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domingo, 23 de dezembro de 2007

"Tá olhando o quê, amigo?": Roupa apertadinha não convence ninguém

Wilt Chamberlain, mesmo com essa roupinha eu te respeito


Quem acompanha o site da NBA deve ter percebido que o que é velho é moda. Assim, fanáticos por história ou apenas simples e comuns curiosos visitam o NBA Vault.
São sempre bons textos, falando de velhacos do passado, quando foram draftados, suas expectativas e o que mais gostaram nos anos em que foram grandes estrelas e jogadores importantes da liga. Porém, o que mais me intriga é ver a mudança no estilo de jogo daquela época para a de hoje. A finésse corriqueira se tornou músculos, e dos músculos vieram as explosões de garra, fúria e estúpidas enterradas que fazem o ginásio inteiro levantar e gritar, elevando o nível de testosterona da velhinha mais inofensiva que cochila na última fileira.

Com tanta virilidade, os jogadores notaram que as regatinhas agarradas e os shortinhos mais curtos já conhecidos não combinavam com essa nova forma de jogar. Além, claro, de a marginalidade tomar conta cada vez mais do mundo da NBA, e não estou falando de assédios sexuais, tiros ou desavenças caseiras.

Os novos jogadores que surgiram no pós “mamãe-quero-ser-gay” vieram com ideais das ruas, com letras de hip-hop na mente, gírias do gueto e correntes, muitas, muitas correntes de ouro penduradas no pescoço (quando não acompanhadas de um cifrão enorme cravado com diamantes ou lantejoulas, somente para disfarçar). Quem é que não se lembra do All-Star de 2005, quando Allen Iverson gritava para Kyle Korver, o jogador mais modelete do Sixers e irmão gêmeo de Ashton Kutcher (vide foto), no campeonato de 3 pontos, envolto de um camisetão que ia até as canelas ,uma bermuda que ia até o chão e tantas, mas tantas correntes penduradas em si, que mal dava pra saber se era jogador de basquete, bicheiro ou ferreiro. Vestimenta esta que foi banida dos ginásios pelo todo poderoso David Stern. E o cartola não parou por aí, delimitando um comprimento máximo aos bermudões de jogo, o que causou um certo mal-estar nos jogadores mas que logo foi superado. Outro veto que no começo chamou muito a atenção de toda NBA foi o do Bulls. O chefão proibiu o uso de adereços durante os jogos. Nada de faixas, munhequeiras, meiões, bermudões, joelheiras e tensores sem que haja uma real necessidade. Assim, o Bulls, os Touros Vermelhos, se tornou o time mais bem comportado da liga. Tirando o Hirinch, os negões do time até se ofenderam com a proibição, principalmente o Ben Wallace que sempre posou de maloqueiro no Pistons e agora a única coisa que podia usar para amedrontar o adversário era seu grande e bizarro cabelo.

Mas para essa temporada o técnico Scott Skiles liberou a faixa na cabeça do Wallace. O motivo foi que todos os outros jogadores
se juntaram e toparam deixar o Big Ben usar mesmo com a proibição ainda servindo para os outros jogadores. Acho que o Ben Wallace olhou feio pros companheiros e eles liberaram rapidinho. O Skiles não é muito de dar liberdade mas deve ter pensado que que com a faixa ele ia jogar bem como jogava no Pistons. Até agora não deu muito certo.

A aparência é algo constante e de grande valia na NBA. Jogadores se enfeitam de todas as formas, ou para parecerem bonitos enquanto jogam, ou para mostrarem quão marginais são e assustar o adversário. É notório que junto com a evolução do jogo e sua agressividade, a característica das ruas veio como uma tradução a essa nova forma de jogar. Até o Yao tem xingado, socado o ar e tomado falta técnica. Quem diria, o comportado chinês que não sabia nada da vida do gueto hoje é tão nigga quanto o “Skip To My Lou”. Se quiser jogar na NBA um dia e lhe faltar talento, apele para a malandragem, ouça um rap, ande com umas correntes e diga muito “yo”. Tem jogador que só está lá por isso.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"Tá olhando o quê, amigo?": Desenho de Quadra

Felipe é web designer, diz não ter nada a ver com esse fundo branco horrível do nosso blog, e é colunista convidado do Bola Presa nas horas vagas (que são poucas) para tratar de tudo que é visual do mundo da NBA.

...

Há tempos que eu não assistia um jogo do Suns, ou por estar ocupado ou por cansaço de tanta coisa pra se fazer. E aproveitando o fato da moda agora ser brazucas na NBA, esta é uma bela oportunidade para se falar do Leandrinho, antes, é claro, de escrever de acordo com minha verdadeira função aqui, porque vocês sabem, quem manda e quem sabe dessas coisas de basquete mesmo são os dois tiranos e torcedores de timinhos fedidos.

Assistir ao Phoenix jogar é uma das coisas mais divertidas, mas não chame sua namorada, a não ser que ela goste de basquete assim como você (sem contar que há coisas melhores a se fazer). Assistir ontem ao primeiro quarto logo mostrou o que seria o jogo entre Pacers e Suns: muita correria, pouca cadência, enterradas e passes de encher os olhos, principalmente de nosso "serveur" preferido, Steve Nash.

Leandrinho entrou em quadra pouco depois da metade do primeiro quarto e só foi sair na metade do segundo e o que eu vi não foi uma atuação digna de seus primeiros jogos na temporada, o que tem acontecido frequentemente nos últimos jogos.

Acertou 1 de 8 arremessos, terminou com 4 pontos, 2-2 lances livres, 0-3 arremessos de três pontos, só 3 assistências. Creio que ainda há imaturidade no jogo do Leandrinho, que desperdiçou muitas bolas no ataque principalmente no período em que Nash estava fora do jogo.

Agora, ao assunto que me foi designado: visual. O Phoenix Suns é muito mais organizado em sua “porralouquice” do que a gente imagina. Aproveitei o jogo dessa noite para ver como funciona a movimentação do time em quadra, principalmente no ataque (levando em consideração o que eu consegui ver ou achei que vi, não tratem como regra). E, pasmem, eu desenhei tudo pra vocês. Quem não entender por favor me avise, pois posso estar indo pelo caminho errado.

Aqui vai uma breve legenda de cor para cada posição ou jogador. E como não sei o número, muito menos os nomes das jogadas, as nomeei de acordo com as mães de alguns amigos para vocês acompanharem.


Jogada Sueli:

Essa é a jogada mais usada pelo Suns. Nota-se a movimentação gorda (assim como da cidadã que lhe deu o nome) dos jogadores sem bola. Com a bola carregada pelo Nash, os dois jogadores das laterais abrem e afundam, enquanto os dois jogadores de garrafão liberam espaço para uma infiltração ou um passe a ser recebido de frente para a cesta. É desta jogada que saem a maioria das assistências do Nash.



Jogada Dona Cléu:

Jogada de força. Quem pensava que o Suns não tinha, enganou-se. Os jogadores das laterais saem e abrem, enquanto os dois jogadores de garrafão trocam de posição e um deles recebe a bola de costas para a cesta, na maioria das vezes Amaré. Eu chamo de jogada de força, pois não é nada mais, nada menos, que empurrar o adversário pra dentro e girar em cima dele para o arremesso ou finta e socar a bola na cabeça de quem estiver embaixo. Se alguém estiver se perguntando sobre o nome, o braço da Dona Cléu é da grossura da minha coxa! A tia é forte que só o capeta.


Jogada Dirce:

É quando há movimentação de todos os jogadores. A mais complicada de ser marcada, pois todos estão em movimento frenético, igualzinho quando a dona Dirce começa a falar, é coisa de louco. O número dois passa por trás de toda a defesa para se apresentar do outro lado da quadra. Número 4 sai do garrafão para a linha de três pontos, o número 5 aparece para o pick´n roll, porém não é ele quem recebe a bola, o malandrinho do número 3 é quem a recebe para um arremesso de meia distância quase que de frente para a cesta.


Jogada Tia Li:

Linda e gostosa de se ver – se é que me entedem. É a correria do Suns. Aquela desordenada, desorganizada, destrambelhada. A bola do rebote é logo passada para o armador, Nash. O número dois corre pela lateral em disparada, enquanto qualquer outro melhor posicionado para a função (mas aqui como lateral) corre em seguida pelo outro lado. Neste ponto da jogada, o Nash já tem duas opções de passes para a finalização. Porém, a jogada não é tão simples, ela é muito mais do que podemos notar de imediato. Enquanto Nash carrega a bola em direção ao contra-ataque, um dos outros dois jogadores que sobram segue atrás dele para apoio e o outro apenas corre para o ataque. E é aí que está o trunfo do Suns. O Nash tem simplesmente 4 opções de finalização e todas muito bem posicionadas: o passe pode ser feito para qualquer um das laterais, pode-se fazer a infiltração caso haja uma brecha no garrafão ou a infiltração seguida de passe para o jogador que o segue.


Claro que pode ser muita besteira minha enxergar essas jogadas, mas eu as vi e até desenhei. E não ficaram de todo o mal. Então em alguma parte devo ter acertado. O desenho que elas formam mostra que o jogo do Suns é muito mais pensado e coordenado do que imaginamos. Ah! E não podemos esquecer que apesar de tudo isso, houve várias cagadas do Phoenix na noite passada.
Dêem suas opiniões. E não, não vão conhecer a mãe de ninguém.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

"Tá olhando o quê, amigo?" - Uniforme pra quê?

Nem a ridiculeza do uniforme antigo do Rockets conseguiu parar Barkley



Esta é uma coluna (coluna?) nova, fui incumbido de falar sobre tudo que é visual na NBA, desde os desenhos dos logos até a maravilha que é a Eva Longoria. Divirtam-se, critiquem, cuspam ou simplesmente ignorem e nem leiam, já estou acostumado. Agora vamos ao primeiro assunto da coluna "Tá olhando o quê, amigo?"

Um assunto que quase ninguém discute é o visual da NBA. Ok, ok, muitos de vocês repararam, elogiaram e até cagaram em cima dos novos uniformes, principalmente os "retrôs". Mas já discutiram com alguém? Sabem de onde vieram ou por que vieram? É lógico que não, isso não tem relevância nenhuma para o jogo, por isso estou aqui para iluminá-los. Como eu disse, e muitos já perceberam, há mais ou menos 3 anos houve uma explosão, uma modinha de novos uniformes e principalmente uniformes clássicos e retrôs. A principal causa desta mudança e inovação é que, além de dar uma melhorada, ou piorada (aí vai do gosto de cada um), o mercado mundial e nacional da NBA aumentou drasticamente, o que rende lucros. Quanto maior a demanda, maior a oferta, assim times como Nuggets, Mavs, Spurs, Pacers e mais alguns, bobos que são, foram logo desenvolvendo novos uniformes para abocanhar uma fatia maior do bolo. Mas ná é tão simples, mexer com o retrô pode dar merda, muita merda, e poucos se salvaram neste quesito. O Spurs por exemplo cagou e sentou em cima. Não mudou o logo e jogou o prateado. Parece que o Duncan está vestido para o baile do colégio, só faltou porpurina. Em compensação, o uniforme retrô do Nuggets aqui ao lado, filé! Eu compraria se vendesse por aqui.

Porém, a NBA não é só dinheiro, os outros 2% levam o jogo em consideração e no que se vê em quadra, assim, outros
times procuraram reformular seus uniformes, não para venderem mais - aham! como se não fosse por isso também -, mas porque os anteriores eram muito feios ou estavam fora de moda, desatualizados. Fazendo parte deste grupo, está novamente o Denver Nuggets, que
trocou o velho uniforme branco e marrom pelo simpático azul geladeira e amarelinho bebê (lembrando que em anos anteriores já havia trocado o ancestral colorido "viva o movimento gay" com aquela montanha bizarra). Na minha opinião, não havia necessidade, mas aprovado.

Outro time que embarcou neste grupo e, diga-se de
passagem, precisava e muito, foi o Houston Rockets. Convenhamos, aquele uniforme listrado, com o foguete explodindo na camisa, parecia um pijama. Ou foi desenhado pelo chato do sobrinho do dono ou foi uma piada de muito mal gosto. Críticas à parte, o novo é muito bem feito! Gostei do vermelho, do "R" representando uma plataforma de lançamento com um foguete, simples, funcional e bonito. Vende que nem água - graças ao Yao Ming. Há outros que mudaram seus uniformes com a mesma necessidade que o Houston, como o Memphis, Washington, Warriors e o Suns, mas este mudou pouca coisa.

A necessidade, junto com a divina oportunidade de as equipes beliscarem uns dólares a mais, deram esta atualizada no visual da NBA e deixou os jogos de certa forma mais bonitos, o que pra mim está ótimo, já que tem tido uns joguinhos bem feios ultimamente.
Agora lanço o desafio: tem uniforme que fique bem no gordo do Eddie Curry?