Felipe é web designer, diz não ter nada a ver com esse fundo branco horrível do nosso blog, e é colunista convidado do Bola Presa nas horas vagas (que são poucas) para tratar de tudo que é visual do mundo da NBA.
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Há tempos que eu não assistia um jogo do Suns, ou por estar ocupado ou por cansaço de tanta coisa pra se fazer. E aproveitando o fato da moda agora ser brazucas na NBA, esta é uma bela oportunidade para se falar do Leandrinho, antes, é claro, de escrever de acordo com minha verdadeira função aqui, porque vocês sabem, quem manda e quem sabe dessas coisas de basquete mesmo são os dois tiranos e torcedores de timinhos fedidos.
Assistir ao Phoenix jogar é uma das coisas mais divertidas, mas não chame sua namorada, a não ser que ela goste de basquete assim como você (sem contar que há coisas melhores a se fazer). Assistir ontem ao primeiro quarto logo mostrou o que seria o jogo entre Pacers e Suns: muita correria, pouca cadência, enterradas e passes de encher os olhos, principalmente de nosso "serveur" preferido, Steve Nash.
Leandrinho entrou em quadra pouco depois da metade do primeiro quarto e só foi sair na metade do segundo e o que eu vi não foi uma atuação digna de seus primeiros jogos na temporada, o que tem acontecido frequentemente nos últimos jogos.
Acertou 1 de 8 arremessos, terminou com 4 pontos, 2-2 lances livres, 0-3 arremessos de três pontos, só 3 assistências. Creio que ainda há imaturidade no jogo do Leandrinho, que desperdiçou muitas bolas no ataque principalmente no período em que Nash estava fora do jogo.
Agora, ao assunto que me foi designado: visual. O Phoenix Suns é muito mais organizado em sua “porralouquice” do que a gente imagina. Aproveitei o jogo dessa noite para ver como funciona a movimentação do time em quadra, principalmente no ataque (levando em consideração o que eu consegui ver ou achei que vi, não tratem como regra). E, pasmem, eu desenhei tudo pra vocês. Quem não entender por favor me avise, pois posso estar indo pelo caminho errado.
Aqui vai uma breve legenda de cor para cada posição ou jogador. E como não sei o número, muito menos os nomes das jogadas, as nomeei de acordo com as mães de alguns amigos para vocês acompanharem.

Jogada Sueli:
Essa é a jogada mais usada pelo Suns. Nota-se a movimentação gorda (assim como da cidadã que lhe deu o nome) dos jogadores sem bola. Com a bola carregada pelo Nash, os dois jogadores das laterais abrem e afundam, enquanto os dois jogadores de garrafão liberam espaço para uma infiltração ou um passe a ser recebido de frente para a cesta. É desta jogada que saem a maioria das assistências do Nash.

Jogada Dona Cléu:
Jogada de força. Quem pensava que o Suns não tinha, enganou-se. Os jogadores das laterais saem e abrem, enquanto os dois jogadores de garrafão trocam de posição e um deles recebe a bola de costas para a cesta, na maioria das vezes Amaré. Eu chamo de jogada de força, pois não é nada mais, nada menos, que empurrar o adversário pra dentro e girar em cima dele para o arremesso ou finta e socar a bola na cabeça de quem estiver embaixo. Se alguém estiver se perguntando sobre o nome, o braço da Dona Cléu é da grossura da minha coxa! A tia é forte que só o capeta.

Jogada Dirce:
É quando há movimentação de todos os jogadores. A mais complicada de ser marcada, pois todos estão em movimento frenético, igualzinho quando a dona Dirce começa a falar, é coisa de louco. O número dois passa por trás de toda a defesa para se apresentar do outro lado da quadra. Número 4 sai do garrafão para a linha de três pontos, o número 5 aparece para o pick´n roll, porém não é ele quem recebe a bola, o malandrinho do número 3 é quem a recebe para um arremesso de meia distância quase que de frente para a cesta.

Jogada Tia Li:
Linda e gostosa de se ver – se é que me entedem. É a correria do Suns. Aquela desordenada, desorganizada, destrambelhada. A bola do rebote é logo passada para o armador, Nash. O número dois corre pela lateral em disparada, enquanto qualquer outro melhor posicionado para a função (mas aqui como lateral) corre em seguida pelo outro lado. Neste ponto da jogada, o Nash já tem duas opções de passes para a finalização. Porém, a jogada não é tão simples, ela é muito mais do que podemos notar de imediato. Enquanto Nash carrega a bola em direção ao contra-ataque, um dos outros dois jogadores que sobram segue atrás dele para apoio e o outro apenas corre para o ataque. E é aí que está o trunfo do Suns. O Nash tem simplesmente 4 opções de finalização e todas muito bem posicionadas: o passe pode ser feito para qualquer um das laterais, pode-se fazer a infiltração caso haja uma brecha no garrafão ou a infiltração seguida de passe para o jogador que o segue.

Claro que pode ser muita besteira minha enxergar essas jogadas, mas eu as vi e até desenhei. E não ficaram de todo o mal. Então em alguma parte devo ter acertado. O desenho que elas formam mostra que o jogo do Suns é muito mais pensado e coordenado do que imaginamos. Ah! E não podemos esquecer que apesar de tudo isso, houve várias cagadas do Phoenix na noite passada.
Dêem suas opiniões. E não, não vão conhecer a mãe de ninguém.