segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Um jogo para os saudosistas

LeBron não sabe brincar


Antes de começar o All-Star Game, neste domingo, estava assistindo o "abre o jogo" da ESPN Brasil com comentários do Eduardo Agra e do nosso amigo Zé Boquinha. O Zé, como já virou clássico dele em All-Star Games, estava mostrando saudade dos tempos de Magic Johson, Larry Bird, Michael Jordan, Isiah Thomas e companhia. Mais de uma vez ele comentou como os jogos eram antes mais disputados, tinham mais rivalidade e que de uns tempos pra cá tudo ficou mais voltado para o show, para a diversão, sem a mesma intensidade.

Se era assim, agora não é mais.

Talvez sentindo falta dos jogadores que costumavam dar show nos últimos anos, todo mundo no All-Star Game resolveu jogar um pouco mais sério. Afinal, se você for ver as grandes jogadas dos últimos 5 ou 6 anos de jogo das estrelas, você verá muito Kobe Bryant, Shaquille O'Neal, Tracy McGrady e, principalmente, Vince Carter. Nesse ano somente Kobe estava lá e, como tinha dito antes, só deu um alô e já sentou no banco com o dedo machucado.
Para dar show não faltava gente, claro. Ainda estavam lá LeBron, Wade, Dwight, Nash, Paul. Mas não ia ser a mesma coisa. E não ia porque LeBron e Wade em especial parecem não gostar muito de jogar só pelo show. Eles fazem suas jogadas mais lindas quando os jogos estão mais tensos e disputados. Quando o jogo está fácil, só pra festa, eles parecem pegar mais leve. Mas pode ser só impressão minha também.

O Leste começou o jogo bem melhor. Fazendo as jogadas mais fáceis e finalizando bem. Enquanto isso, o Oeste estava com aproveitamento bem fraco nos arremessos e o Yao parecia mais sonolento que o de costume. Assim não foi difícil para o Leste abrir uma boa vantagem, que se manteve até o quarto período. O lógico seria pensar que nesse meio tempo, entre a vantagem aberta logo no início e o final do jogo, seria onde aconteceriam as jogadas mais marcantes do jogo. Mas não foi exatamente assim.

Teve um momento, de pouco mais de um minuto, feito de jogadas fora do comum. Ponte aérea do Kidd pro LeBron que ao invés de enterrar deu uma de Fernanda Venturini pro Howard. Depois foi o Howard que mandou pro LeBron. No meio disso o Chris Paul mandou uma ponte aérea pro Amaré Stoudemire e ainda sobrou tempo para uma outra ponte aérea do LeBron para o Howard. Foi de tirar o fôlego. Mas mais legal do que isso, mais marcante e mais empolgante, foi o quarto período.

O Oeste resolveu que não ia se entregar e que era hora de uma virada. Liderados por Chirs Paul e Nash e depois por Chris Paul e Brandon Roy, o Oeste começou a diminuir a diferença. Até, em uma bandeja de Dirk, virar a partida. Engraçado que depois do jogo o Paul disse que ele e o Roy, no ônibus indo para o ginásio, pareciam duas crianças, de tão nervosos que os dois estavam. Mas na hora não pareciam. Jogaram muito e com a ajuda de uma equipe alta, empataram o jogo. Ao lado dos dois armadores jogaram primeiro Dirk, Boozer e Amaré e depois Dirk, Duncan e Amaré. Enquanto isso, o Leste ia com um time pequeno com Kidd, Wade, Ray Allen, LeBron e Dwight. Tanto que duas vezes seguidas o Dirk foi marcado pelo Jason Kidd. Cena bizarra!

Quando faltavam pouco mais de 3 minutos para o fim do jogo, o placar estava empatado mas o clima estava a favor do Oeste. Quem mudou isso foi um cara que, se não fosse pela contusão do Caron Butler, estaria nas Bahamas descansando na hora da partida: Ray Allen.
Nesses 3 minutos ele marcou 14 pontos somando lances-livres e 3 bolas de três para acabar com o jogo. Também foi ele quem sofreu uma decisiva falta de ataque de Chris Paul com menos de um minuto no relógio. Agora me diga, que tipo de juiz é esse que marca uma falta de ataque em um corta-luz com o jogo em dois pontos de diferença no último minuto de um All-Star Game? Deixa os caras jogarem!

Essa jogada definiu o jogo e Ray Allen só não foi o MVP porque LeBron quase fez um triple-double com 27 pontos, 8 rebotes e 9 assistências e, também, porque ele deu a enterrada mais animal do jogo quando a partida estava empatada em 125 e com menos de um minuto no relógio. Também no finalzinho do jogo Wade fez uma jogada de 3 pontos maravilhosa; não estou tão doido assim em achar que eles jogam melhor quando o jogo está sério e disputado, estou? Foi o segundo troféu de MVP para LeBron e o outro tinha sido dois anos atrás em outra vitória bem apertada do Leste.

Eu, particularmente, estava torcendo para o Oeste. Nada contra o Leste e nada a ver com o fato do Lakers está no Oeste. Era porque queria ver a virada terminar em vitória e porque sabia que o MVP do jogo, caso o Oeste vencesse, seria o garoto da casa Chris Paul. Com muita personalidade, habilidade, velocidade, passes lindos à la Pete Maravich e até bolas de 3, o garoto merecia o troféu. 16 pontos e 14 assistências em seu primeiro All-Star não é pra qualquer um.

Pro ano que vem espero mais do que vi ontem. Jogadas de efeito, muitas enterradas e, no final, a rivalidade, disputa e desejo de ganhar. E não falo isso só pra agradar o Zé Boquinha não, aposto que todo mundo gostou de ver o Garnett, mesmo de terno atrás do banco, vibrando como se fosse um jogo de playoff.

Abaixo, um vídeo com quase todas as jogadas que você precisa ver: as pontes aéreas, os passes do Chris Paul, a bandeja de costas do Wade e, claro, a enterrada do Amaré em cima do Dwight Superman.

Só duas jogada que mereciam ser vistas não estão nesse vídeo. A primeira é a bola de três que o Rasheed fez usando a mão esquerda (depois de tentar várias vezes) e a segunda é o giro e fake do Yao Ming, no maior estilo Hakeen Olajuwon, pra cima do Howard, uma pena que ele apelou e fez a falta. Ninguém gosta de ser zoado por um branquelo no All-Star.



Amanhã sai o resultado da nossa promoção! Aguardem!

12 comentários:

Anônimo disse...

puta q jogo chato

Anônimo disse...

eh foi uma merda msm

Anônimo disse...

u mais foda foi v u lebron d mvp
vcf
essi cara nao merecia isso

Anônimo disse...

Eu quase dormi no jogo... O espetáculo perde demais sem Kobe e T-Mac. Só o último quarto que valeu pela reação do Oeste. Também achei uma sacanagem aquela falta de ataque, a unica no jogo todo. Deu um gostinho de marmelada. Ray Allen garantiu o MVP do Lebron praticamente, mas eu não questiono a escolha, ele teve números pra isso. O foda foi a Air Ball que ele mandou. Se o Oeste ganhasse daria Chris Paul, e se o Kobe tivesse jogado acho que daria oeste. Destaque negativo pro Yao (CHUTANDO DE TRÊS?) e o Tim Duncan que se inspirou pro jogo de ontem na expressão facial dele.

Anônimo disse...

Fiquei com pena do Chris Paul. O garoto incendiou o jogo mesmo, merecia o MVP se o Oeste tivesse vencido. Mas como apostei no LeBron como vencedor do prêmio, o CP que se dane...
Mudando um pouco de assunto, mas pro próximo "separados" caberia o Deron Williams e o Igor Cavalera. Procurem na internet as fotos das duas crianças e me digam se to completamente enganado ou não.

Renan Ronchi disse...

É, vocês tem razão quando dizem que sempre aparece um mané escrevendo porcarias na caixa de comentários, o anônimo escreveu 3, na falta de uma, passei por isso ontem, o primeiro anônimo te xingando a gente nunca esquece!

Denis disse...

Pior que o anônimo não está xingando a gentre do blog ou alguém que comentou, está xingando o jogo. Ué, pode falar mal do jogo e por o seu nome aí, o David Stern não vai te matar por causa disso...

Anônimo disse...

Achei a mesma coisa do jogo. Jogadas bacanas no primeiro quarto, jogo morno no segundo e no terceiro e emoção no quarto com a vitória do Leste.

Eu acho que o zé Boquinha devia se matar. Tirei o áudio em português porque é insuportável, os caras se recusam a comentar o jogo, ficam falando dos bons tempos, como se não houvesse bons jogadores em quadra.

E, Denis, admita que você tem algo contra o Leste, será libertador para você.

Anônimo disse...

O ASW superou minhas expectativas.
Se não foi suficiente para acabar com a "saudosice aguda" de Zé Boquinha (da qual compartilho), não resta dúvida de que o evento foi bem empolgante.

No Jogo das Estrelas propriamente dito, houve o já tradicional exibicionismo à flor da pele, mas o importante é que esse clima de "pelada entre amigos" mudou satisfatoriamente no 4º período, conforme bem assinalado no post.
Belo espetáculo.

O que eu acho mais importante num ASW é que, fora o tradicional show de estrelas e eventos preliminares, este megaevento traz anualmente um retrato fiel da NBA no que tange a seus jogadores e equipes.
O ASW mostra quem está no topo, quem está subindo e quem está descendo na escala do estrelato na liga. Como consequência, mostra também esse sobe e desce no que tange aos times.

No ASW, reafirmamos sempre, inclusive para registro histórico:

- Quem são as estrelas de primeira grandeza, que se mantêm ao longo dos anos com merecida "cadeira cativa";

- Quem está ganhando espaço, ou seja, novas estrelas buscando se consolidar como tal. Logrando êxito ou fracassando, lá estarão eles para sempre registrados como allstars naquele ano;

- Quem são os jogadores que "voltam à moda" com o mesmo talento de sempre, beneficiados pela maior exposição gerada por boas campanhas de suas equipes;

- Quem são os jovens promissores para um breve futuro (Rookie Challenge);

- Quem está perdendo espaço na liga (seja pelo natural passar dos anos e/ou por estar em equipe de fraca campanha); e

- Quais são as equipes mais representativas da liga naquele ano.

Diante das perspectivas geradas pelo evento de 2008, reitero meu otimismo no sentido de que a atual geração ainda engrandecerá em muito a NBA, mais ainda do que já engrandece atualmente.

Não podemos ficar presos ao passado, ainda mais sabendo que a "época de ouro", precipuamente entre 1979 e 1998, se inscreveu como um tempo sem igual na história da liga.

Os tempos mudaram, certos nomes ainda deixam saudade, mas há muito não se vê tanto talento na liga.
Na atual temporada, os jogos têm sido bem competitivos e os playoffs prometem.

Quem sabe, num futuro não muito distante, o Zé Boquinha esteja se lamentando por não mais poder assistir a LeBron, Kobe, D12, Wade, Kidd, Nash, Paul...

Abs;

Danilo disse...

Rodrigo, num All-Star Game passado, o Yao ameaçou chutar de 3 pontos, fi incentivado por todo mundo e mesmo assim não chutou. Dessa vez, querendo entrar na "brincadeira", resolveu chutar sim, se divertir. E o pior é que ele pode acertar essas bolas.

Renzo, eu também acho que essa geração da NBA vai marcar época, deixar saudade e todos nós vamos ser velhinhos resmungões sobre os bons tempos quando o novo jogador all-star for o TJ Kidd, o filho cabeçudo do Jason Kidd.

Abraços!

Anônimo disse...

claro q o jogo foi chato, oeste tava com duncan e yao de titulares com o amare nu banco...na poha dum jogo-show... babakice! e kidd-lebron-howard mostraram q o preolimpiko serviu pra eles desenvolverem uma kimika show d bola hehe

Unknown disse...

parabéns pelo blog

muito show
:D