Van Gundy só saberemos com o tempo, mas pelo menos é certeza de que ele deve tentar as duas formas. Com a grande atuação do recém contratado Ryan Anderson nas Ligas de Verão, acho que é capaz que o Van Gundy fique com a sensação que o Anderson e o Bass podem dar conta da situação, liberando o Lewis pra jogar na sua posição 3 de origem.
O que importa nisso tudo é que agora o Magic tem opções! Eu criticava o time do ano passado porque apesar de funcionar muito bem e de ter merecido a vaga nas finais, era um time sempre muito igual e que diante de algumas situações não tinha opções do banco para mudar a cara do jogo. Imaginem como o Bass teria sido útil para deixar aquela série contra o Sixers mais fácil ao abusar do baixo Thaddeus Young! Quando se enfrenta 82 jogos, 29 adversários e mais uns playoffs desgastantes, é preciso ter opções porque você vai encontrar os tipos mais diferentes de adversário. Com o Bass, o Magic finalmente tem essa opção.
O que o Magic ainda não resolveu é a questão do resevra do Dwight Howard. Eles parecem que não vão igualar a oferta pelo Gortat e assim o perderão para o Mavs. O Bass não joga de pivô. Falta alguém para quando o Dwight tiver problemas de falta. Entre os cotados, tem nomes bem fracos como o velho Theo Ratliff.
Falta também mais banco para o Spurs e alguns reforços para o Cavs, mas tudo bem. Como os favoritos tem atraído reforços como dinheiro atrai mulher, veremos esses problemas resolvidos em pouco tempo.
Acompanhem nossos comentários sobre as Ligas de Verão no nosso Twitter. E fotos esporádicas e links bacanas no nosso Tumblr.
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Denis
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terça-feira, 27 de maio de 2008
Máquina de fazer Jason Maxiells
Existe por aí, na NBA, uma máquina capaz de fazer Jason Maxiells em série. São centenas deles, produzidos em linha de montagem, circulando pelas ruas dos Estados Unidos, fazendo compras, comendo Big Macs. No entanto, a grande maioria deles tem empregos menores. Vários, após serem criados pela tal máquina, viraram caixas de supermercado, atendentes de telemarketing e seguranças de boate. Mas alguns estão jogando na NBA, já que felizmente alguns times já perceberam a importância de ter um Jason Maxiell no time.
Não estou falando apenas do Pistons, que teve nele a grande razão da vitória de ontem contra o Celtics, mas também de outras equipes da Liga: Houston, Wolves, Jazz. Meu amado Rockets fez um Jason Maxiell com a máquina de fazer Maxiells e batizou-o de "Carl Landry", um dos principais fatores da sequência de vitórias histórica durante a temporada. Já o Utah Jazz batizou sua cópia de "Paul Millsap", essencial no domínio do garrafão que levou o time dos mórmons chorões para o segundo round dos playoffs. E o Wolves, que amarga os últimos lugares da Liga, também tem sua cópia, chamada por eles de "Craig Smith", e que deve ser importante na recuperação da equipe de Minessota.
Eu adoraria saber o motivo que leva os outros times da NBA a não pegarem a máquina de fazer Maxiells emprestada para criar uma cópia para eles. Várias equipes alegam, seja durante o draft, as summer leagues ou os períodos de contratação, que jogadores assim são baixos demais para o garrafão da NBA, que eles serão dominados por jogadores mais altos e mais físicos. Preferem tentar jogadores mais altos e sem talento, e o que temos é um belo punhado de Patrick O'Bryants e Kwame Browns andando pelos ginásios enquanto cópias rejeitadas do Jason Maxiell engraxam sapatos nas ruas e ganham trocados como figurantes do Teste de Fidelidade do João Kléber. A vida não é fácil para esses alas de força com altura abaixo da média. Mas a vida dos times que apostam em seus talentos é bastante fácil depois de que percebem que tipo de ajuda estão recebendo.
Muita gente, ao apontar os motivos da vitória do Pistons ontem em cima do Celtics, vai falar sobre McDyess e Rip Hamilton, e com certa razão. A defesa-supostamente-poderosa do Celtics deixou McDyess livre para uma infinidade de arremessos de média distância e ele dominou nos rebotes, enquanto Hamilton mostra um jogo cada vez mais agressivo e surpreende mais e mais esse blogueiro que vos escreve. Mas mesmo assim, o real fator decisivo da noite foi o homem feito em linha de montagem. Maxiell trouxe uma intensidade defensiva para o Pistons, desde o primeiro segundo em que enfiou os pés na quadra, que acabou com o jogo imediatamente. Suas jogadas na defesa, sua explosão no ataque e sua paixão à flor da pele, decidiram o jogo logo no começo, deixando apenas uma carcaça de Celtics apodrecendo para o resto do elenco acabar de matar.
O Maxiell e suas cópias são jogadores físicos, intensos, que dão cabeçadas até em disputa de par-ou-ímpar. Contra o ataque desestruturado do Celtics, colocar um cara desses em quadra é uma humilhação, é ter a certeza de que os jogadores de Boston vão fugir, correr, chorar e errar todos seus arremessos. Até o Kevin Garnett, que come carne crua no café da manhã, queria voltar pro colo da mamãe. Duvida? Então dê uma olhada no vídeo abaixo e repare, dá até pra ver umas gotinhas amarelas escorrendo pelas pernas do KG.
E não é como se fosse a primeira vez, vale dar uma olhada no que o Maxiell já fez com o Garnett nessa série. Ele é simplesmente demais para o Celtics, principalmente se dita o ritmo para uma defesa forte de todo o resto do elenco. Aliás, se eu ganhasse um centavo para cada vez que digo que o ataque do Celtics é terrivelmente desorganizado, eu teria, tipo... uns 7 centavos.
O Pistons tira uns cochilos longos, às vezes, e ontem deixou o Celtics vivo no jogo tempo demais, ao invés de acabar logo com a brincadeira dando o golpe final, um "me dê sua força Pégasus" ou um "Cosmic Laser", pra quem lembra do golpe que o Jaspion dava usando o robô Daileon pra liquidar o inimigo. Dava para ter ganhado por uns 50 pontos ao invés de ficar dando mole. E se parece que eu estou puxando muito a sardinha para o lado de Detroit, vale lembrar que eu acho que ficar dando chance para o Celtics ao invés de liquidar a fatura pode custar caro demais. Num possível jogo 7, aposto minhas fichas no Boston simplesmente porque alguém lá pode fazer 80 pontos pra encerrar com tudo. Se o Pistons quer levar essa, é bom que aprenda com o Jason Maxiell e jogue com intensidade total desde o primeiro segundo, todos os jogos. Ou então será tarde demais e só vão ter intensidade no banheiro, em dia de caganeira.
Também torço para que os outros times olhem o Pistons e sua cópia do Maxiell e aprendam a lição. Da próxima vez que um ala de força dominar no basquete universitário e for parar no segundo round do draft porque é "baixo demais", vou vomitar. Mas feliz, porque pelo menos o meu Houston Rockets já garantiu o seu. Carl Landry, eu te amo!
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Danilo
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sábado, 26 de abril de 2008
Duelos pessoais
O que não faltam nos playoffs são caras se enfrentando por 48 minutos por trocentos jogos em sequência. Uma escolha mal feita de marcação, um cara que conheça demais a fraqueza do outro, e tudo estará perdido. Aqui está a lista com os duelos pessoais mais interessantes desse início de playoff.
Chris Paul x Jason Terry e Jason Kidd
A disputa originalmente era entre Chris Paul e Jason Kidd. Mas os dois primeiros jogos mostraram como o Kidd não tem mais físico e velocidade para acompanhar Chris Paul. No ataque Kidd não perdeu a visão de jogo e a precisão nos passes, mas as pernas já não acompanham mais. Byron Scott, que foi praticamente expulso pelo Kidd do New Jersey Nets, sabe muito bem disso e passou o aviso para seu novo pupilo, que não pára de atacar Kidd. Na falta de uma máquina do tempo, a solução encontrada por Avery Johnson foi trocar o encarregado da marcação e colocar Jason Terry em cima de Chris Paul.
A solução funcionou na primeira tentativa e Paul não jogou tão bem como nos primeiros jogos. O problema não é perfeitamente solucionado porque do banco vem Jannero Pargo, que muitas vezes divide a quadra com Paul, aí o Kidd tem que ficar em cima de um dos dois, e os dois são rápidos como o diabo.
Thaddeus Young x Antonio McDyess
Eu sei que desligar o computador, sair do Bola Presa e ir acompanhar as novidades sobre o caso "menina-Isabela" parece mais interessante que um duelo entre Thaddeus Young e Antonio McDyess. Mas a verdade é que esse é um dos duelos pessoais mais interessantes dos playoffs até agora.

Maurice Cheeks poderia ter optado por Reggie Evans para segurar o garrafão do Pistons mas ao invés disso decidiu apostar na velocidade e na potência física de Young e seu talento para atacar a cesta, seja para a bandeja, seja para conseguir rebotes ofensivos. O resultado é uma marcação que tem incomodado McDyess ao ponto dele não conseguir se estabelecer embaixo da cesta mas que causa muitos rebotes ofensivos para o Detroit. No lado do Philadelphia eles tem mais uma opção nos contra-ataques e também estão conseguindo rebotes ofensivos. Um duelo esquisito e que abre oportunidades para os dois times.
Ironicamente, os dois tomaram porradas fortes no nariz no jogo 3 da série. Pior para McDyess, que quebrou o nariz e pode não jogar o jogo 4.
Kobe Bryant x Kenyon Martin
O Carmelo não marca ninguém nem por decreto, o Iverson é baixo demais, o Kleiza é branco e o Diawara, outrora conhecido por ser um bom defensor, nem entra em quadra. Então qual a solução para marcar Kobe Bryant?

George Karl apostou em Kenyon Martin. Ele é largo, alto, forte e até por ser baixo para sua posição, é bem ágil. No primeiro jogo pareceu uma decisão correta até o quarto período. Mas no quarto período o Kobe tomou conta do jogo e acertou jumpers, bandejas e principalmente conseguiu faltas para cobrar lances livres.
No jogo 2, a situação fugiu um pouco do controle. Nem Kenyon Martin e nem ninguém conseguiu parar o Kobe por nada nesse mundo. Até o nosso Nenê estava lá colocando a mão na cara do Kobe e nada adiantou. Foram 49 pontos pra deixar a dúvida na cabeça de Karl, quem deve marcar Kobe Bryant?
Tony Parker x Steve Nash
Na série entre Spurs e Suns do ano passado, quem tomava conta dos armadores eram os alas. Bruce Bowen marcava Steve Nash e Shawn Marion, em boa parte dos jogos, ficava em Tony Parker. Isso não fez o Suns ganhar a série, mas fazia o Parker suar bastante pra chegar na cesta.
Nesse ano, com Marion em Miami, o responsável escolhido para a tarefa foi Grant Hill. Mas

Nash é bom no futebol, todos sabemos, mas acho que ele é melhor até em boliche ou boxe-xadrez do que em defesa de basquete. Ontem o duelo foi chave na lavada que o Spurs deu e no recorde da pontos na carreira de Tony Parker. Ninguém esperava que fosse na defesa de um armador baixinho que seria onde o Suns mais sentiria falta de Shawn Marion.
Shaquille O'Neal x Tim Duncan
Mas vamos ser sinceros, se o Marion ainda estivesse no Suns, o problema seria outro: marcar Tim Duncan. Obviamente Amaré não é o cara pra isso e o Suns nem Kurt Thomas tem mais para quebrar um galho. O primeiro jogo mostrou, apesar dos 40 pontos de Duncan, que Shaq era o único cara capaz de dar trabalho pro Duncan no elenco do Suns. O Spurs admitiu isso e usou uma forma bem polêmica para parar Shaq, o hack-a-Shaq.

Esse é o nome para a estratégia de fazer faltas intencionais em Shaq, mesmo que ele esteja fora da jogada para fazê-lo cobrar lances livres. Então ele erra a maioria, o Spurs não toma pontos e ainda obriga o Suns a tirá-lo da quadra. Essa é uma tática velha que já foi usada contra outros jogadores como o Ben Wallace e o Bruce Bowen, mas que ficou famosa com o Shaq mesmo. A regra permite e o objetivo é claro, Gregg Popovich deu uma entrevista bem direta dizendo "Queremos ele no banco de reservas" e pra isso foi capaz de fazer o hack-a-shaq mesmo vencendo por 12 pontos ainda no primeiro quarto. Com isso, o Spurs, de certa forma, diz que Shaq pode parar Duncan e que essa batalha foi perdida, mas com um bom contra-ataque está vencendo a guerra.
LeBron James x DeShawn Stevenson
De todos os confrontos este é o mais pessoal. Muitas provocações, mãos na cara e pouca complexidade tática. O negócio é bem simples, eu marco você, você me marca, eu provoco quando acerto, você provoca quando acerta, e é isso. LeBront tem mais talento, mas se tem duas coisas que o DeShawn sabe fazer é incomodar na defesa e arremessar de 3 no ataque.
Tracy McGrady x Andrei Kirilenko

Nesse duelo aconteceu uma coisa que nunca aconteceria no duelo acima. Um disse que o outro é bom. Uau! Inimaginável pensar no DeShawn falando isso do LeBron. Mas nesse caso o Tracy McGrady disse mesmo que o Kirilenko marcou muito bem ele e que nos dois primeiros jogos ele estava exausto no quarto período devido à marcação do russo.
Kirilenko é bom mesmo e deve continuar fazendo um ótimo trabalho em McGrady que, com seu talento, sempre acha um jeito de ser bom mesmo assim. Mas o resultado dessa série não depende de McGrady ou de Kirilenko. Está nas mãos do irregular elenco de apoio do Houston a vitória ou derrota dos Rockets.
Defenestrado por
Denis
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