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domingo, 17 de outubro de 2010

Preview - 2010-11 / Miami Heat

Wade tem dor de barriga só de pensar no elenco do ano passado


Objetivo máximo: Ganhar um título e descobrir a cura para o câncer
Não seria estranho: Perder na final do Leste ou bater o recorde de 72 vitórias
Desastre: Não chegar à final de Conferência

Forças: Três carinhas lá que dizem que são bons e um técnico capaz de montar defesas monstruosas
Fraquezas: Um elenco de apoio limitado que parece ter sido escolhido em fim de feira e sofre de falta de entrosamento

Elenco: Se Odin existisse ele deixaria eu colar as planilhas aqui como fizemos nos primeiros previews. Mas pelo jeito estamos sem deuses nórdicos nesse mundo e vocês terão que clicar aqui para conferir a rotação do Miami Heat. Maldito Blogger instável!

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Técnico: Erik Spoelstra

O Spoelstra é uma ninfetinha entre os vovôs. Com apenas 39 anos, é o técnico mais novo da NBA e também o mais descolado. Antes mesmo de assumir o time, já era famoso pelo seu trabalho inovador com tecnologias para análise de estatísticas e era o responsável por juntar dados e vídeos sobre as equipes adversárias. O ex-técnico do Heat, Pat Riley, sempre gostou do jovem nerd e foi cada vez mais aproximando o pirralho das quadras. O maior sucesso do Spoelstra foi no trabalho individual com os novatos, ensinando as movimentações ofensivas e defensivas, e sua fama de bom professor foi lhe rendendo cada vez mais espaço na comissão técnica - até que Pat Riley decidiu que seu jovem padawan estava pronto. Quando Spoelstra assumiu o Heat na temporada 2008-09, tudo que sabíamos sobre ele era que havia disponilizado todas as jogadas da equipe para seus jogadores num programinha para iPod. Era o modo dele de garantir que todos os jogadores teriam a lista de jogadas sempre à mão, e provou imediatamente que o jovem treinador sabia falar a mesma língua dos seus jogadores. Rapidamente tornou-se respeitado e compreendido por todo o elenco e levou um time limitadíssimo, beirando o ridículo, duas vezes aos playoffs. O segredo é um só: defesa.

Spoelstra é excelente treinador de pirralhos e desenha muito bem jogadas decisivas, mas a defesa que ele montou com aquele elenco de zé-ruelas é puro milagre. Na temporada passada, quando o Heat sofria com um ataque terrivelmente inconsistente e estava fora da zona dos playoffs, emplacou de repente uma série de vitórias depois do All-Star Game ganhando 18 de suas 22 últimas partidas e se classificando em quinto lugar no Leste, tudo com o discurso de que é a defesa que ganha jogos. No geral, o Heat foi o segundo melhor time em limitar os pontos do oponente (94.2 por jogo), o melhor em limitar o aproveitamento de arremessos do oponente (43.9% por jogo), e o quinto melhor em limitar o aproveitamento do perímetro (34.2% da linha de três pontos por jogo). O Spoelstra foca tanto na defesa que nunca teve medo de limitar os minutos de Michael Beasley só porque ele fede defendendo e sempre deu preferência ao seu quinteto defensivo (com Joel Anthony e Mario Chalmers) mesmo quando o ataque sofria por falta de talento. Por isso, desde que LeBron, Bosh e Wade se reuniram, em Miami só se fala em defesa (e em garotas de biquíni, mas isso é outra história).

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Se tem uma coisa que aprendemos com o Celtics é que, ao juntar três grandes estrelas, não é necessário se preocupar com o resto do elenco. Ao contrário do que acontece com times com uma estrela isolada, jogadores veteranos são capazes de arrancar um braço pela oportunidade de jogar com três estrelas ao mesmo tempo, topando salários menores e papéis limitados na esperança de ganhar um anel de campeão. O Heat desmontou inteiramente seu time para tentar contratar LeBron, Bosh e Wade, um risco absurdo - que se tivesse dado errado seria uma baita burrice, mas já que deu certo é chamado "jogada de gênio" - que agora traz resultados. O elenco foi criado do zero apenas com gente louca pela chance de ser campeão em Miami: o Udonis Haslem recebeu ofertas mais lucrativas e com mais minutos, mas aceitou voltar para o Heat mesmo indo parar no banco em nome de "sua amizade com Wade"; Ilgauskas poderia continuar no Cavs onde é amado e idolatrado e os moradores de Cleveland lhe oferecem suas filhas para casar com ele, mas preferiu dividir o garrafão com o Bosh; Mike Miller foi um dos jogadores mais cobiçados da offseason mas rapidamente ficou claro que ele iria reforçar o perímetro do Heat; e o Eddie House, que já foi campeão com o Celtics e é um oportunista safado e sem vergonha, também pulou no barco. Mario Chalmers e Dwyane Wade vão ter trabalho para conhecer todos os rostos novos no vestiário de um time que, até a chegada de LeBron e Bosh, não tinha sequer 5 jogadores contratados.

O problema é que essa gente nova precisa aprender as movimentações ofensivas, os padrões defensivos, como cada jogador se comporta em quadra, qual a filosofia do técnico. É por isso que, desde o primeiro dia de treinamentos, o foco tem sido integralmente na defesa. Novamente, é uma lição tirada diretamente do livro do Boston Celtics: com tantos jogadores talentosos no ataque, dá pra jogar improvisando desde que a defesa seja impecável. Wade e LeBron estão dispostos a provar que são dois dos melhores defensores da NBA e, com isso, passar uma forte mentalidade defensiva ao resto do time. Nos jogos de pré-temporada a defesa do Heat errou muito, ainda existem muitos desentendimentos e falhas de marcação, mas dá pra perceber que o foco do Erik Spoelstra é, como sempre, marcação muito forte. Com o tempo, quando os jogadores estiverem acostumados ao estilo e uns com os outros, esse Heat tem tudo para ser uma das três defesas mais fortes da liga.

Se a defesa funcionar, o Heat será um excelente time em contra-ataques, área em que LeBron realmente brilha e na qual Dwyane Wade se sai tão bem. No contra-ataque não é preciso ter jogadas ensaiadas, dá pra contar com a velocidade e o talento dos jogadores, com a visão de jogo de LeBron James, e não se preocupar com o treinamento ofensivo. Quando o contra-ataque não funcionar e o Heat precisar de um jogo de meia-quadra, mais lento, podemos esperar - assim como acontece com o Celtics - muitas isolações e improviso. Mas quem deve chamar as jogadas na imensa maioria das vezes é mesmo LeBron James. Como abordamos em nosso texto sobre a ida de LeBron ao Heat, o jogador sempre preferiu jogar, desde seus tempos de colegial, como um passador. Nos jogos de pré-temporada tem passado bastante tempo na posição, com Mario Chalmers jogando como armador apenas na defesa e Carlos Arroyo, quando entra na posição, agindo mais como um segundo armador e se focando nos arremessos. Quando Dwyane jogar, deve assumir um pouco a posição, de modo que Chalmers e Arroyo possam se focar naquilo que sabem ao invés de terem que jogar como armadores puros, coisa que não são. Acredito que aos poucos LeBron firme-se cada vez mais como o armador da equipe e é capaz que Mike Miller entre como titular para melhorar os arremessos de perímetro. Se vier do banco, Miller também pode armar o jogo com bastante eficiência, de modo que não prevejo Chalmers e Arroyo carregando muito a bola na próxima temporada.

A defesa será o foco da equipe, o ataque deve funcionar nos contra-ataques, nas isolações e na armação de LeBron e Wade. Mas é no garrafão que o Heat sentirá mais dificuldade. Bosh tem horror à ideia de ter que jogar de pivô novamente, e o Erik Spoelstra já disse que usará ele na posição o mínimo possível, com moderação. Para ser parceiro de garrafão do Bosh não sobra muita gente: Udonis Haslem, que é muito bom, não tem altura para marcar os pivôs adversários e prefere jogar de ala; Ilgauskas é o melhor pivô puro do elenco mas se movimenta como se estivesse debaixo d'água e terá dificudades no estilo de contra-ataques do Heat; e Joel Anthony quebra um bom galho na defesa mas no ataque parece que sofreu um derrame cerebral. Tem mais gente pra função, tipo o Jamal Magloire, mas eu prefiro me focar em analisar os jogadores de basquete, não qualquer mamífero bípede que sentar no banco. O mais provável, principalmente em caso de contusão, é que Erik Spoelstra opte por escalações mais baixas, com LeBron de ala de força (mesmo armando o jogo), Udonis Haslem jogando bastante de pivô, e é claro que com isso vai acabar sobrando constantemente para o Bosh a tal posição que ele tanto odeia. Se estiverem ganhando, é bem capaz de que ele não se importe, mas enquanto a armação está tão bem servida, a defesa tem as peças necessárias e os arremessos de três estão tão bem garantidos (até o James Jones, que eu acho tão bom arremessador, topou voltar ao Heat), o garrafão é a parte frágil. O Bosh, repito, é melhor do que a maioria das pessoas pensa e vai ganhar vários jogos sozinho, mas na defesa embaixo do aro o negócio vai ser feio quando enfrentarem Lakers e Celtics, por exemplo. Pode ser uma missão dura demais para o coitado do Joel Anthony, que mal consegue amarrar os próprios cadarços.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O resto do Heat


Anthony, Joel Anthony



Nós já analisamos a decisão do LeBron James, e depois o Danilo fez um especial analisando o ponto de vista de todas as estrelas do Miami Heat: Dwyane Wade, Chris Bosh e, claro, LeBron. Mas era natural perguntar sobre o resto do time. Afinal, o Miami Heat se livrou de todo mundo para poder abrigar as três estrelas, deixou apenas Mario Chalmers e Michael Beasley, e logo trocou Beasley por uma escolha de draft com o Wolves. Como eles iriam conseguir montar um time? Quem eles iriam conseguir? Bom, eles acabaram de montar, hora de ver se fizeram direito.

O começo do time está na única peça que nunca ameaçou sair de Miami, o Superintendente Mario Chalmers. O armador foi uma grata surpresa na temporada retrasada. Depois de ser campeão universitário acertando o arremesso mais importante do jogo do título, pensou-se que aquele seria seu grande momento, que era muito fraco para ser grande coisa na NBA, tanto que foi apenas a 34ª escolha no Draft!

Mas em pouco tempo provou o contrário e com bons treinos (e falta de concorrência, é verdade), foi titular em todos os jogos da sua campanha de novato. Suas bolas de três (aproveitamento de 42%), poucos erros (2 turnovers por jogo em mais de 30 minutos por jogo) e principalmente sua defesa e roubos de bola o tornaram um favorito do técnico Eric Spoelstra. Chalmers, como novato, foi o quarto maior ladrão de bolas da NBA com 2 por jogo e é um dos 48 jogadores da história da NBA a conseguir pelo menos 9 roubos de bola em uma partida.

O que parecia uma carreira promissora deu um enorme passo para trás na temporada passada. Ninguém sabe explicar bem o porquê, mas Mario Chalmers parecia não defender com a mesma eficiência e sua limitação no ataque cada vez incomodava mais. Ele se tornou apenas um arremessador (que acertava menos do que no seu primeiro ano) e não livrava o Dwyane Wade da responsabilidade de armar as jogadas. Por isso Eric Spoelstra tirou Chalmers do time titular, colocou Carlos Arroyo ou Rafer Alston e Chalmers despencou para meros 20 minutos por partida ou menos.

O desempenho de Carlos Arroyo, que ganhou um novo contrato, foi discreto. Ele não defende tão bem quanto Chalmers, mas não é batido com facilidade e compensa com bom controle de bola e de ritmo de jogo no ataque. O número de assistências do porto-riquenho não é alto, mas ele é o responsável por ditar a velocidade e o caminho do ataque, liberando D-Wade para se movimentar e achar a melhor posição para atacar.

O melhor jogador entre os dois é o Chalmers, por isso imagino que ele volte para essa temporada como titular, mas vai ser uma briga longa. Se o Chalmers não estiver calibrado de longa distância quando sobrar livre (o que vai acontecer bastante) e se não for bom o bastante para segurar a armação, deverá perder lugar. O negócio é que ele poderá perder a vaga para outro cara que não é o Arroyo. O carequinha deve ter sua chance, óbvio, mas existe uma boa e real possibilidade do armador titular ser outro dos contratados dessa offseason, Mike Miller.

O MM, além de força capilar fora de série, tem um exímio arremesso de longa distância. Com Bosh, Wade e LeBron agredindo a cesta, é de se esperar que os adversários organizem uma defesa com três zagueiros, quatro volantes e os atacantes voltando pra ajudar. Até porque embora tenham melhorado, nem LeBron e nem Wade são conhecidos pelos arremessos de longe. Para desafogar essa defesa eles foram atrás de arremessadores. James Jones será a opção do banco de reservas, um cara limitado mas com o talento que eles precisam, e o outro é o Mike Miller. O que faz a loirinha ter chances de ser titular é que ele já quebrou o galho na armação durante vários períodos da carreira. Às vezes por alguns jogos, outras vezes apenas durante uns pedaços do jogo, mas o importante é que tem experiência em conduzir a bola, driblar e passar. Sem contar que a responsabilidade poderia ser dividida com Dwyane Wade e LeBron James, que já têm mais horas de experiência armando o jogo do que a Hebe tem de televisão.

Todo mundo lembra do LeBron carregando a bola da defesa pro ataque e comandando o Cavs, como o Wade sempre fez no Heat, principalmente em quartos períodos. Os dois casos não são o ideal, mas podem ser feitos e liberariam o Mike Miller para ser um armador de ocasião que está lá para arremessar. Na defesa não haveria problema também porque o próprio Wade é veloz o bastante para marcar os armadores adversários, deixando o Mike Miller com os mais altos.

Como o Eric Spoelstra não foi muito de inventar mesmo quando tinha um elenco capenga e cheio de falhas, imagino que o Chalmers seja a primeira opção e o Arroyo a segunda, mas eventualmente Mike Miller vai jogar com o time titular e dependendo do resultado pode virar a formação ideal do Heat.

O outro buraco no time titular estava na posição de pivô. Para essa vaga eles renovaram o contrato do Joel Anthony e tiraram mais um jogador do Cavs, Zydrunas Ilgauskas, que por ter voltado ao Cavs no ano passado após ter sido trocado, pela forma que anunciou sua saída e pela carta que publicou agradecendo o povo de Cleveland, deve estar sendo um pouco menos odiado que LeBron.

No final da temporada passada o Joel Anthony foi titular absoluto. Foi naquele período de dois meses em que o Heat ganhou de todo mundo e ficou entre as três melhores defesas da NBA e entre os três com mais vitórias. O Anthony é tão útil para o ataque do Heat quanto eu sou para a questão da paz no Oriente Médio, mas foi uma fortaleza defensiva. Nos 16 jogos em que foi titular teve média de 5 rebotes e 2 tocos por jogo, além de ser muito bom no homem-a-homem.

Já o Ilgauskas todo mundo conhece, não é grande coisa na defesa porque é muito lento, mas compensa atrapalhando na altura, dando uns tocos e garantindo uns rebotes. O negócio do Big Z é no ataque, onde ele abre a defesa adversária com seu bom arremesso de meia distância e até eventuais bolas de três, como naquele jogo épico contra o Sacramento Kings quando acertou três bolas de 3 pontos só na prorrogação. Os arremessos do Ilgauskas são bons para forçar os pivôs a sairem do garrafão. Seria útil por exemplo para forçar o Dwight Howard a não ficar lá embaixo da cesta atrapalhando as infiltrações de Bosh, Wade e LeBron.

Claramente o Ilgauskas é a melhor opção ofensiva e o Joel Anthony a defensiva, saber quem vai ser o titular e depois quem vai ter mais tempo de quadra será importante para saber que tipo de time o Spoelstra está pensando em montar.

Assim como na armação há também a opção do improviso. Ao invés de Anthony, pura defesa, ou Ilgauskas, ataque, podem usar o Udonis Haslem. O jogador com mais tempo de Miami nesse elenco, junto com o Wade, sempre foi um líder dentro do vestiário da equipe e quase uma exigência do D-Wade para essa temporada. Haslem teve propostas mais lucrativas (dizem que do Jazz), mas não quis deixar seu time bem quando ele estaria mais forte do que nunca.

Com a presença do Bosh ele nunca vai ser titular na ala de força, e é pouco provável que arrisquem usá-lo como pivô sendo que tem apenas 2,03m de altura. Seria possível improvisar o Bosh, mas ele teria um ataque de choro e pediria para ser trocado na hora. Mas não duvide que Bosh e Haslem dividam minutos em quadra durante os jogos. O Haslem é um excelente defensor, mesmo quando enfrenta caras muito mais altos, mais ou menos como o Chuck Hayes faz no Houston Rockets. Se o pivô adversário não for nenhum monstro é possível que o Haslem entre em quadra na posição 5 mesmo sendo muito baixo. Além da boa defesa, ele tem um arremesso de meia distância que é automático, certeiro desde seu primeiro ano na NBA.

Tirando a altura, Haslem seria o cara ideal para jogar como pivô, por isso considero a chance do improviso, mas talvez apenas para alguns momentos do jogo. Meu palpite, hoje, seria que o Heat começa os jogos com Chalmers, Wade, LeBron, Bosh e Ilgauskas. Mas apostaria que eles terminam as partidas mais complicadas com Mike Miller, Wade, LeBron, Bosh e Haslem.

Além dos que brigam por vagas no time titular, o Heat foi buscar mais gente para completar o elenco. Eles tem agora o Eddie House, que pelo menos umas duas ou três vezes na temporada ou nos playoffs vai ganhar jogos sozinho com arremessos de três consecutivos, o Shavlik Randolph, um ala de força branquelo que é um bom reboteiro e deverá quebrar um galho de vez em quando e, ainda no grupo de estrelas do garbage time, que vão fazer a festa sempre que o time titular abrir 20 pontos de vantagem antes do quarto período, Kenny Hasbrouck, um armador que fez história por ser o primeiro a sair da Universidade de Sienna para a NBA e que eu nunca vi jogar na vida.

Como terceiro pivô eles contrataram o Jamaal Magloire, que eu acho um pedaço de carne desforme e imprestável. Em 11 anos de NBA ele foi bom em apenas duas temporadas, a 2002-03 e 03-04, ambas pelo New Orleans Hornets. Na segunda ele até conseguiu a proeza de ser um All-Star, tamanha era a falta de bons pivôs no Leste naquele ano (o Hornets foi do Leste até a entrada do Charlotte Bobcats na liga em 2004-05). E pior, ele ainda foi o cestinha do Leste com 19 pontos naquele All-Star Game! No vídeo abaixo ele aparece com uma enterrada, sofrendo um toco (que foi na descendente) do Shaq e fazendo uma falta grosseira no mesmo Shaq, que resultou em pontos para o Oeste e piada em frente às câmeras.



(nota sobre o vídeo: o passe de esquerda do Kidd para o Kenyon Martin no primeiro tempo é uma das assistências mais lindas que eu já vi na vida. É bom relembrar como T-Mac, Vince Carter e Allen Iverson eram bons)

Depois dessa boa (mas não de All-Star!) campanha, ele foi ganhando um contrato atrás do outro apenas vivendo do passado, nunca fez mais nada de útil na NBA. Tá bom que terceiros pivôs não costumam ser grande coisa, o Lakers foi campeão com o DJ Mbenga, mas o Heat poderia ter ido atrás de um que enganasse melhor.

Eu esperava que o Heat fosse conseguir mais jogadores de nome e experiência na busca para fechar o elenco, ao invés disso pegaram muita gente que pouco viu a cara dos playoffs. Mas assim como Rondo e Perkins encararam a novidade da pós-temporada em 2008 com naturalidade, no embalo do trio de líderes, acho que o Heat não terá problemas se LeBron, Wade e Bosh exercerem bem a liderança da equipe.

A liderança passa pelos treinos, discurso pré-jogo, atitude em quadra, toques e broncas nos momentos difíceis e em palavras de confiança e calma na hora certa. O Celtics tinha Garnett e Doc Rivers muito bem nesse papel de líder e assim o bom elenco não se perdeu. O Heat conseguiu as estrelas e agora as boas peças de apoio, falta testar a liderança.

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Coloquei ontem no ar uma planilha com os elencos dos 30 times da NBA. Está separado por divisão e as equipes entre titulares, reservas e o resto que compõe o elenco. Talvez ainda faltem alguns jogadores e os times titulares são, por enquanto, palpites. Mas com o passar do tempo e da temporada vamos sempre atualizar com os ajustes necessários. Espero que seja útil para quem é curioso, pra consultar ou só para arrumar os elencos no seu NBA 2k10.