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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Análise do Draft - Parte 4 (e final!)

Aqui está o post final sobre o draft, os últimos 6 times a serem analisados antes que mergulhemos de cabeça no mercado agitado de Free Agents. Para ler sobre o seu time, veja os posts anteriores:

Parte 1 (Clippers, Grizzlies, Thunder, Kings, Wolves, Warriors e Knicks)
Parte 2 (Raptors, Bucks, Nets, Bobcats, Pacers, Suns, Pistons, Bulls e Sixers)
Parte 3 (Nuggets, Hawks, Jazz, Hornets, Blazers, Mavs, Cavs e Rockets)

Nesse ano, como o dia do draft será sempre conhecido como "O dia em que o Michael Jackson morreu", os selos desse ano levam a marca do cantor-dançarino-performer-xxxxxx mais querido do mundo. Vamos aos selos de avaliação desse ano:


Thriller: Sucesso absoluto, ótima escolha! O time com selo Thriller pode sair tranquilo e feliz do draft.




Black or White: O jogador draftado pode causar alguma dúvida por causa de sua posição, histórico ou situação do time, mas tem tudo pra dar certo.


Jackson 5: O jogador escolhido não deve passar de um role player, um jogador de equipe. Dependendo da posição onde foi escolhido isso pode ser bom ou ruim.


Moonwalk: Pareceu legal na hora mas olhando bem ele só está andando pra trás. Esse jogador não vai levar o time a lugar nenhum.


Plásticas no nariz branco: Ninguém vai reconhecer esse jogador daqui um tempo. Promessa falida, escolha horrível.



...

Boston Celtics
Lester Hudson, PG/SG


Nominalmente eu gostei da escolha. Mistura o nome de um rato ajudante de cientista com o nome de um rio, fantástico.

A história do Lester Hudson é interessante e pouco comum. Ele só jogou um ano na divisão 1 da NCAA, antes disso ele jogou nas outras divisões e lá evoluiu até chamar a atenção de uma faculdade melhor, a não tão conhecida Tennessee-Martin.

Como os reservas na armação do Celtics eram o sempre machucado Tony Allen, o lixo do Marbury e o pirado do Eddie House, foi bom para eles terem uma aposta de segunda rodada em um armador. O Hudson é bem agressivo e ataca a cesta antes de pensar em passar a bola, o que só vai funcionar se o papel dele for vir do banco e tentar botar fogo no jogo. Deve render algum resultado em poucos minutos de jogo e sua história de superação vai fazer ele ser brother do Garnett. Uma escolha que não vai mudar a cara do Celtics mas que foi bacana.


Miami Heat
Patrick Beverly, PG
Robert Dozier, PF

O Patrick Beverly, que com esse nome deveria jogar em LA, é o clássico exemplo do armador falso. Ele tem tamanho de armador e por isso joga na posição 1, mas é só por falta de opção, já que o moleque só gosta de correr e atacar a cesta. Um streetballer disfarçado de profissional, em outras palavras.

Ter um streetballer no time é bom pra quando as jogadas dão certo, o ritmo de jogo acelerado atrapalha o outro time e a torcida entra no jogo. Mas se tiver mais de 10 minutos por jogo será uma surpresa.

O Robert Dozier, a última escolha do draft 2009, se destacou na NCAA na temporada 2008, quando foi vice-campeão ao lado de Derrick Rose e Chris Douglas-Roberts em Memphis, mas passar mais um ano lá sem jogadores do mesmo nível não fez bem para sua cotação no draft. Na NBA ele até pode se destacar pela vontade com que joga e pelo excelente físico que tem. Com um pouco de experiência e treino pode conseguir seu espaço na NBA como bom reboteiro ofensivo e bom defensor.


Los Angeles Lakers
Chinemelu Elonu, PF


Com sua única escolha no draft, o Lakers escolheu o nigeriano Chinemelu Elonu, carinhosamente apelidado na faculdade de "Junior", o que sem dúvida é um nome mais fácil de pronunciar. O Junior é assumidamente torcedor do Rockets e seu jogador favorito é o Amar'e Stoudemire. Bom começo, garoto.

O garoto é bem atlético e parece se destacar pela defesa, o General Manager do Lakers, Mitch Kupchak, disse que vai dar uma chance para ele se destacar na Summer League, que começa dia 10 de julho. Se ele conseguir dar esperança de que é um futuro bom defensor, deve ganhar um contrato mínimo para a primeira temporada. O que o Junior precisa mostrar é que pode valer mais a pena do que o Josh Powell ou o DJ Mbenga, só isso.


San Antonio Spurs
DeJuan Blair, PF
Jack McClinton, SG
Nando de Colo, SG/SF

O Spurs sai do draft como um dos grandes vencedores. Entrou quase sem escolhas boas (teve a 37, a 51 e a 53) e saiu com jogadores talentosos e que se encaixam no seu esquema de jogo.

Começaram com a aposta DeJuan Blair, um cara que era cotado para sair entre os 15 primeiros da primeira rodada mas acabou caindo, caindo e caindo até as mãos do Spurs. A história dele já tá ficando batida: ele jogava muito como ala de força na universidade, foi considerado o melhor reboteiro de todo o draft, mas como é muito baixo (2,02m) ficou pra trás. Já cansei de contar histórias parecidas sobre Carl Landry, Jason Maxiell e blá, blá, blá. Como ele também é bem pesado, o medo dele virar um novo Tractor Traylor assustou os times.

Mas o Spurs resolveu apostar e acho que se deram muito bem. O Blair provavelmente não tem condição de ser titular, mas ele é realmente um ótimo reboteiro e pode ajudar muito o Duncan vindo do banco. Outra coisa que impressiona nele é sua envergadura. Se de pé ele tem 2,02m, abrindo os braços ele consegue abraçar o Hasheem Thabeet da cabeça aos pés, com 2,22m! Isso é insano, é pra deixar o Tayshaun Prince e o Lamar Odom se achando um Tiranossauro Rex. Gordinho por gordinho, acho que ele vai acabar sendo um Glen Davis que joga mais perto da cesta.

O outro draftado foi o Jack McClinton. Não tem muito o que falar dele, vocês só precisam saber que o chamam de "O clone de Eddie House". Se o Spurs precisava de arremessos de 3, conseguiu um dos melhores do draft. Só vai ter que lidar com os arremessos imbecis à lá JR Smith que o Eddie House e seu clone costumam tentar de vez em quando.

Por fim eles pegaram o Nando de Colo, um francês que ninguém ouviu falar nos EUA. Juntaram as peças? Gringo desconhecido escolhido nas últimas escolhas pelos Spurs. Pronto, vai dar certo o safado. Maldito Spurs! Para conhecer mais do Sr. Colo, tem esse vídeo aqui, gostei do estilo dele.




Orlando Magic
Sem escolhas


O Orlando Magic não teve escolhas nesse ano. Trocou a que tinha para o Memphis naquela troca do meio da temporada em que conseguiram o Rafer Alston. Pode-se dizer então que o Orlando fez um puta negócio! Com o Alston, o Orlando se manteve numa campanha boa, o que então deu ao Magic a escolha 27, onde não iam conseguir nada de mais. E com o Alston conseguiram o armador que os levou até a final da NBA.

A escolha de segunda rodada que o Orlando teria, a 57, foi o que o Magic mandou simbolicamente dois anos atrás em troca do Rashard Lewis. O Lewis na época era Free Agent e poderia ter assinado direto com o Magic, mas por consideração ao ainda não finado Sonics, conseguiram arranjar um sign-and-trade, com o Lewis assinando com o Sonics e logo depois sendo trocado por essa escolha de segunda rodada que neste ano estava na mão do Suns. Mais um bom negócio!


Washington Wizards
Sem escolhas


O Wizards também não tinha escolhas. Trocaram a sua quinta escolha para o Wolves por Randy Foye e Mike Miller. Vendo hoje o draft feito dá pra saber quem eles poderiam ter escolhido. No fim das contas eles poderiam ter escolhido qualquer um dos armadores disponíveis tirando o Tyreke Evans, o que quer dizer que eles poderiam ter o Rubio, por exemplo. Mas o que será que o Wizards queria?

Eles diziam que não queriam um novato que não poderia ajudar imediatamente, então queriam jogadores experientes. Conseguiram o experiente Mike Miller, que será uma ótima ajuda em um time que gosta de arremessar de 3. E o Foye, que pode dar um descanso para o joelho do Arenas e ainda jogar ao lado dele quando necessário.

Mas será que o Wizards precisava de mais armadores ou de força no garrafão? Eu apostaria no garrafão. O que eles precisam é variar o jogo, parar de pegar jogadores que fazem mais do mesmo. Mas no draft, com a quinta escolha, eles não teriam condição de pegar nada além do Jordan Hill, que também não seria a resposta para os problemas do Wizards.

A conclusão disso tudo é que devido às necessidades e ambições do time, eles fizeram bem em trocar por jogadores experientes. Mas na hora de escolher que troca fazer é que eles falharam. Nota 10 pro draft, 5 para a troca.

...

Assim encerra-se acabada a análise do draft 2009. Voltaremos no assunto dos novatos durante as Summer Leagues, as ligas de verão, que começam no próximo dia 10. Até lá falaremos dos Free Agents, que estão agitando a NBA. Até amanhã tem um texto analisando as últimas aquisições dos nossos times, que meio que fizeram um troca: Trevor Ariza é do Rockets, Ron Artest é do Lakers. O que a gente achou desse swing você fica sabendo depois.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Análise do Draft - Parte 3

Depois de uma pequena pausa na análise do Draft para que o Danilo falasse da impressionante notícia de que o Yao Ming pode, no pior dos casos, estar prestes a ter sua carreira encerrada devido a inúmeras contusões no pé, e para falar dos primeiros contratados da temporada de Free Agents, Ben Gordon e Charlie Villanueva, voltamos para a terceira parta da análise time a time do Draft 2009.


Agora lembremos dos selos de qualidade que usamos para julgar o draft 2009:

Nesse ano, como o dia do draft será sempre conhecido como "O dia em que o Michael Jackson morreu", os selos desse ano levam a marca do cantor-dançarino-performer-xxxxx mais querido do mundo. Vamos aos selos de avaliação desse ano:


Thriller: Sucesso absoluto, ótima escolha! O time com selo Thriller pode sair tranquilo e feliz do draft.



Black or White: O jogador draftado pode causar alguma dúvida por causa de sua posição, histórico ou situação do time, mas tem tudo pra dar certo.


Jackson 5: O jogador escolhido não deve passar de um role player, um jogador de equipe. Dependendo da posição onde foi escolhido isso pode ser bom ou ruim.


Moonwalk: Pareceu legal na hora mas olhando bem ele só está andando pra trás. Esse jogador não vai levar o time a lugar nenhum.


Plásticas no nariz branco: Ninguém vai reconhecer esse jogador daqui um tempo. Promessa falida, escolha horrível.



...

Denver Nuggets
Ty Lawson, PG


Não dá pra descrever como o Nuggets saiu no lucro nesse draft. Eles entraram sem escolha nenhuma e saíram com um ótimo armador. Para isso gastaram apenas uma escolha de draft futura, o que não é grande prejuízo para um time que quer ganhar logo um título.

O Ty Lawson foi o armador do atual campeão universitário, North Carolina, e se destacou por ser um bom armador no ataque, principalmente quando o time jogava com bastante velocidade. Imaginar os reservas do Nuggets jogando com Lawson, JR Smith e Chris Andersen é animador, será pra botar fogo em todos os jogos. Lawson chega pra ter muito espaço no Nuggets e, com dedicação, pode evoluir seu jogo para virar titular em uma eventual aposentadoria do Billups daqui alguns anos.


Atlanta Hawks
Jeff Teague, PG
Sergiy Gladyr, SG

Sabe como a presença do Flynn praticamente ofendeu a mãe do Rubio na percepção do espanhol? Pode ser que o Hawks tenha feito a mesma coisa com o Mike Bibby.

O armador careca acabou de virar Free Agent e a resposta do Hawks foi trocar pelo Jamal Crawford e draftar um armador. Pode soar como medida de segurança inteligente pra quem olha de fora, mas no mundo egocêntrico dos esportes essa atitude pode ter soado como um "não precisamos mais de você" para o Bibby.

Se o Bibby entender assim e decidir pular fora para um lugar onde ele seja "mais prestigiado", o Hawks se ferrou. O Jeff Teague parece até ser bom, é bem agressivo, alto para a posição (1,90m) e tem um jumper que não é mortal mas é confiável. E uma curiosidade é que ele chega usando o número 0 em homenagem ao Arenas, já que ele acha que tem uma história parecida, com muita gente não acreditando no seu potencial desde sempre.

Se ele for como o Arenas, vai demorar uns anos na NBA até ser realmente um jogador digno de ser armador titular de uma equipe vencedora, um problema para o Hawks que precisava de um armador agora. O outro candidato, Jamal Crawford, nunca foi e nem nunca será um armador nato. O cara é um fominha que funcionaria muito bem vindo do banco só para fazer pontos e ir sentar como fez o Flip Murray nessa última temporada.

Na segunda rodada o Hawks pegou o Sergiy Gladyr, que todo mundo achava que iria para o San Antonio Spurs, que parecia muito interessado no ala. Mas depois de bons treinos com alguns times na semana do draft, o ucrâniano cresceu nas projeções e acabou indo para o Atlanta Hawks. Dizem que ele é um bom arremessador mas que pode surpreender e fazer mais que isso, como o Hawks precisa é de banco de reserva, qualquer contribuição decente que o cara puder trazer será bem vinda.


Utah Jazz
Eric Maynor, PG
Gordan Suton, C

Ouvi muita gente por aí com dó do Eric Maynor porque ele vai chegar no Utah Jazz sem a menor chance de ser armador titular. Isso é verdade, um novato concorrer por vaga com o Deron Williams é simplesmente impensável. Mas não é pra ter dó dele não, ele está em uma boa situação (Uma ótima situação é estar pelado num quarto com a Alinne Moraes, a do Maynor é só boa).

Apesar de parecer bom no basquete universitário, não vejo o Maynor como um armador titular na NBA a não ser que ele esteja em um time sem opções. Podemos dizer que ele é uma espécie de Chris Duhon: tem seu talento, é inteligente na quadra, sabe jogar, mas não vai carregar ninguém nas costas.

Então ele chega para ser um reserva bem confiável para o Deron Williams, com quem tem muito o que aprender também. E com o ótimo arremesso do Deron e suas infiltrações, nada impede dos dois até jogarem juntos durante vários minutos das partidas. Não há motivo para ficar com dó de um cara que chega como peça importante (do banco, mas importante) de um bom time, com um bom técnico e um bom armador.

Na segunda rodada o Jazz escolheu o seu pivô anual. Depois de Kyrylo Fesenko e Kosta Koufos, o draftado da vez é Gordan Suton. O pivô não tem tamanho de pivô, tem 2,08m, e é bósnio, mas fez faculdade nos EUA. Jogando por Michigan State ele se destacou no Final Four desse ano ao anular o Taj Gibson, draftado do Bulls na primeira rodada. Se o Millsap realmente sair do Jazz ele talvez tenha uma chance de mostrar se tem talento pra jogar na NBA.


New Orleans Hornets
Darren Collison, PG
Marcus Thornton, SG

A história do Deron Williams e do Chris Paul anda tão perto uma da outra que eles conseguem até ganhar reservas no mesmo ano, no mesmo draft e em escolhas consecutivas. Logo após o Jazz escolher o Maynor, o Hornets escolheu Darren Collison e eu poderia escrever a mesma coisa que escrevi acima para essa escolha.

O Collison fez todos os anos de faculdade em UCLA e chega preparado para jogar na NBA. Assim como Maynor, não é bom o bastante para ser titular em um time bom, mas tem experiência em liderar um time e com sua velocidade pode até ser uma espécie de Jannero Pargo, de quem o Hornets sentiu muita falta nessa temporada. Vai ser um bom reserva.

Na segunda rodada o Hornets pegou o Marcus Thornton, que muita gente apostava que seria uma escolha de primeiro round. Ele é um bom arremessador de arremesso rápido e bom aproveitamento. A dúvida se ele pode ser mais do que um simples arremessador é que fez ele cair muito no draft.

Ele é de Louisiana, mesmo estado onde fica New Orleans, e mesmo que seja só um arremessador já é bom para o Hornets, que não tem banco de reserva e precisa de qualquer cara que transforme os passes do Chris Paul em cesta. Foram duas boas escolhas para um time sem banco de reservas.


Portland Trail Blazers
Victor Claver, SF
Jeff Pendegraph, PF
Dante Cunningham, PF
Patrick Mills, PG

Pela primeira vez em anos o Portland não é o grande personagem do draft. Milagre! Mas não quer dizer que eles foram embora quietos também. No dia do draft trocaram a escolha 24 e mais uma de segundo round para conseguir subir um pouco e ter a escolha 22. Não sei se era com a intenção de pegar o espanhol Victor Claver, mas no fim das contas foi o que eles conseguiram.

Claver é um caso interessante porque tem 2,10m mas joga na posição 3. Tem um ótimo arremesso de longa distância e pode até jogar na posição 4 se for em um esquema meio Jamison ou Rashard Lewis. Também parece ser rápido demais para um cara da sua altura, o que torna ele um cara complicado de ser marcado.

As outras três escolhas foram na segunda rodada. E uma delas me desagradou demais. Eles pegaram o Jeff Pendergraph, que é um ala de força sem graça, com uma escolha do Kings, e em troca mandaram o Sergio Rodriguez. Eu sou fã do Rodriguez e mais fã ainda da dupla que ele fazia com o Rudy Fernandez. Nos privaram de muitas lindas pontes aéreas com o fim dessa dupla. Como disse, o Pendergraph não é nada de mais, um carregador de piano esforçado que dificilmente terá espaço no elenco profundo do Blazers.

Provavelmente isso foi apenas para dar espaço para o Jerryd Bayless, que é ótimo, mas não deixo de ficar triste pelo fim da dupla espanhola. Quem deve ser o terceiro armador do Blazers agora é o australiano Patrick Mills, que fez uma Olimpíada muito boa inclusive quando enfrentou os EUA. Pela primeira vez em anos um draft do Blazers que eu não gostei.


Dallas Mavericks
Rodrigue Beabouis, PG
Nick Calathes, PG
Ahmad Nivins, PF

O Mavericks tinha a escolha 22. Trocou com o Blazers pela 24 e depois de escolher o BJ Mullens, trocou o pivô pela escolha 25, que acabou sendo o francês Rodrigue Beabouis. Vai entender! O Mullens poderia ser um bom reserva pro lixo do Dampier, mas preferiram o gringo do croissant.

Todos que falam sobre o francês dizem a mesma coisa: ele não está pronto para a NBA. Uns parecem mais confiantes de que sua velocidade e sua capacidade de infiltração um dia renderão frutos na liga, outros dizem que é uma aposta furada, mas de qualquer forma não irá ajudar em nada o Dallas nessa temporada. Aliás, é bem capaz que ele ainda fique na Europa por um bom tempo. Uma escolha bem mequetrefe para um time que precisa de ajuda para evoluir e não perder suas estrelas.

Na segunda rodada eles pegaram o bom Nick Calathes, um armador bem consistente, sem físico de NBA mas que pode ter seus minutos no banco de reserva. Ele parece ser um Anthony Johnson ou Anthony Carter, aqueles armadores que entram e mesmo quando não fazem grandes jogos, nunca comprometem.

Por fim escolheram outro cara de fim de banco, o ala de força Ahmad Nivin, que, mesmo com esse nome de gringo barrado em aeroporto, é americano mesmo. Ele é um cara sem jogo ofensivo nenhum mas com vontade e bom tempo de rebote. Se der certo será um Reggie Evans que não joga tão sujo e não aperta o saco do Chris Kaman.

Se o Dallas tivesse um timaço teriam sido três boas escolhas para compôr o banco de reserva e uma aposta no futuro, para um time que ainda está a longos passos do título, foi como se não tivesse feito nada.


Cleveland Cavaliers
Chrstian Eyenga, SG
Danny Green, SF
Emir Preldzic, SF

O draft tem sempre suas bizarrices difíceis de explicar. O Christian Eyenga é um cara que joga no time B do DKV Joventut (o time do Rubio) e que ainda está aprendendo a jogar basquete. Há um ano dizem que ele simplesmente não acertava um arremesso, mas que agora está desenvolvendo ele melhor, dizem a mesma coisa sobre sua visão de jogo, domínio de bola e etc. Como um time escolhe com contrato garantido de primeira rodada um jogador que ainda não sabe jogar? Isso é a NBA ou uma peneira sub-15? Ridículo.

Mas pelo menos o Eyenga faz isso:



Com duas escolhas na segunda rodada o Cavs escolheu dois alas. Danny Green foi campeão com North Carolina mas sem se destacar muito na equipe, duvido muito que consiga jogar na NBA. A outra escolha foi o esloveno Preldzic, que tem nome de remédio. Ele tem alguma chance de dar certo na liga se conseguir ficar mais forte, é muito magricelo para jogar de ala na NBA mas compensa com visão de jogo e habilidade com a bola nas mãos, é o típico branquelo do leste europeu que sabe o que fazer com a bola mesmo sendo gigante.


Houston Rockets
Jermaine Taylor, SG
Sergio Llull, PG
Chase Budinger, SG

Com a contusão vitalícia do Tracy McGrady e a provável saída do Ron Artest, o Rockets foi lá e pegou dois jogadores para a posição 2. Nenhum com talento pra ser titular, mas pelo menos se esforçaram, vai...

O Jermaine Taylor se destacou no basquete universitário pelo seu arremesso e principalmente pela frieza em fazer esses arremessos em situações complicadas. Se der certo na NBA será funcionando como o Von Wafer funcionou no próprio Rockets, quando entrava pra disparar um arremesso atrás do outro, alguns em momentos complicados e decisivos do jogo.

O Chase Budinger (que tem cara de fã de futebol americano que fica bêbado de cerveja todo fim de semana) pode dar certo dependendo do time que o Rockets montar. Ele faz pontos com facilidade mas dificilmente no jogo de 1 contra 1. Ele se movimenta bem, acha os espaços para pontuar mas precisa de um time que funcione, de um sistema ofensivo organizado e de bons passadores. Em um time pronto ele renderia bastante, no Rockets que parece em dissolução ele deve feder.

Por fim, pegaram um dos jogadores com o nome mais legal do draft, o espanhol Sergio Llull. Quantas vezes vocês viram um sobrenome com 5 letras e, dessas 5, 4 eram iguais? São 4 Ls, que foda! Mas falando de basquete, ele não é merecedor desse nome. Parece mais um dos inteligentes armadores europeus que volta e meia tentam a sorte na NBA. Com Brooks e Lowry no Rockets, ou o Llull continua na Europa por mais um tempo ou só vai esquentar banco.


Eu tinha falado que ia acabar hoje, mas não me aguento e continuo escrevendo demais. Pra não ficar maior que o contrato do Ben Gordon, deixo pra terminar o post hoje à noite e posto até amanhã cedo. Lá estarão as análises finais, com Magic, Wizards, Lakers, Spurs, Celtics e Heat.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Chat e Draft 2009

Aconteceu na noite de ontem o Draft 2009, o equivalente à noite de Natal pra todo mundo que torce para um time que fede. Nada mais legal do que acompanhar, ao vivo, os jogadores que serão acrescentados a cada equipe e cada uma das quatrocentas trocas que em geral acontecem durante o próprio draft, e o Bola Presa foi o lugar certo para xingar, tirar sarro, torcer, vibrar e até mesmo ficar indiferente (rá, o Warriors draftou mais um armador, grandes merdas). Acompanhamos tudo em tempo real no nosso lendário chat do Bola Presa e foi muito legal, tinha muita gente e me diverti ao discutir as escolhas do Wolves, que conseguiu não estragar tudo mas que causou uma tremenda polêmica escolhendo apenas armadores puros - incluindo Ricky Rubio e Jonny Flynn, um com a quinta e o outro com a sexta escolha.

Em matéria de trocas, depois dos últimos dias tão atribulados, apenas coisas pequenas: Darko para o Knicks, Sergio Rodrigues para o Kings (uma troca do Amar'e para o Warriors, quase dada como certa, ainda aguarda os últimos detalhes).

Em breve teremos uma análise detalhada de todas as escolhas, trocas de posições no draft, e os times que se deram melhor ou pior utilizando o nosso sistema patenteado Bola Presa de Classificação (tm). Imperdível!

Até lá, não deixe de ler o nosso já tradicional Mock Draft 2009 - Força Nominal, com as 30 escolhas baseadas apenas na Força Nominal dos atletas. Vale mais a pena do que ler sobre a morte do Michael Jackson!

Em breve também divulgaremos o vencedor da nossa Promoção do Draft 2009, em que o prêmio é uma bola super bacanuda que será entregue em breve. Aguardem!

Amado e odiado

Rubio olha para o céu e reza para não ir para o Grizzlies


Não tem assunto que rende mais discussão nesse draft do que o Ricky Rubio, certo? Salvo alguma troca surpresa envolvendo jogadores mega conhecidos, o grande nome da noite do draft será o espanhol.

Não porque ele será a primeira escolha, claro, já é mais do que certo que o número um será Blake Griffin. O coitado pode estar chorando ao pensar que está condenado a derrotas e contusões no Clippers, mas não há o que fazer para evitar, o negócio é pegar o boné no dia do draft e treinar algumas vezes para mostrar que já merece ser titular no lugar do Zach Randolph.

É tão certo que o Griffin será o primeiro escolhido que ele deverá passar despercebido pelo dia do draft, voltando a ser o centro das atenções apenas quando for fazer sua estréia nas summer leagues e posteriormente na NBA. Falaremos mais do Griffin no decorrer da offseason, mas adianto que pelo o que eu vi do garoto não tem como errar com ele, na pior das hipóteses não vira uma superestrela, mas bom jogador vai ser com certeza.

Por outro lado, o Rubio não é garantido na escolha número 2 como se acreditava há algum tempo, e nem na escolha 3. Notícias de hoje dizem que não é nem na escolha número 4.

Primeiro era certo que ele iria para o Grizzlies com a segunda escolha, mas aí o agente dele disse que não queria ver o Rubio em Memphis. Aí ele caiu para o Thunder, que primeiro disse que estava interessado, depois que não, e agora diz estar de novo. No meio do vai-não-vai do Thunder, o Rubio caiu para a quarta escolha, do Kings, mas alguns fofoqueiros/informantes disseram que o Kings estava mais a fim de escolher o armador Jonny Flynn, fazendo o Rubio cair para a quinta escolha, que agora é do Wolves.

Pra completar a confusão, dizem que o Knicks estaria disposto a trocar com qualquer time da segunda até a quinta escolha só para ter o Rubio. Ou seja, a opinião dos times sobre o Rubio é bem parecida com a dos especialistas e fãs: sem nenhum padrão.

Um olheiro de um time, que não quis se identificar em um entrevista para o site HoopsHype, já disse que o Rubio é o novo Pete Maravich, a lenda do basquete dos anos 70 que se você não conhece deve correr para o YouTube nesse exato segundo. Outro olheiro, no entanto, disse que Rubio é "um Steve Nash sem ataque", o que é o mesmo que dizer que o Rubio é um pedaço de almôndega mal cozido e estragado.

A chegada do Rubio está me lembrando a do Yao Ming, quando ninguém sabia ao certo se o china era o novo Olajuwon ou o novo Shawn Bradley. No fim das contas eu prevejo uma carreira parecida para os dois. O Yao começou sofrendo enormes dificuldades, precisou ganhar físico, velocidade, ser muito bem treinado mas no fim das contas acabou sendo uma ótima escolha. O Rubio deve ter dificuldade no começo, deve precisar melhorar muito, mas duvido que ele seja um zé ninguém na NBA.

Os que são contra o espanhol dizem que ele não tem arremesso de longa distância e que fisicamente irá ser engolido vivo na NBA. Os que são a favor dizem que ele tem uma visão de jogo absurdamente acima da média e uma liderança e qualidade de passe que pouquíssimos jogadores com a sua idade tem.

Quem tem razão nisso a gente, óbvio, só vai saber com o tempo. Mas não custa dar o nosso pitaco pra quebrar a cara depois. Eu acho que ele vai ser um jogador fantástico e o draftaria sem pensar duas vezes! Ter um armador bom é um primeiro passo fantástico para ter um time vencedor, ajuda bem mais do que ter um cara da posição 3 ou 4. Claro que tem uns LeBrons e Duncans que são exceções, mas no geral se você tem um time limitado e quer levá-lo a seu limite, contrate um armador bom. Armadores bons conseguem fazer jogadores limitados parecerem espetaculares, principalmente se forem daqueles que pensam primeiro coletivamente e depois em fazer seus pontos, o que é o caso do Ricky Rubio.

Tudo o que os críticos dizem, eles dizem com base. Vendo ele jogar, mesmo naquela bela atuação nas Olimpíadas do ano passado, ele pareceu sem arremesso e com um físico limitado, mas isso, sinceramente, é o de menos. Bota o moleque na academia, manda ele puxar uns ferros, contrata um preparador físico só pra ele e manda o garoto chutar umas 800 bolas de 3 por dia. Pronto, na pior das hipóteses ele fica com um arremesso e um físico padrão na NBA.

Podemos usar como exemplo do caso do arremesso um outro armador espanhol, o Jose Calderon. Ele chegou na NBA sendo criticado por não ter arremesso. Então treinou, treinou, treinou e hoje é mortal na linha dos 3 e acabou de terminar a temporada com o melhor aproveitamento de lances livres da história da NBA! Foi ele mesmo quem disse que só se dedicou tanto ao arremesso depois que chegou nos EUA e percebeu que precisaria desenvolver isso para evoluir na liga. Já o crescimento físico é comum, todo pivete que vinha do colegial quando isso ainda era permitido chegava magricelo e depois de uma ou duas temporadas estava com "corpo de NBA".

Então, repito, os críticos tem razão. E não estou aqui pra defender o Rubio dizendo que ele vai sair por aí enterrando na cabeça de pivô de 2,10m ou quebrando recordes de arremessos de 3. Mas é melhor draftar um cara com visão de jogo, liderança e bom passe e ensinar a melhorar arremesso e físico do que fazer aquilo que a maioria dos times faz, que é draftar aquele cara com um corpo perfeito, alto pra diabo, rápido, de ótima impulsão e que não tem noção de como se joga o basquete. Esses sim são difíceis de ver uma evolução, como Darius Miles, Stromile Swift, Gerald Green, Ndudi Ebi, Kwame Brown e tantos outros não podem negar.

Pensando no que tenho lido ultimamente, apostaria que se não acontecer nenhuma troca envolvendo as primeiras posições do draft, o Rubio vai, no pior dos casos, sair em quinto lugar no Wolves. Creio que se tiverem a chance vão pegar Rubio e o muito bom Tyreke Evans para ter uma dupla de armação novinha em folha pra jogar com Ryan Gomes, Kevin Love e Al Jefferson. Mas, como disse antes, o Knicks estaria pronto pra fazer uma troca e pegá-lo. Imagina o Rubio naquela correria? A crítica que fazem sobre ele defender mal ficaria irrelevante no Knicks.

Vamos descobrir tudo hoje à noite, às 21h, com acompanhamento ao vivo no chat do Bola Presa. E não deixem de ver também o nosso novo layout para o draft que o nosso glorioso Felipe fez, se ainda está com a imagem do Kobe aí em cima é só carregar no "atualizar" do seu navegador que você verá o novo trabalho.

E mande aí nos comentários o que você acha do Rubio. Prometemos que vamos ler e até dar um pouquinho de atenção. Aproveite o embalo no teclado e participe também da nossa promoção do Draft.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Três é pouco

Randy Foye, trocado duas vezes na noite
de draft, sabe o que é ter um dia difícil



O Wolves já tinha uma coleção de escolhas de draft para dar um jeito de estragar na quinta-feira: a sexta (do próprio time), a décima oitava (do Heat, naquela troca patética do Ricky Davis) e a vigésima oitava (na troca do Garnett por metade da população mundial e mais quinhentas escolhas do Celtics). Pelo jeito, não era o suficiente. Depois da primeira troca da offseason, em que o Spurs conseguiu o Richard Jefferson na mamata e o Denis analisou ontem, o Wolves se empolgou e também conseguiu uma troca - por mais uma escolha de draft. Deve ser fetiche.

Quem topou a brincadeira foi o Wizards, que tinha a quinta escolha da noite. Junto com ela, mandaram o pivô-poeta (e com problemas cardíacos) Ethan Thomas, o tapa-buraco Darius Songaila e o primeiro Separados do Nascimento do Bola Presa, o Pecherov (deve ter sido o auge de sua carreira, ser humilhado num blog brasileiro de basquete, coitado). Em troca, o time de Washington recebe Randy Foye e Mike Miller, que são ao menos jogadores de verdade.

Nada diz mais que você quer reconstruir um time do que ter quatro escolhas de primeira rodada num draft. Dá pra mudar a cara de uma equipe, é praticamente um time inteiro titular acabando de chegar. Trocar dois jogadores que eram essenciais na equipe por mais uma escolha é justamente tacar o time na privada e começar de novo, com novas caras. O único problema é que o Wolves vai montar um time inteirinho novo - para disputar o campeonato universitário, claro. Na NBA eles não vão ter muitas chances com essa pirralhada toda.

Na prática, a equipe agora é Al Jefferson, Kevin Love, e mais um bando de fedelhos (quatro dos quais vão chegar quinta-feira com bonézinho de recém-draftados e espinhas na cara dignas de quem passou a noite anterior brincando com a Playboy da Francine). Quando o jogador mais experiente e líder da equipe tem 24 anos, como é o caso do Al Jefferson, dá pra perceber que os pais foram jantar e deixaram os bebês nas mãos da babá emo de 12 anos. As intenções podem até ser boas, mas alguém sempre vai sufocar com um saco plástico ou engolir uma peça de Lego.

Pro Wizards, a troca tem a intenção contrária. Ao invés de querer começar de novo, renovar o time, trazer sangue jovem, fica clara a certeza dos engravatados por lá de que o time está pronto para brigar pelo Leste. Contusões com Arenas, Butler, Stevenson e até o roupeiro estragaram a temporada passada, mas pelo jeito a crença é de que, se todo mundo estivesse saudável, o time teria chegado bem longe. Assim, justifica-se a atitude de trocar sangue novo por jogadores veteranos, calejados, que podem ajudar esse time a vencer imediatamente. Nada de esperar anos, fedendo, até que alguns calouros levantem o time. Com a suposta volta de Gilbert Arenas, retornando de contusão, imagina-se que esse time será grande e, portanto, precisa de apenas alguma ajuda para vencer agora, antes que o Arenas quebre o joelho e morra de vez. Eu até acho uma percepção um tanto ingênua, porque esse Wizards vai precisar de muito mais ajuda do que isso para realmente brigar pelo topo do Leste, mas a verdade é que a aposta pelo Arenas já foi feita e, então, o jeito é confiar nisso. É o famoso "pisou na merda, abre os dedos": se eles acharam que dava pra vencer com o trio Arenas, Butler e Jamison e torraram muita bufunfa nisso, que encontrem um modo de melhorar o trio até que não dê mais certo mesmo, ao invés de ficar reconstruindo o tempo todo (tipo um certo Pacers por aí, que nunca decide o que diabos está fazendo).

O novo técnico do Wizards, o Flip Saunders, é um especialista na parte ofensiva e costuma exigir muito de seus armadores. Pela primeira vez na carreira, o Arenas vai ter que ser um armador de verdade, não mais escondido atrás do esquema tático da "Princeton offense" como um simples pontuador que não precisa armar o jogo para os companheiros. Ele já disse que, se quisesse, teria médias de 10 assistências por jogo sempre, que é a maior mamata, e deu realmente sinais disso no fim da temporada regular. Se assumir esse papel de armador nato, Randy Foye servirá bem para a equipe assumindo o papel de "armador combo", que não é um armador que vem com refrigerante e batatas-fritas, é o armador que joga nas duas posições de armação e que, em geral, pode se focar mais em pontuar. Assim, substituirá o Arenas em quadra na armação quando ele for descansar e, quando os dois estiverem jogando juntos, poderão trocar de papéis o tempo todo.

Mike Miller, por sua vez, é um excelente arremessador de três pontos - algo que o Wizards perdeu com a saída do Roger Mason para o Spurs e a visita que os Monstars fizeram ao Deshawn Stevenson - e também muito competente na armação de jogo, algo que ele mostrou nos seus tempos de Grizzlies mas que muitos teimam em ignorar (imagine algo como uma versão paraguaia do Turkoglu armando para o Magic e você terá uma noção). É gritante a melhora que esses jogadores trarão à equipe, mas o garrafão ainda é frágil e cheio de dúvidas, depende muito da saúde do Brandon Haywood, e ao abrir mão de sua escolha do draft, o time estipula que deve vencer já e precisa ter pressa. A missão não será nem um pouco simples, mas já é um time bem mais respeitável que torna o Leste ainda mais divertido de se acompanhar.

O Wolves vai ser bacana de acompanhar só pra quem gosta de basquete universitário ou tem fetiche por teens, mas a diversão maior mesmo será ver como os lobinhos vão se virar na noite do draft. Usarão suas quatro escolhas em jogadores porcarias porque eles nunca sabem o que estão fazendo (vale lembrar que o Foye, que escapou do Wolves finalmente, foi trocado pelo Brandon Roy ainda na noite do draft)? Trocarão suas escolhas para conseguir uma escolha no topo do draft? Valeria a pena subir no draft para pegar quem, exatamente? Vamos cansar de ver o boné do Wolves na cabeça de uns pirralhos, mas vai ser divertido. É bem provável que eles façam mais algumas trocas e animem uma noite que já é divertida por natureza.

Como sempre, portanto, não percam o chat do Bola Presa na quinta-feira, ao vivo, pra gente acompanhar a brincadeira juntos - de olho no Wolves, porque vai que em uma das quatro escolhas, pelo menos, eles acertam.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Time de sorte

Nem com cheerleadres gostosas o Clippers agrada


É engraçado ver o sorteio do draft porque os representantes de cada time ficam em uma situação meio patética. Eles só ficam sentados em uma bancada em rede nacional esperando o resultado de umas bolinhas sorteadas. Aí fazem uma cara de bunda quando não conseguem o que querem e se contém para não sair pulando quando vencem.

Os times variam em quem chamam para os representar. Mas tirando algumas exceções, a brincadeira varia entre técnico, presidente, general manager ou algum jogador, geralmente alguém que acabou de acabar a temporada de novato.

Como eles não tem que fazer nada a não ser ter sorte, alguns levam pulseiras da sorte, blusa da sorte, cueca da sorte, pedaço de bife da sorte e coisas assim. Mesmo sem acreditar, dá pra entender, se lá é só acaso, o que custa levar alguma coisa?

Pois ontem o Kings e o Knicks chutaram o pau da barraca e foram para o caminho oposto. Quiseram ter azar! Os dois chamaram ex-jogadores: o Kings chamou o Chris Webber e o Knicks o Allan Houston. Um conhecido por amarelar em momentos decisivos e o outro um talento estragado por contusões. Dois representantes de Murphy, senhor do azar.

Deu no que deu. Os sonhos do Knicks de ter Ricky Rubio foram por água abaixo e o Kings, o time com mais chance de ficar com a primeira escolha, ficou só com a quarta. Que aprendam e levem amuletos da sorte no ano que vem, quando certamente estarão na mesma situação.

Por mais incrível que pareça essa frase, o time sortudo da noite foi o Clippers, que leva a primeira escolha pra casa. O Grizzlies tem a segunda e o Thunder a terceira. O Mike Dunleavy, técnico do Clippers, que estava ontem na Espanha acompanhando o Rubio de perto, disse que o time não tem dúvida de que vai escolher o ala de força Blake Griffin com a escolha número 1.

Provavelmente teremos mudanças à vista. O garrafão com Zach Randolph, Blake Griffin, Chris Kaman e Marcus Camby deve render algumas trocas, é um mar de possibilidades. E aí, na hora de escolher as trocas, provavelmente eles tomam as decisões erradas. Mesmo depois de uma noite de sorte, o Clippers é o Clippers.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Mock Draft 2009 - Força Nominal

Leo Lyons é o destaque nominal da classe de 2009


Mantendo a tradição criada há um ano, publicamos um texto do nosso querido leitor-dono-de-time-de-fantasy-e-poeta Sbub que faz uma previsão do Draft baseado apenas na Força Nominal dos jogadores. É com você, Sbub.

......

O Bola Presa já está se tornando um blog cheio de tradições. Por isso, traz mais uma vez o inacreditável mock draft de força nominal!

O leitor do Bola Presa já sabe que a força nominal é um dos motores da NBA. Quem não conhece e não quer clicar nos links ou conhece, mas esqueceu porque fecharam a porta do carro na sua cabeça, eu explico de novo: seu primo te liga e diz que conhece duas meninas que querem ir na festa, mas ele vai de moto e só pode levar uma: ou a Ricardina ou a Taís. Ele te pergunta qual ele deve levar e você diz Taís. Sem nenhum motivo aparente, você achou que a Taís seria mais gata.

O mesmo ocorre com os managers da NBA. Eles tentam ser racionais, mas quando aparece alguém que parece bom e se chama Hakeem Olajuwon, você desiste de apostar num sujeito cujo nome, Michael Jordan, não te diz nada demais (obs: até a chegada de Jordan, o nome Jordan era fraco nominalmente. Ele foi tão foda, que Jordan passou a ser força nominal. Como conseguiu modificar a natureza de um nome, Jordan foi considerado o melhor de todos os tempos)

Você também pode analisar as necessidades dos times, o potencial dos jogadores, o tempo que eles passaram nas universidades, os testes físicos. Se, olhando pra Taís e pra Ricardina, a Ricardina for mais gata, mais gostosa, mais legal e ainda entender de NBA, você a escolherá, sem dúvida. Mas, no escuro, em quem você apostaria?


1 - Los Angeles Clippers
O Clippers sempre teve bons jogadores sem força nominal, como Elton Brand e Danny Manning. Recentemente, apostaram que Baron Davis era mais maneiro, mas perderam a coerência ao contratar Marcus Camby e Zach Randolph. Blake Griffin é a unanimidade entre os analistas e o Clippers não vai perder a chance de escolher o óbvio e ainda elevar a força nominal da equipe.

2 - Memphis Grizzlies
O Memphis tem fraqueza nominal até no nome do time. Então sua escolha certamente será voltada para o poder nominal de Ricky Rubio ou Hasheem Thabeet. Ricky Rubio tem nome de novela mexicana , o R dobrado, dois nomes curtos. E Thabeet, no fim, é mais engraçado que bacana. Rubio na cabeça.

3 - Oklahoma City Thunder
Os mesmo dirigentes que escolheram o nome genérico Thunder ainda estão no poder. Certamente, são pessoas que desconhcem totalmente a teoria da força nominal e nunca compreenderão porque o Shawn Marion não engrena de vez em lugar nenhum. Então eles devem pegar o James Harden ou o Jordan Hill. Ridículo.

4 - Sacramento Kings
Eles podem pensar que o Stephon Curry é bom. Mas tem o mesmo sobrenome do Eddy Curry, que estragou este nome de molho. Então, na hora, vão escolher o Thabeet e tentar trocar.

5 e 6 - Minesotta Timberwolves
McHale não mediu esforços para aumentar sua escolha no draft, mas não consegui mais que a cinco. A esperança era pegar Hasheem Thabeet para fazer uma dupla nominal poderosa com Kevin Love. Triste com sua escolha, deve pegar James Harden e Stephen Curry. James Harden é quase bom, mas ainda sem graça. Stephen Curry é um bom nome de molho, mas Eddy Curry o estragou. E desde a chegada do grande James OnCurry, um simples curry não tem o mesmo efeito açafrânico de antes.

Os lobinhos do draft devem pegar os dois e oferecê-los no mercado por alguém com um nome mais bacana. De preferência, alguém que tenha um "e" dobrado no meio do nome e do sobrenome.

7 - Golden State Warriors
O gosto nominal do Warriors é estranho. Eles curtem Monta Ellis, um nome que é apenas estranho. Então eles devem ficar com Brandon Jennings, porque Brandon é ok e Jennings não compromete. Ah, e o rapaz sabe quicar a bola. Isso conta, às vezes.

8 - NY Knicks
Prestem atenção nesse nome: DeMar DeRozan. Horroroso, não? Certamente. Mas nomes antecedidos por De e com duas maiúsculas têm feito grande sucessos nos drafts. Talvez porque você veja isso e não consiga prestar atenção em mais nada. O manager compara "Desses aqui quem tem o melhor arremesso é...." E vem uma voz na cabeça "DeMar DeRozan...". "Bem, arremesso a gente treina né? E visão de jogo?" (DeMaaaaar DeRozaaaaaaan Rozaaannnn). "Querem saber? Vamos pegar o DeMar DeRozan! Eu acho que ele é....bom e....vai bem nas coisas e.....tem potencial. Isso. E não discutam comigo! Me passem o DeCafé com DeAçúcar e vamos pensar na segunda rodada"

9 - DeToronto DeRaptors
Tyreke Evans. Em português, fica meio ridículo, mas em inglês (Tairíqui), até não compromete.

10 - Milwaukee Bucks
Os veados roxos tem verdadeira obsessão por força nominal. Já experimentaram nomes maneiros (Redd), nomes estranhos (Andrew Bogut) e apelaram ao extreme nominal power drafting só para ter Yi Jianlian. Se o Knicks pegar mesmo o DeMar DeRozan, devem surpreender e levar DeJuan Blair, pra ter DeQualquercoisa pelo menos no nome. Se os managers resistirem ao poder de DeMar DeRozan até esse ponto, ele é de Bucks e ninguém tasca!

11 - New Jersey
Nets
Gerald Henderson parece com Richard Jefferson. Escolhido

12 - Charlotte Bobcats

Sem opções brilhantes por perto, devem optar pela segurança de Tyler Hansbrough. Tyler é bacaninha e Hansbrough começa com H e é gigante. (nota do Bola Presa: Sem contar que o apelido dele é 'Psycho T', o apelido mais legal da NBA desde já!)

13 - Indiana Pacers

O Pacers quer mesmo é DeJuan Blair. Mas a dominância de DeMar DeRozan pode levá-lo a Milwaukee. A segunda opção é BJ Muellens. BJ sempre é legal de falar e Muellens causa uma estranheza que melhora a cada pronúncia.

14 - Phoenix Suns
O Phoenix draftou DJ Strawberry só porque achou maneiro (e com razão). Depois vazou com o Moranguinho de lá. Nesse draft, sem uma opção tão clara, vacilarão entre James Johnson, para suprir a lacuna de iniciais dobradas deixada por Joe Johnson, ou Gerald Henderson, se sobrar.

15 - Detroit Pistons
Alternando bons momentos (Rodney Stuckey e Aaron Aflallo), com momentos fracos (Walter Sharpe, compensado apenas parcialmente por DJ White), a inclinação nominal de Dumars não é clara. Mas, diante de bons nomes entre os pivôs, torcerão para que Hansbrough ou Muellens cheguem intactos à 15ª escolha, para matar as saudades de Cheik Samb. Se não rolar, podem fraquejar e levar Terrence Willians e seu nome de escritor inglês.

16 - Chicago Bulls
No ano passado, conseguiram superar a força nominal de Beasley e levaram Rose. Bom negócio. Animados com seu poder de ignorar a teoria da força nominal, devem aproveitar o escorregão de Earl Clark nos mocks e pegar o rapaz.

17 - Philadelphia 76ers
Ty Lawson atende às necessidade do time e é maneiro.

18 - Minnesota T'Wolves
Alguns bons nomes terão sobrado até aqui, deixando os Timberlobos com muitas opções. Ty Lawson é o preferido. Se não der, dificilmente resistirão ao poder de Jrue Holiday. Como será que se pronuncia isso? Pra mostrar que sabem, vão falar alto no microfone da 18ª escolha e, se der caldo, comprar um CD de grandes sucessos da Madonna pra tocar nas inflitrações do menino.

19 - Atlanta Hawks
Nesse ponto do draft, escolher mal é normal. Se o cara não der certo, tudo bem. O Atlanta terá nomes bacaninhas como Eric Maynor e Chase Budinger. No entanto, se os dirigentes forem ousados, podem causar a maior surpresa do draft apostando em Leo Lyons. Iniciais dobradas, boa pronúncia, nome apelido, sobrenome de thundercat, excelente companhia pro Joe Johnson. Leo Lyons é o melhor nome do draft. Se me ligarem pra perguntar (o que acontece direto, é supernormal), eu vou recomendar LL!

20 - Utah Jazz
Jerry Sloan é superressentido de ter um nome palha, que o impede de ganhar o prêmio de técnico do ano há 20 anos. Então, ele favorece nomes meia-boca como Jonny Flynn. Jeff Teague pode ser escolhido aqui também.

21 - New Orleans Hornets
Ty Lawson ou Eric Maynor ainda devem estar por perto. Nomes aceitáveis, posição desejada. É um ou outro.

22 - Dallas Mavericks
A tara de Mark Cuban por bons nomes estrangeiros é conhecida. Mas Cuban curte mais a combinação nome maneiro-sobrenome estranho. Pode ser a grande chance de Jonas Jerebko.

23 - Sacramento Kings

Omri Casspi, se estiver disponível, poderá ir para o time que aprendeu a amar Vlade Divac. Taj Gibson pode pintar também

24 - Portland Trailblazers
Vai pegar quem sobrar da opção dos Kings. Ou optar por Victor Claver se, como eu, acharem que isso é nome de lutador de boxe.

25 - OKC Thunder
Se Jonas Jerebko escapar de Cuban, seu destino é o Oklahoma City Franchise Stealers. DaJuan Summers pode ser a surpresa aqui.

26 - Chicago Bulls
Como já foi explicado, o Bulls acha que fraqueza nominal é força nominal. Então devem levar Toney Douglas, que vai mofar no banco, migrar pra Liga de Desenvolvimento e morrer por lá. Lamentável.

27 - Memphis Grizzlies
DaJuan Summers aparece com boas chances. Se o Thunder já tiver feito essa opção, pode ser o grande salto de Jeff Pendegraph, que parece nome inventado.

28 - Minnesota Timberwolves
Se Taj Gibson sobrar, o Timberwolves leva. Senão, devem escolher um nome genérico, como Derrick Brown ou Sam Young, para ninguém lembrar dele e não acharem que foi uma escolha ruim.

29 - LA Lakers
O Lakers busca um armador ou ala com características defensivas para compor o banco. Como o time foi campeão, ninguém acha que a 29ª escolha pode fazer a diferença. O Lakers então não deve deixar passar o Sergio Llull. Nome de latino estranho para americanos e quatro l's em cinco letras no sobrenome. Superforçanominal! Com certeza, vai vender mais camisas que o Adam Morrison.

30 - Cleveland Cavaliers
Depois do sucesso de Ilgauskas, será irresistível para LeBron (alguém achou que era o manager?) escolher Vyacheslav Kravtsov. Depois LeBron vai prometer um autógrafo para o jogador que conseguir falar "Vyacheslav Kartsov vai de Lada pra Vladivostok" três vezes.